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Modulo 5 - Relação pedagógica

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Fundamentos e 
Metodologia da 
Educação Corporativa
Relação pedagógica 5
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2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2019
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Educação Continuada
Paulo Marques
Coordenador-Geral de Educação a Distância 
Carlos Eduardo dos Santos
Conteudista/s 
Eneides Batista Soares de Araújo (conteudista, 2019)
Curso produzido em Brasília 2019.
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1. Orientações sobre o Módulo 5 ...................................................... 5
2. Reflexões sobre o impacto da educação na vida das pessoas ........ 5
3. As relações interpessoais entre o educador corporativo e os seus 
alunos .............................................................................................. 7
4. O Educador corporativo ................................................................ 8
4.1. Competências e/ou habilidades esperadas de um educador corporativo ....10
4.2. Desafios do educador corporativo ................................................................10
4.3. Habilidades do educador corporativo ...........................................................12
4.4. Competências do educador corporativo .......................................................13
5. O processo de comunicação e sua aplicação na educação 
corporativa ..................................................................................... 14
5.1. Clareza ...........................................................................................................15
5.2. Argumentação ...............................................................................................16
5.3. Processo de comunicação .............................................................................17
5.4. Aspectos que auxiliam a efetividade do processo de comunicação entre 
educador e aluno .................................................................................................19
5.5. Oratória .........................................................................................................20
5.6. Algumas dicas importantes ...........................................................................22
6. Ética docente como um pilar do relacionamento entre educador e 
aluno .............................................................................................. 23
6.1. A postura e a atitude do educador corporativo na condução didático-
pedagógica ...........................................................................................................23
6.2. Destaque para outros valores morais ............................................................24
6.3. Os princípios éticos na educação corporativa: a atuação do educador 
corporativo ...........................................................................................................24
7. Encerramento do curso ............................................................... 26
Sumário
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8. Referências do Curso .................................................................. 27
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1. Orientações sobre o Módulo 5
Vamos, neste módulo, conhecer um pouco mais de um dos temas inseparáveis do nosso dia a dia 
profissional, familiar e em qualquer outro relacionamento social: o relacionamento interpessoal. 
Nosso foco será sempre a aprendizagem de adultos e o ambiente corporativo, estudados até 
aqui, que devem ser observados em qualquer que seja o tema de estudo, uma vez que o público 
de interesse deste trabalho são servidores públicos.
Objetivos do módulo:
Após o estudo, você será capaz de:
• Destacar as relações interpessoais entre o educador corporativo e os seus alunos.
• Indicar as competências e habilidades esperadas de um educador corporativo.
 
• Ministrar aulas com aplicação adequada de recursos e instrumentos de comunicação.
 
