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CONCEPCAO RESUMO

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1 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
PROBLEMA 1: 
 
ESPERMATOGÊNESE: 
- Maturação se inicia na puberdade; 
 
- Quando a espermiogênese está completa os espermatozoides vão para os túbulos seminíferos 
 epidídimo  ducto deferente  uretra  ejaculação (200-600 milhões são liberados com 
PH = 7,5)  são incapazes de fecundar  ocorre uma capacitação (7h, o muco cervical auxilia, 
a principal mudança é que a membrana dos sptz ficam mais permeáveis a íons de Ca mudando 
a atividade do flagelo para movimento chicote). 
- Fatores hormonais de estimulam a espermatogênese: 
 
2 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 CÉLULAS DE LEYDIG  TESTOSTERONA  crescimento e divisão das células 
germinativas; 
 HIPÓFISE ANTERIOR  LH  estimula células de Leydig  secretar testosterona; 
 HIPÓFISE ANTERIOR  FSH  estimula células de Sertoli (essencial para conversão das 
espermátides em espermatozoide); 
 GH  controla funções metabólicas basais dos testículos  promove divisão inicial das 
espermatogônias; 
 
HIPOTÁLAMO testosterona 
 GnRH LH Leydig 
ADENO-HIPÓFISE FSH Sertoli 
 OBS: espermatogênese excessiva  célula de sertoli  inibina  hipófise anterior  
diminui GnRH e FSH; 
- Puberdade: 
 Marcada pelo aumento do volume testicular dos 9-14 anos; 
 Primeira ejaculação: espemarca; 
 Puberdade X adolescência: A adolescência começa com a puberdade e caracteriza-se 
por uma série de mudanças corporais e psicológicas. Inicia-se mais ou menos aos 12 
anos e termina aos 20. A puberdade é o conjunto de transformações psicofisiológicas 
ligadas à maturação sexual que traduzem a passagem progressiva da infância à 
adolescência. 
- Testosterona e hormônios sexuais masculinos – androgênios: 
 Na vida fetal: os testículos são estimulados pela gonadotropina coriônica (da placenta) 
a produzir quantidade moderada de testosterona por todo desenvolvimento fetal e mais 
10 semanas após o nascimento  não é produzida testosterona durante a infância até 
a puberdade (10 a 13 anos)  estimulo da hipófise anterior  hormônios 
gonadotrópicos  aumenta produção de testosterona (início da puberdade)  
permanece assim até 50 anos  começa a cair rapidamente (climatério masculino). 
 Efeitos da testosterona durante o desenvolvimento fetal: responsável pelo 
desenvolvimento das características corporais masculinas (pênis e bolsa escrotal), 
determina formação da próstata, vesícula seminal e ductos genitais masculinos. Os 
testículos descem para bolsa escrotal durante os últimos 2-3 meses de gestação; 
 Efeitos da testosterona sobre o desenvolvimento das características sexuais primarias 
e secundarias do adulto: 
o Pelos corporais: induz crescimento de pelos no púbis, para cima ao longo da 
linha alba do abdômen, face, tórax, algumas vezes nas costas; 
o Voz: hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe; 
o Espessura da pele e desenvolvimento de acne: aumenta a textura da pele e 
aumenta rigidez (resistência) dos tecidos subcutâneos. Aumenta a secreção de 
glândulas sebáceas do corpo resultando na acne; 
o Formação de proteínas e desenvolvimento muscular: aumento da quantidade 
de proteína; 
 
3 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
o Aumento da matriz óssea e retenção de cálcio: ossos crescem 
consideravelmente mais espessos e depositam grandes quantidades adicionais 
de sais de cálcio; 
 
- Ato sexual masculino: 
 A fonte mais importante é a glande do pênis 
 Contém estágios: 
o Ereção peniana: nervos parassimpáticos – liberação de oxido nítrico, peptídeo 
intestinal vasoativo e acetilcolina. Ativa enzima guanil ciclase, relaxa músculos 
lisos vasculares e aumento fluxo sanguíneo; 
o Lubrificação: função parassimpáticos – secreção das glândulas bulbouretrais; 
o Emissão: contração do canal deferente e ampola expulsando sptz para uretra 
interna; 
o Ejaculação: aumento rítmico e ondulatório da pressão; 
 Outra divisão, em fases: 
o Fase do desejo: sistema límbico; 
o Fase de excitação: vasocongestão, aumenta tensão muscular, batimentos 
cardíacos, pressão sanguínea, respiração; 
o Fase de platô; 
o Fase orgásmica: contração regular; 
o Fase de resolução: voltam ao nível basal. 
OOGÊNESE: 
- Esse processo de maturação 
inicia-se antes do nascimento e é 
completado depois da puberdade. 
Continuando-se até a menopausa, 
a cessação permanente da 
menstruação; 
 
- Na ovulação, o núcleo do ovócito 
secundário inicia a segunda divisão 
meiótica, mas progride apenas até 
a metáfase, quando, então, a 
divisão é interrompida Se um 
espermatozoide penetra o ovócito 
secundário, a segunda divisão 
meiótica é completada e a maior 
parte do citoplasma é novamente 
mantida em uma célula, o ovócito 
fecundado. A outra célula, o 
segundo corpo polar, uma célula 
também pequena e não-funcional, 
logo degenera. Assim que o 
segundo corpo polar é degradado, 
a maturação do ovócito se termina. 
 
4 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 
- Ciclos reprodutivos femininos: 2 CICLOS 
HIPOTÁLAMO GnRH ADENO-HIPÓFISE 
 
 LH FSH 
 
 FSH: folículo estimulante – estimula maturação dos folículos e secreção do estrogênio. 
 LH: luteinizante – disparador da ovulação, estimula o corpo lúteo e células foliculares a 
produzirem/ secretarem progesterona; 
CICLO OVARIANO: 
 FSH e LH promovem mudanças cíclicas no ovário; 
 
 Dividido em fases: 
o FASE FOLICULAR: ocorre o crescimento e diferenciação do ovócito primário, 
proliferação das células foliculares, formação da zona pelúcida, 
desenvolvimento das tecas foliculares. O desenvolvimento inicial dos folículos 
ovarianos é induzido pelo FSH, mas os estágios finais de maturação requerem 
também o LH. Os folículos em crescimento produzem estrogênio, um hormônio 
que regula o desenvolvimento e a função dos órgãos reprodutivos. 
o OVULAÇÃO: A ovulação é disparada por uma onda de produção de LH, 
normalmente se segue ao pico de LH por 12 a 24 horas. A onda de LH, induzida 
pelo alto nível de estrogênio sanguíneo, parece causar a tumefação do estigma, 
formando uma vesícula. O estigma logo se rompe, expelindo o ovócito 
secundário com o fluido folicular. 
o LÚTEA: Logo após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e da teca folicular 
sofrem colapso e se tornam enrugadas, sob a influência do LH, elas se 
desenvolvem em uma estrutura glandular — o corpo lúteo — que secreta 
progesterona e alguma quantidade de estrogênio, fazendo as glândulas 
 
