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Fotossíntese Aula 16 – Bioquímica Ecologia da Fotossíntese Fluxo de energia para os ecossistemas Canalização da energia luminosa para a conversão de moléculas simples (CO2 e H2O) em complexas (carboidratos). Estes carboidratos são a base energética da manutenção dos ecossistemas. Ecologia da Fotossíntese Liberação do oxigênio Um subproduto do processo da fotossíntese é o O2. Molécula vital para organismos que realizam a respiração celular Molécula importante no processo de formação da camada de ozônio Remoção do CO2 da atmosfera e da água A fotossíntese é parte fundamental do ciclo do carbono, captando o CO2 liberado na respiração e combustão de combustíveis fósseis A luz: fonte de energia A luz branca é uma mistura de diferentes cores. Cada cor corresponde a um comprimento de onda no qual a radiação viaja. A luz: fonte de energia Comprimento de onda x energia associada A radiação de cada comprimento de onda tem uma energia associada, no qual quanto menor o comprimento de onda, maior a sua energia. No espectro visível, a luz violeta tem o menor comprimento de onda (mais energético) e a luz vermelha tem os maiores comprimentos de onda. Dentro os não visíveis temos: Menores que o violeta: UV, Raios X e gama Maiores que o vermelho: infra-vermelho, radares, ondas de rádio e televisão Efeito fotoelétrico da luz A energia luminosa pode excitar elétrons de um metal Cada metal tem um comprimento de onda específico para excitação de seus elétrons. Os elétrons deste metal ao receber energia podem se transferir para outra molécula (oxido-redução) Os pigmentos São compostos nos sistemas vivos capazes de absorver a energia da luz e transferir seus elétrons Os pigmentos absorvem a energia de todos os comprimentos de onda exceto o de sua cor É importante que a planta tenha pigmentos de diferentes cores para absorver todo o espectro de luz disponível Os pigmentos São moléculas que possuem átomos metálicos doadores de elétrons Os pigmentos Quando os pigmentos absorvem a luz, seus elétrons ficam excitados e a energia desses elétrons podem ser dissipadas de 3 formas: Fluorescência A energia pode ser transferida de um pigmento para outro vizinho, processo chamado de transferência por ressonância. O elétron excitado pode ser transferido para uma molécula vizinha aceptora de elétrons Pigmentos fotossintetizantes Clorofila a: Pigmento essencial para a fotossíntese e está presente em todos os seres fotossintetizantes (75% das clorofilas foliares). Clorofila b: Pigmento acessório, com espectro de absorção diferente da clorofila a Carotenóides: Pigmento que além de capta a luz, tem a função de agente anti- oxidante das clorofilas. Outros pigmentos acessórios: Clorofila c, bacterioclorofila, ficobilinas Pigmentos fotossintetizantes Local da fotossíntese A fotossíntese ocorre em maior eficiência nas folhas As células parenquimais do mesófilo são ricas em cloroplastos Os cloroplastos contém os centros realizadores da fotossíntese chamados tilacóides Local da fotossíntese Etapas da fotossíntese A fotossíntese ocorre em dois processos distintos: Reações de transdução de energia (Fase Clara) Reações de fixação de carbono (Fase Escura) A fase escura ocorre tanto na presença quanto na ausência de luz. A fase clara é dependente da luz (energia luminosa) Fase Clara da Fotossíntese Captação de energia No cloroplasto, as clorofilas e outros pigmentos estão organizados em fotossistemas (250 a 400 pigmentos) Os fotossistemas apresentam dois componentes: Complexo antena Centro de reação Fase Clara da Fotossíntese A energia é canalizada do complexo antena para as clorofilas do centros de reação As clorofilas do centro de reação transferem seus elétrons altamente energéticos para aceptores de elétrons Fase Clara da Fotossíntese Existem dois tipos de fotossistemas A diferença está no tipo de molécula de clorofila A presente no centro de reação Fotossistema I: Clorofila P700 Fotossistema II: Clorofila P680 A energia flui do fotossistema II para o fotossistema I Ocorre uma cadeia de óxido-reduções que liberam energia para bombear H+ para o interior do tilacóide Fase Clara da Fotossíntese Ao fluir pelos fotossistemas a energia é utilizada para bombear H+ para o interior do tilacóide A energia da oxidação da plastoquinona é utilizada para bombear um H+ para o interior do tilacóide A fotólise da água fornece novos elétrons para as clorofilas do centro de reação A energia da luz é utilizada para quebrar a molécula de água Os produtos são moléculas de O2 e H + O O2 é liberado para o ambiente O H+ é essencial para a formação do gradiente de prótons Fase Clara da Fotossíntese Fase Clara da Fotossíntese Existem na membrana do tilacóide complexos de ATP-sintase que utilizam a energia da bomba H+ para converter ADP em ATP. A cada passagem de 2 elétrons é possível formar 1 ATP por este sistema Fase Clara da Fotossíntese Organização da membrana do tilacóide Fase clara da fotossíntese Existe uma via cíclica dos elétrons no fotossistema I Os elétrons em vez de cair na via de NADP+, são desviados para uma via que doa os elétrons para outro fotossistema I Nesta rota a energia gerada também é utilizada para captar H+ para o interior do tilacóide Com isso é possível converter 1 ATP a cada ciclo Fase clara da fotossíntese Fase cíclica de formação de ATPs no fotossistema I Resumo geral da fase clara Energia da luz excita elétrons continuamente Energia dos elétrons flui ao longo dos fotossistemas Para cada 2 e- excitados da P680, 1 NADPH é formado Plastoquinonas usam a energia para captar H+ Cada 2e- que passam correspondem a produção de 1 ATP Na fase cíclica os elétrons passam pelo fotossistema I continuamente formando ATPs Fotólise da molécula de água Cede os elétrons de volta às clorofilas oxidadas Libera mais H+ no interior do tilacóide e O2 para o ambiente Fase escura da fotossíntese Também chamada de fase de fixação dos carbonos Ciclo de reações (em três estágios) chamado de Ciclo de Calvin Nesta etapa os carbonos do CO2 são utilizados para formar um carboidrato de 3 carbonos (gliceraldeído-3-fosfato – PGAL) A energia para a formação do PGAL vem dos ATPs e NADPHs gerados na fase clara O PGAL é posteriormente transformado em carboidrados mais complexos (sacarose, amido, glicose) Fase escura da fotossíntese Primeiro estágio: fixação do CO2 Nesta etapa o CO2 é combinado com uma molécula de 5C chamada Ribulose Bifosfato (RuBP), gerando uma molécula de 6 carbonos. Este composto é instável e logo é hidrolisado formando duas moléculas de 3C, chamada de 3-fosfoglicerato (PGA). Fase escura da fotossíntese Segundo estágio: Redução do PGA Por meio de duas reações, o PGA é reduzido a PGAL. Nesta etapa são consumidos 1 ATP e 1 NADPH para cada PGA reduzido Fase escura da fotossíntese Terceiro Estágio: Regeneração da RuBP Neste estágio, 5 moléculas de PGAL reagem para formar 3 moléculas de RuBP. Neste processo são consumidos 3 ATPs Fase escura da fotossíntese Portanto para a liberação de 1 PGAL para “estoque”, consome-se: 3 CO2 9 ATPs 6 NADPHs. A fase clara cíclica é essencial para o fornecimento de ATPs para a fixação do carbono. Se consome mais ATPs do que NADPHs Destino do PGAL O PGAL residual é utilizado para formar o amido e a sacarose PGAL Destino do PGAL O que fica no cloroplasto é convertido em amido no estroma
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