• Conduzir o processo de aprendizagem balizado nos princípios da ética docente.
2. Reflexões sobre o impacto da educação na vida das 
pessoas
Antes de levá-lo para o foco das relações interpessoais, tema-chave deste módulo, vamos 
provocar algumas reflexões sobre o papel decisivo da educação na vida das pessoas. Galbraith 
(1994) ousou dizer que a educação torna a educação economicamente essencial e que poucos 
assuntos são mais intensamente discutidos do que o papel da educação na sociedade moderna.
Traduzindo Galbraith, somente a educação nos faz pensar sobre a importância da educação e 
isso vale para qualquer nível, modalidade ou tipo de proposta educacional que requeira um 
aprendizado, seja na educação formal ou no âmbito da educação corporativa. Há princípios 
dentro do propósito educacional que são transversais, valem para todos os momentos e para 
todos os propósitos educacionais e há uma razão simples que ajuda a entender essa afirmação: 
as pessoas são pessoas em qualquer ambiente ou contexto em que se encontrem. Sempre 
terão inerentes suas características culturais, suas crenças, seus valores, suas necessidades e 
expectativas em relação à aquisição de conhecimentos, seja na educação formal ou no ambiente 
organizacional.
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Relação pedagógica 5
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Lembra-nos Galbraith (1990) que "a educação tem uma relação vital com a paz social e a 
tranquilidade". É a educação que propicia a esperança e a realidade da fuga dos estratos sociais 
e econômicos inferiores e menos favorecidos para os que estão situados acima. Na sociedade 
justa, a educação presta dois serviços adicionais e vitais. Um deles é permitir às pessoas se 
autogovernarem inteligentemente e o outro é permitir tratarem plenamente da própria vida, diz 
o autor.
Reflexões sobre questões dessa natureza, cujo tema central é a educação no sentido amplo, 
são valiosas para a formação da consciência do educador quanto à alta relevância de seu papel 
na sociedade ou no ambiente corporativo. O educador corporativo, como um facilitador de 
aprendizagem, não pode se furtar do "papel educador", já que tão mais significativa e relevante 
será a sua contribuição para a construção do conhecimento quanto melhor for o relacionamento 
interpessoal que construir com os colegas alunos.
A LEVEZA, uma das seis propostas de Calvino (1990) para o nosso milênio, chama a atenção 
para as atitudes que indivíduos e sociedade assumem diante dos fatos da vida. A nós cabe, 
então, perguntar: há algo mais transversal que a EDUCAÇÃO, e que seja de interesse de todos os 
cidadãos e de todos os povos, no contexto próprio de cada cultura ou civilização?
É o que diz Calvino (1990) sobre a busca da leveza em reação ao peso do viver:
"Se quisesse escolher um símbolo votivo para saudar o novo milênio, escolheria este: o salto ágil 
e imprevisto do poeta-filósofo que sobreleva o peso do mundo, demonstrando que sua gravidade 
detém o segredo da leveza, enquanto aquela que muitos julgam ser a vitalidade dos tempos, 
estrepitante e agressiva, espezinhadora e estrondosa, pertence ao reino da morte, como um 
cemitério de automóveis enferrujados".
Prezado educador corporativo, a educação também dever ser algo leve.
Importante 
Os caminhos a percorrer na construção do saber devem ser prazerosos e 
atrativos para gerar motivação nos educandos, especialmente se estes forem 
profissionais que busquem desenvolver suas competências para o trabalho - 
como é o caso da educação corporativa.
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3. As relações interpessoais entre o educador corporativo 
e os seus alunos
Vejamos, inicialmente, qual o nosso entendimento sobre relações 
interpessoais. Parece-nos algo tão familiar, tão inerente ao ser humano e 
suas ações e interações, não é? E é isso mesmo. A menos que estejamosagindo sozinhos em determinada tarefa, estamos sempre em algum 
contexto de relação interpessoal. Hoje, com os meios de comunicação 
virtual, mesmo sem a presença física de outra pessoa, estamos nos 
relacionando virtualmente com outras pessoas na maior parte do tempo.
Aspecto importante a observar é o que diz Ramsthaler (2006) sobre este assunto:
"O estudo dos Relacionamentos Interpessoais está diretamente ligado ao estudo da Comunicação 
Eficaz, uma vez que, para fazermos uso das ferramentas disponibilizadas por esse estudo, temos 
que conhecer o outro, sabendo identificar características e peculiaridades de cada ser humano, 
respeitando e valorizando sempre a diferença, pois é ela que nos permite somar qualidades e 
crescer".
É por meio das relações interpessoais que se mantém um intercâmbio 
satisfatório e um bom entendimento humano dos indivíduos entre si. O 
relacionamento de cada pessoa depende, em parte, de sua educação e do 
convívio social. Portanto, para tratarmos do relacionamento interpessoal 
entre professor e aluno, é importante falarmos da autopercepção.
Cada pessoa é única, pois apresenta características diferentes, vontades, jeito de ser, pensar e 
agir próprios da sua personalidade. Tudo isso imprime uma característica que diferencia uma 
pessoa das demais e influenciará positiva ou negativamente nas relações pessoais.
Refletir sobre a percepção é importante, pois ajuda no autoconhecimento e no conhecimento 
daqueles que estão à nossa volta. É a partir do estabelecimento das relações que damos início 
a um melhor conhecimento do mundo humano. A relação com as pessoas é que nos leva a ver 
claramente a nossa realidade e a dos demais com os quais convivemos.
A forma como percebemos o outro está impregnada pelo nosso mundo interno, isto é, pelas 
influências que sofremos, sejam elas da cultura em que estamos inseridos, do âmbito social ou 
das marcas profundas deixadas por nossas famílias.
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Percebemos o outro por meio da cultura, dos hábitos, dos tabus, daquilo que achamos que é 
certo e, ainda, daquilo que achamos que é errado. Uma coisa é o que eu sou; outra, o que o 
outro imagina que eu sou. Uma coisa é o outro como ele é; outra, como imagino que ele seja.
A impressão que uma pessoa causa em outra é, em boa parte, um reflexo de sua personalidade. 
Uma personalidade agradável atrai e reduz os desentendimentos. Amabilidade, amistosidade, 
respeito pelos direitos alheios, cooperação e compostura são traços que denotam, em uma 
pessoa, boa personalidade, tornando-a atraente e aceita no convívio social, profissional e familiar.
Saiba mais 
Dessa forma, desfrutamos de dois momentos: um, onde aprendemos em 
silêncio, em solidão, e outro, na vida de relações. Trazendo essa percepção para 
a atuação docente - na educação formal -, ou para o ambiente da educação 
corporativa, podemos destacar que, na criação e no desenvolvimento de 
um ambiente de estudo amistoso e integrado, o educador corporativo tem 
