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Raciocínio “Clinico-funcional” aplicado a fisioterapia em terapia intensiva Professor Rodrigo Santos de Queiroz (rofisio@gmail.com) Aula disponível em: mobilidadefuncional.blogspot.com / https://www.facebook.com/mobfuncional/ Aula revisada em: 23/08/2018 2 Nos clipes baixo existe um encadeamento de idéias... Vamos tentar agrupar os mapas dentro das “coisas” ou dentro do “pulso”? As Coisas O Pulso Como você selecionou as informações do seu mapa? Como você organizou a ordem de passar as informações? Vamos pensar um pouco? Paciente em DD no leito, em 5º DPO de apendicectomia, LOTE e colaborativa, MV diminuído em bases. SSVV (FC = 100 / FR= 20 / TºC= 36,5), leucograma e rx de tórax sem alterações. Encontra-se, no momento com queixa de dor lombar. Condutas: bomba tíbio-társica, mobilização patelar, terapia de expansão pulmonar, massagem lombar e crioterapia. Quais elementos ampararam o processo de tomada de decisão? O que deveria estar mais claro? Vamos dar um google? Sem raciocinar, o tratamento é uma salada de frutas... Charles Chaplin - “The Cure” (1917). Vamos raciocinar um pouco? Paciente em DD no leito, em 5º DPO de apendicectomia, LOTE e colaborativa, MV diminuído em bases. SSVV (FC = 100 / FR= 20 / TºC= 36,5), leucograma e rx de tórax sem alterações. Encontra-se, no momento com queixa de dor lombar. Realizado bomba tíbio-társica, mobilização patelar, terapia de expansão pulmonar, massagem lombar e crioterapia. SAHRMANN SA. Diagnosis by the Physical Therapist - A Prerequisite for Treatment. Physical Therapy. 1988; 68 (11): 1703 - 1706. Vamos raciocinar um pouco? Paciente em DD no leito, em 5º DPO de apendicectomia, LOTE e colaborativa, MV diminuído em bases. SSVV (FC = 100 / FR= 20 / TºC= 36,5), leucograma e rx de tórax sem alterações. Encontra-se, no momento com queixa de dor lombar. Realizado bomba tíbio-társica, mobilização patelar, terapia de expansão pulmonar, massagem lombar e crioterapia. SAHRMANN SA. Diagnosis by the Physical Therapist - A Prerequisite for Treatment. Physical Therapy. 1988; 68 (11): 1703 - 1706. 2 1 3 Qual a hipótese diagnóstica mesmo? Vamos cuidar melhor de nossas coisas... bomba tíbio-társica Mobilização patelar Terapia de expansão pulmonar Massagem lombar e crioterapia SAHRMANN SA. Diagnosis by the Physical Therapist - A Prerequisite for Treatment. Physical Therapy. 1988; 68 (11): 1703 - 1706. 2 1 3 Qual a hipótese diagnóstica mesmo? Pex. Se a dor lombar fosse o principal problema? Não houve foco! Vou exemplificar utilizando uma situação real, onde um acadêmico veio até a mim e começou a discorrer um caso clínico de uma paciente hospitalizada enfocando aspectos ventilatórios: - “...professor, trabalhei padrões ventilatórios re-expansivos pois a paciente é idosa e apresenta-se hipomóvel no leito, com respiração costal superficial e murmúrio vesicular reduzido em bases pulmonares...”. Logicamente não me lembro as entrelinhas do discurso, porém foi mais ou menos nesse sentido. - “Mas o que ela tem? Qual foi o motivo da internação hospitalar? Qual a sua queixa principal?” Essas foram minhas perguntas... Percebi que o acadêmico se sentiu coagido frente às minhas interrogações. Respondendo: - “ela teve uma história de queda, e veio para o hospital, mas não tem sinal de fratura ao rx...” - “E porque ela está hipomóvel no leito?” Eu peguntei. - “ Está referindo dor na região coccigena”. Ele respondeu. Enfim, o tratamento ideal para a paciente consistiu em crioterapia local associada à massagem com um gel antiflamátorio, o que favoreceu a redução do quadro álgico, permitindo maior mobilidade, o que requer incursões respiratórias mais profundas... Futucando nossos registros... Futucando nossos registros... Segundo a Resolução COFFITO 80, publicada no Diário oficial da União (DOU n° 093 de 21.05.1987) Art. 1º “É competência do FISIOTERAPEUTA, elaborar o diagnóstico fisioterapêutico compreendido como AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL, sendo esta, um processo pelo qual, através de metodologias e técnicas fisioterapêuticas, são analisados e estudados os desvios físico-funcionais intercorrentes, na sua estrutura e no seu funcionamento, com a finalidade de detectar e parametrar as alterações apresentadas, considerados os desvios dos graus de normalidade para os de anormalidade.” (Grifo meu). Se o pulso ainda pulsa, vamos melhorar a nossa forma de enxergar, medir e cuidar das nossas “coisas”... Continua...
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