5 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
endometriais secretarem e prepararem o endométrio para a implantação do 
blastocisto. 
 Se ovócito for fecundado: o corpo lúteo aumenta de tamanho e forma o 
corpo lúteo gravídico, aumentando sua produção hormonal. Quando ocorre 
a gravidez, a degeneração do corpo lúteo é impedida pela gonadotrofina 
coriônica humana um hormônio secretado pelo sinciciotrofoblasto do 
blastocisto. O corpo lúteo gravídico permanece funcionalmente ativo 
durante as primeiras 20 semanas de gravidez. Nessa época, a placenta 
assume a produção de estrogênio e progesterona necessários para a 
manutenção da gestação. 
 Se não for fecundado: o corpo lúteo involui e degenera 10 a 12 dias após a 
ovulação, quando é chamado de corpo lúteo da menstruação. 
Posteriormente, o corpo lúteo é transformado em uma cicatriz branca no 
ovário — o corpo albicans. 
CICLO MENSTRUAL: 
 Hormônios produzidos pelos folículos ovarianos e corpo lúteo – estrógeno e 
progesterona - causam mudanças no endométrio. Média de 28 dias de ciclo; 
 
 Dividida em fases: 
o FASE MENSTRUAL: ocorre a queda dos hormônios estrógeno e progesterona, a 
camada funcional da parede uterina é desprendida e descartada (4-5 dias). Com 
a queda da progesterona as artérias espiraladas ficam comprimidas diminuindo 
a vascularização ocorrendo a necrose e descamação. 
o FASE PROLIFERATIVA: coincidecom o crescimento dos folículos ovarianos e é 
controlada pelo estrógeno secretado pelos mesmos. Endométrio se recupera 
(dura em torno de 9 dias). 
 
6 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
o FASE SECRETÓRIA/ LUTEA: coincide com a formação, crescimento e 
funcionamento do corpo lúteo. A progesterona produzida pelo corpo lúteo 
estimula o epitélio glandular a secretar material rico em glicogênio. 
 Se ocorrer fertilização: Ocorrem a clivagem do zigoto e a blastogênese 
(formação do blastocisto), blastocisto começa a se implantar no endométrio 
em torno do sexto dia da fase lútea (dia 20 de um ciclo de 28 dias). A hCG, 
um hormônio produzido pelo sinciciotrofoblasto, mantém o corpo lúteo 
secretando estrogênios e progesterona. A fase lútea prossegue, e nao 
ocorre a menstruação. 
 Se não ocorrer fertilização: O corpo lúteo degenera. Os níveis de estrogênio 
e progesterona caem e o endométrio secretor entra na fase isquêmica. 
Ocorre a menstruação. 
- Função dos estrogênios – seus efeitos sobre características sexuais femininas primarias e 
secundarias: 
 Útero e órgãos sexuais femininos: modificação do epitélio vaginal do tipo 
cuboide para estratificado (mais resistentes a infecções e traumas); 
 Tubas: aumento das células epiteliais ciliadas; 
 Mamas: crescimento extenso do sistema de ductulos, deposição de gordura 
nas mamas; 
 Esqueleto: aumenta atividade osteoblastica do osso – osteoporose na 
velhice devido deficiência de estrógeno; 
 Aumentam deposito de gordura no tecido subcutâneos; 
- Função da progesterona: 
 Relacionada com a preparação final do útero para gravidez e mamas para lactação; 
 Útero: promove alteração no endométrio preparando- o para implantação do ovo 
fertilizado, diminui a frequência das contrações uterinas impedindo a expulsão do ovo 
fertilizado. 
- Ato sexual feminino: 
 Divisão: 
o Estimulação; 
o Ereção e lubrificação: sinais parassimpáticos; 
o Orgasmo: análogo a emissão e ejaculação no homem; 
 Outra divisão: 
o Fase do desejo: sistema límbico; 
o Fase de excitação: miotomia (tensão muscular), vasocongestão, lubrificação 
vaginal, aumento do clitóris; 
o Fase de platô: vasocongestão local máxima e pequenos lábios ingurgitados; 
o Fase orgásmica: contrações reflexas ritmadas dos músculos perivaginais e 
perineais; 
o Fase de resolução: estado basal. 
- Métodos contraceptivos: 
1. Métodos de Comportamento – Ritmo; Billings; Temperatura Basal; Sintotérmico; Coito 
interrompido. 
 
7 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 Ritmo, Tabela, Calendários ou Ogino Knaus; 
 Temperatura Basal: Após a ovulação ocorre um aumento dos níveis séricos 
de progesterona, que atua no centro termorregulador no hipotálamo, 
gerando uma elevação na temperatura basal entre 0,3 e 0,8ºC; fenômeno 
que denuncia a postura ovular. A mulher deverá manter-se em abstinência 
durante toda a primeira fase do ciclo até três dias após primeiro dia do 
aumento da temperatura, o que além da certeza da ovulação, garante que 
o óvulo não é mais fecundável; 
 Muco Cervical, Billings: Neste método, a mulher tenta prever o período 
fértil analisando o muco cervical com os dedos. Após a menstruação, 
normalmente, existe um período de secura vaginal seguido por um 
progressivo aumento da quantidade do muco, que se torna mais 
escorregadio e elástico devido à ação estrogênica da fase proliferativa, 
atingindo o ponto máximo dessas alterações no período da ovulação, e 
regredindo após este período devido a ação da progesterona. 
2. Métodos de Barreira – Mecânicos: condom (camisinha), diafragma\esponja; Químico: 
espermaticidas 
3. Dispositivos Intra-uterinos – Não-medicados; Medicados 
4. Contracepção Hormonal – Oral: combinado (monofásico, bifásico e trifásico), minipílula 
e pílula do dia seguinte; Injetável: mensal e trimestral 
 São constituídos de um estrogênio e uma progesterona (progestogênio) 
sintéticos. Eventualmente, um progestogênio isolado é utilizado. São 
confeccionados em formulações oral, vaginal, transdérmica, injetável e na 
forma de implantes. Mecanismo de Ação: os contraceptivos combinados 
promovem a anovulação através do bloqueio do eixo hipotálamo-hipófise. 
Suprimem o LH e o FSH basais e diminuem a capacidade da hipófise de 
secretar gonadotrofinas, quando estimuladas pelo GnRh, além de 
possuírem ação hipotalâmica. Com isto, os folículos ovarianos não 
amadurecem, não produzem estrogênio e não ocorre o pico de LH no meio 
do ciclo (fundamental para a ovulação). 
 ACO: combinado ou minipílula (Tem uma dose de progestogênio de metade 
a 1\10 dos ACO combinados. É mais apropriada para a lactação, visto que 
sua eficácia menor pode ser compensada pelo efeito anticoncepcional da 
lactação); 
5. Contracepção Cirúrgica – Feminina: ligadura tubária; Masculina: vasectomia 
SEXUALIDADE FEMININA E MASCULINA: 
 
 
8 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
- Possíveis DTS’s e agentes causadores: 
 Clamídia: chamydia trachamatis; 
 Tricomoníase: Trichomonas vaginalis 
 Sífilis: Treponema Pallidum; 
 Gonorreia: Neisseria Gonopholae; 
 HIV: vírus HIV; 
 Hepatite B: VHB. 
ABUSO SEXUAL: 
-Conduta frente ao abuso: 
VÍTIMA PONTOS DE ATENCAO A SAUDE ACOLHIMENTO 
 
 ATENDIMENTO CLINICO 
 
 ATÉ 72 HORAS APÓS 72 HORAS 
 
 
 Anticoncepção de emergência Teste rápidos 
 Exames laboratoriais Exames laboratoriais 
 Profilaxia HIV/DST’s NÃO faz profilaxia HIV 
 
