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XI EPCC 
Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
 
ANÁLISE DA TAXA METABÓLICA BASAL: UMA COMPARAÇÃO A 
PARTIR DE DIFERENTES MÉTODOS EM MULHERES JOVENS 
 
Déborah Cristina de Souza Marques1, Andressa Alves Coelho2, Fabiano Mendes de 
Oliveira3, Marilene Ghiraldi de Souza4, Rodrigo Vaneti Otávio5, Braulio Henrique Magnani 
Branco6 
 
1
Acadêmica do Curso de Nutrição, Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR. Bolsista Fundação Araucária. 
marques.deborah@hotmail.com 
2
Acadêmica do Curso de Nutrição, Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR. Bolsista Fundação Araucária. 
andressacoelho0805@gmail.com 
3Acadêmico do Curso de Pós Graduação em Nutrição e Esporte, Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR. 
Fabiano.oliveira@unicesumar.edu.br 
4Acadêmica do Curso de Pós-graduação em Fisiologia do Exercício, Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR. Bolsista 
Fundação Araucária. marileneghiraldi@gmail.com 
4Acadêmico do Curso de Fisioterapia, Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR. Bolsista PIC/ICETI. vaneti.30@gmail.com 
 
5
Orientador, Doutor, Programa de Pós-graduação em Promoção da Saúde, UNICESUMAR. braulio.branco@unicesumar.edu.br 
RESUMO 
 
 
A taxa metabólica basal (TMB) é definida como a quantidade mínima de energia necessária para manter as 
funções vitais do organismo em condições basais, auxiliando assim no controle e manutenção do peso 
corporal, bem como no equilíbrio do gasto energético diário. Devido essa importância, nos dias de hoje com 
os adventos tecnológicos, são observados diferentes meios e métodos para mensuração da TMB que podem 
apresentar maior ou menor fidedignidade. Em vista disso, o objetivo do presente estudo foi comparar os 
valores encontrados em diferentes métodos de análise da TMB em mulheres jovens, do sexo feminino. Para 
tanto, foram convidados a participar da pesquisa, 33 mulheres, entre 18 a 29 anos de idade. A TMB foi 
mensurada através da calorimetria indireta (FITMATE PRO® e VO2000®) e por diferentes fórmulas preditivas 
encontradas na literatura. Os dados obtidos por meio dos aparelhos de calorimetria indireta e fórmulas 
preditivas foram comparadas via análise de variância (ANOVA) a um fator com medidas repetidas, utilizando 
o post-hoc de Bonferroni. O nível de significância estabelecido foi de 5%. Para mulheres, apenas as equações 
de Harris-Benedict (1919), FAO/EHO/UNU (2001) e Schofield (1985) apresentaram valores próximos ao de 
referência, o que pode-se concluir que muitos métodos são ineficazes para predizer a TMB. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Saúde da Mulher; Metabolismo; Taxa Metabólica Basal; Promoção da Saúde; 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A taxa metabólica basal (TMB) é definida como a quantidade mínima de energia 
expressa em quilocalorias (kcal) necessárias para manter as funções vitais do organismo 
em condições basais (BRUNETTO; GUEDES; BRUNETTO., 2010). Além disso, a TMB 
representa aproximadamente 50% do gasto energético total (GET) em pessoas ativas e 
aproximadamente 70% do GET em sedentários (KRUGER, et al., 2014). 
E com o advento tecnológico, são observados diferentes meios e métodos para 
mensuração da TMB, os quais podem apresentar maior ou menor fidedignidade. Desse 
modo, a TMB pode ser mensurada por meio da calorimetria indireta, que é um procedimento 
de alta precisão e exatidão, composto por um analisador metabólico de gases que mensura 
a utilização de oxigênio (O2) e liberação de gás carbônico (CO2), associado a oxidação dos 
principais substratos energéticos, como por exemplo, os carboidratos e lipídios, 
concedendo a estimativa do gasto energético em repouso (BRANCO et al., 2018). 
No entanto, mesmo sendo um método altamente preciso, o referido procedimento 
apresenta custo elevado. Em vista disto, a ciência elaborou outros métodos para estimar o 
gasto energético, como as fórmulas preditivas, que buscam quantificar a TMB (HARRIS; 
BENNEDICT, 1918; SCHOFIELD, 1985; MIFFLIN et al., 1990; FAO/OMS, 2001; KRUGER 
et al., 2014). Outro exemplo para a estimativa da TMB, é o cálculo a partir de fórmulas 
preditivas usando os resultados da composição corporal, por meio da bioimpedância 
mailto:danlarini@hotmail.com
mailto:danlarini@hotmail.com
mailto:Fabiano.oliveira@unicesumar.edu.br
mailto:marileneghiraldi@gmail.com
mailto:vaneti.30@gmail.com
 
