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Esôfago: é um órgão tubular e muscular. Tem porções cervical, torácica e abdominal. A principal função é transportar alimento da boca ao estomago. Existe uma ação muito coordenada que é garantida pela inervação do esôfago. O esôfago tem 2 a 3 cm de diâmetro. Maior parte no mediastino posterior. Parede do esôfago: Mucosa Submucosa Muscular Não tem a serosa: anastomose esofágica precisa de mais cuidado e tem maior prospecção a lesões neoplásicas. Serosa é mais um fator de proteção. Inervação dele é muito importante e tem relação com cadeia simpática (cadeia simpática- são de fibras direto dos gânglios) e parassimpática (nervo vago e a mais importante). - Plexo submucoso: - Plexo mioenterico: mais rico em células ganglionares. Superior: pressão aumentada. Quando engole diminui a pressão. Função dos esfíncter: musculatura circular com função de contração e relaxamento. Inferior: transição esôfago gástrico. Tem de 3 a 5 cm. A função mais importante é evitar que o conteúdo gástrico volte para o esôfago. Ele é contra a doença do refluxo. Deglutição: tem 3 fases Oral: tritura o alimento Faríngea: Esofágica: Até ingestão é voluntario. Depois que engole lança alimento na faringe esôfago gera estimulo nervoso e ondas peristálticas propulsivas (1 de cada vez) desce alimento até o estomago. Onda peristáltica: inicia no começo do esôfago e desce. Primaria é estimulada pela deglutição. Megaesôfago- 27/07 Quando alimento chega perto do estomago, esfíncter diminui o tônus para alimento entrar para estomago. Quando entra esfíncter volta o tônus. Se não levar todo o alimento, o que sobra gera novo estimulo que gera outra onda peristáltica até chegar no estomago. Essa é a onda secundaria. Ambas as ondas estão presente fisiologicamente. Megaesôfago: esôfago aumentado, mas a doença não é somente isso. Causas: obstrutivas, tumores, estenoses, esofagites. Principais: chagásico (mais importante) ou idiopático (muito raro, não se sabe a causa). Epidemiologia: tem que observar se é endêmico para doença de chagas. No brasil a maior parte dos casos de megaesôfago é chagásico. Doença de chagas é mais frequente em país tropicais. Em países que não tem doença de chagas o principal é o idiopático. Megaesôfago chagásico acontece na fase crônica da doença (25 a 30 anos após infecção). E cerca de 35 a 40% das pessoas que tem chagas tem megaesôfago. No megaesôfago chagásico o protozoário tem tropismo pela inervação do trato digestivo, então ele vai no esôfago e destrói as células de inervação esofágica. Quando isso ocorre acaba com a coordenação da deglutição No megaesôfago idiopático não se sabe o motivo, mas as células ganglionares entram em apoptose, tem alto destruição. Esôfago perde inervação e movimentação. Megaesôfago: tem a destruição da inervação. No obstrutivo é diferente. Acalasia: é o primeiro sintoma. Quando alimento chega perto do estomago, o esfíncter NÃO relaxa e o alimento não passa. Ondas terciarias: como alimento não passa o esôfago começa a ter múltiplas ondas peristálticas tentando vencer a resistência. A musculatura em um primeiro momento hipertrofia e depois entra em falência (dilata). Quadro clínico Disfagia- dificuldade de deglutição (sensação de entalo) tanto para solido quanto para liquido. Mas mais intensa para solido. Regurgitação: sintoma de fase avançada. Isso acontece porque chega num ponto que não tem mais nenhuma inervação. O esôfago fica muito dilatado, muito grande e não tem mais onda peristáltica. Então o alimento fica “parado” no esôfago. Quanto mais avança a doença mais difícil do alimento passar. Paciente com megaesôfago a principal queixa é sensação de “entalo”. Se for paciente com chagas já pensa direto em megaesôfago Exames: imagem, endoscopia, manometria esofágica (pressão esofágica), REED (é a principal- ingere contraste e faz radiografia