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RELATÓRIO VISITA TÉCNICA TRAUMATO docx (1)


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA – FEFF
BACHAREL EM FISIOTERAPIA
Fisioterapia Traumato-ortopédica II
Luma Palheta de Azevedo
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
Manaus
2022
LUMA PALHETA DE AZEVEDO
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
Relatório de visita técnica, apresentado à
disciplina de Fisioterapia Traumato-ortopédica
2, do curso de Fisioterapia da Universidade
Federal do Amazonas, referente ao conceito do
6o período, sob a orientação da professora
Aline Arcanjo Gomes.
MANAUS
2022
4
INTRODUÇÃO
No dia 12 de novembro de 2022, das 8h às 11h, alunas da turma 13 de fisioterapia, na
disciplina de fisioterapia traumato-ortopédica 2, realizaram visita técnica no setor de
fisioterapia do ambulatório Araújo Lima, para observação dos atendimentos da equipe de
estágio.
.
5
OBJETIVOS
Observar a aplicação prática de conceitos teóricos vistos em sala acerca das
diferentes patologias a serem tratados na área da fisioterapia traumato-ortopédica, revisando
os conhecimentos já abordados em seminários sobre alterações funcionais do sistema
musculoesquelético, como os procedimentos específicos de semiologia e definição do
diagnóstico cinético-funcional, bem como interpretação das alterações funcionais vistas em
laboratório para a confecção da melhor conduta para o paciente.
6
RELATO DE OBSERVAÇÃO
Às 9h30 do dia 12 de dezembro de 2022 no ambulatório Araújo Lima, paciente
F.C.M, do sexo masculino, aposentado, se apresentou ao setor de fisioterapia no 4o andar para
sessão de reabilitação traumato-ortopédica.
O paciente passou por artroplastia total do joelho direito em outubro de 2021, onde
os componentes do implante foram fixados na articulação usando cimento ósseo. O mesmo
iniciou a fisioterapia 1 mês após a operação, no próprio ambulatório. Durante o PO imediato,
utilizou muletas em casa como dispositivos auxiliares de marcha. Relatou apresentar
obesidade antes da operação, chegando a pesar 135 kg, perdendo 45 kg até o presente dia, o
que afirmou que gostaria de continuar fazendo. Não relata dor, mas queixa-se da “dificuldade
de coordenação” e de realizar a extensão total do joelho. Ao longo da sessão, também
informou que conseguia fazer caminhadas de pequena distância, como ir à padaria todos os
dias, por exemplo. Paciente é hipertenso e faz uso de medicação.
Para o primeiro exercício, o paciente realizou uma série de agachamentos,
apoiando-se nas barras de ling à sua frente e utilizando uma cadeira como referência para
agachar-se. Nas primeiras repetições, o joelho do paciente ultrapassava a linha do tornozelo
ao agachar-se, no entanto o mesmo conseguia executar o movimento corretamente com o
feedback das mãos do fisioterapeuta à frente do joelho. O paciente conseguiu realizar duas
séries de 10 repetições.
Como segundo exercício, foi solicitado que o mesmo caminhasse em linha reta
segurando uma barra à frente, na altura dos ombros, enquanto fletia os joelhos o mais alto que
conseguisse. Era dado o comando de marcha, como de um militar. Relatou valor 5 na escala
Borg de esforço após a primeira série, e 6 após a segunda.
Após este exercício, a professora sugeriu desafiar a coordenação do paciente,
pedindo que ele mantivesse o exercício anterior mas mudando a direção conforme comando
verbal do terapeuta.
Ainda no desafio à coordenação, foram dispostos 4 arcos no chão, em uma
configuração semelhante aos anéis olímpicos. Assim, foi solicitado que o paciente caminhasse
normalmente, mas cruzando as pernas a frente, passando pelos arcos de modo que nunca
houvesse dois pés no mesmo arco. O paciente precisou de algumas repetições e orientações do
terapeuta até realizar corretamente.
Em seguida, o paciente realizou um circuito: caminhar por alguns metros, elevando e
abaixando uma bola suíça, até chegar aos arcos do exercício anterior. Ele então deveria virar
7
de lado e passar pelos arcos cruzando as pernas. À medida que o circuito era realizado com
facilidade, foi-se progredindo com o mesmo, pedindo que ele subisse a rampa após sair dos
arcos, mantendo a movimentação da bola e posteriormente realizando sem a bola, porém com
agilidade.
