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Insuficiência Cardíaca

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Insuficiência Cardíaca 
A insuficiência cardíaca é uma síndrome na qual o coração é incapaz de bombear sangue 
de forma a atender às necessidades metabólicas. Essa síndrome pode ser causada por alterações 
estruturais ou funcionais do coração e caracteriza-se por sinais e sintomas típicos, que são 
consequência da redução do débito cardíaco ou das elevadas pressões de enchimento no repouso 
ou esforço. 
Trata-se de uma síndrome muito comum, que acomete mais de 23 milhões de pessoas em 
todo o mundo. 
Diagnóstico 
O diagnóstico não é simples, pois existe uma variedade de apresentações clínicas. Os 
achados clínicos são preponderantes na avaliação diagnóstica e os exames complementares 
servem para confirmação. 
Critérios de Framingham para o diagnóstico de insuficiência cardíaca 
Critérios maiores Critérios menores 
*Edema pulmonar agudo 
*Cardiomegalia 
*Reflexo hepatojugular 
*Estase jugular 
*Ortopneia ou dispneia paroxística noturna 
*Estertores 
*Presença de B3 
*Edema em MMII 
*Dispneia aos esforços 
*Hepatomegalia 
*Tosse noturna 
*Derrame pleural 
*Taquicardia > 120bpm 
 
 O diagnóstico de insuficiência cardíaca é feito com 2 critérios maiores ou 1 maior e 2 
menores. 
Manifestações Clínicas 
 O sintoma mais comum é a dispneia aos esforços. Outro sintoma típico é a ortopneia, que 
é a falta de ar ao deitar-se, sendo, muitas vezes, relatada pelo paciente como a necessidade de 
dormir com vários travesseiros ou até sentado. A ortopneia é o sintoma mais específico da IC e 
pode estar acompanhado da dispneia paroxística noturna, uma falta de ar súbita que acorda o 
paciente à noite. Além disso, a congestão pulmonar pode se apresentar como tosse noturna. 
 Outro achado bastante frequente é o edema de membros inferiores, geralmente simétrico. 
Dor abdominal, mais localizada em hipocôndrio direito por causa da hepatomegalia congestiva e 
consequente distensão da capsula hepática. Em casos mais graves, há dor mais intensa. 
 Pode haver ganho ponderal por causa de edema generalizado (anasarca). Entretanto, em 
fases avançadas da síndrome, o que se observa é a caquexia cardíaca. 
 No exame físico, o sinal mais específico é a presença de terceira bulha na ausculta 
cardíaca. Também tem boa especificidade a estase julgular a 45 graus e o refluxo hepatojugular. 
 Na ausculta pulmonar, pode-se ascultar estertores finos, inicialmente em bases pulmonares, 
mas, com a piora do quadro, em terços médios ou ápices. A asculta pode também estar diminuída 
em bases, com macicez à percussão e redução da asculta da voz, configurando derrame pleural. 
Em pacientes com insuficiência cardíaca crônica, a semiologia pulmonar pode ser normal, pois já 
estão adaptados. 
 São importantes também outros sinais e sintomas relacionados ao baixo débito cardíaco: 
confusão mental, sonolência, sudorese, palidez, cianose de extremidades, náuseas, vômitos, 
hipotensão, taquicardia, entre outros. 
Exames Complementares 
 A suspeita diagnóstica é baseada em parâmetros clínicos. Porém, os exames 
complementares são importantes para confirmar o diagnostico, avaliar o prognóstico e a etiologia. 
 O principal exame é o ecocardiograma torácico, que possibilita avaliar a anatomia e função 
do coração. Uma das medidas fornecidas é a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), que 
permite dividir os pacientes em insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (> 50%), 
reduzida (< 40%) e intermediária (entre 40 e 50%). No caso de fração de ejeção reduzida, o 
prognostico é pior e há necessidade de tratamento mais agressivo. 
 Outro exame importante nesses casos é o eletrocardiograma. Além disso, a radiografia 
do tórax permite aumentar a suspeita diagnóstica, caso haja área cardíaca aumentada ou sinais 
de congestão do pulmão. 
 
REFERÊNCIAS: MARTINS, Milton de Arruda et al.Semiologia Clínica. Santana de Parnaíba: Manole, 2021.

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