 
9 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 Notificação compulsória (sempre); 
 Atendimento psicológico (CAPS, NASF); 
 Orientação e encaminhamento sobre denúncia da violência sexual; 
 Se engravidar tem escolha para continuar a gravidez  se não desejar tem 
acompanhamento psicológico e clinico; 
 Menor de 14 anos acionar conselho tutelar; 
 Anticoncepção de emergência (AE): PILULA DO DIA SEGUINTE: 
o Levonorgestrel 1,5 mg dose única; 
o Se utilizada na 1° fase do ciclo menstrual: antes do pico de LH – altera 
desenvolvimento dos folículos impedindo a ovulação ou retardando-a; 
o 2° fase do ciclo menstrual: altera transporte dos sptz e do ovulo nas trompas, 
modifica muco cervical (mais espesso e hostil, impedindo migração dos sptz 
pelo trato genital, interfere na capacitação); 
o IMPEDE SEMPRE ANTES DA FECUNDAÇÃO – NÃO ABORTA; 
FECUNDAÇÃO E FORMAÇÃO DO ZIGOTO: 
 Local de fecundação é a ampola da tuba uterina; 
 Fases da fecundação: 
1. Passagem dos sptz através da corona radiata do oócito; 
2. Penetração da zona pelúcida: enzima acrosina causa lise da zona pelúcida; 
3. Fusão das membranas plasmáticas celulares do oócito e sptz: mudança da zona 
pelúcida (impede que outros sptz entrem). A cabeça e a cauda do sptz entram 
no citoplasma do oócito; 
4. Termino da 2° meiose do oócito: forma o 2° corpo polar (degenera) e o oócito 
maduro  núcleo se torna prónucleo feminino; 
5. Formação do pronúcleo masculino: dentro do citoplasma do oócito o sptz 
aumenta de tamanho e se forma prónucleo masculino; 
6. Ruptura das membranas pronucleares: Logo que os pronúcieos se fundem em 
uma agregação de cromossomos única e diplóide, a oótide torna-se um zigoto 
(46 cromossomos); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 
PROBLEMA 2: 
GRAVIDEZ: 
- Sinais de presunção: 
 4 semanas – Amenorréia. É o sinal mais precoce. Em mulheres jovens, regularmente 
menstruadas, e com vida sexual, a ausência do catamênio pressupõe a prenhez. 
 5 semanas – Náuseas. Cercade 50% das mulheres sofrem de náuseas, por via de regra 
matutinas, durante o primeiro trimestre da gestação, tendo como conseqüência 
imediata os vômitos e a anorexia. Outras, pelo contrário, têm o apetite aumentado, não 
sendo raro sua perversão, ou a extravagância alimentar. 
 Congestão mamária. Com 5 semanas, as pacientes relatam que as mamas estão 
congestas e doloridas. À 8º semana, a aréola primária torna-se mais pigmentada e 
surgem tubérculos de Montgomery. Em torno de 16 semanas, secreção amarela – 
colostro – é produzida e pode ser obtida por expressão mamária correta. É 
contemporâneo o aumento da circulação venosa – rede de Haller. Cerca de 20 semanas, 
surge a aréola secundária, traduzindo a maior pigmentação, de limites imprecisos, em 
volta do mamilo 
 6 semanas – Polaciuria. A micção freqüente, com emissão de quantidade reduzida de 
urina, é habitual no 2º e no 3º mês, quando o útero, aumentado de volume e em 
anteflexão acentuada, comprime a bexiga. No 2º trimestre, cessa a sintomatologia, que 
retorna nas 2 últimas semanas, ao se insinuar a apresentação fetal. 
- Sinais de probabilidade: 
 6 semanas – Amenorréia. Após 10-14 dias de atraso menstrual, constitui sinal de 
probabilidade. Nem sempre gravidez indica, pois ocorrente também em diversas 
circunstâncias fisiológicas e patológicas. O aleitamento e a menopausa determinam-na. 
Entretanto, muitas mulheres concebem durante o aleitamento ao se intercalar o ciclo 
ovulatório. *Perda sanguínea cíclica semelhante à menstruação, conquanto mais 
escassa, não exclui a prenhez, pois pode aparecer nos primeiros meses. (hemorragia de 
implantação ovular). 
 Aumento do volume uterino. O toque combinado colige as alterações que a prenhez 
imprime ao útero. Fora da gestação, o órgão é intrapélvico, locado abaixo do estreito 
superior. Grávido, expande-se; na prenhez de 6 semanas tem o volume de tangerina; 
com 10 semanas, o de uma laranja, e com 12 o tamanho da cabeça fetal, sendo palpável 
logo acima da sínfise púbica. 
 8 semanas – Alterações da consistência uterina. O útero vazio é firme. Grávido, com 8 
semanas, adquire consistência cística, elástico-pastosa, principalmente no istmo. Por 
vezes tal é o amolecimento dessa região, que se tem a sensação de achar-se o corpo 
separado do colo. 
 Alteração da forma uterina. Inicialmente cresce o útero de modo assimétrico, 
desenvolvendo-se mais acentuadamente na zona de implantação. A sensação tátil é de 
abaulamento e amolecimento aí localizados, percebendo-se, vez por outra, sulco 
separando as duas regiões (sinal de Piskacek). Na ausência da prenhez, os fundos-de- 
saco estão normalmente vazios; a partir de 8 semanas, quando a matriz, de piriforme 
 
11 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
assume a forma globosa, o dedo que examina encontra-os ocupados pelo corpo uterino 
(sinal de Nobile- Budin). Há percepção dos batimentos do pulso vaginal, nos fundos-de- 
saco (sinal de Osiander), à conta da hipertrofia do sistema vascular. 
 Completar-se- á o toque pelo exame especular, que poderá precedê-lo, consoante a 
rotina estabelecida. Ao entreabrir-se a vulva, chama à atenção a coloração violácea da 
sua mucosa (vestíbulo e meato urinário), o que se denomina sinal de Jacquemier ou de 
Chadwick. A mesma tonalidade da mucosa vaginal constitui o sinal de Kluge. 
 16 semanas – Aumento do volume abdominal. O útero se torna palpável com 12 
semanas, e o aumento do volume abdominal, progressivo, percebe-se em torno de 16 
semanas. 
- Sinais de certeza: 
 BCF: 
o US transvaginal: 6-7 semanas; 
o Sonar Doppler: 12° semanas; 
o Esteto de Pinart: 20° semanas; 
 Percepção de movimento fetais pelo examinador; 
- Diagnósticos: 
 US: 
IDADE GESTACIONAL ACHADOS ECOGRÁFICOS 
Início da 4° semana Espessamento do endométrio; 
4-5 semanas Saco gestacional visualizado; 
5-6 semanas Saco gestacional + vesícula vitelínica; 
6-7 semanas Embrião com 3-9 mm e identificação de 
BCF; 
7-8 semanas Embrião com 10-15mm, diferenciação da 
cabeça/tronco; 
8-9 semanas Embrião com 16-20mm, visualização dos 
membros superiores e inferiores; 
9-10 semanas Visualização dos primeiros movimentos 
do embrião, pico do BCF (180bpm) 
o IDADE GESTACIONAL X EMBRIOLÓGICA: 14 dias de diferença. Idade gestacional 
conta a partir do 1° dia da DUM. Idade embriológica conta a partir da fecundação 
(14°dia do ciclo). 
 SANGUE: beta- hCG – já se dá positivo 1 semana após a fecundação. Valores de 
referência: 
< 5 mUI/ml Negativo 
5-25 mUI/ml Indeterminado 
> 25 mUI/ml Positivo 
 
- Alterações na gravidez: Alterações hormonais, circulatórias e metabólicas nutricionais: ao 
mesmo tempo; 
 ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS: 
o 1° adaptação: aumento do volume do liquido extra celular (6°semanas); 
o 2° adaptação: aumento do débito cardíaco (8° semanas)  aumenta de 30/50%, 
com máximo no 2° trimestre; aumenta FC 10-20%, aumenta volume sanguíneo 30% 
 
12 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
o 3° adaptação: diminuição acentuada da resistência vascular periférica; 
o 4° adaptação: diminuição da reatividade vascular; leve queda PAS, acentuada 
queda de PAD; 
o Sintomas gerais: dispneia, diminuição da tolerância a exercícios físicos, taquicardia, 
alterações na ausculta cardíaca. 
o Diminuição do retorno venoso: compressão da VCI pelo aumento do volume 
uterino facilitando a formação de edema nos membros inferiores; 
o Fatores responsáveis: 
 Baixa resistência criada pela placenta; 
 Diminuição da resistência vascular periférica  hormônios vasodilatadores 
(progesterona); 
 Compressão pelo útero gravídico; 
 ALTERAÇÕES RENAIS: 
o Rins aumentam de volume intersticial, aumento fluxo sanguíneo  aumento do 
fluxo plasmático renal  aumento da taxa de filtração glomerular  diminuição 
da creatinina plasmática; 
o Dilatação dos ureteres e pelve renal (ação da progesterona); 
 ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS: 
o Aumento do volume sanguíneo (40-50% maiores do que os valores pré-
gravídicos). 
o Aumentam as necessidades de ferro e de ácido fólico. 
o Aumento no volume de hemácias, mas a hemodiluição diminui sua 
concentração final. 
o Volume plaquetário ligeiramente diminuído. 
o Eleva-se o fibrinogênio e, de uma forma geral, todos os fatores de coagulação, 
exceto XI e XIII. 
o Sistema fibrinolítico está inibido durante a prenhez e o parto. 
o Diminuição da resposta imunológica. 
o Leucócitos aumentados por conta de neutrófilos maduros (leucócitos tem a sua 
função alterada durante a gravidez; evidencia-se uma espécie de supressão da 
imunidade humoral e celular. Este fenômeno visa evitar a rejeição fetal). 
 APARELHO LOCOMOTOR: 
o A partir do 3° trimestre: marcha anserina (aumento do volume abdominal 
desviando o centro de gravidade para frente  lordose acentuada com 
aumento da base dos pés), desconforto ao caminhar devido a relaxina que faz 
com que os ligamentos da pelve e quadril fiquem distendidos causando o 
desconforto. 
 METABOLISMO: 
o Carboidratos – a gravidez normal acompanha-se de uma leve hipoglicemia de 
jejum, hiperglicemia pós-prandial e hiperinsulinemia (mais comum no 3º 
semestre). 
o Hidrico – retenção de agua devido alteração da osmolalidade plasmática 
(edema); 
o Lipídios – as concentrações plasmáticas de lipídios, lipoproteínas e 
apolipoproteínas aumentam consideravelmente durante a gravidez. LDL, HDL e 
triglicerídeos elevam-se. 
 SISTEMA DIGESTIVO: 
o Náuseas e vômitos no primeiro trimestre. 
 
13 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
o Gengivas hiperemiadas e friáveis. 
o Esvaziamento gástrico retardado e constipação (atonia intestinal). 
o Pirose 
o Bilirrubina diminui 
o Globulinas – aumenta. 
o Concentração plasmática de albumina – diminui. 
o Conteúdo total de albumina – aumenta. 
 CUTÂNEAS: 
o Aumento do estrógeno e progesterona- Hipertrofia do lobo intermédio da 
hipófise  estimulação dos melanócitos  aumenta com exposiçãosolar (linha 
nigrans, cloasma); 
- VOMITO E HIPERÊMESE GRAVIDICA: 
 HIPEREMESE GRAVIDICA: vômitos contínuos que impedem a alimentação (patológico), 
administração de antieméticos (metoclopramida, dimenidrato, reidratação hídrica); 
 
ACIDO FÓLICO: 
- Atua na prevenção de anencefalia e outros defeitos abertos do tubo neural (ácido fólico, 
folacina ou ácido pteroil-L-glutâmico): papel fundamental no processo de multiplicação celular 
e formação de proteínas estruturais da hemoglobina. O ácido interfere no aumento de 
eritrócitos, células miometriais do útero gravídico e do crescimento da placenta e ferro, ajuda 
na divisão celular e síntese proteica  a deficiência de folato pode impedir a renovação celular 
adequada durante um momento crítico no fechamento do tubo neural (formação incompleta); 
- DATN (defeitos abertos do tubo neural): anencefalia, encefalocele, espinha bífida; 
- Dosagem: 
 Normalmente: 400 µg/dia = 0,4 miligramas; 
 Com antecedentes familiares de DATN: 4000 µg/dia = 4 miligramas; 
 Recomenda-se a utilização de 30 dias antes de engravidar e continuar tomando durante 
todo o 1° trimestre; 
 Contraindicação: anemia perniciosa, hipersensibilidade; 
 
PROBLEMA 3: 
ABORTAMENTO: 
- É abortamento a expulsão do ovo antes de sua vitabilidade. De acordo, porém, com a OMS, 
abortamento é a expulsão ou a extração de concepto pesando menos de 500g, ou com idade 
gestacional inferior a 22 semanas (equivalem, aproximadamente, a 20-22 semanas completas – 
140-150 dias completos). 
 
 
 
14 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 
- Possui formas clinicas: 
Evitáveis Inevitáveis 
 
Ameaça de aborto Abortamento completo, incompleto, infectado, retido, habitual 
- AMEAÇA DE ABORTAMENTO: complicada por sangramento antes de 22 semanas. Hemorragias 
traduzindo anomalia decidual e/ou descolamento do ovo, dores e sinal de contração uterina. 
Metrorragia primeiro a revelar distúrbios na evolução da gravidez, são mais sérios os 
sangramentos precoces de longa duração e de cor “borra de café”, dores precedem, 
acompanham e sucedem a hemorragia. 
 Exames: físico e complementar (us transvaginal); 
 Chama-se ovo anembrionado, ao ultra-som, quando estando o saco gestacional > 15 
mm não se vê o embrião. 
 Tratamento: repouso relativo, proibição do coito, sintomáticos; 
- ABORTAMENTO INEVITAVEL: raro após 8 semanas, o sangramento é mais abundante e com 
sangue de cor viva  solicitar antibiótico terapia profilática, imunoglobulina anti-Rh em 
pacientes Rh- 
 Tratamento: 
o Até 12 semanas: dilatação seguida de aspiração a vácuo ou curetagem; 
o Após 12 semanas: ocitocina; 
- ABORTAMENTO COMPLETO: todo produto da concepção foi eliminado sem a necessidade de 
intervenção medica ou cirúrgica. Frequente até 8 semanas. Com a expulsão do feto cessam as 
cólicas e sangramento se reduz. 
 Exames: US 
- ABORTAMENTO INCOMPLETO: parte da concepção foi eliminado mas podem estar retidos 
feto, placenta ou membranas. Comum após 8 semanas, quando as vilosidades coriônicas ficam 
aderidas ao útero. Sangramento não cessa, intermitente, pode ser intenso e ocorro por que os 
restos ovulares impedem contração uterina, persistem cólicas, revela expulsão de massa 
carnosa, útero amolecido com volume aumentado, escoamento de L.A. 
 Tratamento: curetagem e aspiração a vácuo; 
- ABORTAMENTO INFECTADO: ameaça de abortamento seguida de expulsão do ovo, em geral, 
incompleta, introdução de sondas, hastas de laminas, soluções diversas. Dividida em 3 tipos: 
I. Mais comum. Hemorragia escassa, dores discretas e continuas, algumas cólicas, 
pequena elevação térmica (um pouco acima de 38°C); 
II. Localizada em todo miométrio, paramétrios e anexos e compromete peritônio pélvico. 
Hemorragia não é relevante, mas o sangue é mesclado com liquido sanioso de odor 
fecaloide, temperatura em torno de 39°C, taquicardia, desidratação, anemia, dores 
constantes. 
 