um relevante papel, uma vez que, no exercício de sua função, cabe a ele 
estabelecer uma comunicação efetiva com os demais envolvidos na construção 
do conhecimento. Dependendo da sua forma de olhar e perceber os alunos e 
da forma que esses o percebem, o relacionamento será positivo ou negativo.
4. O Educador corporativo
No caso da educação corporativa e quando o educador é um integrante dos quadros da 
organização, percebam que a importância de se estabelecer um relacionamento interpessoal 
positivo com os participantes do evento é ainda maior. Imaginemos como seria o cotidiano de 
um profissional que tenha atuado como educador corporativo e, por qualquer razão, saído do 
evento com a imagem profissional desgastada ou comprometida, junto aos colegas de trabalho, 
por conta do relacionamento interpessoal inapropriado que estabeleceu com a turma. Lembrem-
se: sua atuação como educador corporativo vai além da indispensável competência técnica. Há 
fatores humanos e relacionais envolvidos, há os aspectos relativos aos nossos valores e aos 
nossos modelos mentais influenciando o processo de ensino e aprendizagem - e esses também 
requerem elevada preparação.
A razão é obvia: um educador despreparado, mal humorado, ansioso, e que não usa diplomacia 
quando em contato com os alunos provocará reações negativas de ressentimento e de antipatia 
em relação a si mesmo e, também, ao conteúdo transmitido por ele. A imagem negativa 
apresentada norteia a relação. Ao contrário, quando o educador se apresenta como parceiro, 
copartícipe do processo de aprendizagem, a integração e o relacionamento tendem a ser 
harmoniosos e produtivos.
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Daí a importância do seu entendimento mútuo com todos os participantes desse processo: criar 
um clima de confiança, de estima, de boa vontade e compreensão que garanta ou facilite o 
alcance dos objetivos propostos na educação.
Entender a importância dos relacionamentos e da interação educador e educando é entender 
que "nenhuma tecnologia substitui o ser humano quando a situação em questão demanda 
boa vontade, ponderação e respeito. Podemos ter todo recurso de mídia, mas se não tivermos 
o recurso das palavras, de forma clara, verdadeira e sensível à capacidade de entendimento 
daqueles com quem nos comunicamos, teremos apenas ruídos" (MATOS, apud APOLINÁRIO, 
2007). Ou, em outras palavras, "a língua branda esmaga ossos" (Provérbios 25:11 e 15b).
Por fim, vejamos o que diz Moore (2007) sobre a interação aluno-instrutor, na modalidade EaD:
"O segundo tipo de interação, considerado como essencial pela maioria dos alunos e como 
altamente desejável pela maior parte dos educadores, é a interação do aluno com o instrutor. Após 
o conteúdo ter sido apresentado - seja informação, demonstração e aptidão ou o aparecimento 
de certas atitudes e valores -, os instrutores auxiliam os alunos a interagir com o conteúdo. 
Algumas das maneiras pelas quais fazem isso é pelo estímulo do interesse dos alunos pela 
matéria e da motivação que têm para aprender. Em seguida, ajudam os alunos a aplicar aquilo 
que estão aprendendo, à medida que colocam em prática aptidões que viram ser demonstradas 
ou manipulam informações e ideias que foram apresentadas".
Com isso, o conhecimento vai sendo construído de maneira colaborativa. Portanto, no contexto 
da educação corporativa, não há que se ensinar, mas sim facilitar a construção do conhecimento 
e, especialmente, sua aplicação para gerar soluções no ambiente da organização.
Sob o olhar de Morin (2000), uma cabeça bem feita é muito diferente de uma cabeça bem cheia:
"O significado de uma cabeça bem cheia é óbvio: é uma cabeça onde o saber é acumulado, 
empilhado, e não dispõe de um princípio de seleção e organização que lhe dê sentido. Uma 
cabeça bem-feita significa que, em vez de acumular o saber, é mais importante dispor ao mesmo 
tempo de:
• uma aptidão geral para colocar e tratar os problemas;
• princípios organizadores que permitam ligar os saberes e lhes dar sentido".
Pois bem, partindo-se da premissa de lucidez com que Edgar Morin costuma abordar a temática 
da educação e do conhecimento, alinhados às relações humanas, nascem curiosas provocações 
para discutirmos e consolidarmos nossos conhecimentos.
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4.1. Competências e/ou habilidades esperadas de um educador 
corporativo
Após nossa reflexão a respeito das relações interpessoais, vamos conhecer algumas competências 
interpessoais ou, mais apropriadamente, HABILIDADES interpessoais necessárias a um educador 
corporativo, nosso objeto de estudo. Vamos iniciar conversando sobre o MODELO MENTAL desse 
educador.
No entanto, antes precisamos entender o que são modelos mentais. O mais popular entendimento 
de modelo mental é trazido por Senge (1990):
Pergunta
Por que os modelos mentais têm esse poder de influenciar o que fazemos?
Resposta
A maneira como os modelos mentais modelam nossa percepçãoé importante - 
muitas vezes, determinante - para os relacionamentos, para o desenvolvimento 
humano e profissional e para o êxito ou para o fracasso de indivíduos e de 
organizações. Não é difícil, então, entendermos que um educador corporativo 
com um modelo mental baseado na confiança mútua, no altruísmo, no 
compartilhamento aberto de seus saberes terá maior facilidade de contribuir 
efetivamente para a construção de conhecimentos. Para tanto, os modelos 
mentais daqueles que estão na posição de alunos são também de enorme 
importância para essa construção.
4.2. Desafios do educador corporativo
Para Krishnamurti (2004), o CONHECIMENTO é o centro a partir do qual julgamos e avaliamos, a 
partir do qual condenamos, aceitamos ou rejeitamos. A aprendizagem exige uma mente disposta 
a aprender, não apenas a aumentar a sua bagagem. Na opinião de Apolinário (2007), a disposição 
mental do facilitador de aprendizagem é o ponto de partida para que as mudanças comecem a 
ocorrer no âmbito da educação e se materializem na aprendizagem.
O que se deseja mostrar é que, em determinados momentos, a relação interpessoal entre 
aquele que está no papel de professor e seus alunos é tão sutil a ponto de ter a aprendizagem 
comprometida pela indisposição mental do professor para conduzir o processo. Então, nota-se, 
em termos de habilidades para conduzir o processo de ensino e aprendizagem, como em outras 
situações da vida, começa não no relacionamento interpessoal, visto anteriormente, mas no 
relacionamento intrapessoal que o educador estabelece consigo mesmo.
11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Para Apolinário (2007), a VOCAÇÃO é de vital importância para o professor. A vocação do 
professor, diz o autor, é regulada por cinco fatores a serem levados em consideração quando 
uma pessoa assume o papel de educador ou facilitador de aprendizagem, quais sejam:
• Espírito de educador.
 
