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Secreção gástrica

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Secreção gástrica 
 Produção média diária: 2000 ml/ dia. 
 
▪ Glândulas do estômago que produzem a secreção 
gástrica: 
o Glândulas Oxínticas/ Parietais: localizadas no fundo 
e corpo. Constituídas por células: 
 Mucosas: produz muco para deslizamento alimento 
e proteção da parede do estômago, por ser grosso 
(protegendo de arranhão do alimento contra a 
parede) e ter uma camada de bicarbonato (evitando 
que a parede seja corroída por ácido produzido); 
 Parietais: produz HCl e Fator Intrínseco; 
 ECL (enterocromafim like): produz Histamina, 
estimulada pelo n. vago liberando Ach e pela 
Gastrina via circulação a produzir Histamina para agir 
na sua célula vizinha parietal; 
 Principais ou Pépticas: produz Pepsinogênio. 
 
o Glândulas Pilóricas: localizadas no antro. 
Constituídas por células: 
 G: produz hormônio Gastrina, responsável por 
aumentar motilidade do estômago, estimular ácinos 
pancreáticos a liberar secreção pancreática, na 
corrente sanguínea age no Hipotálamo sinalizando a 
fome; 
 D: produz hormônio Somatostatina; 
 Mucosas; 
 Principal. 
 Existem células que podem existir em ambas as glândulas, como 
as células mucosas. 
 Constituintes da secreção gástrica: Fator Intrínseco, HCl, 
Pepsinogênio e Muco. 
 Células G e D e ECL são da parede do estômago, mas agem na 
corrente sanguínea e não na luz gástrica.] 
 
o CÉLULA PARIETAL: 
• Função: produzir HCl e FI. 
• Constituição: membrana basolateral e 
membrana apical com canalículos pelos quais é 
liberado o ácido para a luz gástrica. 
• Mecanismo de formação HCl: 
1. Abundante em mitocôndria produzindo 
bastante ATP utilizado para possibilitar um 
metabolismo alto, gerando muito resto 
metabólico, como o CO2; 
2. O CO2 se une a molécula de água por meio da 
ação da anidrase carbônica formando ácido 
carbônico, mas por ser instável se dissocia em 
H+ e bicarbonato; 
3. A bomba de prótons envia H+ para a luz gástrica 
e manda K+ para dentro da célula, enquanto o 
CO2 será trocado pelo poro, saindo bicarbonato 
para o sangue e entrando cloro para a célula; 
4. A [] de bicarbonato aumenta no citoplasma da 
célula até que por difusão é encaminhado para 
a luz gástrica; 
5. Na luz gástrica ocorre a união de H+ e cloro, 
formando o HCl, deixando pH do estômago 
ácido. 
 Alcalose pós prandial (pós refeição): o pH do sangue se alcaliniza 
por o bicarbonato ser muito enviado para o sangue da quebra do 
gás carbônico. 
 
