Buscar

Atuação do enfermeiro a mulher climatérica

Prévia do material em texto

Sandy Caroline – ENF/UEA 
 
Sandy Caroline – ENF/UEA 
 
Atuação do enfermeiro a mulher climatérica 
Climatério 
É a fase biológica da vida e não um processo patológico, que compreende a 
transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher 
(normalmente entre os 40 e 65 anos) 
• Para confirmar o climatério e a menopausa não precisa coletar exames, 
bastando uma avaliação clínica 
• Nesse período, ocorre a menopausa que corresponde ao último ciclo 
menstrual e somente é reconhecida depois de passado 12 meses da 
sua ocorrência 
• A menopausa acontece em torno dos 48 a 50 anos de idade 
Quais são as fases do climatério? Perimenopausa, menopausa e a pós-
menopausa 
Perimenopausa: período antes da menopausa, onde a menstruação se altera, 
as alterações hormonais tornam-se mais intensas, gerando um encurtamento 
ou alongamento dos ciclos 
Menopausa: corresponde ao último ciclo menstrual da mulher, confirmada 12 
meses após o último ciclo menstrual 
• A menopausa será precoce se ocorrer antes dos 40 anos de idade 
Pós-menopausa: período que começa um ano após a última menstruação 
Fisiologia do climatério 
No climatério há uma progressiva diminuição do patrimônio folicular e aumento 
dos ciclos anovulatórios, como consequência insuficiência lútea 
Além da diminuição do número de folículos, eles também se tornam refratários 
a ação das gonadotrofinas 
• Na menopausa os hormônios hipofisários (FSH e LH) continuam a 
serem produzidos e até aumentam de quantidade tentando estimular 
com mais força o ovário que não responde, pois os folículos não 
conseguem mais responder na produção hormonal 
O principal fator relacionado as alterações estruturais é a gradativa redução da 
produção ovariana de estrógeno e aumento do hormônio das gonadotrofinas 
hipofisárias (FSH e LH) 
• Na pós-menopausa, o FSH poderá estar aumentado cerca de 10 a 15 
vezes, enquanto o LH, de 3 a 5 vezes 
Fatores de risco 
Mulheres tabagistas apresentam a idade da menopausa antecipada e isto 
depende do número de cigarros fumados por dia 
Sandy Caroline – ENF/UEA 
 
Sandy Caroline – ENF/UEA 
 
• Mulheres que usam hormônios e são tabagistas têm um risco até 10 
vezes maior de apresentar infarto do miocárdio, tromboembolismo e 
acidente vascular cerebral 
• A mulher que fuma antecipa em 8 meses a idade da menopausa 
Outros fatores de risco: remoção de ovários, alterações cromossômicas, estado 
nutricional, realização de tratamentos contra o câncer e uso comumente de 
medicamentos indicados para mulheres que sofrem de doenças autoimunes, 
como lúpus, inflamações na tireoide, diabetes ou infecções virais 
• A idade da menopausa não se correlaciona com a idade da primeira 
menstruação e, sim, com a idade com que a mãe e as irmãs da paciente 
entraram em menopausa 
Manifestações transitórias – são as que passam com o tempo 
Alterações menstruais: o intervalo entre as menstruações pode diminuir ou 
pode estar aumentado 
Neurogênicas: ondas de calor (fogacho), sudorese, calafrios, palpitações, 
cefaleia, tonturas, parestesias, insônia, perda da memória e fadiga 
Psicogênicas: diminuição da autoestima, irritabilidade, labilidade afetiva, 
sintomas depressivos, dificuldade de concentração e memória, dificuldades 
sexuais e insônia 
Manifestações não transitórias – não melhoram com o passar do tempo 
Urogenitais: distopias, prolapsos genitais, ressecamento e sangramento 
vaginal, dispareunia, disúria, polaciúria e incontinência urinaria 
Metabolismo lipídico: o hipoestrogenismo pode influenciar a elevação dos 
níveis de colesterol, triglicerídeos e diminuição de HDL 
Metabolismo ósseo: as mudanças na massa e arquitetura ósseas costumam 
ser mais evidentes nas regiões da coluna e do colo do fêmur 
Ganho de peso e modificação no padrão de distribuição de gordura corporal: 
tendencia ao acúmulo de gordura na região abdominal 
Atenção as mulheres no climatério 
1. Acolhimento com escuta qualificada 
2. Avaliação global com entrevista, exame físico 
3. Planos de cuidados farmacológico e não farmacológico 
A confirmação do climatério é clínica, porém se houver dúvida o MS 
recomenda solicitar hormônios sexuais 
Abordagem não farmacológica: práticas complementares como a fitoterapia 
para alívio dos sintomas e estimular a mulher para uma vida saudável 
(alimentação, atividade física, higiene do sono). Orientar anticoncepção no 
Sandy Caroline – ENF/UEA 
 
Sandy Caroline – ENF/UEA 
 
climatério e agir na prevenção das doenças cardiovasculares, oncológicas e 
endócrinas 
1. Estimular atividades prazerosas, lazer e trabalho 
2. Exercicios da musculares perineal (kegel) 
3. Estimular a alimentação rica em vitamina D e em cálcio 
4. Atividade física 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade 
moderada por semana 
5. Fortalecimento muscular pelo menos 2 vezes por semana 
6. Prevenção das infecções sexualmente transmissíveis 
7. Prevenção primária contra a osteoporose 
Fogachos e suores noturno: 
• Dormir em ambiente bem ventilado 
• Usar tecidos que deixem a pele respirar 
• Beber um copo de água ou suco quando perceber a chegada deles 
• Não fumar, evitar consumo de bebidas alcoólicas e de cafeína 
• Praticar atividade física 
• Perder peso, caso haja excesso de peso 
• Respirar lenta e profundamente por alguns minutos 
Transtornos psicossociais: 
• Estimular a participação em atividades sociais 
• Avaliar estados depressivos especialmente em mulheres que tenham 
apresentado evento cardiovascular recente 
• Considerar tratamento para depressão e ansiedade quando necessário 
Sexualidade: 
• Estimular a prática de sexo seguro 
• Orientar o uso de lubrificantes vaginais a base d’agua na relação sexual 
• Considerar a terapia hormonal local ou sistêmica para alívio dos 
sintomas associados a atropia genital 
Abordagem farmacológica: a terapia de reposição hormonal deve ser evitado 
em mulheres após 10 anos de menopausa ou acima de 60 anos por 
potencializar os riscos cardiovasculares 
ESTRIOL 1% DE CREME VAGINAL ---------- 3 TUBOS 
APLICAR 1X A NOITE POR 21 DIAS 
OBS: RETORNAR 5 DIAS APÓS O TÉRMO DO TRATAMENTO 
Contraindicações absolutas da terapia de reposição hormonal: câncer de 
mama, câncer de endométrio, doença hepática grave, sangramento genital não 
esclarecido, história de tromboembolismo agudo e recorrente, porfiria 
Sandy Caroline – ENF/UEA 
 
Sandy Caroline – ENF/UEA 
 
Contraindicações relativa da terapia de reposição hormonal: hipertensão 
arterial não controlada, diabetes mellitus não controlado, endometriose, 
miomatose uterina

Continue navegando