• Domínio de classe.
 
• Afinidade com gestão de pessoas.
• Papel de orientador.
• Função de mestre.
E, então, o que você acha desses fatores? Estão presentes em suas perspectivas em relação à 
atividade educacional que irá desempenhar?
Observemos que todos esses requisitos são, de alguma forma, voltados para as atitudes assumidas 
diante do desafio de contribuir com a construção de conhecimentos de outras pessoas. Por 
outro lado, são também voltados para os relacionamentos entre o professor (ou facilitador de 
aprendizagem) e os alunos - como o educador se posiciona e com que mentalidade estabelece os 
relacionamentos na sala de aula. É o que efetivamente determina a qualidade do aprendizado, 
porque a consistência daquilo que se aprende será sempre maior se envolver os três domínios 
da aprendizagem - cognitivo, psicomotor e afetivo -, de maneira que é o domínio afetivo que 
envolve maior conteúdo emocional, sendo esse, justamente, o responsável pela maioria dos 
conflitos que ocorrem em sala de aula.
Para reforçar essa abordagem, as teorias da aprendizagem de adultos defendem que um aluno 
pode aprender uma grande quantidade de conteúdo sem dificuldades, se o facilitador o fizer 
perceber que esse conhecimento terá utilidade em sua vida prática.
Esse é um dos desafios mais instigadores do processo de ensino e aprendizagem, mas para 
que se construa o desejo dos alunos pelo conteúdo apresentado em sala, os relacionamentos 
interpessoais têm papel determinante. "A água modela seu curso de acordo com o solo por onde 
corre; um professor, para obter a vitória, adapta as ações à situação dos alunos" (APOLINÁRIO, 
2007).
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Importante 
O que essa afirmação significa? Reflitamos um pouco...
E, então, o que você acha desses fatores sendo colocados em prática? Eles 
estão presentes em suas perspectivas em relação à atividade educacional que 
irá desempenhar?
4.3. Habilidades do educador corporativo
Para adaptar as ações à situação de nossos futuros alunos, 
precisamos, além de toda a atenção, desenvolver muita 
habilidade de PERCEPÇÃO e empregar toda a sensibilidade 
para ler as expressões faciais, as falas, as atitudes dos 
participantes, ou seja, sua postura corporal. Precisamos de 
HABILIDADE para processar mensagens explícitas e implícitas 
dos diferentes modelos mentais presentes na sala ou no 
ambiente de aprendizagem. À distância também é possível 
perceber a motivação, o interesse e a afinidade do aluno com 
o tema. É possível entrar em sintonia no ambiente online. É 
certo, porém, que o desafio é maior, mas com habilidades 
desenvolvidas para gerar interação, os relacionamentos 
interpessoais tornam-se mais eficazes também à distância.
Ainda no campo das habilidades interpessoais, não podem ser esquecidas as que seguem:
Credibilidade: agir com coerência entre discurso e prática, inspirando no outro confiança na sua 
capacidade pessoal e profissional.
Empatia: analisar situações sob o ponto de vista do outro, percebendo suas necessidades e 
valores, de modo a possibilitar um entendimento mútuo.
Motivação: expressar interesse, entusiasmo e envolvimento com a atividade.
Respeito: comportar-se de forma socialmente adequada, demonstrando educação e consideração 
no trato com as pessoas.
13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
4.4. Competências do educador corporativo
Como competências menos subjetivas, mas indispensáveis ao educador, podemos resumidamente 
citar:
• Domínio do conteúdo
É o domínio do conteúdo que leva à segurança do educador corporativo ao conduzir 
uma aula. Essa competência está diretamente relacionada ao nível de conhecimento 
que ele apresenta do assunto, ou seja, à demonstração do domínio da sua dimensão 
teórica e da sua dimensão prática (conhecimento adquirido pela vivência profissional 
e por um embasamento teórico).
• Gerenciamento do tempo
Seguir o planejamento elaborado para a aula ou para o curso de maneira que 
todo o conteúdo seja desenvolvido dentro do tempo previsto. É possível, em 
razão da necessária interação com a turma, que pequenos ajustes nos elementos 
tempo e conteúdo precisem ser feitos, porém o condutor da ação educacional 
precisa gerenciar as atividades de maneira que, no final, acabe sempre fechando e 
cumprindo os objetivos propostos.
• Organização e sequenciamento
Referem-se a uma concatenação lógica dos conteúdos desenvolvidos. Quem de nós 
já não teve, um dia, um professor que "ia e voltava" nos temas da matéria a ponto 
de nos deixar perdidos, sem saber onde realmente ele estava ou, então, aonde 
pretendia chegar?
• Manejo de grupo
Influenciar e obter a cooperação do grupo, por meio de técnicas pedagógicas 
adequadas e ferramentas apropriadas para cada situação ou cada atividade a ser 
desenvolvida. Costuma-se dizer, em nossa área, que "o educador que perde o 
manejo da turma perde a turma", ou seja, o resultado final sai prejudicado, ou de 
um lado ou de outro.
• Uso adequado de recursos e instrumentos de comunicação
No campo da educação corporativa, trata-se da familiaridade que o educador deve 
ter com os recursos instrucionais e com as tecnologias de mediação da educação. 
Além do bom manejo dos recursos educacionais, tais como mídias e outros 
instrumentos, o educador corporativo não pode negligenciar o alinhamento da sua 
abordagem com a proposta educacional do curso e com as políticas da instituição.
• Habilidade para ouvir e para dialogar
Exercitar a audição ativa e promover o diálogo em sala de aula são habilidades 
primordiais, notadamente porque, na educação corporativa, a aprendizagem deve 
ser norteada pelas necessidades da organização e quem conhece essa realidade 
precisa ser ouvido, precisa participar do processo de capacitação. "Duas novas 
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
competências parecem ser fundamentais nesse modo de aprendizagem - o diálogo 
e a audição" (MAGALHÃES, 2004). "Ensinar exige saber escutar. Ensinar exige 
disponibilidade para o diálogo" (FREIRE, 1996).
• Oratória e habilidades para falarem público
Representam comunicar-se e expressar ideias e sentimentos de maneira clara, 
utilizando as seguintes formas: verbal (fluência correta, riqueza de vocabulário e 
dicção), para verbal (modulação, timbre, ritmo, volume e entonação da voz) e não 
verbal (gestos, postura e expressões corporais). Representam, ainda, comunicar-se 
de forma condizente com o grupo com o qual está trabalhando, evitando ser prolixo 
e erudito em demasia, para não conotar exibicionismo e dificultar a comunicação 
eficiente. Trata-se do processo de comunicação que será detalhado no tópico 
seguinte.
A propósito da oratória, bem sabemos que expor conteúdos pode ser simplesmente 
exteriorizar o conteúdo sob o prisma de quem fala, enquanto transmitir significa 
conseguir COMUNICAR para fazer-se entender pelo outro.
Todos que têm um pouco de experiência com sala de aula sabem que a moral do aluno é mais 
elevada quando ele entende o que lhe é explicado, e, não entendendo, começa a desanimar. 
Um educador corporativo preparado - que conhece a cultura da sua organização e como esta se 
comunica - vai contribuir com a construção da moral dos alunos e alunos com a moral elevada - 
em qualquer nível ou faixa etária - facilitam o processo de ensino e aprendizagem.
5. O processo de comunicação e sua aplicação na educação 
corporativa
Caro aluno, chegamos à grande estrela para o êxito das iniciativas de educação: a COMUNICAÇÃO. 
A inseparável companheira de todas as nossas ações e de todos os nossos dias.
Estamos vivendo uma época em que o aperfeiçoamento profissional é premissa para o sucesso e 
a sustentabilidade das nossas organizações, conforme já estudamos nos módulos anteriores. Um 
dos maiores desafios para as organizações contemporâneas é contar com os talentos internos 
para promover iniciativas de capacitação de seus integrantes, envolvendo a disseminação de 
valores, o desenvolvimento de competências e a facilitação da aprendizagem. Pois bem, para 
que qualquer dessas atividades se cumpra, é determinante que a COMUNICAÇÃO entre os atores 
envolvidos alcance o seu objetivo de comunicar e fazer-se entender.
Eficácia na comunicação pode ser a sua melhor ferramenta. Para Ramsthaler (2006), "a 
comunicação desempenha um vasto conjunto de funções indispensáveis à própria natureza 
da existência humana. Por trás do estudo das funções da comunicação, está implícita uma 
determinada concepção acerca do que é comunicar". Diz que "comunicamos para informar e 
estarmos informados para formar e influenciar atitudes e crenças, por simples prazer, para realizar 
15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
tarefas em grupos, para criar e manter organizações, ou para inovar". Com uma provocação aos 
interessados pelo tema, afirma: "é impossível não comunicar".
Saiba mais 
Prezado aluno, tentemos encontrar, nesse pequeno texto, algo que se 
alinhe ao papel do educador corporativo. Como deve ser a sua comunicação 
