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Rotura prematura de membranas ovulares Definição · Ruptura antes do início do trabalho de parto · Rompimento do âmnio e do corion duas membranas fetais · Mais de 20 semanas (sem tempo máximo) · Antes do trabalho de parto · Amniocoriorrexe prematuro · Bolsa das águas: coleção de líquido amniótico que se coloca em frente a apresentação fetal durante o trabalho de parto (a bolsa só se forma durante o trabalho de parto) · Bolsa rota = rompimento da bolsa durante o trabalho de parto · Classificação de bolsa rota (dependendo da dilatação do colo uterino) · Precoce: < 6cm de dilação · Oportuna: 6 – 8cm de dilatação · Tardia: > 8cm de dilatação Etiologia · Infecção: rompimento das fibras colágenas das membranas · Infecções do trato urinário · Vulvovaginites · Infecções sistêmicas · Inflamação (liberando de mediadores inflamatórios) · Prostaglandinas: aumento da atividade contrátil do útero rompendo as membranas · Alterações bioquímicas: deficiência da alfa 1 anti-tripsina · Alfa 1 anti-tripsina e tripsina no líquido amniótico · Alfa 1 anti-tripsina bloqueia a tripsina (quebra colágeno) · A falta da alfa 1 leva ao aumento da quebra do colágeno, fazendo com que haja rotura prematura de membranas ovulares · Alterações nutricionais: vitamina C e cobre · Fundamentais para a síntese do colágeno · Tabagismo · Rompe as fibras colágenas · Cocaína e crack · Hipertonia uterina · Malformações fetais · Crescimento maior do que a idade gestacional · Esticamento das membranas · Útero cresce mais do que o esperado para a idade gestacional · Sobredistensão uterina: tudo o que aumenta o tamanho do útero esticando as fibras musculares · Gemelares · Macrossomia · Polidrâmnio · Mioma Diagnóstico · Clinicamente · Exame especular: visualização do líquido amniótico saindo pelo orifício externo do colo uterino · História de perda de líquido · Sentir as partes fetais mais facilmente no palpar obstétrico · Altura uterina menor do que o esperado para a idade gestacional · Vulva úmida durante a posição ginecológica · Manobra de Tarnier: segura o especulo dentro da vagina da paciente, outra pessoa levanta a apresentação e chacoalha a barriga · Negativa: não sai líquido pelo orifício externo do colo uterino OBS: USG não faz diagnóstico · Se não sair líquido amniótico pelo orifício faço testes bioquímicos · Avaliação do pH vaginal · Fisiologicamente acido (muito na gravidez, por causa do estrogênio circulante que gruda glicogênio na parede da vagina, fazendo com que lactobacilos quebram o glicogênio em ácido lático) · Tendencia à neutro-alcalino: sugere RPMO · Avaliação do muco cervical · Muda as suas características de acordo com o predomínio hormonal · Progesterona: muco grosso e espesso · Estrogênio: fluidifica o muco (muco arboriforme), cristalização típica = sugere RPMO · Teste de iannetta · Aquece a secreção vaginal · Se mudar de cor = proteína desnaturando no calor (não é líquido amniótico, pois este tolera altos valores de temperatura) · Positivo: quando aqueço a secreção vaginal por 1 minuto e ela não muda de cor (indica RPMO) · Teste das células orangiófilas · Maturidade cutânea do feto · Corante azul na secreção vaginal · Cora de laranja as células de descamação do feto · Célula do feto só pode chegar na secreção vaginal da gravida se ocorre RPMO · Qualquer estrutura fetal na secreção vaginal (ex: vernix caseoso, pelo fetal) define RPMO Complicações · Corioamnionite · Febre > 38°C sem foco infeccioso · Leucograma dobrar · Aumento de PCR sem foco de infecção · Líquido amniótico com odor fétido ou aspecto purulento · Prematuridade Tratamento · Depende da idade gestacional > ou = 34 semanas · Pulmão do feto está maduro · Internar · Induzir o parto (consequência: muitos toques vaginais, aumentando o risco de infecção) · Antibioticoterapia após 6 horas do diagnóstico de RPMO · Até 24hr após o parto · Se não tiver strepto B positivo ou desconhecido já começa ATB durante a indução · Até 6hr = não prescreve ATB · Mais de 6hr = mantenho no pós-parto por 24hr · Se strepto negativo – indução · Após 6hr = ATB pós-parto (24hr) < 34 = conduta expectante · Vigilância infecciosa: risco de corioamnionite · Controle rigoroso de infecção · Temperatura · Hemograma · Urina I · VHS e PCR (3/3 dias) · Vigilância de vitalidade fetal · Cardiotocografia (3/3dias) · Perfil biofísico e doppler (1x/semana) · Internação + exame físico (foco de infecção) · ATB apenas se encontrar infecção (não há ATB profilático, pois mascara corioamnionite) · 24 – 34 semanas: corticoide para acelerar o amadurecimento do pulmão do feto pelo risco de trabalho de parto prematuro · Betametasona: corticoide que mais atravessa a placenta · 12mg IM (2 doses com intervalo de 24hr) · Se suspeita de corioamnionite ou má vitalidade fetal = interrupção da gestação independentemente da idade gestacional · Após 34 semanas = indução do parto
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