de tórax- vê a morfologia do esôfago). Deve pedir exame para diagnosticar doença de Chagas também. Achados de REED: - Retenção de contraste: quando pessoa ingere o alimento dentro de 10 segundos está no estomago. Quando tem megaesôfago pelo tônus aumentados tem maior retenção. - Diâmetro do esôfago: 2 a 3 cm normal - Ondas terciarias: são ondas patológicas. - Estreitamento do esfíncter esofagiano Retenção de contraste Dilatação do esôfago tremido: ondas terciarias Endoscopia não faz diagnostico. Mas é importante para ver se tem infecção associada (candidíase), aumenta a chance de câncer. Manometria: coloca uma sonda no esôfago e mede as pressões. O sensor no esfíncter inferior tem maior pressão, quando engole o sensor não vê a pressão diminuindo. O sensor identifica também as ondas terciarias. Grupo 1: pouca retenção de contraste. Grupo 2: começa a aumentar o diâmetro e o contraste. O principal achado é as ondas terciarias Grupo 3: dilatação importante. Quase não tem ondas peristáltica. Afilamento do esfíncter inferior (bico de pássaro- acalasia avançada). Esôfago ainda em eixo longitudinal. Grupo 4: perde o eixo longitudinal e cai sobre ele mesmo dolicomefaesôfago. Não tem dilatação, calibre do esôfago normal. Aumento de retenção do contraste. Dilatação leve a moderada intensidade. Maior retenção de contraste. Múltiplas ondas terciarias. Dilatação mais evidente, poucas ondas terciarias, retenção de contraste e afilamento da transição esôfago gástrica (acalasia avancada). Mantem eixo longitudinal. Dolicomegaesofago: esôfago deita sobre ele mesmo. É só ver o diâmetro. Mescla Mascarenhas e Resende. É uma doença que não tem cura. Ele visa a melhora dos sintomas em relação a disfagia. O tratamento é escolhido baseado na classificação. O tratamento tem medidas de alimentação: dieta mais liquida/ pastosa. Tem medicações que diminui a pressão do esfíncter inferior. Mas os resultados são limitados porque agem na hora. Nitratos e toxina botulínica (relaxa o tônus): são medicamentos colocados diretamente no musculo. Tratamento que podem vencer a resistência do esfíncter. Em quadros avançados pode tirar o órgão. Posiciona balão na transição, insufla o balão por 3 a 5 minutos esgarça as fibras musculares do esfíncter e vence a resistência. Faz sessão de 2 em 2 semanas. Pode ser feita em qualquer fase e tem resposta muito boa em recidiva pós cirúrgica (20/15 anos). Cardiomiotomia a Heller: rompe o esfíncter. Rompe a camada muscular as outras ficam exposta. Melhor tratamento para grupo 2 e 3. Como facilita descer, facilita voltar e aumenta probabilidade de refluxo. Geralmente faz a válvula antirefluxo- válvula de Pinnot. Miotomia endoscopia peroral: ela só rompe a camada muscular. Introduz endoscópio faz um corte na mucosa túnel entre muscular e submucosa rompe camada muscular fecha mucosa com clipes. Grupo 4: órgão muito doente precisa de cirurgia mais ampla. Serra-Dória: pega cirurgia de Grondhal (comunicou fundo gástrico com esôfago. Rompe esfíncter e o alimento pela gravidade. O problema é que causa muito refluxo). O serra doria teve a ideia de fazer Grondhal para disfagia mas tirou um pouco do estomago para esvaziar o estomago e diminuir o refluxo. Alimento cai no estomago e logo vai para o intestino. Cirurgia muito boa. Recidiva de 20/30 anos, ele é escolhido se paciente for mais debilitado. Esofagectomia: cirurgia muito mórbida e não são todos pacientes que suportam. Paciente precisater condição cirúrgica melhor. Abre o esôfago distal e o fundo gástrico e comunica. Tira boa parte do esôfago. Vantagem: tira órgão doente. Megaesôfago + câncer. É uma doença crônica (não tem cura). É o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago. Todo mundo tem um pouco de refluxo poucas vezes ao dia não causando sintomas. Mas quando é mais frequente e em grande quantidade pode causar sintomas e lesão