15 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
III. Grave, infecção generalizada. Peritonite, septicemia, choque séptico decorrentes pelo 
acometimento de GRAM -, febre alta, pulso rápido, hipotensão arterial, abdômen 
distendido, vômitos, desidratação acentuada; 
 Tratamentos: concomitante ao esvaziamento uterino: terapêutica anti-infecciosa 
(clindamicina e gentamicina), ocitócitos, sangue. 
 
- CONDUTAS FRENTE AO ABORTO: há situações que a mulher pode optar pelo abortamento 
como: 
 Gestações resultantes de abuso sexual (a gravidez tenha resultado de crime contra a 
liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção for realizada nas primeiras 12 
semanas de gravidez); 
 Fetos anencefalos; 
 Risco de morte para mãe. 
 
DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL: 
- Eritroblastose fetal; 
- Para a ocorrência da DHPN é necessário o preenchimento dos seguintes critérios: 
1. Incompatibilidade sanguínea materno-infantil: Para que ocorra DHPN é necessário que 
o feto possua um antígeno eritrocitário (de herança paterna) ausente no organismo da 
gestante e capaz de imunizá-la. Mãe Rh- , feto Rh+. 
2. Aloimunização materna: aparecimento de anticorpos circulantes anti-D na circulação 
de gestantes Rh negativo em resposta aos antígenos D provenientes da circulação de 
fetos Rh positivo, inexistentes nas hemácias maternas. O contato do sangue fetal com o 
sangue materno e a conseqüente sensibilização da gestante ocorrem a partir de 
hemorragias feto-maternas que podem ocorrer durante a gestação, como nos casos de 
sangramento de primeiro trimestre, e principalmente durante o parto, em especial nos 
do tipo operatório. Inicialmente os antígenos fetais são fagocitados pelos macrófagos 
maternos, processados e levados aos linfócitos, constituindo-se o que se chama de 
memória linfocitária, com conseqüente formação de anticorpos do tipo IgM, que têm 
peso molecular elevado e não atravessam a barreira placentária. A esse processo dá-se 
o nome de resposta imunológica primária, que é limitada, de baixa intensidade e de 
curta duração, e, portanto, não é capaz de desencadear a doença. Por isso, postula-se 
que normalmente em primeiras gestações a gestante pode sofrer apenas sensibilização 
e raramente desenvolve a doença hemolítica. Em gestações seguintes ou em caso de 
transfusões incompatíveis, haverá nova passagem de hemácias Rh-positivo para a 
circulação materna. Porém, devido a memória linfocitária, já haverá um 
reconhecimento antigênico, com conseqüente produção de anticorpos do tipo IgG, que 
têm peso molecular baixo e podem atravessar a barreira placentária. Agora, tal processo 
é passível de acontecer mesmo em casos de hemorragias pequenas e a presença de 
imunoglobulinas desta classe já pode ser detectada pelo Teste de Coombs Indireto, 
baseado na detecção do título de antiglobulina humana. 
3. Passagem de anticorpos da gestante para o organismo do feto: Os anticorpos do tipo 
IgG, ao invadirem a circulação fetal, podem fixar-se às hemácias dos conceptos, por uma 
 
16 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
reação antígeno-anticorpo, com posterior hemólise e instalação de hematopoiese extra-
medular no fígado e baço. Este processo é responsável pelo desenvolvimento da anemia 
fetal, que pode ser leve, moderada ou grave, dependendo da intensidade da hemólise 
e da quantidade de eritroblastos apenas em sua forma jovem. Na DHPN os anticorpos 
envolvidos são da classe IgG, mais freqüentes na imunização pelo sistema Rh; já a 
aloimunização pelo sistema ABO dá origem com maior freqüência a anticorpos IgM. Este 
é um dos motivos para a maior gravidade da aloimunização Rh. 
4. Ação dos anticorpos no concepto: Frente à anemia fetal, ocorre diminuição da 
viscosidade sanguínea, pela menor concentração de hemácias na circulação, 
conseqüente à hemólise. A anemia leva à hipóxia tissular e posterior vasodilatação 
periférica. Há estimulação dos quimiorreceptores e aumentoda contratilidade 
miocárdica. Desta forma, ocorre como conseqüência, um aumento do débito cardíaco, 
configurando o quadro de hipercinesia. Posteriormente, com o agravamento da anemia, 
pode ocorrer insuficiência cardíaca e conseqüente falência miocárdica. Além disso, 
devido à hematopoiese extra-medular, pode haver desenvolvimento de hipertensão 
porta e hipoproteinemia. Estes fatores, em conjunto, são responsáveis pelo quadro de 
hidropsia fetal, caracterizado pelo extravasamento de líquido para o terceiro espaço, 
com formação de derrame pleural, derrame pericárdico, ascite e edema cerebral. Além 
disso, pode haver desenvolvimento do quadro de kernicterus no recém-nascido, pela 
impregnação das células cerebrais por bilirrubina, podendo incluir desenvolvimento de 
letargia, hipertonicidade, perda auditiva, paralisia cerebral e dificuldade de 
aprendizado. 
- Diagnostico: 
ANTEPARTO: US, cordocentese, teste de Coombs; 
PÓS PARTO NO RN: icterícia grave, hidropsia fetal. 
 - Tratamento: 
 Transfusão intravascular; 
 Transfusão neonatal; 
 Fototerapia (bilirrubina é fotossensível  biliverdina); 
- Prevenção: 
 Rastreamento sorológico; 
 Profilaxia ante-parto: administração de igG anti-D (28 semanas); 
 Profilaxia pós parto: 72h administração de igG anti-D; 
 
PROBLEMA 4: 
 
PRÉ NATAL: 
- Segundo a OMS o ideal é 6 consultas ou mais. Calendário das consultas obstétricas: mensais 
até 32 semanas e quinzenais até 36 semanas e após são semanais até o parto. 
 
