Doenças virais e bacterianas no SNC - Doenças infecciosas

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Quinta-feira, 01 de dezembro
Doenças virais e bacterianas no SNC
Doenças que ocorrem no SNC e SNP. Diante de um problema neurológico deve-se identificar se o problema é central ou periférico. Animal que pressiona a cabeça contra um objeto indicativo de problema neurológico. 
SNC-
Diagnóstico diferencial de raiva nos bovinos: listeriose, encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca), tristeza parasitária bovina, IBR (rinotraqueíte bovina).
Principais na bovinocultura: raiva, vírus envelopado, vírus RNA negativo, replicação diferente pois entra no animal através de mordeduras fazendo disseminação via axonal retrógrada em direção ao SNC se replicando lá, inflamando SNC e faz via axonal anti-retrógrada se disseminando pelo corpo. Geralmente para na paralisia. 
Diagnóstico da raiva: post mortem. Imunoflorescência, inoculação em camundongo, procura corpúsculo de Negri, PCR (para substituir a inoculação em camundongo). 
No cavalo, o vírus fica na medula espinhal, sendo comum mandar também um fragmento de medula para o diagnóstico. Encefalites por herpes-vírus, o herpes vírus equino tipo 2 causas problema respiratório e reprodutivo também pode ocasionar problemas encefálico nos equinos. O herpes equino 4, ambos com controle vacinal, inclusive a raiva, diagnóstico por sorologia. 
Encefalomielite protozoária equina: segunda causa mais importante de causa neurológica em cavalos. 
Pequenos ruminantes: vírus da artrite encefalite caprina causando doenças em articulações “doença do joelho” também pode causar doença neurológica, além da listeria e raiva. É um retrovírus dos pequenos ruminantes, inchaço, edema de joelho, manqueira e alterações neurológicas.
Listeriose: abate do animal, pegar cérebro e encaminhar para laboratório autorizado e fazer isolamento bacteriano, isolamento mais fácil. Se suspeitar de listeriose pode mandar porções do silo coletando o material de maneira estéril e encaminhar para isolamento também.
Sistema nervoso periférico: tétano e botulismo (grandes e pequenos animais), consciência normal, quando temos isso tiramos as encefalites e deixamos os principais quadros de doença periférica, entrando tétano e botulismo como bons diagnósticos diferenciais. 
O tétano e o botulismo são duas clostridioses, o botulismo é o caso do bovino do vídeo, animais apresentam fraquezas nos membros, devemos lembrar de um conceito que o botulismo é um quadro de intoxicação alimentar, é uma doença de origem alimentar, o animal ingere a toxina pré-formada, no caso clássico do ser humano essa ingestão vem relacionada a alimentos como palmito, até um tempo em Araquari teve relacionado a mortadela. 
No bovino: normalmente é um bovino que busca fonte de minerais que ele não consegue adquirir no pasto, pastagens ruins podem gerar nos animais uma deficiência mineral, ele busca uma fonte mineral diferente fazendo osteofagia (indo na carcaça de outros animais característica do próprio clostridium ficar ali, indo buscar os minerais) por causa disso ele ingere a toxina pré-formada que causará o botulismo. 
Na nossa região não é muito comum o botulismo, mais comuns na região centro-oeste do Brasil. O botulismo não se preocupa com antibiótico porque ele não ingeriu a bactéria só ingeriu a toxina.
Tétano: quadro de toxi-infecção bacteriana, acontece infecção que faz proliferação do clostridium tetani, duas toxinas principais: tétano lisina e tétano espasmina. Tendo quadro neurológico de tétano. Equinos tétano é grave, sendo a espécie mais sensível ao tétano. Soro antitetânico com clínico de equinos. Gato pode fazer tétano em um membro só, o tétano a tétano (inibe síntese do GABA, inibidor, quando libera GABA um neurônio inibe o outro, quando o tétano inibe o inibidor esse neurônio fica constantemente estimulando o outro, gerando os espasmos) ela cai na corrente sanguínea através da lesão inicial (área de necrose, ausência de O2) produz a tétano lisina que aumenta lise tecidual para favorecer o desenvolvimento do clostridium. Importante dar o atb pois a bactéria está no animal, limpar e debridar (tirar tecido necrosado onde está a bactéria) a ferida inicial. 
Clostridium bactéria gram positiva anaeróbica. Normalmente férias perfurocortantes que causam a possibilidade de penetração e replicação do clostridium.
Cinomose: mioclonia, doença multissistêmica que acomete cães, doença imunossupressora (leucopenia por linfopenia) neurologicamente, pode ter diversidade grande de sinais clínicos. A mioclonia (bainha de mielina aux na condução do impulso elétrico quanto mais mielina mais regula é esse impulso elétrico, célula de Schwann produz e sintetiza a mielina) o vírus da cinomose interfere na síntese da mielina infectando a célula de Schwann e o neurônio perde a capacidade de regulação do impulso. Fazendo com que o animal desenvolva um quadro clínico de mioclonia (contração). 
Apresentação clássica da cinomose: alteração comportamental, encefalite devido à cinomose, normalmente a cinomose acontece bastante no Brasil, controle eficaz com a vacinação. 
Mioclonia é clássica, convulsão, o animal pode fazer paralisia de membros posteriores (parecendo com doença do disco intervertebral), cinomose mimetiza muito. Cinomose pode ter evolução brutal em pequenos animais, outras doenças de origem infecciosa que causam quadro neurológico no cão: Erliquiose, doenças fúngicas crypto
Raiva cachorro e gato: ciclo urbano, essencial a vacinação e informação da população. 
No gato: encefalopatias espongiforme, PIF (fase neurológica difícil de reverter)