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TCC NUTRIÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 
INSTITUTO DE SAÚDE E SOCIEDADE 
CAMPUS BAIXADA SANTISTA 
 
 
 
 
 
 
 
BÁRBARA DE PAULA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O MODELO TRANSTEÓRICO COMO FERRAMENTA DE 
INTERVENÇÃO PARA A MUDANÇA DO COMPORTAMENTO 
ALIMENTAR DE ADULTOS COM SOBREPESO E OBESIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos 
2021 
 
BÁRBARA DE PAULA 
 
 
 
 
 
 
 
O MODELO TRANSTEÓRICO COMO FERRAMENTA DE 
INTERVENÇÃO PARA A MUDANÇA DO COMPORTAMENTO 
ALIMENTAR DE ADULTOS COM SOBREPESO E OBESIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado em 
monografia, como requisito para obtenção do grau de 
Bacharel em Nutrição pela Universidade Federal de São 
Paulo (UNIFESP), Campus Baixada Santista. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Danielle Arisa Caranti 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos 
2021 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente estudo tem como foco principal verificar os benefícios da aplicação do 
modelo transteórico na mudança do comportamento alimentar. Para este trabalho foi 
utilizado dados reais de indivíduos adultos com sobrepeso e obesidade que participaram do 
programa de intervenção interdisciplinar, oferecido pelo Grupo de Estudos da Obesidade 
(GEO) - UNIFESP, com intervenção multidisciplinar durante 32 semanas no ano de 2014. 
Foram analisadas as mudanças na composição corporal, medidas antropométricas, 
mudanças de estágios do modelo transteórico, bem como mudanças no comportamento 
alimentar antes e após a intervenção. Os resultados apresentados foram satisfatórios, uma 
vez que a terapia multidisciplinar alterou positivamente a composição corporal dos 
participantes, resultando em redução significativa no IMC (-6,9%; P < 0.05), 
circunferência de cintura (-5,5%; P < 0.05), circunferência de quadril (-4,0%; P < 0.05) e 
circunferência de pescoço (-4,1%; P < 0.05). Não houve mudança significativa no 
percentual de gordura e de massa livre de gordura, apesar de terem reduzido. A maioria 
dos participantes já iniciou a terapia no estágio de ação e manutenção. No entanto, ao final 
do estudo houve aumento expressivo da quantidade de participantes que encontraram-se no 
estágio de manutenção, indicando efeito positivo da terapia com a aplicação do modelo 
transteórico. Além disso, na pesquisa sobre os hábitos alimentares feita antes e após o 
programa, as respostas dos participantes sofreram alterações significativas quanto às 
mudanças que os mesmos estavam fazendo ou pretendiam fazer, os fatores que influenciam 
nas escolhas da alimentação e suas dificuldades para comer de forma mais saudável. 
 
Palavras-chave: Comportamento alimentar. Modelo transteórico. Obesidade. Nutrição. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. Referencial teórico 6 
1.1. Panorama e etiologia da obesidade 6 
1.2. Padrão alimentar da população brasileira 6 
1.3. O ambiente obesogênico como fator determinante da obesidade 6 
1.4. Medidas de prevenção e controle da obesidade no Brasil 7 
1.5. Comportamento alimentar 8 
1.5.1. Mudança do comportamento alimentar 8 
1.6. Modelo transteórico e estágios de mudança de comportamento 9 
1.6.1. Estágios de prontidão para mudança 10 
2. Materiais e métodos 14 
2.1. Delineamento, protocolo e população do estudo 14 
2.1.1. Avaliações e exames 14 
2.2. Aplicação de questionários 15 
2.3. Terapia interdisciplinar 15 
2.4. Análise estatística 15 
3. Resultados e discussão 16 
4. Conclusão 20 
5. Referências Bibliográficas 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Referencial teórico 
 