XI EPCC 
Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
elétrica (BIA) que é considerada uma medida duplamente indireta nova, não invasiva e 
prática, que calcula mediante a uma corrente elétrica, a resistência e reatância elétrica, 
avaliando a quantidade de fluídos, de gordura e massa muscular (EICKEMBERG, et al., 
2011). Entretanto, a literatura aponta que as fórmulas preditivas podem subestimar ou 
superestimar os valores reais da TMB (MELLO; ROCHA, 2015). Desse modo, tendo em 
vista que as equações apresentam algumas limitações em diferentes populações, torna-se 
relevante quantificar tais diferenças e comparar os valores obtidos a partir do padrão-ouro 
de medida com as fórmulas disponíveis. Nessa perspectiva, acredita-se que a referida 
comparação possa nortear escolhas dos profissionais de saúde, sobretudo, os 
nutricionistas na escolha de fórmulas com menor margem de erro, quando comparada a 
medida de referência. Portanto, o objetivo do presente estudo foi comparar os valores 
obtidos na calorimetria indireta versus equações preditivas em mulheres jovens. 
 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O presente estudo apresenta um delineamento transversal, experimental e 
comparativo, que foi previamente aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da Unicesumar, 
sob o parecer nº 3.404.860/2019. Diante disso, estudantes universitárias foram convidadas 
para participar da pesquisa, com idade entre 18 a 29 anos de idade. As coletas foram 
realizadas no Laboratório de Intervenção Interdisciplinar em Promoção Saúde (LIIPS), 
seguindo a ordem: a) avaliação da composição corporal na InBody 570; b) avaliação da 
TMB via calorimetria indireta VO2000® e Fitmate Pro® e c) cálculo das equações preditivas. 
As coletas foram realizadas nas dependências da instituição de ensino superior, às 
8h da manhã. Solicitou-se que as participantes realizassem os procedimentos para a 
mensuração definidos por Guedes (2013). A estatura foi mensurada pelo estadiômetro 
Sanny®, Standard; seguindo a padronização proposta por Lohman; Roche; Martorell, 
(1991); o peso corporal foi mensurado pela bioimpedância elétrica InBody 570® (InBody®, 
Body Composition Analyzers, Coréia do Sul), sendo que também foram coletadas as 
variáveis: a) massa de gordura corporal; b) massa muscular esquelética; c) massa livre de 
gordura; d) índice de massa corporal (IMC); e) massa magra; f) percentual de gordura 
corporal; g) relação cintura-quadril e h) taxa metabólica basal (TMB). 
Para análise da calorimetria indireta, foram utilizados dois aparelhos, um analisador 
de gases metabólico Medgraphics VO2000® (Saint Paul, Minnesota, United States of 
America), com transmissão dos dados para o software Aerograph®, e o Fitmate Pro® 
(COSMED, Roma, Itália). O protocolo para mensuração da TBM seguiu as especificações 
indicadas por ambos os fabricantes. Além disso, para encontrar os valores de taxa 
metabólica basal, foram utilizadas as equações preditivas: a) equação proposta por Harris-
Benedict, (1918): [TMB = 655,09 + (9, 563 x peso corporal (kg)) + (1,85 x estatura (cm)) - 
(4, 676 x idade(anos))]; b) equação de FAO/WHO/ONU (2001), para idade de 18 a 29 anos: 
[TMB = 14,818 x (peso corporal em kg) + 486,6)]; c) equação proposta por Mifflin-St Jeor 
(1990), a faixa etária é indicada entre 18 a 79 anos: [TMB = 10 x (peso corporal (kg) + 6,25 
x (estatura (cm) - 5 x idade (anos)) + 161] e d) Schofield (1985), faixa etária 18 a 29 anos: 
[TMB = ((14,818 x peso corporal) + 845,6). 
Inicialmente, os dados foram tabulados no programa Excel (Microsoft, Estados 
Unidos da América), pela média e (±) desvio padrão. Subsequentemente, a normalidade 
dos dados foi testada por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov eapós a referida 
confirmação, os dados foram expressos pela média e desvio padrão. Para a comparação 
das medidas indiretas e duplamente indiretas, foi utilizada uma análise de variância 
(ANOVA) de um caminho (one-way), de medidas repetidas, utilizando o post-hoc de 
Bonferroni. O nível de significância estabelecido foi de p< 0,05. As análises estatísticas 
foram realizadas no pacote estatístico Statistica (Versão 12.0, Stasoft, Estados Unidos da 
América). 
 
