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DIREITO TRIBUTÁRIO II ESPÉCIES DE TRIBUTO ESPÉCIES DE TRIBUTO • O Código Tributário Nacional diz que os tributos existentes são os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. • Desta forma, muito se discute acerca da quantidade de espécies de tributos existentes no sistema tributário pátrio, haja vista que há vários doutrinadores que com base no artigo 5º do CTN, adotam a teoria tripartite. • Porém, havia também aqueles que entendiam pela existência de quatro espécies tributárias, sendo estas, taxas, impostos, contribuição de melhoria e empréstimo compulsório, conforme acórdão proferido pelo STF em 1992, em que ficou registrado este o entendimento do Ministro Carlos Velloso. • Porém, há autores que com base nos artigos 145, 148 e 149 da Constituição da República de 1988, têm considerado o EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO e as CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS como espécies do gênero tributo. • Esta é a chamada teoria QUINQUIPARTIDA, e a que consideramos a mais coerente. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. (BRASIL, 1988) Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (...) (BRASIL, 1988) TAXAS CONSIDERAÇÕES • Tem previsão no artigo 145, paragrafo 2º/ CF/1988 • Artigo 77 e seguintes do Código Tributário Nacional • Tributo VINCULADO A ATIVIDADE ESTATAL. • Somente é possível ser cobrada em função de um serviço ou para financiar o aparato de fiscalização do poder público. Por isso para alguns ele é finalístico (fim especifico). • As taxas consistem em tributos, cujo fato gerador é configurado seja por um poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de um serviço público, específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição, conforme estabelece o artigo 145, II, da Constituição da República. (Amaro, 2007, p. 31) Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: (...) II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; (...) (BRASIL, 1988) • De acordo Spagnol (2004), as taxas são tributos destinados a permitir que o poder público possa se remunerar pela prestação direta de serviços ao contribuinte, ou pela fiscalização de atividades desenvolvidas por estes mesmos contribuintes. • Segundo este mesmo autor as taxas podem ser instituídas seja em razão do EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA, seja em razão da PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (BRASIL, 1966) A competência tributária para instituição das taxas pertencem a União, Estados e Municípios. Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. • Os serviços prestados devem ser ESPECÍFICOS e DIVISÍVEIS, o que significa que devem ser passíveis de utilização em separado por parte do contribuinte. ESPECÍFICOS: • Tendo usuários determinados; • Não poderá haver taxa sobre serviço sem usuário determinado voltado para coletividade como um todo. DIVISÍVEL Deve ser possível ser utilizado em separado por parte de cada contribuinte. Grande polêmica existente em relação a taxa de iluminação pública, no qual o STF determinou inconstitucional, por ser impossível dizer que um recebeu mais luz em casa do que outro. Assim a taxa deve ser especifica de determinada parcela da sociedade, e ainda tem que ser divisível entre todos (cada individuo) se ela não puder ser dividida não é taxa. A taxa tem também que ser prestada de maneira efetiva e potencial: • O STF entende que o serviço não necessariamente, precisa ser prestado de forma efetiva, basta o setor público disponibilizar potencialmente o serviço. • Ou seja, taxa de incêndio: o carro do bombeiro não precisa ficar ao lado da sua casa 24 horas, basta estar disponível. O que justifica a potencialidade do serviço é ele estar disponível, quando o cidadão precisar. Base de cálculo: Valor do serviço. Taxa custeia serviço público prestado pela União, Estados e Municípios. TAXA E TARIFA (PREÇO) • A doutrina é uníssona quando apresenta a primeira distinção entre taxa e preço, qual seja, a taxa é uma obrigação ex lege, e o preço ex contractu. • Outra distinção é que a primeira constitui uma obrigação de direito público, e a segunda de direito privado. • Alguns doutrinadores faz a primeira distinção ao dizer que os serviços custeados por taxas são aqueles cuja a natureza é inerente ao Estado, vale dizer, quando apenas o Estado possa realiza-lo. • Quando a atividade da administração é similar a que pode desenvolver qualquer particular e seu fim primordial é o