quando do desempenho da missão de educador? Ao educador corporativo 
cabe influenciar atitudes e crenças? Será que ele precisa, em determinados 
momentos, partir para a inovação em sala de aula? Reflitamos...
5.1. Clareza
Pergunta
E quanto à clareza? Para você, o que é uma pessoa com comunicação clara?
Resposta
Vejamos o que diz Gracián (2006) sobre ser claro na comunicação: "Não só 
com palavras claras, mas com uma mente lúcida. Algumas pessoas pensam 
bem, mas expressam mal. Sem clareza, os filhos da alma (decisões e ideias) 
não saem à luz. Algumas pessoas se parecem com essas vasilhas que absorvem 
muito, mas dão pouco. Outras, ao contrário, dizem muito mais do que sentem. 
O que a resolução é para a vontade, a explicação é para o entendimento: são 
duas grandes habilidades. Os escritores claros são aplaudidos, e os confusos são 
venerados por não serem entendidos. Às vezes é conveniente ser obscuro para 
não ser vulgar. Mas como os que escutam vão entender se os que falam não têm 
ideia clara do que dizem?".
Muito bem, caro aluno, não podemos nos esquecer que a CLAREZA é um dos aspectos mais 
requisitados para a comunicação eficaz, nos mais diversos contextos de relacionamento humano 
e nos múltiplos campos profissionais. No segmento EDUCAÇÃO e nos seus correlatos - como 
construção de conhecimentos, transmissão de conhecimentos, aprendizagem, educação 
corporativa, educação a distância e outras denominações conhecidas -, a ausência de clareza 
pode comprometer todo um projeto educacional.
Portanto, o educador corporativo tem o compromisso profissional de desenvolver um estilo 
comunicacional claro, com uso de terminologia compreensível pelos interlocutores - os alunos -, 
com ritmo e entonação de voz agradáveis e argumentos coerentes.
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5.2. Argumentação
Sobre ARGUMENTAÇÃO, vale frisar uma pequena amostra das lições de Spence (1997):
"A argumentação é uma ferramenta com a qual podemos 
alcançar um fim, satisfazer uma vontade, realizar um desejo. É 
a incomparável arte pela qual nos relacionamos e interagimos 
com o outro. Às vezes, o melhor argumento é permitir que 
o outro desista de argumentar. Algumas vezes, o melhor 
argumento é a paciência completada pelo perfeito poder do 
silêncio. A questão, naturalmente, é saber quando argumentar. 
E um bom argumento, tem maior possibilidade de alcançar 
êxito quando colocado em forma de diálogo." 
Para Apolinário (2007):
"Ninguém pode ser bem sucedido na sala de aula sem estar 
ciente da importância do diálogo. Não se está preparado para 
comandar uma sala de aula sem estar familiarizado com a 
comunicação dialogada - seu processo, elementos, barreiras."
Ainda na observação de Apolinário (2007), na maior parte do tempo, os professores fazem uso 
da retórica, transmitindo uma grande quantidade de conteúdo em curto espaço de tempo, em 
detrimento da dialética, que pressupõe a existência do diálogo, do debate. Para Zagury (apud 
APOLINÁRIO, 2007), a responsabilidade da aprendizagem é também uma função do aluno. 
Para nós, não há como contestar que aprendemos sobre um assunto quando nos é dada a 
oportunidade para debatê-lo.
É por meio do diálogo que se consegue, nos mais diversos eventos da vida, negociar soluções e 
resolver conflitos. Por outro lado, o entendimento de que certos conflitos organizacionais levam 
17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
à inovação e à evolução das organizações vem se tornando uma abordagem cada vez mais aceita 
no cenário corporativo. Em Perrenoud (1999), encontramos que "o conflito faz parte da vida, é a 
expressão de uma capacidade de recusar e de divergir que está no princípio de nossa autonomia 
e da individualização de nossa relação com o mundo". Uma sociedade sem conflito seria ou uma 
sociedade de ovelhas, que se curvam sem resistência diante da autoridade do chefe, ou uma 
sociedade na qual ninguém pensa, o que exclui a divergência, isto é, o progresso que nasce do 
confronto sobre a ação a empreender.
Isso não significa que se deva jogar lenha na fogueira e alimentar-se do conflito, alerta Perrenoud 
(1999), como fazem algumas pessoas que procuram sua identidade semeando a discórdia. 
Apenas deixemos de "diabolizar" o conflito. No contexto organizacional, a abordagem de que 
o conflito, se bem conduzido, promove evolução já é tema recorrente. No campo da educação, 
sobretudo da educação corporativa, o conflito gerado entre os participantes educandos assume 
uma enorme diversidade de facetas e cabe ao professor identificar a natureza de cada situação 
em que ele surge, além de trabalhar as possíveis soluções empregando, para cada situação, os 
estratagemas apropriados.
Importante 
Outro aspecto importante a ser notado, neste ponto, é a interdependência dos 
temas comunicação e relações interpessoais. Sem comunicação é impossível 
estabelecer relacionamentos e, quando esses temas são separados para que 
sejam tratados em momentos diferentes não significa que sua relação de 
interdependência seja abandonada ou negligenciada,pois a característica de 
transversalidade da comunicação e dos relacionamentos estão presentes em 
todas as ações do ser humano.
5.3. Processo de comunicação
Vejamos, a seguir, um esquema simples do PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
Comunicar-se envolve o estabelecimento de uma interação em que as pessoas se influenciam. 
O objetivo maior da comunicação é a compreensão da mensagem por parte dos interlocutores. 
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Para que essa compreensão seja eficaz, far-se-á necessário observarmos, no quadro abaixo, os 
três tipos básicos de comunicação e o que é adequado ou inadequado para sua maior eficácia.
Tipos de comunicação
Comunicação verbal 
(falada e escrita)
Adequada Inadequada
• Vocabulário de acordo com o do 
 interlocutor.
• Frases curtas.
• Pontuação clara e variada.
• Articulação de ideias.
• Definição de conceitos.
• Fluência e ritmo.
• Ideias confusas.
• Falta de vocabulário.
• Incorreção gramatical.
• Cacoetes ("né", "tá", "iih", "aah").
• Codificação para um só subgrupo.
• Falta de diálogo (monólogo).
• Prolixidade.
• Palavras comuns.
Comunicação não verbal 
(gestos, emoções, imagens, cor, aprumação)
Adequada Inadequada
• Alto grau de motivação.
• Mobilidade da cabeça e do rosto.
• Olhar nos olhos de todos.
• Gestos enriquecedores.
• Voz graduada ao ambiente.
• Uso de recursos audiovisuais.
• Aprumação pessoal (postura corporal,
 andar e vestuário).
• Capacidade de emocionalização.
• Imobilidade facial.
• Olhar para o vazio.
• Falta de gestos
• Gestos banais ou pornográficos.
• Dissonância entre gestos e palavras.
• Postura oscilante.
• "Muletas" (objetos na mão, apoiar-se em 
 algo).
• Tiques (chupar dentes, torcer as mãos,
 morder os lábios).
Comunicação factual 
(fatos, a vida prática, o exemplo, a ação)
Adequada Inadequada
• Troca de posição (colocar-se no lugar do
 interlocutor).
• Comunicação operacionalizada (onde,
 quando, quem, o quê, como, resultados
 esperados etc.).
• Saber fazer bem o que se explica.
• Ser decidido e prático nas propostas de
 ação.
• Coparticipar (exemplos).
• Distribuir o poder.
• Ficar em palavras sem chegar a propostas
 e planos.
• Não prometer nada para não se
 comprometer.
• Omitir-se numa hora difícil.
• Informação descontextualizada.
Fonte: adaptado de Mendes (1997).
19Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Um destaque para a comunicação não verbal
Há quem diga que a COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL é a comunicação do futuro. Essas abordagens 
levam em consideração as comunicações feitas por mídia de Internet, tais como e-mail, Twitter, 
Instagram, Facebook, blogs etc. - meios que podem também ser articulados e explorados para 
fins educacionais. Nosso desafio, porém, com foco no trabalho dos educadores corporativos, é 
um tanto mais complexo e sutil: leva em consideração os gestos, a postura corporal, as expressões 
faciais e até as emoções percebidas entre educador e educandos.
Vejamos o que afirma Weil (1986):
"Pela linguagem do corpo, você diz muitas coisas aos outros". E eles têm muitas coisas a dizer 
para você: "também nosso corpo é antes de tudo um centro de informações para nós mesmos".
Observe as figuras a seguir e lembre de algumas posturas e pessoas de seu conhecimento. 
Busque lembrar de expressões corporais de algum educador corporativo em atuação em sala.
O que está pensando e sentido a pessoa da figura acima?
O que nos transmite a figura?
Que emoções devem estar passando pelas cabeças de A e de B?
5.4. Aspectos que auxiliam a efetividade do processo de 
comunicação entre educador e aluno
Os pontos destacados a seguir devem ser observados de forma compartilhada entre os gestores 
organizacionais, responsáveis pelas ações de capacitação e desenvolvimento, bem como pelo 
banco de educadores corporativos, antes de se iniciar a execução de uma ação educacional.
São os seguintes:
• Estruturar os cursos e as ações de capacitação com propostas claras e objetivas.
 