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
A tabela 1 apresenta as características gerais da amostra, com a idade, peso 
corporal, estatura, IMC, MME, MG e PCG. 
 
Tabela 1. Características gerais da amostra (n = 33). 
Perfil e variáveis Média ± desvio padrão 
Idade (anos) 23,1 ± 2,5 
Peso corporal (kg) 69,4 ± 12,3 
Estatura (cm) 163,7 ± 5,8 
IMC (kg/m²) 24,3 ± 4,0 
MME (kg) 23,9 ± 8,9 
MG (kg) 21,3 ± 8,9 
PGC (%) 31,8 ± 7,4 
Nota: IMC = índice de massa corporal; MME = massa musculoesquelética; MG = massa gorda e PGC 
= percentual de gordura corporal. 
 
A figura 1 apresenta a taxa metabólica basal mensurada a partir da calorimetria indireta e 
calculada por meio de diferentes equações. 
 
Figura 1. Taxa metabólica basal obtida a partir da calorimetria indireta, bioimpedância elétrica e 
diferentes equações preditivas em mulheres. 
Nota: * = valores mais elevados para o VO2000 quando comparado a Fitmate, InBody e Harris-Benedict 
(1918) e valores inferiores quando comparado a Mifflin-St Jeor (1990) e Schofield (1985), com p<0,001; ⸶ = 
valores inferiores quando comparado ao VO2000, maiores quando comparado a Harris-Benedict (1918) e 
menores quando comparado a FAO/EHO/ONU (2001), Mifflin-St Jeor (1990) e Schofield (1985) com 
p<0,001; ᶱ = menores valores quando comparado ao VO2000, maiores valores quando comparado a Harris-
Benedict (1919) e menores valores quando comparado a FAO/EHO/ONU (2001), Mifflin-St Jeor (1990) e 
Schofield (1985). 
 