1.1. Panorama e etiologia da obesidade 
A obesidade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é definida 
como uma doença crônica de etiologia multifatorial, caracterizada pelo acúmulo anormal 
ou excessivo de gordura, somado a um processo inflamatório de baixo grau, que pode 
trazer prejuízos à saúde. A OMS utiliza o Índice de Massa Corporal (IMC) para classificar 
o sobrepeso e a obesidade, sendo estes referidos por valor maior ou igual a 25 kg/m² para o 
sobrepeso e maior ou igual a 30 kg/m² para a obesidade. 
Segundo Blüher, (2019), a obesidade alcançou dimensões pandêmicas nos últimos 
anos. No Brasil, a obesidade vem crescendo a cada ano e, segundo dados do VIGITEL de 
2019, cerca de 55,4% da população encontra-se com excesso de peso, e cerca de 20,3% 
são obesos (BRASIL, 2019). De acordo com o relatório público da SISVAN de 2020, 
34,9% dos adultos encontram-se em estado nutricional de sobrepeso e 32% em estado 
nutricional de obesidade (BRASIL, 2020b). 
 
1.2. Padrão alimentar da população brasileira 
A alta ingestão de alimentos ultraprocessados causa impactos negativos na 
qualidade da alimentação da população brasileira, uma vez que diminui os teores de fibras 
e de potássio da dieta e, em contrapartida, aumenta os teores de gordura saturada, de 
açúcar, de gordura trans, bem como aumenta a densidade energética, elevando o risco de 
ganho excessivo de peso (LOUZADA et al., 2015). Na Pesquisa de Orçamento Familiar, o 
consumo de alimentos ultraprocessados pela população brasileira equivale a um quinto da 
energia ingerida, apesar da redução do consumo de refrigerantes. Entretanto, verificou-se o 
aumento do consumo diário de açúcar de adição, bem como a redução do consumo de 
frutas e hortaliças, podendo estar associado à ingestão abaixo das necessidades para 
micronutrientes como cálcio, vitamina E e vitamina D (IBGE, 2020). 
Estes fatos levam à diversas implicações complexas a nível individual, social e 
socioeconômico, afetando a qualidade de vida da população, visto que o sobrepeso e a 
obesidade são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de Doenças Crônicas 
Não Transmissíveis (DCNT) como Diabetes Mellitus Tipo 2, doenças cardiovasculares, 
hipertensão, acidente vascular cerebral e algumas formas de câncer, além da redução da 
expectativa de vida -correspondendo a 74% das mortes prematuras por DCNT (WHO, 
2000; BRASIL, 2020a). Ademais, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem um custo 
substancial com os tratamentos de doenças relacionadas com a obesidade e sobrepeso, 
somando um total de R$ 1,39 bilhão em 2018, custos estes atribuíveis à hospitalizações, 
gastos ambulatoriais e medicamentos (BRASIL, 2005; NILSON et al., 2020). 
 
1.3.O ambiente obesogênico como fator determinante da obesidade 
Sabe-se que a obesidade, sendo uma doença multifatorial, tem como um de seus 
predisponentes o ambiente obesogênico, onde o ganho de peso é facilitado por fatores 
como o ambiente familiar e seus hábitos, a transição nutricional, com aumento demasiado 
 
no consumo de fast foods pela população e diminuição no consumo de alimentos 
minimamente processados, bem como do comportamento sedentário (REBORI et al., 
2010; SWINBURG et al., 1999). 
Blanco, M. et al. verificou, em um estudo caso-controle com crianças obesas e 
eutróficas com idade entre 8 a 12 anos e suas respectivas mães, que a falta de atividade 
física, o comportamento sedentário das mães, e a convivência num ambiente obesogênico 
da família com relação à atividade física são fatores que influenciam o ganho de peso e, 
além disso, a construção de hábitos (alimentares e da prática ou não de atividades físicas) 
dessas crianças, podendo gerar impactos para a vida adulta. 
Ver televisão, assistir às aulas, andar de carro, trabalhar ou estudar à mesa, o uso 
do computador e a permanência em posição sentada para a prática de jogos de computador, 
são exemplos de atividades com baixo dispêndio energético e a exposição longa à estes 
comportamentos sedentários está associada a um maior risco de mortalidade por doenças 
cardiovasculares (AMORIM; FARIA, 2012). 
 