tecidual (doença do refluxo). Não tem relevância estatísticas na prevalência em homens, nem entre brancos e negros (porem em países desenvolvidos tem aumentado prevalência em brancos aumento da obesidade). Doença varia de acordo com o perfil do indivíduo: hábitos, obesidade. Ásia prevalência bem menor. Tem vários mecanismos que evita o retorno do conteúdo gástrico. Na etiopatogenia da doença ela está relacionada com problemas nessa região. Mecanismos: esfíncter esofagiano inferior (maior a extensão evita o retorno), esfíncter esofagiano inferior coincidir com o pincamento diafragmático (quanto maior a extensão do esfíncter na parte abdominal menor é o risco do refluxo). Incisura cárdica (mais fechado menor risco de retorno). Doença do refluxo gastroesofágico - 03/08 Hérnia de hiato: estomago herniando para o tórax. O esfíncter fica mais auto, estomago invagina pela abertura do diafragma e angulo entre esôfago e fundo gástrico esta maior. - Na maioria das pessoas o esfíncter esofagiano inferior tem relaxamentos durante o dia sem motivos. - Tônus do esfíncter diminuído - Desestruturação da junção esofagogástrica- Hérnia de Hiato Tipo 1: é por deslizamento e o estomago fica herniando pela abertura. Tipo 2: é por rolamento. Tem uma falha na membrana do diafragma e o fundo gástrico hérnia. Tipo 3: tanto a transição esofagogástrica e o fundo gástrico hérnia. Tipo 4: outras vísceras hérnia. Cigarro diminui o tônus do esfíncter esofagiano inferior. Aumento da pressão intra-abdominal: obesidade, gestação, esforço físico Sintomas típicos são os principais: pirose retroesternal (sensação de queimação no tórax) e regurgitação (sensação de retorno do conteúdo gástrico). Outros sintomas esofágicos. Como náuseas, gastroparesia (estomago lento), globus faríngeo (sensação de corpo estranho na região cervical). Antes o refluxo era diagnosticado de forma clínica. Era muito inespecífico uma vez que doenças que não erram doenças do refluxo era diagnosticada como. O consenso tentou aumentar a especificidade do diagnóstico. Se paciente tiver sinais de alarme a endoscopia é indicada antes dos 40 anos. Classificação de Los Angeles leva em conta as erosões Classificação de Savary-Miller: erosões e complicações. Tipo1: erosões pequenas, prega única Tipo 2: não confluentes, mais de uma prega. Tipo 3: confluentes, tentando abranger a circunferência do órgão. Tipo 4: complicoes- estenose de esôfago Tipo 5: metaplasia intestinal, o órgão sofre tanta agressão que epitélio original dele muda. Consenso de Lyon: na endoscopia para concluir a doença de refluxo. Esofagite C e D de Los Angeles. Passa sonda que mede o pH esofágico por 24 horas. Nas doenças do refluxo não ácido a pH metria tem dificuldade em dar o diagnóstico. Impedancio-pHmetria: detecta o pH, alteração de resistência entre a sonda e a parede do esôfago. Qualquer coisa que subir do estomago para esôfago gera diferença de resistência entre a sonda e a parede. Mede o pH e a diferença de resistência. TEA: tempo de exposição acida - Alimentação: dieta fracionada- pouca quantidade várias vezes ao dia para diminuir acidez do suco gástrico. Não ingerir liquido junto com as refeições. Evitar alimentos irritativos ou que diminua o tônus do esfíncter ou que causam produção excessiva de gás: café, chocolate, bebida gaseificada, gordura, condimentos, alimentos ácidos, abacaxi, tomate, vinagre, mostarda, chá hortelã, leite integral, embutidos. - Não deitar após alimentar, esperar até 2 horas. - Não fumar - Reduzir peso - Evitar agachamento, abdominal. - Levantar cabeceira Tratamento medicamentoso IBP: diminui produção de ácido do estomago, mesmo se voltar algo não é ácido, não irrita o esôfago, cicatriza a erosão. Bloqueia a bomba de prótons de forma irreversível, não produz ácido. Mas renovação celular é frequente, então produz novas bombas que produz mais ácido se para com a