As respostas apresentadas na figura 1 indicam que a calorimetria indireta mensurada no 
aparelho VO2000 apresenta valores mais elevados quando comparado a calorimetria 
medida no aparelho Fitmate, na bioimpedância elétrica e quando comparado a equação de 
Harris-Benedict (1918). Por sua vez, o VO2000 apresentou valores inferiores quando 
comparado as fórmulas de Mifflin-St Jeor (1990) e Schofield (1985). Não foram identificadas 
diferenças significativas das medidas conduzidas no VO2000 e da equação da 
FAO/EHO/ONU (2001). A calorimetria indireta da marca Fitmate apresentou valores 
inferiores quando comparado ao VO2000 e das fórmulas FAO/EHO/ONU (2001), Mifflin-St 
*
⸶
ᶱ
700,0
900,0
1100,0
1300,0
1500,0
1700,0
1900,0
2100,0
T
a
x
a
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e
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b
ó
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c
a
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(k
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a
l)
Calorimetria indireta e equações
 
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Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
Jeor (1990) e Schofield (1985). Por outro lado, a Fitmate apresentou valores mais elevados 
quando comparado a fórmula de Harris-Benedict (1918). Por fim, a Fitmate não apresentou 
diferenças significativas quando comparada a bioimpedância elétrica. Em vista dos pontos 
elencados, verifica-se que a equação mais próxima aos valores de referência é a de 
FAO/EHO/OMS (2001). 
 
4. CONCLUSÃO 
 
 Finalmente, conclui-se que a equação de FAO/EHO/ONU (2001), apresenta valores 
similares as duas calorimetrias indiretas. Logo, a equação de FAO/EHO/ONU seria a mais 
apropriada e fidedigna para estabelecimento de requerimentos energéticos adequados nas 
diferentes faixas etárias da população. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRANCO, M. C.; ALVES, F. D.; ZANELLA, P. B.; SOUZA, C. G. Comparison between 
equations for estimation of resting energy expenditure and indirect calorimetry in 
gymnasts. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 12, n. 70, p. 195-203, 2018. 
BRUNETTO, B. C.; GUEDES, D. P.; BRUNETTO, A. F. Taxa metabólica basal em 
universitários: comparação entre valores medidos e preditos. Revista de Nutrição, v. 23, 
n. 3, pág. 369-377, 2010. 
EICKEMBERG, M.; OLIVEIRA, C. C.; RORIZ, A. K. C.; SAMPAIO, L. R. Bioimpedância 
elétrica e sua aplicação em avaliação nutricional. Revista de Nutrição, v. 24, n. 6, pag. 
83-893, 2011. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Human energy requirements: food and nutrition. 
Rome: WHO; Technical Report Series 1, 2001. 
GUEDES, D. P. Clinical procedures used for analysis of the body composition. Revista 
Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 15, n.1, pag. 113-129, 
2013. 
HARRIS, J. A.; BENEDICT, F. G. A. Biometric Study of Human Basal Metabolism. 
Journal Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of 
America Physiology, v. 4, pag. 370-373, 1918; 
KRUGER, R. L.; LOPES, A. L.; GROSS, J. S.; MACEDO, R. C. O.; TEIXEIRA, B. C.; 
OLIVEIRA, A. R. Validation of predictive equations for basal metabolic rate in eutrophic 
and obese subjects. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 
v. 17, n. 1, p. 73-81, 2015. 
LOHMAN, T. G.; ROCHE, F.; MARTORELL, R. Anthropometric Standardization Reference 
Manual. Illinois: Human Kinetics, 1991. 
MELLO, M. F.; ROCHA, R. E. R. Concordância na predição da composição corporal de 
universitários entre diferentes métodos de avaliação. Revista Brasileira de Prescrição e 
Fisiologia do Exercício, v. 9, n. 53, pág. 328-336, 2015. 
MIFFLIN, M. D.; JEOR, S. T.; HILL, L. A.; SCOTT, B. J.; DAUGHERTY, S. A. KOH YO. A 
new predictive equation for resting energy expenditure in healthy individuals. Journal 
Clinical Nutrition, v. 51, n. 2, pag. 241-270, 1990. Feb;51(2):241-7. 
SCHOFIELD, W. N. Predicting basal metabolic rate, new standards and review of previous 
work. Journal of Clinical Nutrition, v. 39, p. 5-41, 1985.

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