1.4. Medidas de prevenção e controle da obesidade no Brasil 
Considerando esse preocupante cenário, medidas de prevenção e controle da 
obesidade e suas comorbidades foram implementadas no Brasil. Em 2014 foi lançado, pelo 
Ministério da Saúde, o Guia Alimentar para a População Brasileira, com o objetivo de 
orientar os profissionais de saúde e a população quanto às políticas públicas de 
alimentação e nutrição, bem como na promoção de uma alimentação saudável 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). Além disso, o governo brasileiro implementou 
estratégias importantes para o enfrentamento da obesidade e suas comorbidades, como a 
Política Nacional de Alimentação e Nutrição, possuindo dentre suas diretrizes a Promoção 
da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS), que objetiva proporcionar a realização de 
práticas alimentares adequadas aos indivíduos e coletividades através do incentivo, apoio, 
proteção e promoção da saúde (BRASIL, 2013). 
O Ministério da Saúde lançou também o Plano de Ações Estratégicas para o 
Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) com metas e ações 
propostas para o período de 2011 a 2022. Foram definidas diretrizes em três eixos 
estruturantes para alcance das suas metas: a) vigilância, informação, avaliação e 
monitoramento; b) promoção da saúde; c) cuidado integral (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 
2011). 
Mediante o exposto, o papel do governo no enfrentamento das DCNT no Brasil é a 
articulação e coordenação de intervenções estratégicas sobre os determinantes de saúde e 
doença - população, comunidade, organização, família ou indivíduo, a fim de alcançar as 
metas e ações propostas para a melhoria da saúde da sociedade brasileira (DUNCAN et al., 
2012). 
 
1.5. Comportamento alimentar 
O comportamento alimentar é um elemento importante na construção de hábitos 
alimentares e, portanto, tem grande influência no desenvolvimento da obesidade. É 
 
determinado por diversos aspectos, que incluem os nutricionais, demográficos, 
econômicos, sociais, culturais, ambientais e psicológicos de um indivíduo ou de uma 
coletividade (ROSSI et al., 2008). Além disso, outras características demográficas como 
sexo, estado civil, etnia e escolaridade são consideradas determinantes do consumo 
alimentar (TORAL; SLATER, 2007). Havas et al. (1998) e Trudeau et al. (1998) 
demonstraram em seus estudos que a escolaridade e o nível educacional são preditores 
importantes no consumo de frutas e hortaliças tanto de homens como de mulheres adultas. 
Quanto aos aspectos econômicos, cabe salientar que a pobreza, o subemprego e a 
falta de acesso à alimentação adequada e saudável são determinantes para o aumento do 
consumo de produtos industrializados e, consequentemente, aumento da obesidade, 
considerando que estes alimentos têm preços mais acessíveis, são altamente palatáveis, 
com alta densidade energética e baixo valor nutricional (FERREIRA; PEREIRA, 2018; 
WILK, 2018). Paralelamente, Drewnowski e Specter (2004) corroboram com isso, 
mostrando em seu estudo que dietas saudáveis com o maior consumo de hortaliças, frutas, 
grãos e cereais integrais são mais caras quando comparadas às dietas ricas em alimentos 
gordurosos e doces - características do padrão ocidental. Somado a isso, evidenciam que os 
preços dos alimentos influenciam as escolhas alimentares dos consumidores, bem como de 
uma dieta saudável. Segundo o IBGE (2020), o consumo de alimentos preparados e 
misturas industriais é 688% maior entre as classes de menor rendimento total familiar, 
comparado ao consumo das classes de maior rendimento total familiar. 
Toral e Slater (2007) afirmam que, dentre os fatores psicológicos, o 
descontentamento do indivíduo com o peso e a imagem corporal pode acarretar na prática 
de restrições alimentares, influenciando diretamente o comportamento alimentar individual 
ou de uma coletividade. 
Perante o exposto, nota-se a interação entre as dimensões cognitivas e emocionais, 
bem como sua influência no comportamento alimentar e suas possíveis mudanças 
(TORAL; SLATER, 2007). 
1.5.1. Mudança do comportamento alimentar 
A mudança de comportamento tem papel importante na promoção de hábitos 
saudáveis e na aderência aos tratamentos. Além disso, deve-se considerar também que uma 
série de fatores determina as escolhas alimentares e, portanto, compreender, avaliar e 
discutir como os indivíduos encaram a comida, o sabor, o prazer, as consequências da 
ingestão alimentar e em que se baseiam suas escolhas é fundamental para que as ações de 
promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis sejam bem sucedidas e, 
consequentemente, a efetividade de intervenções nutricionais possa aumentar 
(ALVARENGA; TARAGANO, 2019; NI MHURCHU, 1997). 
A educação nutricional exerce um papel importante no processo da mudança de 
comportamentosalimentares, visto que conduz e capacita indivíduos e grupos na 
estruturação de novos conhecimentos, orientando-os a uma prática de comportamentos de 
prevenção e de promoção da saúde consciente (TORRES et al., 2003). Um estudo de 
Zuccolotto e Pessa (2018) analisou a intervenção de um programa de educação alimentar e 
 