• Iniciar a aula informando os objetivos, as estratégias e os resultados esperados aos 
alunos.
 
• Identificar claramente as necessidades do público de interesse.
 
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Identificar o foco de interesse dos alunos.
 
• Ouvir os alunos com empatia e estabelecer diálogo produtivo.
 
• Ajustar a mensagem oral ou escrita às condições de compreensão dos alunos.
 
• Criar condições para possibilitar a continuidade na exploração dos assuntos.
 
• Propor atividades segundo as fases do processo de aprendizagem.
 
• Organizar a mensagem associando a algo já conhecido pelos integrantes do evento. É 
uma boa maneira de gerar empatia já no início dos trabalhos e facilitar a comunicação 
entre as partes.
 
• Estabelecer uma sequência, permitindo que os alunos avancem progressivamente até a 
aquisição da informação, partindo do simples para o complexo.
 
• Desenvolver uma linguagem orgânica, isto é, clara, coerente, partindo da linguagem 
comum para o domínio da linguagem técnica.
 
• Gerar encorajamento e motivação para a ação.
 
• Utilizar metodologias de ensino ativo, as quais permitam que os alunos se expressem 
por meio dos diversos tipos de comunicação.
 
• Promover feedback transversal no decorrer da execução das ações de aprendizagem.
 
• Ouvir atentamente os alunos para controlar os efeitos da comunicação.
 
• Estabelecer um processo interativo: ora emissor, ora locutor, ora interlocutor.
• Desenvolver habilidades de comunicação e interação.
5.5. Oratória
Dez elementos da oratória:
• Controle do medo (segurança): o educador deve ter segurança, controlar o medo e 
estar bem seguro do assunto a ser ministrado. Para tanto, é necessário investir no 
estudo e no aprofundamento do seu conhecimento.
 
• Aparência (roupas, cabelo, barba etc.): a representatividade do educador está na sua 
aparência, na forma de se vestir, falar, se relacionar e se comportar no ambiente de 
aprendizagem. É importante lembrar que, quando estamos na postura de educador, 
21Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
somos espelho, referência e exemplo. Assim, as atitudes e falas devem ser coerentes. 
Aqui não cabe o famoso ditado "faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço".
 
• Postura (comunicação corporal confiante): o educador deve apresentar uma postura 
zelosa e exemplar; deve ser educado e cortês.
 
• Gestos: a gesticulação deve servir para complementar a fala e facilitar a compreensão 
do que se diz de forma comedida e natural.
 