17 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
- Objetivos: orientar hábitos de vida (higiene pré natal), assistir psicologicamente a gestante... 
- Serviços de apoio a gestante: 
 Rede cegonha: 4 componentes – pré natal, parto e nascimento, puerpério e atenção 
integral a saúde da criança, sistema logístico; 
 DataSUS- SisPRENATAL; 
 IPED- APAE: Os exames de Triagem Pré-Natal são de extrema importância para uma 
gestação segura, pois através dele é possível identificar e reduzir muitos problemas de 
saúde que podem atingir a mãe e o bebê como doenças, infecções ou disfunções que, 
detectadas precocemente, possibilita um tratamento com maior êxito. A Triagem Pré-
Natal é dividida em duas fases, são elas: 
o Primeira Fase: são coletadas gotas de sangue dos dedos da mão da gestante, 
esta coleta é feita em papel filtro no próprio IPED ou em qualquer unidade de 
saúde pública do Estado. A partir daí são realizados 15 exames que detectam as 
seguintes doenças: Toxoplasmose, Rubéola, Doenças da Inclusão Citomegálica, 
Sífilis, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), Doença de Chagas, 
Hepatite B e C, Vírus Linfotrópico Humano (HTLV), Hipotireoidismo e Anemia 
Falciforme e outras Hemoglobinopatias. 
o Segunda Fase: a coleta é feita com o mesmo procedimento realizado na 
Primeira Fase e deve ser efetuada a partir da 28ª semana de gestação. Nesta 
fase são feitos os exames para detectar as seguinte patologias: Toxoplasmose, 
Sífilis e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). 
- 1° CONSULTA: determinados: 
 DUM para cálculo da idade gestacional e data provável do parto (DPP); 
 Peso e P.A 
 Toque vaginal no 1° trimestre ratifica ou corrige a idade da prenhez pela DUM; 
 Palpação abdominal após o 1° trimestre, medida do fundo de útero avaliando idade 
gestacional e crescimento do concepto; 
 Ausculta do BCF; 
 Movimentos fetais a partir de 18° semanas (pela mãe); 
 EXAMES LABORATORIAIS: 
o Tipagem sanguínea, hemogroma completo, VDRL, glicemia em jejum, urina 
tipo I, HbsAg, rastreio para HIV, IgM e IgG para toxoplasmose, US, doppler; 
 
18 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 
- Resultados: 
o Glicemia: até 85 mg/Dl; 
o TOTG (24-28 semanas) >85 pede TOTG; 
o Hb: 11-16,5 
o Ht: 34-37 
o Plaquetas: 150.000-400-000 
o Leucocitos: 4.500- 20.000 
o Bastonetes = 1 tri (1,85) 2 tri (2,70) 3 tri 
(3,0) 
o TSH= 1 tri (0,1-2,5) 2 tri (0,2-3,0) 3 tri 
(0,3-3,0) 
 
 
- PROXIMAS CONSULTAS: 
 Peso e P.A 
 Exame obstétrico para AU e partes fetais a partir do 3° trimestre; 
 BCF; 
 Toque vaginal a partir de 36° semanas para avaliação de modificações próprias do 
período pré parto. 
 STREPPTOCOCCUS B: Para impedir a infecção neonatal pelo Estreptococos do grupo B 
é importante que a bactéria seja identificada e tratada antes do trabalho de parto: 
entre a 35ª e 37ª semanas de gestação os obstetras fazem habitualmente o exame do 
cotonete, que consiste na obtenção de material da vagina e do ânus com uma espécie 
de cotonete para pesquisar a presença do Estreptococos do grupo B. 
- HIGIENE PRÉ-NATAL: 
 Exercícios físicos: mais importante trabalhar a flexibilidade e fortalecimento dos 
músculos pélvicos. Os mais aconselháveis: caminhada, natação, hidroginástica, ioga. 
 Tabagismo: relacionado a restrição do crescimento fetal; 
 Alcool: álcool etílico é teratogênico que atravessa a barreira placentária alcançando o 
organismo fetal  síndrome alcoólica fetal: retardo mental, anomalias congênitas 
cardíacas, defeitos articulares, irritabilidade persistente, retardo do desenvolvimento 
mental e neuromotor. 
 Nutricional: comer proteínas, vitaminas e minerais, evitar açúcar, óleo  DIETA 
HIPERPROTEICA, HIPOLIPIDICA, HIPOGLICIDICA; 
 
19 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 
- Consultas de alto X baixo risco: 
 
 
 
- ULTRASSOM: 
 Primeiro ultrassom intravaginal: entre 5° e 8° semana 
o Datação; 
o Coriocidade; 
o Gestação tópica ou ectópica; 
o Vitalidade do feto; 
o Localização do saco gestacional; 
 Primeiro trimestre: entre 11 e 13° semanas e 6 dias: TRANSLUCÊNCIA NUCAL 
o Caracterização da vitalidade embrionária, BCF; 
o Diagnostico de gestação múltipla; 
o Translucência nucal –anomalia cromossômica (normal <2,5mm); 
o Osso nasal; 
o Ducto venoso; 
 Segundo trimestre: 20 e 23° semanas: MORFOLÓGICO 
o Avaliação do crescimento fetal (RCIU)- peso e altura; 
o Morfologia; 
o Rastrear DHEG; 
o Medir colo via vaginal; 
 Terceiro trimestre: 
o Verificar função placentária (maturidade) 
o Desenvolvimento fetal, vitalidade do feto, posição; 
 
ANEXOS EMBRIONÁRIOS: 
- PLACENTA: 
 O ovo humano, fecundado numa das duas trompas que ligam o útero aos ovários, chega 
ao útero cinco dias depois, já amplamente modificado e com o nome de biastocisto. 
 O blastocisto tem a forma de uma esfera oca, constituída por dois tipos de células. Um 
deles – o trofoblasto – dá origem à placenta; a partir do outro, desenvolve-se o embrião. 
Ao chegar ao útero, o blastocisto adere à parede uterina e vai escavando até penetrar 
 
20 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
por completo no endométrio (camada interna da cavidade uterina). A penetração se faz 
por destruição de células do endométrio, pela ação de enzimas produzidas pelo 
trofoblasto. 
 O blastocisto cresce depressa e adquire aparência enrugada. Os enrugamentos são 
pequenos prolongamentos, chamados VILOS, compostos por tecido conjuntivo. São 
utilizados pelo blastocisto para penetrar a parede uterina. As vilosidades, quando a 
placenta se desenvolver, constituirão o tecido de arcabouço da placenta. 
 Normalmente, a penetração das vilosidades é detida pelo miométrio, a parede muscular 
do útero. Enquanto isso, no endométrio, que é a camada interna do útero, forma-se 
uma cavidade, dentro da qual o blastocisto se desenvolve rapidamente. O trofoblasto 
se torna liso na parte que acompanha a curvatura da cavidade. Mas na parte que adere 
ao miométrio, continua cheio de vilos, como uma esponja do mar. 
 No interior da cavidade que se formou na parede do útero, já vão se desenvolvendo o 
embrião e minúsculos vasos sanguíneos, que acabam por fazer contato com o córion 
frondoso, por dentro de um tubo que dará origem ao cordão umbilical. A partir do 
momento em que os vasos do embrião alcançam o córion, na altura do 14° dia de 
gestação, estabelece-se a circulação placentária,pois logo em seguida o córion frondoso 
passa a chamar-se placenta. 
 Funções da placenta: 
o Metabolismo (glicogênio, lipídeos e acido graxos); 
o Transporte de gases (Difusão simples – H2O, gases como oxigênio, dióxido de 
carbono, ureia ácido úrico. Pinocitose – proteases. Difusão facilitada – 
eletrólitos). 
o Imunização: feto produz pequenas quantidades de anticorpos devido ao seus 
sistema imune imaturo por isso adquire alguma imunidade passiva pela 
transferência placentária de anticorpos maternos, IgG são transportados por 
transcitose; 
 Circulação placentária: 
o Circulação placentária fetal: sangue pouco oxigenado  artérias umbilicais  
artérias coriônicas  entram na vilosidade coriônica  forma sistema arterio 
capilar venoso  permite troca mas sem a mistura dos sangues  sangue fetal 
oxigenado  veia umbilical  feto; 
o Circulação placentária materna: artérias endometriais espiraladas (80-100)  
penetram com grande pressão no espaço interviloso  forra para placa 
coriônica formando um “teto” do espaço interviloso  flui para vilosidades 
terminais  permite troca de produtos metabólicos  retorna das veias 
endometriais  circulação materna; 
- CORDÃO UMBILICAL: ligação à placenta normalmente fica no centro da superfície feral desse 
órgão. Tem usualmente 1 a 2 cm de diamentro e 30 a 90 cm de comprimento. Composto de 
duas artérias e uma veia evolvidos por tecido conjuntivo mucoide (AVA); ARTERIAS  levam 
sangue pouco oxigenado para mãe e VEIA  traz sangue oxigenado para feto; 
- LIQUIDO AMNIÓTICO: 
 É o fluido que preenche a bolsa amniótica e no qual o embrião fica imerso durante a 
gestação; 
 Função: crescimento e desenvolvimento do bebe, proteção contra choques e traumas 
mecânicos, ajuda no controle da temperatura, barreira contra infecções. 
 