lucro, torna-se claro que essa prestação de serviços deve estar regida pelo direito privado e custeadas por meio de preços. TARIFA • É preço • Pode ser criado por contrato. • Reajuste contratual para aumentar o preço. TAXA • É tributo. • Somente pode ser criado por lei. • O aumento do tributo somente se dá por lei. TRABALHO DE TDE Pedágios é tributo ou preço? Responda com base na doutrina e jurisprudência. BONS ESTUDOS! CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA • A contribuição de melhoria consiste em um tributo que apareceu na década de 30; • É um tributo muito semelhante à taxa, uma vez que pressupõe uma contraprestação aos contribuintes. • Este tributo veda a eternização do enriquecimento sem causa, uma vez que quando o ente faz a obra e resulta a valorização do imóvel que se encontra localizado naquela região, e por tanto gera uma valorização do patrimônio do particular, não se torna justo que se utilize do dinheiro público para beneficiar somente uma parcela da população. • Se um particular auferir a valorização imobiliária em razão de obra pública poderia gerar um desconforto para o restante da população. A partir de então a doutrina estabeleceu que quem se enriquecesse as custas de um capital público teria que repor esse dinheiro, sendo necessário a sua retribuição para tonar licito o locupletamento. A contribuição de melhoria está disciplinada pela Constituição da República de 1988 no artigo 145, III; Código Tributário Nacional em seus artigos 81 e 82; Sendo de competência comum da União, do Estado, do Distrito Federal edos Municípios. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I - publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada; e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. Para Claudio Carneiro (2011), trata-se de um tributo, o qual estará sempre condicionado a existência de efetiva realização de obra pública, Sendo importante destacar, também, que a contribuição de melhoria tem caráter de ressarcimento pelo gasto público com a realização da obra. Se há algum indivíduo diretamente beneficiado com a obra pública, é questão de justiça social que eles contribuam diretamente para o custeio desta obra, desta forma, não seria razoável que esta obra fosse custeada pelas receitas gerais dos impostos. FATO GERADOR • É a construção de obra pública + valorização do valor do imóvel. • Para se cobrar este tributo é imprescindível que ocorra valorização do imóvel. Pois somente quem teve o imóvel valorizado deve pagar a Contribuição de Melhoria. • Há divergência no que tange a hipótese de incidência da contribuição de melhoria, se esta será cobrada com base na valorização do imóvel, ou com base no custo da obra. (Spagnol, 2004 p.66) Para a valoração deste tributo se toma como base de cálculo a valorização do imóvel, pois não é justo cobrar do proprietário do imóvel que valorizou menos o mesmo tanto daquele que teve uma valorização de 100%. O CTN estabelece alguns limites para a cobrança da contribuição de melhoria como, por exemplo, o limite total, ou seja, o valor máximo que poderá ser cobrado não poderá exceder ao custo total da obra; E o limite individual, o que significa dizer que o valor máximo que poderá ser cobrado é a valorização do imóvel. (Cláudio Carneiro, 2011) LIMITE GLOBAL E INDIVIDUAL • Limites: recuperar o custo da obra. • Não se pode recuperar mais do que se gastou na obra, ainda que a valorização do imóvel seja exorbitante, sendo este o limite global. • No que tange o limite individual é personalíssimo se o seu imóvel valorizou R$ 5.000 reais você nunca poderá pagar por essa contribuição de melhoria mais do que R$ 5.000 reais. É uníssono o entendimento jurisprudencial de que a base de cálculo da contribuição de melhoria é a efetiva valorização imobiliária, a qual é aferida mediante a diferença entre o valor do imóvel antes do início da obra e após a sua conclusão, sendo inadmissível a sua cobrança com base somente no custo da obra pública realizada, entretanto este deverá ser o limite da arrecadação, pois se o Estado arrecadar mais do que gastou com a obra pública será inconstitucional e ocorrerá um enriquecimento ilícito por parte do ente público. A contribuição de melhoria pode ou não ser cobrada, sendo faculdade do ente federativo, desde que se comprove a valorização do imóvel. JULGADOS Sem valorização imobiliária, decorrente de obra pública, não há contribuição de melhoria, porque a hipótese de incidência desta é a valorização e a sua base é a diferença entre dois momentos: o anterior e o posterior à obra pública, vale dizer, o quantum da valorização imobiliária. [RE 114.069, rel. min. Carlos Velloso, j. 15-4-1994, 2ª T, DJ de 30-9-1994.] Esta Corte consolidou o entendimento no sentido de que a contribuição de melhoria incide sobre o quantum da valorização imobiliária. [AI 694.836 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 24-11-2009, 2ª T, DJE de 18-12- 2009.] BONS ESTUDOS! EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO Um tributo o qual possibilita o Governo Federal a lançar mão deste dinheiro arrecadado para captar recursos financeiros a fim de custear fatos: Indesejosos; Imprevisíveis; Emergenciais, que são importantes e caros; Ou seja, constituem ferramenta do Estado para custear questões emergência através de empréstimos realizados pela população. Trata-se de um tributo excepcional e transitório, cujas condições para sua instituição encontram-se descriminadas na Constituição da República, a qual cuidou apenas de regular as condições, de fato, para que o tributo pudesse ser instituído, como por exemplo: Calamidade pública; Guerra externa ou sua iminência; ou Investimento público urgente ou de relevante interesse nacional, conforme se observa: (Spagnol, 2004 p.66) • A hipótese de incidência desse tributo estão previstos no artigo 148 da Constituição da República não estabelece qualquer restrição: Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. DESTA FORMA, AS CARACTERÍSTICAS DESTE TRIBUTO SÃO: eventualidade, emergencialidade, trata-se de um tributo temporário e transitório, restitutividade, isto é, ressarcibilidade. Trata-se, ainda, de tributo não vinculado uma vez que a União não se compromete a prestar nenhuma contraprestação ao contribuinte. Entretanto, a receita deste empréstimo é afetada, pois já entra nos cofres públicos para com uma destinação especifica, como, por exemplo, nos casos de guerra, em que o tributo nasceu afetado para custear guerra. • Tal afetação veio estabelecida pelo parágrafo único deste artigo, ao dispor que a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo Compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. (Rosa Junior, 2009 p.126) Competência: • Somente a União pode cobrar Empréstimo Compulsório. • Somente pode ser criado por Lei Complementar, pois caso contrário todos os dias teríamos um novo tributo. A Constituição criou duas opções para custear guerra: Empréstimo compulsório e impostos extraordinários de guerra. Pode-se criar os dois ao mesmo tempo, um não exclui o outro. Entretanto, se o Estado quiser que o povo pague, cria imposto extraordinário de guerra. Se quiser que o Estado pague e devolva posteriormente, cria-seempréstimo compulsório, Ou se quiser metade de um e metade de outro não tem problema. • Todavia nunca houve a criação de imposto de guerra no Brasil, trata-se de mera especulação doutrinária, pois apesar de existir a previsão nunca foi utilizado. Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: I - guerra externa, ou sua iminência; II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis; III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei. Trata-se de um empréstimo, por isso a Lei que cria deve arrumar uma forma de devolver ao contribuinte. Por isso muitos não o veem como tributo, pois o Estado não fica com o tributo. Porém, na minha opinião é sim um tributo, por se encaixar perfeitamente ao artigo 3º do CTN, e além disso, no conceito de tributo, não há nenhum dispositivo que fala que o Estado tem que ficar com o dinheiro. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL • A Constituição da República em seu artigo 149 consagra quatro tipos de contribuições: as coorporativas, as interventivas e as sociais stricto sensu e a Contribuição de Iluminação Pública. • Assim dispõe o artigo 149 da Constituição da Republica: Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (BRASIL, 1988) • Contribuição social, contribuição profissional e contribuição de intervenção do domínio econômico, em regra somente a União estabelece. • Ao lado do artigo 149 tem o artigo 149- A, autorizando a contribuição de iluminação pública. • São tributos semelhantes aos impostos, estabelecido unilateralmente, é não vinculado, impõe sobre um fato que em regra é caracterizador da capacidade contributiva, ou seja, COFINS, faturamento, contribuição social sobre lucro CSSL, contribuição social sobre lucro liquido CSLL. CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA: • Em 1988 só existiam três tipos de contribuição, as