medicação. Bloqueadores H2 (receptores histamínicos). É uma medicação de segunda linha e são indicados apenas para pessoas com contraindicação ao uso de IBPs (gestação, alergia). Medicamentos cinéticos: estimula peristaltismo do estomago e do intestino. Ambos esvaziam mais rápido. Indicado mais para paciente com queixa de digestão lenta. Antiácido: é medicação sintomática e apenas diminui a acidez. Primeiro tratamento com IBP (esofagite leve ou severa) e procinéticos em alguns casos. Depois tratamento endoscópio (doença e complicações). Doença: reforço do esfíncter esofagiano inferior (hipertrofia e aumento do tônus dele por radiofrequência- várias sessões) ou a fundoplicatura (válvula antirefluxo). Complicações: estenose ou ressecção do esôfago de Barret. Tratamento cirurgia: foca em 2 pontos - Hérnia de hiato: trata ela cirurgicamente (corrige hérnia e faz a válvula antirefluxo) - Não tem a hérnia: faz a válvula antirefluxo. Válvula antirefluxo: fixa o fundo gástrico no esôfago. Conforme o estomago vai enchendo o fundo gástrico dobra e causa um fechamento evitando o alimento voltar. Feita: identifica a transição esôfago gástrica faz a sutura deixando ajustado corrigindo o alargamento pega fundo gástrico roda por trás do esôfago sutura. Esôfago de barret é uma metaplasia (mudança do epitélio). Torna o epitélio fator de risco para câncer de esôfago. Definição: é uma lesão de superfície no trato digestivo que acometa até a muscular da mucosa (pode acontece no esôfago, colon). A olho nú é difícil diferenciar, mas a nível microscópio é possível. Epidemiologia: - homens 60-70% - Duodenal é mais comum - Brancos - Condição socioeconômica baixa - Gástrica em mais velhos e duodenal em jovens Doença ulcerosa péptica - 16/08 H. pylori e AINEs: principais causas. Estomago faz parte do tubo digestivo. Ele tem ação mecânica sobre o alimento, prepara a consistência do alimento para receber ação do intestino. Cárdica: transição do esôfago para o estomago Curvatura gástrica menor Curvatura gástrica maior Parte interna: fundo gástrico (acima da incisura cárdica), corpo gástrico e antro pilórico. Pilórico: transição do estomago para intestino. Tem uma válvula Invaginações: aumento de superfície de absorção. No fundo delas tem células glandulares que produz substancias especificas. Já na superfície tem células produtoras de substancias que protegem a mucosa gástrica. Ácido clorídrico: elimina microrganismo, bactérias e vírus (alimentos sem higiene), além disso ativa enzimas digestivas. Fator intrínseco: absorção da vitamina B12. Pepsinogênio: é estocada na forma inativa (zimogeno) e é ativadoem meio ácido. Pepsina quebra proteínas e irrita mucosa gástrica. Células G: produz a gastrina estimula produção do ácido clorídrico. Células ECL: produz histamina que também estimula produção substancia acida no estomago Células D: produz somatostatina que faz um feedback negativo na secreção acida. Inibe secreção acida de forma direta (células parietais) ou indireta (inibe gastrina e histamina). Estimula secreção de ácido clorídrico: acetilcolina, gastrina e histamina. Célula parietal: substancias se ligam aos seus receptores específicos estimula a bomba de prótons a produzir ácido clorídrico. Muco: protege o epitélio Bicarbonato: entre muco e epitélio neutralizando a acidez Renovação celular constante, ampla vascularização COX 1 produz prostaglandina ela estimula proteção gástrica. Por isso AINES não seletivos causam lesão gástrica. Fatores protetores: muco, bicarbonato, prostaglandina, renovação celular. Tem que haver equilíbrio entre agressores e protetores. Se não tem causa ulcera e gastrite. Uso de AINEs: paciente com hérnia de disco, dor lombar, toma anti-inflamatório de forma irregular, queixa de dor epigástrica crônica muito forte. - Tabagismo: agressor direto da mucosa e diminui fatores de proteção. - Alcoolismo: agressor