21 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 Produção: A bolsa amniótica normalmente forma-se a partir da segunda semana de 
gestação e é ela que coleciona em seu interior o líquido amniótico. Durante os primeiros 
quatro meses da gravidez, o líquido amniótico é produzido pela placenta e pelas 
membranas que envolvem a bolsa. Depois disso, é formado também pelas excreções 
dos rins do bebê, que eliminam sódio e concentram a ureia, modificando assim a sua 
composição química. O líquido amniótico deglutido pelo feto é reabsorvido no intestino 
dele e chega até os rins, onde é filtrado e novamente excretado para a bolsa amniótica. 
O aumento do líquido amniótico durante a gestação não é somente devido à excreção 
urinária, mas também depende da pele, da placenta, do trato gastrointestinal, do 
sistema respiratório e do cordão umbilical. O liquido é composto por material não 
dissolvido que está suspenso como células epiteliais fetais, sais orgânicos (proteínas, 
carboidratos, hormônios, gorduras, enzimas) e inorgânicos. 
 Quantidades: o volume aumenta lentamente, 10 semanas com 30 mL  20 semanas 
com 350 mL  37 semanas com 700 a 1000 mL  Depois desse tempo, o volume vai 
diminuindo aos poucos, até o final da gravidez. 
o Oliodromnia: baixo líquido amniótico. Pode ser por desidratação materna, 
ruptura da bolsa amniótica com perda de liquido, problemas na placenta, 
malformações, síndrome da transfusão feto-fetal (gemelar), medicamentos. 
o Polidrâmnio: maior que 2000mL de liquido no último trimestre. Associado a 
diabetes mellitus, gemelar, transtornos cromossômicos, anomalias; 
 
INFECÇÕES CONGÊNITAS E PERINATAIS: 
- SÍFILIS: 
 Doença infecto-contagiosa causada pelo Treponema pallidum. 
 Formas congênita ou adquirida com fases de atividade recente (primária ou secundária) 
ou tardia (terciária). 
o PRIMARIA: cancro – lesão vermelha única, firme, indolor e elevada (3 a 6 
semanas sem terapia); 
o SECUNDÁRIA: exantema palmar, linfadenopatia e condiloma latum; 
o TERCIÁRIA: neurosífilis 
 TRATAMENTO: O tratamento da gestante infectada pelo T. pallidum é igual ao de não 
gestantes e de acordo com o preconizado: penicilina benzatina IM na dose de 2.400.000 
UI (1.200.000 UI em cada glúteo), com uma aplicação na sífilis primária, duas na sífilis 
secundária e três na sífilis terciária, com intervalos semanais entre as aplicações, além 
disso o controle mensal de cura com VDRL; 
 VDRL: quanto mais alto o título mais positivo o exame. Após tratamento adequado na 
sífilis primaria e secundaria devem declinar cerca de 4 vezes após 3 a 6 meses (1:64  
1:16) e 8 vezes após 6 a 12 meses (1:16  1:2) 
 SINFILIS CONGÊNITA: 
o PRECOCE: sinais e sintomas 2 a 4º semana após parto - pênfigo, meningite, 
rinite, dificuldade respiratória e osteocondrite; 
o TARDIA: sinais e sintomas após 2 anos de vida - doença multissistêmica, 
periostite dos ossos frontais e parietais, maxilar curto, arco do palato elevado, 
anormalidades dentárias, nariz em sela, surdez e tíbia em sabre. 
 
22 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 A transmissão pode ser em qualquer fase da gestação e qualquer estágio da doença. É 
possível a transmissão pelo canal do parto. 
 Os casos podem evoluir para aborto espontâneo, natimorto e óbito perinatal; 
- TORCHZ (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e zika); 
- TOXOPLASMOSE: 
 Causada pelo toxoplasma gondii; 
 Contaminação através da ingestão de oocistos excretados nas fezes do gato ou cisto 
viáveis na carne mal cozida; 
 Causa no feto: Retinocoriodite, hidrocefalia,microcefalia e calcificações intra-cranianas. 
 
 TRATAMENTO: 
o Prevenção da 
transmissão materno fetal: 
espiramicina 3g diários em três 
doses; 
o Infecção fetal 
diagnosticada: sulfadiazina 3g 
diários + pirimetamina 25mg 
diários; 
 
 
 
- RUBÉOLA: 
 Doença viral; 
 Após a viremia materna, a invasão do concepto pelo vírus pode resultar em: 
o Infecção placentária sem infecção fetal 
o Morte e reabsorção do embrião 
o Abortamento espontâneo 
o Natimorto 
o RN com anomalias congênitas 
o Infecção subclínica 
 Sinais gerais: prematuridade, retardo de crescimento e desenvolvimento intra-uterinos 
e pós-natais, aumento da mortalidade, adenopatia e diarréia crônica; 
 Manifestação precoce: Cardiovascular: PCA, Estenose da Artéria Pulmonar e de Valva 
Aórtica, defeitos de septo, Tetralogia de Fallot, coartação da Aorta e necrose 
miocárdica. 
 Manifestação tardia: Surdez: periférica e central. Oculares: Glaucoma, catarata. 
Vasculares: Proliferação da íntima e estenose das artérias, doença coronariana e 
cerebral secundárias. 
 Vacina: não recomendada na gestação. 
- CITOMEGALOVIRUS: 
 Membro do grupo Herpesvirus; 
 
23 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 Manifestação clínica: 
o MATERNA: Frequentemente assintomática. Se sintomas = febre, faringe, mal 
estar generalizado, linfoadenopatia e outros sintomas inespecíficos. 
o LACTENTE: maioria assintomático ao nascer. Mais tarde = perda auditiva e 
retardo mental. Sintomas precoces = CIUR, icterícia, hepatoesplenomegalia, 
convulsões, alterações gastrointestiais, assim como alterações neurológicas, 
cardiovasculares, oftalmológicas, pneumológicas. 
 Prevenção: cuidados com secreções; 
 