econômicas, as profissionais e as sociais. • Foi com a EC 39/2002 que se criou o artigo 149 - A, sendo esta a quarta espécie de contribuição especial, uma contribuição com finalidade de financiar o custeio com a iluminação pública. • Até o final de 2002 os municípios cobravam uma taxa de iluminação pública, considerada inconstitucional, pois não pode ser cobrado taxa de um serviço público que não é especifico e divisível. Assim, o STF reiteradamente decidiu pela inconstitucionalidade da taxa de iluminação pública até editar a súmula 670 do STF. • Ocorre que, existem municípios, os quais não vivem e nem conseguem viver sem a cobrança de tal valor. Com isso, houve uma articulação para através de uma PEC, que virou a EC 39/2002, preservar essa arrecadação. • Mas como preservar essa arrecadação que faz tanta falta e que não poderia ser considerada taxa? Foi criada uma nova espécie tributária, a contribuição de iluminação pública. Sai da taxa e entra como contribuição especial. Iluminação pública é a consequência e não a causa do tributo. • É cobrado um X% em cima da nossa fatura de energia elétrica, por isso capacidade contributiva. • Base de cálculo: quantidade de consumo, ou seja, quem consume mais energia elétrica paga mais CIP, quem consume menos energia em casa paga menos CIP. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL GERAL • Estas contribuições foram previstas no texto constitucional como um dos instrumentos destinados ao financiamento da seguridade social, assim entendida como conjunto integrado de ações destinados a assegurar os direitos relativos à saúde, assistência e previdência social. • Sua instituição encontra-se regulamentada nos artigos 194 e 195 da Constituição da República. • Aqui, além da União, os Estados e os Municípios também podem criar estas contribuições de previdência social. Então é exceção, pois em regra, as contribuições sociais são criadas pela União. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições social: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (BRASIL, 1988) • Intuito de custear a ordem social, ou seja, representada por várias formas, saúde, previdência, assistência social. E nós contribuintes vamos colaborar com este custeio através deste tributo. • Quais camadas da sociedade estão responsáveis pelo pagamento de tal contribuição? 4 pessoas ou 4 camadas, o empregador, o empregado, as loterias e o importador de bens e serviços. • Em outras palavras, toda sociedade custeia a seguridade social através de contribuição previdenciária, há também a contribuição patronal. Podendo o desconto ser feito de acordo com o faturamento ou lucro da empresa. • As contribuições também são pagas pelo empregado. CONTRIBUIÇÃO CORPORATIVA: • As contribuições corporativas destinam-se ao fornecimento de recursos aos órgãos representativos de categorias profissionais ou econômicas. • O dito tributo deve possuir natureza parafiscal, isto é, devem ser arrecadados e administrados diretamente pelos órgãos representativos. • Parafiscalidade: a competência para se criar o tributo mediante lei é sempre da União, Estado ou Município. E a competência para arrecadar o tributo nem sempre é do ente que cria. A capacidade de cobrar pode ser delegada para terceiro. Então, dizer que um tributo é parafiscal significa que um ente cria o tributo, mas outro é quem cobra. • A competência para criar esse tipo de Contribuição Corporativa é apenas da União. CONTRIBUIÇÕES INTERVENTIVAS. • Trata-se de instrumentos de atuação interventiva do Estado no Domínio econômico. • A intervenção no domínio econômico, como toda intervenção, é sempre uma atividade extraordinária. Só tem cabimento, em face da Constituição de 1988, como forma de regular setor da economia que tenha dado sinais de anomalias e exigir a presença do Estado, que se há de comportar nos limites estabelecidos pela Constituição, especialmente no que diz respeito à regulamentação da ordem econômica e financeira. • Compete exclusivamente a União criar, e como vimos ela pode fazer isso para estimular o seguimento econômico (como forma de incentivo) • Sem materialidade é instituído como instrumento de intervenção estatal em setor econômico específico e cujo produto da arrecadação tem destinação pré-determinada. • Finalidade: A CIDE deve ser criada com finalidade específica. Mas não é qualquer finalidade que justifica a sua instituição; deve haver compatibilidade com os valores constitucionais e pertinência com a intervenção no domínio econômico. BONS ESTUDOS!