direto da mucosa - CA que estimula produção de gastrina, ou seja, aumenta o ácido - Úlcera de estresse físico. H pylori só coloniza epitélio gástrico. É Gram - Transmissão por via oral Uréase: transforma ureia amônia e bicarbonato. A bactéria não tem boa resistência contra o ácido, então ela produz a uréase para quebrar ureia em amônia e bicarbonato torna um meio básico em volta dela para suportar o ácido coloniza o estomago quando estomago está bem lesado ela espalha. Mecanismo de lesão: agressão direta estimula secreção acida bloqueia proteção do estomago. Diagnostico Testes invasivos: necessita de endoscopia Testes da uréase: muda o pH. Baseia na ação do pH tira fragmento da mucosa do estomago lança em solução com ureia se tiver bactéria tem uréase pH básico substancia fica rosa. Histopatologia: mais usado. Coloca fragmento na lamina e vê se tem bactéria. Cultura: pouco usada Testes não invasivos: não necessita de endoscopia Sorologia: IgG serve apenar para diagnostico e não para controle de cura. Teste respiratório da uréia: ingere solução com ureia e carbono marcado uréase produz e exala CO2 com carbono marcado. Pesquisa do antígeno fecal: Tratamento Amoxicilina + Claritromicina 12 em 12 horas. Por 14 dias. Se depois do tratamento ainda tiver, faz tratamento novamente. Quadro clinico - Muitos assintomáticos - Dor epigástrica tipo em queimação em determinadas horas do dia (jejum- suco gástrico acumula) - Úlcera duodenal: come alivia a dor - Úlcera gástrica: quando come dói (magro) - Gastroparesia, plenitude pós prandial. - Complicações: sintoma depende da gravidade. Diagnostico Endoscopia digestiva alta: lesão um pouca aprofundada, crostosa em seu centro, bordas... Úlcera gástrica: sempre faz biopsia da borda. Úlcera duodenal: não precisa de biopsia. Classificação de Johnson: classifica ulcera pela posição anatômica, está ou não associada a hipercloridria (muito ácido) ou hipocloridria (pouco ácido). Não existe úlcera sem acidez (acloridria não tem úlcera). Classificação de Sakita: é pela característica morfológica, ou seja, quando vê como ela esta. A – Úlcera ativa, fibrina espessa. A1: tem necrose no centro. A2: não tem necrose. H – Úlcera em cicatrização, fibrina fina. H1 e H2 tem pouca diferença S – Úlcera cicatrizada, tem cicatriz não fibrina. S1: cicatriz vermelha. S2: cicatriz branca. Conforme vai cicatrizando começa a ter convergência das pregas. Difícil diferenciar Complicações: hemorragia digestiva alta (principal), perfuração e obstrução (ulcera inflama e desinflama tem retração que pode fechar o piloro). Complicações Hemorragia digestiva alta: Úlcera duodenal geralmente tem sangramento na parede posterior do bulbo duodenal devido proximidade com artéria gastroduodenal. Classificação de Forrest: associado ao sangramento de ulcera. Tipo 1: sangramento ativo. 1A: em jato e 1B: em babação Tipo 2: sangramento recente com risco de resangramento. 2A: vaso visível base da ulcera, 2B: coagulo e 2C: hematina (começa a cicatrizar). Tipo 3: sem sangramento. Todas de sakita são tipo 3. Perfuração: se a secreção cai na cavidade peritoneal causa inflamação muito importante. Irritação, sepse e uma urgência medica e o tratamento é cirúrgica. Obstrução: inflama desinflama retrai. A saída do estomago pode ficar fechada. Pessoa não consegue alimentar, se hidratar. A parcial permite dieta liquida. Tratamento medicamentoso: - Inibidores da bomba de prótons: como omeprazol. Ele bloqueia a bomba de prótons de forma irreversível bloqueia toda produção de ácido. 