• Voz: a entonação da voz é de suma importância para facilitar a compreensão do que se 
fala. É importante ter cuidado com o tom de voz que não deve ser nem muito alto nem 
muito baixo. Procure um tom agradável e instigador para fugir da fala monótona, 
cansativa ou irritante.
 
• Dicção/expressão: no processo de comunicação, a fala e a expressão do professor 
devem ser parte integrante do processo de ensino-aprendizagem. Devem demonstrar 
motivação, entusiasmo e segurança, de forma que instiguem o aluno a ser parte do 
ambiente de aprendizagem.
 
• Interpretação/emoção: na sua condução didática, o educador deve deixar transparecer 
a interpretação da sua emoção e a satisfação em ser o educador nas suas ações.
 
• Ritmo: o educador não deve se comunicar de forma monótona nem de forma acelerada 
ou escandalosa. O equilíbrio e o bom senso são primordiais.
 
• Vocabulário, domínio da língua: o educador deve se comunicar utilizando um 
vocabulário apropriado ao nível da turma, ou seja, de acordo com o seu público. Uso 
excessivo de siglas, gírias e a utilização inadequada da língua devem ser observados 
pelo educador para o constante aprimoramento.
 
• Fisionomia (alegre, tranquila): a expressão/fisionomia do educador deve remeter 
satisfação e tranquilidade.Recomendações úteis:
• Evite interromper colocações ou perguntas achando que já entendeu o que a pessoa 
quer dizer ou perguntar. Espere que ela conclua e, só então, comece a responder.
 
• Peça retorno a quem fez a pergunta; veja se está ok após concluir a resposta.
 
• Perceba pessoas que estão com a mão levantada.
 
• Evite sair da sala ou ficar lendo enquanto as pessoas discutem um assunto.
 
• Valorize as contribuições dadas pelos alunos.
 
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Fique atento à comunicação não verbal dos alunos.
 
• Chame as pessoas pelo nome.
 
• Ouça ativamente e dê retorno aos argumentos dos alunos.
 
• Faça perguntas motivadoras, promova o diálogo sem sair do foco.
 
• Tenha senso de humor.
 
• Evite falar coisas do tipo: "Certamente ninguém tem pergunta alguma, pois o assunto é 
muito fácil".
 
• Demonstre convicção em relação àquilo que fala.
 
• Inicie as atividades cumprimentando os alunos.
 
• Utilize um quebra-gelo quando o grupo estiver desatento ou cansado.
5.6. Algumas dicas importantes
Postura física
• Evite andar excessivamente.
 
• Evite apoiar-se apenas sobre uma das pernas e procure não deixá-las muito abertas.
 
• Fale olhando para todas as pessoas da sala para valorizar e prestigiar a presença dos 
alunos.
 
• Evite falar com as mãos nos bolsos, com os braços cruzados ou nas costas.
• Evite certos gestos e falas (regionalismo).
Vestuário
• Evite roupas com cores carregadas ou com brilhos.
 
• Cuidado com o excesso de bijuterias.
 
• Evite usar sapatos sujos.
 