nutricional através de um programa multiprofissional em grupo envolvendo adultos com 
excesso de peso e, ao final do projeto, pôde-se observar mudanças no perfil antropométrico 
dos participantes, bem como de hábitos alimentares -tendo como exemplo o aumento do 
consumo de água e alimentos mais saudáveis. Diante disso, mostra-se que a educação 
alimentar e nutricional é uma estratégia efetiva para situações de excesso de peso. 
A motivação é caracterizada pelo processo de impulsionar o indivíduo a agir, e é 
fundamental para a mudança de seus padrões alimentares (TORAL; SLATER, 2007). 
Desse modo, podemos citar as motivações intrínseca e extrínseca para uma mudança de 
comportamento. A intrínseca é aquela que surge a partir das metas, desejos e necessidades 
do indivíduo, a fim de alcançar uma recompensa interna. O desejo de prevenir doenças, ter 
uma boa saúde ou perder peso são exemplos de motivações internas. Em contrapartida, a 
motivação extrínseca é gerada por fatores externos e estes podem atuar positiva ou 
negativamente nesta motivação. O suporte familiar, o prazer e as orientações médicas para 
o tratamento de uma doença são exemplos de motivação extrínseca. A efetivação da 
mudança do comportamento alimentar pode ser estimulada ou prejudicada de acordo com 
os tipos de motivação (ASSIS; NAHAS, 1999). Em contrapartida, a adesão de práticas 
alimentares mais saudáveis - dietas ricas em fibras, frutas e hortaliças e pobres em 
gorduras -, foi observada apenas com motivação intrínseca (TRUDEAU et al., 1998). 
Assim, o estímulo de hábitos alimentares saudáveis por esse tipo de motivação deve estar 
entre as estratégias de intervenção nutricional (TORAL; SLATER, 2007). 
A inclusão do treinamento profissional para a aprendizagem de habilidades técnicas 
que impulsione os indivíduos no sentido esperado, assim como utilizar e integrar modelos 
teóricos para planejar essas ações é de extrema importância para os programas de 
intervenção nutricional que têm como objetivo a mudança do comportamento alimentar 
(ASSIS; NAHAS, 1999). 
As teorias são ferramentas que possibilitam um melhor entendimento sobre diversos 
comportamentos em saúde e, a partir disso, sugerir formas de proporcionar mudanças nos 
mesmos (CONTENTO, IR., 2008). 
 
1.6. Modelo transteórico e estágios de mudança de comportamento 
Na Psicologia, diversos modelos teóricos são estudados com foco na promoção de 
hábitos saudáveis, prevenção de doenças e na aderência aos tratamentos (CAVALCANTI et 
al., 2005). O modelo transteórico foi desenvolvido por James Prochaska e Carlos Di 
Clemente, a partir de uma análise comparativa das principais teorias da psicoterapia e da 
mudança de comportamento mediante estudos com tabagistas (PROCHASKA; VELICER, 
1997; 2005). A partir da observação de que muitos fumantes deixavam o vício sem apoio 
de psicoterapia, enquanto outros apenas obtinham êxito com esse tratamento, surgiu a 
hipótese -posteriormente confirmada- de que haviam princípios básicos capazes de explicar 
a estrutura da mudança de comportamento que acontecia na assistência ou não de 
psicoterapia. Em vista disso, o modelo transteórico tem sido utilizado a outros 
comportamentos além do tabagismo, como uso de drogas, álcool, pŕatica de atividade 
 