• Substâncias e receptores (estímulos) que 
ativam as células parietais: 
- Ach: estímulo neural através do n. vago do bulbo 
libera Ach para se ligar ao seu receptor M3. O n. 
vago é estimulado pelo pensamento, visão, odor, 
presença do alimento. A Ach se une receptor M3 da 
membrana basolateral da célula parietal, que 
desencadeia uma cascata química (ativa proteína 
Gq) visando ativar a bomba de prótons, 
desencadeando sinalização com segundo 
mensageiro quando há ↑ [] Ca2+. 
- Histamina: estímulo parácrino, em que uma célula 
(ECL) libera Histamina no interstício o qual vai 
influenciar as células vizinhas (Parietal). Se une 
receptor H2 da membrana basolateral, desencadeia 
uma cascata química (ativa proteína Gs, que ativa 
Adenil ciclase convertendo ATP em AMPC, o qual 
ativa quinase que ativa a bomba), visando ativar a 
bomba de prótons, desencadeando sinalização com 
segundo mensageiro quando há ↑ [] AMPc; 
 Estímulo mais forte para ativar a bomba de prótons, devido ao fato de 
a ECL ficar do lado da células parietal (ação parácrina: atua em curtas 
distâncias) e a via intracelular ser mais rápida. E como a ECL recebe 
estímulo tanto do n. vago como da célula G pela Gastrina, fica 
produzindo Histamina que é liberada no interstício e fica ativando seus 
receptores H2 na célula parietal. 
 A histamina também age em casos de alergia, mas não desencadeia 
esse processo, pois são casos com receptores diferentes, em que na 
alergia a Histamina se une a receptores H1. 
- Gastrina: estímulo hormonal causado pela 
alteração na luz gástrica, como distensão parede 
gástrica ou ação de certos peptídeos e proteínas 
estimula célula G a liberar gastrina no sangue para 
chegar a células parietal. Se une receptor CCKB da 
membrana basolateral, desencadeia uma cascata 
química (ativa Gq), visando ativar a bomba de 
prótons, desencadeando sinalização com segundo 
mensageiro quando há ↑ [] Ca2+. 
 Substâncias secretagogas: estimulam células G a liberar gastrina 
no sangue, como álcool; cafeína; n. vago (libera Bombesina ou 
substância estimuladora de Gastrina). 
 Ativa célula parietal diretamente e indiretamente (por meio da 
ativação da ECL que ativa por meio da Histamina célula parietal). 
OBS: slides 22, 23, 24 com cascatas químicas. 
• Inibição da secreção de HCL: feedback 
negativo/ retroalimentação. 
 Somatostatina: 
* Via direta: aumento da [] HCL estimula a célula D a 
secretar na circulação somatostatina, que chega na 
célula parietal aonde vai inibir os receptores da 
membrana basolateral (M3, H2, CCKB); 
* Via indireta: a somatostatina inibe a célula G 
impedindo de liberar Gastrina e inibe a ECL de 
liberar Histamina, inibindo indiretamente a liberação 
de HCL por ter impedido seus estímulos. 
 O excesso exagerado de HCL (fisiopatológico) começa a lesionar 
células da parede do estômago, o que leva essas células a liberar 
prostaglandina agindo como inibidor da célula parietal. 
 O uso de anti inflamatório junto com o estômago já lesionado 
inibe a prostaglandina que é uma agente inflamatório, diminuindo 
sua inibição de HCL. 
 Vagotomia: corte n. vago impedindo liberação 
de Ach, diminuindo secreção de HCL, mas não 
resolvia o problema. 
 Atropina: anti colinérgico que atuaria não só na 
célula parietal, mas em outros lugares que 
tivessem seu receptores também, agindo de 
forma sistêmica, não resolvendo problema. 
 Anti-histamínicos H2: tendo seletividade, inibe 
a principal estimulação de secreção de HCL, a 
via da Histamina, por inibição do seu receptor, 
diminuindo [] HCL. 
 IBP (inibidor bomba de prótons - Omeprazol): 
mais eficiente para inibição secreção HCL. 
 A inibição do HCL que é usado para ativar pepsinogênio para a 
quebra da proteína ou na destruição de um microrganismo deve 
ser controlada. 
 
• FASES DA SECREÇÃO GÁSTRICA: 
1. Fase cefálica: estímulos externos como cheiro, 
visão, pensamento do alimento (percebidos 
pelo encéfalo, hipotálamo, amígdala (centro de 
apetite)) estimula núcleo do n. vago, o qual 
chega até o estômago e libera Ach na célula G, 
produzindo secreção; 
2. Fase gástrica: o alimento chega no estômago, 
distende sua parede e se o alimento tiver 
proteína estimula a produção gástrica, por meio 
do estímulo da célula G a produzir Gastrina. 
3. Fase intestinal (duodeno): possui 2 mecanismo: 
- Mecanismo Neural/ reflexo êntero-gástrico: 
distensão da parede do duodeno (estímulo) ao 
receber quimo do estômago alerta os sensores 
da parede duodenal a ativar os neurônios 
entéricos que vão até a parede do estômago 
estimula os neurônios da parede do estômago a 
liberar neurotransmissor inibitório (ON e VIP) 
no m. ou glândulas para inibir a secreção 
gástrica e movimentação de alimento do 
estômago para o duodeno. 
- Mecanismo Hormonal: substâncias 
enterogastronas, hormônios produzidos no 
duodeno que via corrente sanguínea agem no 
estômago, inibindo células de secretar; inibe 
musculatura do estômago de se contrair para 
esvaziar (vômito). Ex: CCK – a presença de 
lipídio e proteína estimula célula I a liberar CCK 
no sangue e inibe motilidade estômago, inibição 
da célula G). 
 A fase cefálica e gástrica estimulam secreção gástrica, enquanto a 
fase intestinal inibe a secreção. 
 Duodeno: realiza digestão, ativação enzimática, em suas paredes 
tem células que produzem hormônios e é bem sistemático/ 
preciso. Ex: comer muito gera vômito, o duodeno inibe o 
estômago de secretar/ esvaziar.• Função constituintes da secreção gástrica: 
 Pepsinogênio: HCL converte pepsinogênio 
em pepsina, envolvida na digestão das 
proteínas formando proteoses e peptonas, 
agindo em pH abaixo de 5, acima disso fica 
inativa; 
 Fator intrínseco: vit. B12 associado na 
maturação da hemácias, se encontra no 
duodeno com fator intrínseco, o qual leva 
complexo até o íleo, onde o IF se une a 
parede do enterócito e favorece o 
transporte de B12 para dentro do enterócito 
até o sangue para medula óssea. O IF não é 
reutilizado.

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