Após esta série, o paciente fez uma pausa para descansar e para que fosse aferida a
pressão arterial.
Dando continuidade, para o próximo exercício o paciente devia correr, utilizando os
azulejos do chão como referência, de modo que os pés nunca ficassem apoiados no chão um
ao lado do outro, na mesma linha de azulejos. Em seguida, ele realizava o mesmo percurso
dos arcos.
Depois, foram posicionados dois cones com alguns metros de distância na sala. O
paciente então devia correr de frente e de costas de um cone a outro, passando pelo circuito
com os arcos e posteriormente pela rampa.
Após algumas repetições, o paciente devia repetir os movimentos de cruzar as pernas
(como nos arcos) no espaço entre os dois cones, utilizando somente os azulejos do chão como
referência. Ao realizar duas voltas com esse movimento, ele seguiu de volta para o circuito
com os 4 arcos, fazendo a marcha em tandem. O paciente apresentava dificuldades em fazer
este último mantendo uma boa postura, fletindo a cabeça e elevando os ombros.
Por fim, foi aferida a pressão arterial novamente e o paciente foi liberado, totalizando
uma sessão de 50 minutos.
8
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ATENDIMENTO
Com base nos dados coletados através da observação, foi solicitado que
realizássemos nossas próprias sugestões de exercícios e aspectos a serem avaliados para o
paciente em questão.
Quanto à avaliação, por se tratar de uma situação de primeiro contato com a equipe,
seria interessante avaliar tópicos como: a queixa principal do paciente, motivações e metas
pessoais com o programa, já que era um paciente bem avançado no tratamento e com
potencial para evoluir outros aspectos mais individuais (por ex.: o mesmo mencionou algumas
vezes o seu desejo de continuar perdendo peso, que tinha dificuldade de coordenação e
também apresentou dificuldade em tarefas que exigiam mais agilidade). Por estar em
reabilitação há um ano, também poderia estar incluída a avaliação de força muscular com a
escala MCR em conjunto com a avaliação da RM para direcionar os exercícios de
fortalecimento, goniometria das principais articulações, uma vez que o mesmo relatou não
conseguir estender totalmente o joelho direito, quantificar o risco de quedas com o índice de
Tinetti juntamente com o equilíbrio pela escala de Berg e o grau de dependência com o Índice
de Katz, por se tratar de paciente idoso. Visando adequar os objetivos da reabilitação com as
metas pessoais do paciente (perder peso), também seria interessante avaliar a sua capacidade
funcional respiratória com o TC6 ou o ISWT, para que o mesmo passe a realizar exercícios
aeróbicos. É necessário atenção especial com as doenças associadas pois o paciente é
hipertenso fazendo uso de medicamentos.
Quanto às condutas, o paciente apresentava potencial para executar exercícios que
desafiassem sua agilidade, cognição e equilíbrio com o intuito de prezar pela sua
independência.
Desta forma, serão listadas sugestões de exercícios que podem ser incluídos ao longo
do tratamento do paciente.
1) Melhorar o equilíbrio dinâmico, criando desafios que simulem a vida real. Por
ex.: subir escadas, caminhar, desviar de obstáculos.
1.1 Treinando com degraus: posicionar um caixote próximo a parede (figura 1)
e pedir que pise com apenas um dos pés, como se fosse subir um degrau. Ao
mesmo tempo, ele deve levantar o braço ipsilateral à perna que estiver
flexionando, fazendo o possível para não apoiar o membro superior na parede.
9
Figura 1 - treino de equilíbrio
Fonte: Welerson Pereira (YouTube), 2022.
1.2 Treinar o movimento de subir e descer em apoio unipodal: realizar o
agachamento afundo com o membro inferior contralateral apoiado na bola
suíça (figura 2). Pode ser realizado apoiando os braços nas barras de ling ou no
terapeuta.
Figura 2 - agachamento afundo com bolasuíça
Fonte: Projeto InFluir (YouTube), 2015.