física, realização de mamografia, modo de exposição ao sol, entre outras situações 
(PROCHASKA et al., 1992). 
A teoria deste modelo é frequentemente denominada como modelo de estágios de 
mudança de comportamento, pois as alterações no comportamento relacionadas à saúde 
ocorrem por meio de cinco estágios distintos: pré-contemplação, contemplação, decisão, 
ação e manutenção (ALVARENGA; TARAGANO, 2019). Cada estágio representa em qual 
momento o indivíduo se encontra no processo de mudança de determinado 
comportamento, podendo ser o abuso de álcool e abuso de substâncias, ansiedade, 
prevenção de AIDS, distúrbios alimentares e obesidade, dentre outros (PROCHASKA; 
VELICER, 1997). 
No âmbito alimentar, a identificação dos diferentes estágios de mudança de 
comportamento possibilita o desenvolvimento de estratégias de intervenção nutricional 
mais assertivas, viabilizando a adesão da população às práticas alimentares saudáveis, bem 
como promove uma qualidade de vida duradoura (TORAL; SLATER, 2007). 
1.6.1. Estágios de prontidão para mudança 
As fases de mudança percorrem pelos cinco estágios previamente mencionados e as 
passagens entre elas acontecem a partir da intenção, atitude e comportamento do indivíduo, 
considerando, ainda, os aspectos temporal e motivacional para mudança (PROCHASKA; 
VELICER, 1997). 
O aconselhamento nutricional viabiliza a construção dos conhecimentos sobre 
alimentação e hábitos saudáveis. Entretanto, é necessária a sensibilização e 
reconhecimento dos indivíduos sobre seus padrões alimentares e suas condições de saúde 
para que, a partir disso, seja possível a promoção da mudança destes comportamentos e, 
consequentemente, mudanças positivas nos hábitos alimentares e da qualidade de vida 
(ZUCCOLOTTO; PESSA, 2018). 
Por conseguinte, a identificação de cada estágio de mudança é fundamental para o 
direcionamento dos profissionais quanto às intervenções realizadas com os participantes 
em programas de perda de peso (CATTAI et al, 2010). 
A Tabela 1 resume os estágios, seus significados e estratégias possíveis em relação 
ao comportamento do indivíduo de acordo com o estágio de prontidão em que se encontra. 
 
Tabela 1- Estágios de mudança, seus significados e estratégias. 
Estágio de 
mudança 
Significado Estratégia de ação 
Pré-contemplação 
Não está pronto para mudar, 
negação sobre a necessidade de 
mudar. Pode ser 
resistente/defensivo para 
reconhecer ou modificar seus 
comportamentos e minimizar o 
Estabelecer vínculo, envolver e 
acolher. Evitar confrontos. 
Avaliar e estimular a motivação 
(intrínseca e extrínseca). 
Incentivar maior consciência 
sobre adecisão de mudar. 
 
problema. Ampliar o foco. Aumentar a 
percepção do paciente sobre os 
riscos e problemas do 
comportamento atual. 
Contemplação 
Sabe que precisa fazer mudanças, 
mas tem sentimentos ambivalentes 
sobre como mudar. 
Identificar os problemas, começar 
a pensar em pequenas metas, 
empoderamento, encorajamento. 
Reduzir os “contras” da mudança. 
Aconselhamento baseado nas 
vantagens e desvantagens de 
mudar e no encorajamento. 
Conectar os pacientes com seus 
pontos positivos, explorar as 
melhores experiências com 
mudanças no passado. Encorajar a 
pensar na pessoa que quer ser. 
Decisão 
Paciente expressa o desejo de 
mudar no período próximo e está 
comprometido/decidido e 
confiante com essa mudança 
(“cliente ideal”). 
Construir e reforçar a autoeficácia 
do paciente. Estruturar um plano 
para mudança, considerar 
adequação, viabilidade e 
dificuldades do planejamento, 
explorar dificuldades em assumir 
novos comportamentos. Oferecer 
ajuda para que a pessoa encontre 
uma estratégia de mudança ou um 
objetivo que seja aceitável, 
apropriado e realizável - 
proporcionar treino e assistência, 
administrar expectativas. 
Identificar passos e habilidades 
necessárias para mudança 
gradual; discutir situações que 
podem ser problemáticas 
Ação 
Tem alterações de comportamento 
- de entusiasmo e mudança. 
Requer mais comprometimento do 
paciente para colocar em ação o 
Prática do plano de ação e 
compromisso de mudança: 
assistir, reforçar, encorajar, 
trabalhar a solução de problemas. 
 