75 a 80% da acidez. - Bloqueador ácido competitivo por potássio: vonoprazan. Bloqueia mais. Geralmente 8 semanas de tratamento. - Sucralfato: comprimido mastigável que quando ingerido, forma película que recobre a ulcera e proteje contra ácidos. Forma liquida 2 X ao dia. Pastilha de 6 em 6 horas. Tratamento de H pylori: IBP (omeprazol) em dose plena. Tratamento das complicações: Hemorragia digestiva alta: deixar paciente ESTÁVEL exame de imagem IBP (dose de ataque de 80 mg de omeprazol depois em bomba de infusão 8 mg por 72 hrs) erradica H. pylori. Forrest 1A, 1B, 2A e 2B faz tratamento endoscópio. O mais comum é injeção de vasoconstricores. Ligadura elástica, clipes são feitos. Se o endoscópio não funcionar faz o cirúrgico, faz rafia na ulcera. Perfuração: sempre cirúrgico, faz a rafia (sutura da perfuração). Obstrução: parcial faz dilatação endoscopia. Total cirurgia: Paciente muito debilitado: gastroenteroanastomose – alça do intestino delgado e faz desvio no estomago quando melhorar faz Paciente melhor: antrectomia, ou seja, tira o antro todo (tira célula G- estimulo ácido). Antrectomia e vagotomia (tira acetilcolina) ulcera muito grave. Câncer de esôfago Anatomia do esôfago: Tumores benignos: pouca importância clínica, são em pequena incidência e prevalência. Importância clinica nula. Tumores malignos: importância clinica relevante. Não é frequente mas tem alta letalidade. Carcioma espinocelular: 90% dos tumores malignos. Ou carcinoma de células epidermoides ou de células escamosas. São neoplasias oriundas do epitélio do esôfago. Adenocarcinoma: metaplasia oriunda do nível do esôfago. Ocorre devida agressão crônica do acido. Prevalência: não é muito frequente no mundo (8°). 6° em homem e 15° em mulher. Maioria é epidermóide (prevalência) e o adenocarcinoma (incidência- aumento por ano) vem aumentando (países desenvolvidos principalmente aumento da obesidade e do refluxo). CA de esôfago e CA de estômago - 17/08 Influencia: genética, hábitos de vida e alimentação. Novos casos de adenocarcinoma é maior. Célula escamosa: esôfago médio- principais constrições do esôfago, onde conteúdo fica mais parado. Adenocarcinoma: ocorre no esôfago distalporque é a região que tem mais contado com o suco gástrico. Tabagismo e alcoolismo são fatores de risco para qualquer neoplasia do trato digestivo. O de espinocelular vem caindo (previne os fatores de risco). O adenocarcinoma aumenta (fator de risco é a obesidade, mas as medidas preventivas não são eficientes). FATORES DE RISCO – carcinoma espinocelular Tabagismo e alcoolismo: agressão direta a mucosa do esôfago, podendo levar a processo inflamatório crônico e risco de neoplasia. Álcool é convertido em acetaldeido que é uma substancia neoplásica. HPV: a nível de esôfago aumenta risco para as 2 lesões. Alimentação (nitrosaminas são realmente cancerígenas), bebidas quentes (lesão térmica irritação processo inflamatório. Comum no Sul). Doenças esofágicas Síndrome de plummer-vinson: doença que leva a anéis esofágicos (imagem- esôfago estreitado). Paciente tem disfagia (entalo) e anemia. Acalasia- megaesôfago Esofagite cáustica: ingere soda caustica Doenças genéticas Tilose palmo plantar: hiperqueratose de palmas e plantas. Tem acometimento esofágico. Tilose plantar e megaesôfago FATORES DE RISCO – adenocarcinoma Esôfago de Barrett: é o principal. Projeções digitiforme cor vermelho salmão na transição esôfago gástrica faz biopsia e tem metaplasia intestinal (glândulas células caliciforme). QUADRO CLÍNICO Estágio inicial: assintomático ou sintoma inespecífico. Começa com queimação leve que paciente não da moral. Quando apresenta sintomas já é estado muito avançado. - Disfagia: obstrui o esôfago. Primeiro sólido depois líquido. Tem que ocupar 65%. - Emagrece muito Sintomas menos frequente: dor torácica, epigástrico, engasgo (tumor alto). Tosse se atingir traqueia. Pode até ter conteúdo de dieta. Síndromes paraneoplásica: quando o tumor produz substancias que tem repercussão orgânica em outros locais. Tumor de esôfago produz substancia que simula ação do paratormônio e cálcio na corrente sanguínea (hipercalcemia). E acontone nigricans macula hipercromicas em região de dobras. Linfonodo supraclavicular- sinal