• Ajeite bem as roupas.
23Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
6. Ética docente como um pilar do relacionamento entre 
educador e aluno
É necessário que você assista ao vídeo indicado na plataforma da Escola Virtual de 
Governo. 
Segue link do video < https://cdn.evg.gov.br/cursos/271_EVG/videos/modulo01video10.mp4>
6.1. A postura e a atitude do educador corporativo na condução 
didático-pedagógica
É de extrema importância a postura e a atitude do educador corporativo na condução profissional, 
de forma que possa motivar os demais servidores. Isso porque esse profissional, quando de sua 
atuação docente, não difere dos professores do ensino formal. Ele deve ser exemplo, uma vez 
que carrega na sua imagem a representatividade do órgão do qual é parte e/ou da instituição 
que lhe confiou o ofício.
Logo, o compromisso desse educador frente às demandas que irá solucionar deve ser o de 
conquistar resultado positivo com atendimento às expectativas dos alunos e da instituição, 
primando pelo respeito, tratamento isonômico, zelo nas relações, sigilo e comprometimento na 
entrega de uma capacitação profissional eficiente, eficaz e efetiva, de forma que contribua para o 
aprimoramento contínuo da força de trabalho da instituição. Por outro lado, é também papel do 
educador corporativo atuar na solução dos conflitos éticos no âmbito da educação corporativa, 
os quais não se diferenciam em linhas gerais daqueles identificados na área da docência ou da 
educação formal.
A propósito dos conflitos, vejamos o quadro a seguir:
Classificação dos conflitos éticos na docência
Conflito de interesses Optar em promover seus próprios interesses, os interesses do órgão ou os interesses de outro grupo.
Honestidade e equidade
Optar entre agir em consonância com os regulamentos 
de modo a não prejudicar os envolvidos no processo de 
formação profissional.
Comunicação Optar por agir de modo a não ocultar fatos, divulgar mentiras e alegações exageradas ou agir de forma inversa.
Relacionamento
Optar por agir, nos relacionamentos do órgão ou entidade 
contratante, entre manter o sigilo, o cumprimento de 
responsabilidades e evitar pressões sobre outras pessoas, 
de modo a levá-las a agir de forma antiética ou agir de 
modo inverso.
Fonte: Adaptado de Ferrel, 2001.
24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
6.2. Destaque para outros valores morais
A ética em sala de aula e no trato com as pessoas está diretamente associada a outros valores 
morais. Um desses valores, mais do que esperado, mas necessário aos profissionais que se 
candidatam a educador corporativo, é a INTEGRIDADE. A integridade é um valor do caráter, 
uma virtude. Para alguns estudiosos, a integridade é um dos fundamentos da civilização e da 
humanidade. E você, o que acha dessa definição?
Pense um pouquinho sobre o seu próprio entendimento de integridade. Por que, nos tempos 
atuais, parece ser tão difícil encontrarmos pessoas realmente íntegras? Bengule (2004) afirma 
que "somos cada vez mais respeitados e recebemos cada vez mais apoio na nossa comunidade 
por sermos pessoas íntegras, valorosas e honestas". Para o autor de Muito Além da Coragem, "a 
integridade leva à maior saúde física e à paz de espírito, porque não ficamos sobrecarregados 
com a culpa e com as preocupações".
O mesmo autor nos leva a refletir sobre o que seriam das instituições, dos órgãos e serviços 
importantes de nossa sociedade se não fosse o elemento integridade presente nos indivíduos. É 
provável que muitos organismos ou serviços deixassem de funcionar sem a valorosa integridade 
de seus servidores.
Destaque h, h, h, h, 
De nossa parte, não temos dúvidas de que cada um de vocês sabe o que diz 
o autor e sabe também o que significa ser íntegro no papel de servidor. Seu 
desafio profissional, como educador corporativo, passa a ser redobrado. Seu 
trânsito no ambiente da instituição tende a ser mais aberto; os olhares para as 
suas ações mudam; as expectativas das pessoas em relação às suas atitudes 
passam a ser ampliadas; e seu compromisso institucional também tende a 
mudar de patamar. É o desafio do educador, é o desafio de sua missão pessoal.
6.3. Os princípios éticos na educação corporativa: a atuação do 
educador corporativo
Conforme destacado nos tópicos seguintes, o comprometimento do educador corporativo com 
a ética na sua condução didático-pedagógica perpassa por todas as fases da sua condução do 
processo de ensino-aprendizagem.
• Quando do ensino da disciplina/do conteúdo
Torna-se importante que o educador seja cuidadoso e responsável quanto à seleção 
de conteúdos que irá ministrar, os quais devem ser atuais e válidos para o aluno, 
e possam fazer diferença na sua vida pessoal e profissional e, ainda, na dinâmica 
organizacional. Outro ponto importante diz respeito à competência do educador 
que se propõe a ministrar uma disciplina. Ele não pode se candidatar a tal papel sem 
nenhuma capacidade, sob o risco de desrespeitar os alunos e, consequentemente, 
todos os envolvidos no processo formativo.
25Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Quando da condução do desenvolvimento intelectual e profissional dos alunos
O educador corporativo quando assume o compromisso de contribuir para a o 
desenvolvimento intelectual e profissional das pessoas que compõe a organização 
deve primar por ministrar aulas com qualidade e eficiência, considerando os perfis 
e as diferenças individuais, para que os objetivos da proposta formativa sejam 
alcançados. O educador deve facilitar a aprendizagem dos alunos e, ainda, provocá-
los em relação à vontade e à motivação de investir na aprendizagem contínua e no 
autodesenvolvimento.
• Quando da privacidade dos alunos
Cada pessoa é única e deve ser respeitada na sua individualidade e nos diversos 
contextos pessoais e profissionais. Assim, o educador corporativo deve cuidar para 
não expor as pessoas envolvidas no processo formativo - alunos, outros educadores 
e a própria instituição. Ele deve comunicar apenas o que precisa ser comunicado e 
o que for autorizado pelos envolvidos na situação em questão.
• Quando da discussão e apresentação de tópicos ou assuntos delicados
Ao planejar e ministrar as suas aulas, o educador corporativo deve ter consciência 
do seu papel e do cuidado que é necessário ter ao tratar de temas que possam 
ser melindrosos, no ambiente de aprendizagem,para não provocar situações 
constrangedoras e de desconforto nos alunos. Para isso, o educador deve ter muito 
cuidado quando da apresentação de filmes, exemplos e falas para ilustrar temas 
da aula para não criar situações que envolvam discriminação racial ou de gênero, 
sexualidade, questões políticas e religiosas.
• Quando do relacionamento extrapedagógico
Sabe-se que, na educação corporativa, especificamente no ambiente da sala de 
aula, muitos alunos são conhecidos ou até mesmo amigos do educador. Nessa 
situação é importante que o educador saiba discernir qual o seu papel e que não 
deixe esse conhecimento nortear a sua condução didática, de forma a preterir os 
demais participantes do curso. O tratamento em sala de aula deve ser isonômico.
• Quando do relacionamento com os colegas, a equipe da área de TD&E, a instituição 
contratante ou o órgão que representa
Nas relações interpessoais profissionais e educativas é importante que o educador 
tenha uma postura respeitosa e zelosa em relação à imagem da equipe e da instituição 
que representa. Aqui não cabe ao educador externar suas frustrações profissionais, 
rejeições pessoais e insatisfações contratuais. O educador deve, portanto, tratar as 
pessoas com justiça e respeito e não externar comentários que possam denegrir a 
integridade ou a imagem da instituição que representa ou pela qual foi contratado 
para ministrar aulas.
26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
7. Encerramento do curso
Você observou, no Módulo 5, a relevância dos relacionamentos interpessoais em todas as 
situações e contextos de vida do ser humano.
Como um “ser” de comunicação, de expressão e de relações, o ser humano mostra, por intermédio 
dos relacionamentos com seus semelhantes, suas características, individualidade, personalidade 
e outros atributos que o constituem um ser único sobre a face da Terra. A partir dessa concepção, 
é de se admitir que, ao assumir o desafio da educação, os educadores levam para dentro dos 
ambientes de ensino e aprendizagem tais características e atributos de personalidade. E estes, 
por sua vez, influenciam os relacionamentos em todos os sentidos.
No âmbito corporativo, os relacionamentos interpessoais acabam sendo um fator crítico para 
o crescimento na carreira e para o êxito de um profissional na organização, contribuindo 
sobremaneira para a criação de um ambiente de trabalho harmonioso e produtivo.
Reflita:
"O conhecimento é, sem dúvida, o mais importante insumo das organizações, e sua gestão 
adequada cria vantagens competitivas a partir do tratamento sistemático das informações, do 
compartilhamento dos conhecimentos individuais para fomentar o conhecimento coletivo, a 
valorização do homem e de suas competências e experiências." (SANTOS, 1996).
Na educação corporativa, como deve ser o processo de comunicação em sala de aula? Qual a 
importância da ética educacional no processo de ensino e aprendizagem e na relação professor 
e aluno neste ambiente?
Parabéns! Nosso curso está concluído, agora é sua vez de aceitar o desafio de tornar-se um 
educador corporativo!
27Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
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