Fonte: DUNKER et al., 2019. 
 
 É importante ressaltar que os estágios de mudança de comportamento não seguem 
necessariamente uma sequência linear e estática, o que nos permite observar que durante o 
processo é comum idas e vindas, tornando-o como uma espiral dinâmica. Recaídas são 
comuns de ocorrer, dado que indivíduos em ação não mantêm suas técnicas por longo 
período na primeira tentativa, reclassificando-os em estágios anteriores (PROCHASKA et 
al., 1992; TORAL; SLATER, 2007). 
A Figura 1 ilustra como ocorre o movimento dos indivíduos pelos estágios de 
mudança. 
 
 
 
 
 
 
 
que planejou (pode ter impulso de 
voltar a antigos comportamentos). 
Provocar uma mudança na área 
do problema. Se necessário, 
revisar o planejamento. 
Consolidar ganhos e aumentar a 
autoeficácia. Ter plano de 
enfrentamento para os momentos 
difíceis; estabelecer rede de 
suporte e compartilhar suas 
mudanças com os outros, planos 
de continuidade, suporte e 
fortalecimento, criar novos 
desafios. 
Manutenção 
Mantém as mudanças por tempo 
considerável. 
Evitar recaídas e consolidar 
ganhos obtidos durante a fase de 
ação. Reforçar o novo 
comportamento. Esclarecer que 
lapsos e recaídas são normais, 
reforçar os benefícios e 
conquistas, manter o desafio, não 
julgar (especialmente na recaída - 
identificar o que o fez retomar os 
comportamentos de risco). Propor 
um plano de seguimento, suporte 
e fortalecimento. Explorar 
estratégias de superação. 
 
Figura 1 - Modelo em Espiral dos Estágios de Mudança. 
 
Fonte: Extraído de PROCHASKA et al., 1992 
 
A classificação de cada indivíduo nos estágios de mudança é feita através de um 
algoritmo, um questionário que possui um número determinado de perguntas mutuamente 
excludentes. Foi observado em estudos que, ainda que houveram diferenças entre os 
algoritmos aplicados, o consumo maior de frutas, hortaliças e fibras e menor de gordura foi 
preditivo para a classificação dos indivíduos em estágios mais avançados (GLANZ et al., 
1994; LING; HORWATH, 2000). 
A aplicação do modelo transteórico na mudança de comportamento alimentar é 
complexa e possui limitações, visto que no tratamento de tabagismo é preconizado o 
abandono do vício, enquanto que na alimentação não existe a eliminação da prática 
alimentar. Portanto, na intervenção nutricional, a alimentação do indivíduo deve ser 
mantida, porém, modificada, a fim de torná-la mais saudável e adequada (TORAL; 
SLATER, 2007). 
O fato de o modelo ter sido projetado visando à interpretação e intervenção acerca 
do comportamento de indivíduos é outro entrave importante na aplicação deste em 
intervenções de educação nutricional para coletividades. No entanto, pesquisas de 
intervenção realizadas em grupos populacionais embasadas no modelo transteórico têm 
evidenciado resultados satisfatórios (FRENN et al., 2003; NI MHURCHU, 1997). 
Toral e Slater (2007) observam que as intervenções nutricionais tradicionais têm se 
mostrado insustentáveis na maioria das situações, visto que subentendem que todos os 
indivíduos estão preparados para a ação, em outras palavras, para uma mudança em seu 
comportamento alimentar. Portanto, acredita-se que levar em consideração os diferentes 
estágios de mudança comportamental nos programas de educação nutricional pode ser 
benéfico para um indivíduo ou coletividade, uma vez que para cada estágio convém 
diferentes percepções e atitudes perante a nutrição e a saúde. 
Por conseguinte, a construção de intervenções para cada indivíduo inserido em cada 
estágio de mudança de comportamento alimentar pode propiciar mais eficazmente a 
motivação destes para a adoção e manutenção do comportamento alterado (TORAL; 
SLATER, 2007). 
 
