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DRENO DE TÓRAX Caio Oslo e Caroline Leão Dra. Mayana Vieira Anatomia Anatomia Fisiopatologia Drenagem torácica: Procedimento médico que visa manter ou reestabelecer a pressão negativa no espaço pleural. Indicações Contra-Indicações Preparo do material Verificar sistema de drenagem. Dreno, conexão, tubo que une dreno ao frasco e do frasco de drenagem. Observar a conexão disponível se é compatível com o tamanho do dreno e do tubo. Sistema de drenagem totalmente hermético Material disponível na mesa de procedimento antes do ato operatório. Material Dreno de tórax conforme necessidade do paciente e recomendação médica; Campo cirúrgico estéril; Lidocaína 1% sem vasoconstritor; Seringa 20 ml, seringa de 10ml agulha 40x10 e agulha 25x7; Pinça e cuba para desinfecção; Gaze IV estéril; Mesa de Mayo; Sistema de drenagem torácica (frasco coletor e extensão de silicone); Caixa de pequena cirurgia (pinça kelly); Material para curativo: luva estéril, gaze IV e micropore; Clorexidina degermante e alcoólica; Fio nylon para sutura; Frasco de água destilada ou soro fisiológico 0,9% de acordo com o frasco coletor (250ml /500ml); Equipamentos de Proteção Individual Obrigatório (Luva estéril, Luvas de procedimento; Máscara cirúrgica; Gorro; Avental. Materiais Máscara, avental e luvas estéreis Campos e gazes estéreis Material para antissepsia, como clorexidina (degermante e alcoólica a 2%) Anestésico local, como lidocaína a 1-2% Materiais Agulhas de 18 – 21 G e 25 G Seringas de 10 e 20 ml Bisturi número 11 Caixa de pequenas cirurgias (pinça Kelly) Materiais Instrumentos de Sutura Fio não absorvível 1-0 ou 2-0 de nylon ou seda Dreno torácido de tamanho apropriado Materiais Sistema de drenagem estéril Materiais para curativos Dreno Características do dreno: Siliconizado; Consistência firme; Multiperfurações; Faixa interna radiopaca; Calibre variável; *36 French – Fr, em hemotórax ou derrames espessos e 28 Fr em pneumotórax ou derrames fluidos para adultos; *16 Fr em recém nascidos e 22 Fr com 1 ano de idade; * 10 – 12 Fr em pacientes clinicamente estáveis ou com neoplasias. (CIPRIANO; DESSOTE, Drenagem Torácica, 2011) Dreno Calibre do dreno: SIMONE; CHIEN 2007 SISTEMAS COLETORES -Selo d´água -Tubo submerso no líquido por 2 cm e deve-se manter abaixo de 10 cm para não prejudicar a drenagem; -Primeiro frasco é o selo d´água; -Segundo frasco, reservatório (hemotórax maciços em que há possibilidade de auto transfusão); OBS: Segundo frasco vem tratado com heparina, e alguns filtros e o sangue armazenado pode ser auto transfundido; -Coleção muito grande e espessa que precisa de fonte de aspiração externa; -Quando temos um débito aéreo muito grande em alguns pneumotórax (ex: fístula broncopleural); Como realizar a técnica do Dreno de Tórax? Técnica: Explicar o procedimento ao paciente e família, a fim de reduzir a ansiedade e promover colaboração; Lavar as mãos conforme técnica estabelecida na instituição; Colocar material de proteção individual ( avental, máscara cirúrgica, luvas de procedimento e gorro); Preparar a mesa de Mayo usando técnica asséptica; Realizar a assepsia da região a ser drenada; Posicionar o paciente; Posição do paciente Paciente em decúbito dorsal com tronco elevado em 30° - 45°, e o braço homolateral deve ser abduzido ao máximo ou colocado atrás da cabeça. Na criança: adequada sedação (anestesia conforme faixa etária), imobilização através de contenção e coxim sob o hemitórax a ser drenado; reserva de UTI conforme estado clínico; Local da drenagem Associação dos dados de propedêutica e análise de imagem (radiogramas, ultrassom ou tomografia do tórax). O dreno de tórax deve ser alocado no triângulo de segurança na face lateral mais inferior do tórax. Habitualmente, o ponto escolhido situa-se na intersecção da linha axilar anterior com uma linha traçada lateralmente ao apêndice xifóide, 4° ou 5° espaço intercostal; Procedimento Estimar porção do dreno a ser inserida e clampear porções distal e proximal Medir a extremidade próxima a clavícula e acompanhar até onde será feita a incisão; Fundamental para estimar o quanto o dreno deve ser inserido, e garantir que a ultima fenestração do dreno fique dentro do espaço pleural; Paramentar-se e preparar o local; (antissepsia e campos estéreis); Procedimento Modo de clampear o dreno; Infiltração anestésica Localmente, deve ser empregada a lidocaína 1 – 2% sem vasoconstritor, anestesiando por planos a pele, tecido subcutâneo e o periósteo da costela onde será inserido o dreno, locais estes de dor mais intensa (bloqueio intercostal). Incisão -Realizar incisão de 1,5 a 3 cm paralela a borda superior da costela na pele e tecido subcutâneo; -Estender a incisão por dissecção com pinça Kelly curva em direção a borda superior da costela acima (evitar os plexos neurovasculares encontrados na borda inferior da costela; - O cirurgião deve inserir o dedo enluvado para vasculhar o espaço pleural, para confirmar o afastamento dos pulmões e desfazer aderências que podem prejudicar a progressão do dreno; Procedimento Inserir porção distal com auxílio da pinça e direcioná-lo posterior e superiormente; Inserir dreno até 2,5 a 5 cm após orifício proximal ou até marcação estimada; Fixar dreno e realizar curativo; Lembrar de realizar RX para ver se a fenestração foi completamente inserida na cavidade pleural; Fixação do Dreno Fixação do Dreno Para fazer o "meso" e "contra-meso" recortar uma tira de 20 cm e duas tiras de 10 cm de comprimento de fita adesiva hospitalar de 5 cm de largura (micropore ou esparadrapo). Envolver o dreno na metade da fita longa (20 cm), e colando fita com fita por 2 cm abaixo do dreno. Fixe o restante da fita adesiva na pele. Situações Especiais Situações Especiais Referências: