Buscar

Gastroenterites em cães e gatos - Doenças infecciosas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Quinta – feira, 13 de outubro
Gastroenterites em cães e gatos 
Grande parte das doenças virais ocupam espaço maior onde tem estímulo para vômito, especificamente intestino delgado.
Revisando aula anterior –
Rotavírus importante em bovinos e equino, acometendo animais mais jovens. Rotavírus com capsídeo de 3 camadas aumentando resistência viral. Rotavírus doença do bezerro, potro, leitão, se replica no ápice da vilosidade (tropismo por células do ápice da vilosidade) células maduras super absortivas e muito secretórias (produzem enzimas que auxiliam na digestão). Rotavírus lisa as células do ápice.
Como interage lá, o animal com lesão no topo da vilosidade tem dificuldade em absorver nutrientes, sobrando esses nutrientes no lúmen intestinal aumentando a concentração osmótica desses nutrientes ocasionando um desequilíbrio hidroeletrolítico, puxando água para lúmen intestinal, alterando a consistência das fezes. 
Importante em bovinos e suínos pois o topo da vilosidade há produção de lactase, não produz mais a enzima devido a lise ocasionada pelo rotavírus, acumulando leite no lúmen intestinal, esse leite transita por todo TGI podendo sair inteiro nas fezes, bovina “diarreia do curso branco”. Difícil de lidar uma vez que o rotavírus é MUITO resistente no ambiente. Precisando identificar os animais positivos e segregar o rebanho, o rotavírus possui segmentos de RNA onde realiza um shift antigênico mutando o vírus. 
Obrigado a identificar os tipos de rotavírus que estão circulando de acordo com o tamanho das bandas do seu RNA através da eletroforese, como tipificamos chamamos de eletroferotipagem. 
Testar adultos que podem ser portadores sãos. Vacinas e manejo são importantes. 
Lactase não sendo produzida sobra leite puro, fermentando formando gás, álcool. Rotavírus é espécie específico.
Coronavírus –
Espécie específico
Em cães: Importante no canino (?), todo cão que tem coronavirose como diagnóstico, ele possui coronavírus associado à alguma outra doença, como: coronavírus + parvovirose, coronavírus + giardíase. Aparentemente nos quadros com associação ele piora. Sozinho será que ele é patogênico? Coronavírus canino não faz viremia. 
Em gatos: Coronavírus é o vírus da peritonite infecciosa felina, é um diagnóstico diferencial de diarreia em gatos. 
· PIF efusiva (líquido para fora, encontrado na cavidade pleural): causa derrame cavitário, derrame pleural. Se acometer tórax sinal clínico de dispneia. Na cavidade abdominal é transudato modificado. Efusão abdominal não causa diarreia. O gato que faz efusão é um gato que tem pobre resposta ao coronavírus acontecendo uma hipersensibilidade tipo 3. 
· Ascite (um só tipo de líquido): não tem cor, baixa proteína, quase como se fosse líquido. 
· PIF não-efusiva: faz granuloma, que pode ser em mucosa e submucosa. Na US aparece como infiltrado em mucosa e submucosa no gato que apresenta diarreia (aumento da ecogeneicidade, interferindo na absorção e função, mas NÃO HÁ ação lesiva do vírus na mucosa). Hipersensibilidade tipo 4. Pode causar diarreia no gato (diagnóstico diferencial). Os granulomas podem se formar no pulmão, no cérebro. 
Gato não vem só com diarreia, é apenas um achado. Diagnóstico do PIF é complicado, para fechar o diagnóstico deve-se fazer 2 PCRs, 1 para FCov (coronavírus do gato) e 1 específico para PIF. Única e melhor maneira, PIF não faz viremia constante colheita de sangue. Fecha o diagnóstico por meio de endoscópio colher uma biópsia (granulomas). Ou diagnóstico clínico para doença inflamatória intestinal (outro diferencial), se não der certo é PIF (prognóstico desfavorável tratamento caro). 
Outro vírus que causa diarreia em gato –
Parvovírus felino (panleucopenia felina): parvovírus felino, panleucopenia felina 99% parecido com o parvovírus canino. Pode causar diarreia em filhotes até 1 ano e meio, principal problema são distúrbios reprodutivos (ajudando no diagnóstico, se tutor tiver histórico prévio da mãe sabendo se houve aborto) Gata entra no cio emprenha e quando vai parir, nasce um, ou vem mais algum com hipoplasia cerebelar. Alterações reprodutivas perinatais auxiliando no diagnóstico clínico. 
Animal apresentando PANLEUCOPENIA: diminuição de todas as células brancas. Gato que vem magro, sem crescimento e quadro de diarreia crônica de ID. 
Diagnóstico mais específico do vírus: Hemograma, PCR de fezes (padrão ouro), teste de hemaglutinação direta e indireta (anticorpo). Possui vacina, ideal a fêmea mãe dos filhotes tirar da reprodução. 
Tratamento: com atb devido infecção bacteriana secundária, pode dar probiótico e ração direcionada para intestino, vírus não se trata com antibiótico, tratamos as doenças secundárias com o atb. 
Parvovírus do cachorro: vírus que tem tropismo por células específicas sendo células que fazem mitose (fase S para fase G1), quando o parvovírus entra na célula tanto canina quanto felina ele utiliza o mecanismo para replicar o genoma do vírus (pega RNA polimerase para ele) se replicando com muita velocidade, lisando as células acabando lesionando. 
No caso do cachorro, o timo especialmente em animais jovens é um órgão de defesa primaria e replicação celular rápida, por isso os animais podem apresentar lesão tímica ou atrofia tímica, devido à replicação, leucócitos atraem parvovirose. 
Parvovírus do cachorro: gastroenterite hemorrágica uma das doenças de maior mortalidade nos cães, especialmente em animais jovens (até 1-2 anos, aproximadamente), podendo causar outros quadros como problema reprodutivo (aborto).
Parvovírus tipo 2c (animais acima de 1,5 anos) CPV2 possui o tipo a,b,c a e b estão na vacina, tipo c faz imunidade cruzada. 
Parvo canino acomete cães de todas as idades, diarreia sendo comum em animais mais jovens. Algumas raças de cães como pastor alemão, pinscher, pastores em geral possuem parvovirose da forma mais grave. 
Contaminação: fecal-oral transmissão direta, vírus nu com alta persistência ambiental. Parvovírus se replica na cripta porque na cripta acontece mitose (o que ele mais precisa) é na cripta que se tem a reposição de todas as células do epitélio, como replica na base da vilosidade sendo um vírus que também faz lise, tendo uma lesão muito severa, perdendo a estrutura basal de todas as vilosidades não tendo estrutura epitelial. ACONTECE NO ID (duodeno e jejuno). Se sangra resulta em desidratação. 
Morte do animal com parvovirose devido ao choque hipovolêmico (desidratação intensa devido ao vômito intenso e diarreia) mucosa aberta favorecendo entrada de E. coli ocasionando sepse e evoluindo para choque séptico (translocação bacteriana saiu de um ponto e foi para outro, que não iria normalmente), inervação levando a intensa dor abdominal podendo causar choque neurogênico. 
Tratamento: hidratação, atb (metronidazol), analgésico, anti-inflamatório, antiemético (vonau), quanto mais cedo tratar, melhor.

Continue navegando