Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Laura Catarine – M4 / Medicina de Emergência Emergência Hipertensiva Definição A hipertensão arterial sistêmica (HAS) possui prevalência de 32,5% em adultos o A prevalência aumenta com a idade Urgências hipertensivas: o Elevação acentuada da PA sintomática, sem lesão ou disfunção iminente de órgão-alvo Emergência hipertensiva (EH): o Elevação acentuada da PA com lesão aguda ou piora da lesão crônica de órgão-alvo PAs > 180 mmHg e PAd > 120 mmHg Algumas pessoas podem apresentar EH com PA < 180/120 mmHg o Lesões de órgão-alvo: Encefalopatia hipertensiva AVE Edema agudo de pulmão Síndrome coronariana aguda Dissecção aguda da aorta Insuficiência renal aguda Crise adrenérgica Eclampsia/Pré-eclâmpsia Papiledema agudo Uso de drogas Crise de feocromocitoma As crises hipertensivas podem ocorrer com ou sem diagnóstico prévio de HAS Mais comum em homens, mal aderentes, obesos e com DRC A incidência aumenta com a idade Etiologia e Fisiopatologia Fisiopatologia ainda desconhecida O início agudo sugere um gatilho, possivelmente relacionado com vasoconstritores séricos 1 – Elevação abrupta da PA – Estresse mecânico vascular – Lesão endotelial 2 – Ativação inflamatória celular – Aumento da permeabilidade vascular 3 – Ativação da cascata de coagulação – Deposição de fibrina – Isquemia tecidual 4 – Ativação do sistema RAA = vasoconstrição o Isso perpetua a elevação da PA 5 – Liberação de vasopressina – Natriurese – Hipovolemia = Vasoconstrição Os pacientes apresentam oclusão vascular e microtromboses evidentes Manifestações Clínicas PA aferida sempre nos dois braços e, em alguns casos, nos 4 membros o Mínimo 3 medidas Coletar informações sobre a PA usual do paciente Questionar o uso de drogas ilícitas Exame neurológico: o Buscar alterações do nível de consciência, déficit de força ou sensibilidade e rigidez de nuca Pode indicar hemorragia subaracnóidea o Testar os reflexos em mulheres grávidas e puérperas Hiperreflexia – Sinal de eclâmpsia Assimetria de pulso – Dissecção da aorta Sinais de congestão pulmonar, dispneia e tosse – Edema pulmonar Na avaliação inicial o mais importante é excluir lesão de órgão-alvo Exame de fundo de olho ou USG de nervo óptico é essencial o Algumas anormalidades fundoscópicas são diagnósticas de crise hipertensiva Ausentes em 30% dos pacientes Na EH é comum infarto cerebral e edema agudo de pulmão Achados que sugerem crises hipertensivas: o Sintomas neurológicos generalizados ou focais o Traumatismo craniano agudo o Hemorragias retinianas agudas o Náuseas e vômitos o Desconforto torácico o Dor aguda dorsal o Dispneia o Gestação o Edema de membros inferiores e proteinúria o Uso de drogas Laura Catarine – M4 / Medicina de Emergência Exames complementares Solicitados de acordo com a suspeita diagnóstica Na suspeita de EH, são indicados: o Hemograma o Ureia e creatinina o Eletrólitos e EAS o Bilirrubina, haptoglobina, DHL, pesquisa de esquizócitos Exames específicos: o Síndrome coronariana aguda – Marcadores de necrose miocárdica o Edema agudo de pulmão – BNP ou ni-pro- BNP o Dissecção da aorta – dosagem de D-dímero Exames de imagem: o ECG – paciente com dor torácica e suspeita de edema agudo de pulmão o Raio-X de tórax – paciente com dor torácica e suspeita de edema agudo de pulmão Pode demonstrar dissecção de aorta e congestão pulmonar o TC ou RNM de crânio – pacientes com sintomas neurológicos e suspeita de AVE o Angiotomografia de aorta – padrão-ouro no diagnóstico de dissecção aguda da aorta o Ecocardiografia transesofágica – suspeita de dissecção da aorta Principais fármacos usados nas EH Metas pressóricas nas EH:
Compartilhar