PROBLEMA 5: 
PREMATURIDADE: 
- Critérios para prematuridade fetal: ocorrido antes de 37 semanas concomitantemente é RN de 
baixo peso com <2.500g 
 De acordo com idade gestacional: 
o Extrema: <28 semanas 
o Grave: 28-30 semanas 
o Moderada: 31-33 semanas 
o Quase termo: 34-36 semanas; 
 Categorias para baixo peso: 
o Baixo peso: <2.500g 
o Muito baixo peso: <1.500g 
o Extremo baixo peso: <1000g 
- Fatores de risco para prematuridade: historia reprodutiva de PTT anterior e reprodução 
assistida, hemorragia anteparto, ruptura prematura das membranas, gemelar, infecções, 
hábitos de vida; 
- Avaliação da maturidade fetal: 
 Teste de clementes e relação L/E: servem para 
avaliar a quantidade de lectina exitente no L.A 
(atividade surfactante); 
 Fosfatidiglicerol (FG): potencializador da acaosurfactante da lectina e quando ausente pode 
causar a SAR (síndrome da angustia respiratória); 
 
 
 
 
 
 
 
24 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
- Complicações do parto pré- termo: 
 SAR; 
 Anemia; 
 Hipoglicemia; 
 Infecção; 
 Ictericia; 
- Maturidade pulmonar: avaliando a presença de SURFACTANTE pulmonares (produção inicia 
por volta da 20° semana) no L.A  obtido através da amniocentese transabdominal após 32 
semanas. O surfactante são substancias tensoativas produzidas pelos pneumocitos tipos II  
impedem colabamento dos alvéolos primitivos. 
 SAR (abaixo de 34 semanas): deficiência de material surfactante nos alvéolos (lectina) 
 CORTICOIDE ANTENATAL: estimula síntese e liberação de surfactante nos alvéolos 
pulmonares); 
- Avaliação do bem estar fetal: 
 Mobilograma: registro diários da movimentação fetal – 6 movimentos em 2 horas; 
 Cardiotocografia: BCF 110-160bpm 
 Perfil biofísico fetal: US associados a cardiotocografia 
 Dopplervelocimetria: velocidade do fluxo sanguíneo através de 3 leitos vasculares 
(vasos uterinos - materno, vasos umbilicais – placentário umbilical, aorta, cerebral 
media e ducto venoso – fetal); 
RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO INTRAUTERINO (CIUR): 
 Etiologia: 
o Fetal: anomalias cromossômicas e estruturais, infecções congênitas, gemelar. 
o Placentária: anormalidades estruturais; 
o Materna: má nutrição, doenças vasculares, hábitos de vida; 
 Diagnóstico: 
o VLA aumentada em fetos com a biometria inferior ao percentil 10 para IG é 
sugestiva de aneuploidia ou infecção fetal; 
o VLA diminuída na ausência de anomalia do trato urinário e/ou ruptura de 
membranas é compatível com insuficiência placentária; 
o A medida da AU em pacientes de BAIXO risco deve ser feita para rastreamento 
de CIUR; 
 GERA TERMO PEQUENO PARA IG  PESO INFEROR A 10 PERCENTIL; 
o Simétrico – tipo I: hiperplasia celular  gera concepto proporcionalmente 
pequeno. Tem evolução crônica e os principais fatores etiológicos são as 
infecções maternas (TORCH), as alterações cromossômicas e as malformações 
congênitas; 
o Assimétrico – tipo II: hipertrofia celular início do 3° trimestre (devido a fatores 
extrínsecos como má nutrição)  desproporção entre o crescimento do pólo 
cefálico e do tronco e membros  apresenta baixa de gordura subcutânea e 
órgãos de menor tamanho, C.A menor. 
o Misto: os dois tipos juntos. Os principais fatores etiológicos são desnutrição 
materna e consumo de drogas ilícitas, álcool, fumo e cafeína. 
 
25 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
 
INFERTILIDADE X ESTERILIDADE: 
- ESTERELIDADE: é a impossibilidade que o homem ou mulher tem de produzir gametas viáveis; 
- INFERTILIDADE: casal não consegue a gravidez desejada fim de um ano mesmo com vida sexual 
ativa e sem uso de contracepção; 
 Primária: sem gestação prévia; 
Secundária: falha se estabelece após 1 gestação ou mais; 
 Causas femininas: doenças no ovário, endometriose, alteração do muco cervical, 
anomalias no útero, álcool e drogas, hereditariedade, insuficiência lutea; 
 Causas masculinas: insuficiência quantidade de espermatozoides (azoospermia – 0 sptz, 
oligozoospermia pouco número de sptz, astenozospermia baixa motilidade de sptz, 
teratozoospermia aumento de formas anormais de stpz, necrozoospermia aumento do 
número de sptz mortos), ausência, anomalias morfológicas ou distúrbios da motilidade 
dos sptz, criptorquidia, varicocele; 
 DIAGNOSTICOS: 
o Masculino: espermograma, teste de aneuploidias, biopsia testicular, exame de 
urina; 
o Feminino: 
ANATOMICO - US transvaginal, histerossalpingografia, histeroscopia; 
HORMONAL E OVARIANO – dosagem de E, P, LH, FSH; 
- CONDUTA FRENTE AO CASAL INFERTIL: 
 
 Tratamentos/ reprodução assistida: 
o Fertilização in vitro (FIV): reservado para mulheres que já tenha tentado 
outros métodos. Óvulos são removidos do ovário e artificialmente fecundados 
em um laboratório com sptz do parcerio ou doador e depois transferidos para 
útero. 
 
26 MÓDULO DE CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
o Inseminação intrauterina (IIU): indução de sptz purificados na cavidade uterina 
até 36 horas após indução da ovulação; 
o Indução de ovulação: caso tenha sido diagnosticada com falta ou distúrbios na 
ovulação; 
o Injeção intracelular de espermatozoides (ICSI): Esta técnica é utilizada quando 
existem alterações na quantidade, na motilidade ou na forma 
dos espermatozóides, o que poderia impedir sua entrada no óvulo de maneira 
natural. Também se utiliza esta técnica quando o homem 
apresenta azoospermia e os espermatozóides devem ser recuperados por 
coleta alternativa. Também se utiliza esta técnica em pacientes com 
vasectomia. 
 
GESTAÇÃO GEMELAR: 
- Monozigóticos: 1:250 gestações, monocoriônica ou dicoriônica (depende da época) 
 Até 3 dia: dicoriônica e diamniótica; 
 4 a 8° dia: monocoriônica e diamniótica; 
 9 a 12° dia: monocoriônica e monoamniótica; 
 13 a 15° dia: monocoriônica e monoamniótica; 
- Dizigóticos: 1:80 gestações, hereditário – duas ovulações, sempre dicoriônicos (duas 
placentas que podem ou não estra fusionadas). 
- RISCOS: parto prematuro, DHEG, diabetes, descolamento placentário; 
TRISSOMIAS: 
- 13 (Síndrome de Patau): defeitos cardíacos, polidactlia, problemas no SNC; 
- 18 (Síndrome de Edwards): onfalocele, CIA, microcefalia. 
- 21 (Sindrome de Down): olhos caídos, cabelos finos e lisos, retardo mental e físico, RCIU, 
prega simiesca na mão, fontonela maiores; 
 
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