1.3 Desafiar o equilíbrio e estabilidade enquanto caminha ao longo de uma fita
de 10 m, cruzando os pés, ultrapassando da mesma (figura 3a); marcha em
tandem elevando os joelhos acima de 90o com carga nos membros superiores
(figura 3b); caminhar cruzando as pernas com carga nos membros superiores
10
(figura 3c); caminhar ao longo da fita estendendo uma perna ao lado, sem
encostar o pé no chão e voltar trazendo o pé à frente (figura 3d).
Figura 3 - Exercícios de equilíbrio e estabilidade
Fonte: Mauro Guiselini (YouTube), 2020
1.4 Em conjunto, treinar também o equilíbrio estático associado a tarefas com
os membros superiores apoiado em superfícies instáveis. Com o paciente em
pé na cama elástica ou sobre o bozu, jogar uma bola com peso para que o
mesmo alcance e jogue de volta. Realizar os lançamentos em posições
diferentes conforme comando do terapeuta, por ex.: em pé, agachado, em apoio
unipodal ou alternando as bases de apoio, simulando a marcha.
2) Trabalhar a agilidade e coordenação motora
2.1 Brincadeira do dentro-fora com a escada de agilidade, podendo ser
trabalhada no ritmo de alguma música (figura 4). Caso o paciente comece o
circuito com um pé, deve fazer a volta iniciando pelo outro pé. O paciente
pode evoluir o exercício realizando de forma mais ágil ou carregando uma bola
pesada.
Figura 4 - Exercícios de coordenação com a escada de agilidade
Fonte: Mauro Guiselini (YouTube), 2020
11
2.2 Trabalhar com mudanças de direção e tarefa dupla: Montar um circuito em
com cones de cores diferentes em direções e distâncias diferentes (figura 5), o
qual o paciente deve percorrer enquanto lança uma bola para cima e apara. A
cada comando verbal, o paciente deve seguir para o cone escolhido pelo
terapeuta. Para desafiar a cognição do paciente, pedir para que faça contas
matemáticas básicas, listar coisas ou contar uma história. Em evolução do
exercício, pode ser solicitado que o paciente ande mais rápido, ou podem ser
incluídos obstáculos ao longo do trajeto.
Figura 5 - exemplo de confecção de circuito
Fonte: Falk e Pereira, 2010.
3) Incluir exercícios de fortalecimento da musculatura intrínseca de flexores de
tronco para melhor controle postural (figura 6).
Figura 6 - exercícios de tronco
Fonte: Move with Nicole (YouTube), 2020.
4) Aconselhar acompanhamento nutricional para continuação da perda de peso e
incluir exercícios aeróbicos como bicicleta ergométrica ou caminhada na
esteira por 15 minutos.
12
5) Estimular a funcionalidade do paciente, treinando a caminhada em um
ambiente não controlado, mais similar ao que ele percorre durante a vida diária
(como ir à padaria). Por exemplo, recebê-lo no primeiro andar, e após aferir a
PA, se possível, caminhar nos entornos do ambulatório até o limite tolerado,
evoluindo até subir alguns lances de escada do prédio. Pedir para que use o
calçado que usa normalmente.
6) Por fim, orientar a realização de alongamentos ativos globais para fazer em
casa, após aprender a fazer corretamente na sessão no ambulatório (figura 7).
Figura 7 - alongamentos ativos
Fonte: Reabilita em Casa por Andréa Rangel (YouTube), 2019, João Abreu (YouTube), 2019,
Fernanda Yoga (YouTube), 2020.
13
CONCLUSÃO
A observação de atendimento no laboratório foi um dos momentos do aprendizado
na disciplina em que pudemos aplicar conceitos vistos apenas teoricamente em seminários de
casos clínicos que resolvemos ao longo do período. O fato de termos um paciente ao vivo,
com suas próprias queixas, limitações, motivações e metas torna mais fácil visualizar os
objetivos que irão direcionar uma conduta efetiva, pois assim conseguimos ter um tato mais
imediato do que funciona ou não para aquele indivíduo em especial. É importante sempre ter
em mente que, apesar dos exercícios apresentados aqui estarem mais focados na limitação de
extensão do joelho direito, prezar pela globalidade dos exercícios e retorno à funcionalidade
do corpo é o ideal para um tratamento completo.