de troisier Diagnostico É por endoscopia. Geralmente quando paciente já tem sintomas encontra lesões avançadas. Lesão exofitica: lesão cresce para dentro da luz Lesão ulcerada: ulcera extensa com lesão grosseira, fibrina. Biopsia: precisa da confirmação histopatológica. Estadiamento Estadiamento- grau de profundidade, se atinge estruturas adjacentes, se tem acometimento linfonodal e metástase à distância. É feito com vários exames. Tomografia do tórax e abdome: É um exame importante mostra se acomete estrutura adjacente, linfonodo e metástases. T- local, profundidade N- linfonodo M- metástase USG endoscópico: coloca o ultrassom na lesão, ou seja, bem próximo. Avalia muito bem a profundidade que a lesão infiltrou no órgão. Avalia se tem nos linfonodos regionais. Broncoscopia: é boa para tumores torácicos superiores. Analisa se lesão atingiu a traqueia ou não. Se tumor de esôfago atingir traqueia não tem cura. Mediastinoscopia: avalia linfonodos PET Scan: avalia metástase a distância. Capta atividade elevada de glicose. Estadiamento é muito importante para definir o tratamento e prognostico. T1 – mucosa e subsmucosa T2 – muscular T3 – após a muscular T4 – T4a invade estrutura adjacente – pode ressecar T4b invade estrutura vitais- não resseca N0 – sem N1 - 1-2 N2 – 3-6 N3 - > 7 M0 – sem metástase M1 – com metástase Quanto mais profundo maior risco de linfonodo acometido e metástase. Sobrevida: é um tumor com sobrevida muito baixa. Diagnosticar ele em estágio inicial é muito raro. Tratamento Tratamento cirúrgico: é principal tratamento. Avaliar: estadiamento (se é ressecável) e condição cirúrgica do paciente (paciente muito debilitado não faz). Ressecabilidade: se não é estrutura vital, se não tem metástase e condição paciente Cirurgia pode ser: convencional, videocirurgia ou robótica. Se tiver no linfonodo fazer linfadenectomia. Reconstruir o trânsito (com estomago ou colon). A esofagectomia trans-hiatal é muito mórbida – precisa de fazer toractomia. Hoje pode ser feita por vídeo: paciente em posição prona entra com o vídeo pelo hemitorax direito e faz esofagectomia. Quimio e radio terapia: indicada para quase todos casos passíveis de ressecção: neoadjuvante (antes da cirurgia, 4 sessões, 4 a 8 semanas antes diminui tamanho e aumenta chance de ressecar tudo) e adjuvante (pós cirurgia). Não passiveis de ressecção: como tratamento paliativo Tratamento paliativo: - Cirurgia paliativa: Manter alimentação VO o máximo. Se não conseguir manter parte para gastrotomia ou jejunostomia para continuar alimentando - Endoscopia: prótese para abrir luz do esôfago - Quimioterapia e radioterapia: Classificação dos CA na transição esôfago gástrica. Câncer de estômago Estomago: órgão importante do tubo digestivo. É a área mais dilatada. Tem ação mecânica e lipodigestação. Ele é irregular. Capacidade funcional 1 litro a 1,5 litro. Altamente vascularizado. Finaliza no piloro. Porções anatômicas: fundo gástrico, corpo gástrico e antro gástrico. Tumores benignos, pólipos tem menor repercussão. Os malignos têm maior relevância. Maioria é adenocarcinoma (oriundo do epitélio gástrico), linfoma MALT (linfoma gastrico) e GIST (tumor mesenquimal). ADENOCARCINOMA GÁSTRICO Epidemiologia: é muito comum, representa 10% dos CA do mundo. É a 3° principal causa de morte. 2 homens:1 mulher Incidência em declínio: sabe as causas e tem maior prevenção (irradicação da H pylori). Mais comum: homem, negros e varia de localização (habito influencia). Pilórico e antro bem comum. Aumentando recentemente na cárdia. FATORES DE RISCO - H. pylori: é uma das principais causas. (Prevenção: erradicação ainda na infância). - Alimentação: rico em sal, sem fruta e vegetal. Alimentos exposta a fumaça. - Tabagismo - Alcoolismo - Anemia perniciosa - Gastrite auto imune - Adenoma gástrico - Cirurgia prévia: principalmente as que o conteúdo bili pancreático passa no estomago. GASTRECTOMIA - História familiar - Agrotóxico - Radiação - Trabalhadores da produção da borracha ETIOPATOGENIA Agressão ao longo do tempo gastrite crônica (longa data) além de inflamar as células começa a atrofiar continua agressão e causa metaplasia (epitélio muda e é uma alteração irreversível) agressão continua e tem alterações neoplásicas- displasia (altera arquitetura e estrutura) agressão continua e causa carcinoma. QUADRO CLÍNICO Estágio inicial: sintomas leves ou assintomático Sintomas importantes: - Dor epigástrica: constante - Perda ponderal - Hematemese - Enjoo - Plenitude pós-prandial: sensação decheio - Massa palpável Acometimento linfonodal a distância: doença irressecável/ avançada: - Massa palpável - Linfonodo de Virchow, Irish, irmã Maria josé. - Prateleira de Blumer - Tumor de Krukenberg Síndrome paraneoplásica: (quando tumor produz substância que levam repercuções a distancias) - Tromboflebite migratória: veia superficial - Sinal de Leser-Trelat: hiperqueratose, lesão hipercromica - Acantose Nigricans: - síndrome nefrótica EXAMES LABORATORIAIS Marcadores: CEA – metástase hepática e CA 125: metástase ginecológica. EXAMES DE IMAGEM Endoscopia digestiva alta: faz diagnostico.É preciso fazer biopsia de 7 fragmento. Em lesão ulcerada tem que fazer biopsia nas bordas. Lesões grosseiras com bordas irregulares, ulcerações. Indicar endoscopia: > 40 anos com sintomas e < 40 se tiver com muitos sintomas importantes. USG endoscópio: ultrassom da lesão para ver a profundidade, linfonodos. Bom para avaliar o T (profundidade). TC: avalia profundidade do acometimento, órgãos adjacentes, linfonodos e metástases. CLASSIFICAÇÕES Borrmann: CA gástrico avançado. 1- lesão exofitica, sai para fora 2- lesão ulcerada sem infiltrar as bordas 3- lesão infiltrada que infiltra as bordas 4- acometimento difuso do estomago 5- não classifica nas outras CA gástrico precoce: não ultrapassa a submucosa, independente se acomete linfonodo. Quanto menos lesão invade a parede, menor risco de acometer linfonodo. Classificação de Lauren: intestinal (dentro dos fatores de risco) e difuso (indiferenciado, agressivo, jovens e mulheres e o prognostico é pior células em anel de sinete). TNM: T1- mucosa e submucosa, T2 invade muscular, T3 não penetra serosa, T4 penetra serosa. N – Linfonodo. M – Metástase. TRATAMENTO Tratamento cirúrgico: principal curativo. Faz gastrectomia, retira o tumor com margem livre. E linfadenectomia. Quimioterapia neoadjuvante é muito importante para diminuir o tumor (4 sessões). Tumor na região proximal: tira ele todo. Os de fundo e corpo gástrico. Y de Roux – bile entrar em contato com alimento. Tumor no antro gástrico: dá para deixar fundo gástrico e parte do corpo. Resseca 80% do estomago. Linfanedectomia: retira os linfonodos próximos. Quimioterapia neoadjuvante e adjuvante Radioterapia: CA com sangramento. Ressecção endoscópica: proposta curativa, tumor inicial na mucosa (T1a). Não ter ulcera, diferenciado, não ter linfonodo. O diagnóstico precoce é muito importante. Mas pela falta de rastreio difícil diagnostico no início. Terapia paliativa: quimio, cirurgia (para manter alimentação VO), dilatadores, radioterapia. LINFOMA GÁSTRICO É o segundo mais frequente. O MALT é o mais importante por estreita relação do H. pylori. Geralmente quando trata o H pylori a chance de cura é alta 90%. Doença disseminada precisa de cirurgia. TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL É de mesenquimal (TConj), comum em idosos. Formado células de Cajal: mutacao no C-Kit. Ou mutação no receptor tipo alfa. Endoscopia: lesão submucosa elevada. Diagnostico anatomopatológico. Acometimento linfonodal e metástase são raros. Tratamento: Doença localizada- ressecção Doença disseminada – inibir tirosina quinase. Abdome agudo - 24/08
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