 
2. Materiais e métodos 
2.1. Delineamento, protocolo e população do estudo 
Trata-se de um estudo de intervenção, longitudinal retrospectivo, sem grupo 
controle e com abordagem quantitativa realizado na Universidade Federal de São Paulo - 
UNIFESP/ Campus Baixada Santista, com indivíduos adultos classificados com sobrepeso e 
obesidade no ano de 2014. A amostra de voluntários foi selecionada por conveniência e os 
indivíduos que a compunham passaram por critérios de inclusão como o Índice de Massa 
Corporal (IMC) entre 25 e 40 kg/m², idade entre 30 e 50 anos e disponibilidade para a 
participação, bem como critérios de exclusão: uso abusivo de álcool e drogas; limitações 
músculo-esqueléticas que possam impossibilitar a prática de exercício físico; doença 
genética; gravidez. O presente estudo contou com a participação de 48 voluntários, onde 
24 deles permaneceram até o final. 
2.1.1. Avaliações e exames 
Após o ingresso dos voluntários no programa realizado pelo Grupo de Estudosda 
Obesidade (GEO) sob a coordenação da Profa. Dra. Danielle Arisa Caranti, foi realizada a 
triagem dos mesmos, seguida de avaliações antropométricas, exames e aplicação de 
questionários a fim de obter informações quantitativas e qualitativas, como a anamnese 
clínica, dados para caracterização sócio demográfica, além de questionário sobre 
comportamento alimentar, doenças atuais e pregressas, atividade física, antecedentes 
familiares e hereditários, fatores psicológicos, entre outros. 
Subsequente à triagem, foi realizada a avaliação antropométrica, onde foram 
medidas a massa corporal, estatura, medidas de perímetro da cintura, do quadril e do 
pescoço. A massa corporal e a estatura foram aferidas com o voluntário vestindo roupas 
leves e descalço. Após a obtenção desses parâmetros, foi calculado o IMC através da 
divisão da massa corporal em kg pela estatura em metros elevada ao quadrado (kg/m²) e a 
classificação do estado nutricional por meio deste foi realizada de acordo com os pontos de 
corte para adiposidade corporal propostos pela Organização Mundial da Saúde (Tabela 2). 
 
Tabela 2 - Classificação do estado nutricional segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) e o risco de 
doenças segundo o grau ou classe da obesidade. 
IMC (kg/m²) Classificação Obesidade 
grau/classe 
Risco de doença 
< 18,5 Magro ou baixo peso 0 Normal ou elevado 
18,5 - 24,9 Normal ou eutrófico 0 Normal 
25 - 29,9 Sobrepeso ou 
pré-obeso 
0 Pouco elevado 
30 - 34,9 Obesidade I Elevado 
 
Fonte: Diretrizes Brasileiras de Obesidade (ABESO, 2016). 
 
As medidas de perímetro da cintura, do quadril e do pescoço foram aferidas 
utilizando fita métrica flexível e inelástica, com o indivíduo ereto, pernas estendidas e sem 
comprimir os tecidos. 
 
2.2. Aplicação de questionários 
Para a avaliação do consumo alimentar dos indivíduos, foi aplicado no início e ao 
final da terapia o Registro Alimentar de 3 dias não consecutivos, incluindo um dia do final 
de semana. Todos os voluntários foram instruídos previamente ao preenchimento do 
mesmo, incluindo uma intervenção sobre medidas caseiras e utensílios de referência para 
assistir o preenchimento correto. 
Através do Registro Alimentar de 3 dias foi avaliado o padrão alimentar, por meio 
do grau de processamento dos alimentos segundo a classificação NOVA. A avaliação do 
padrão alimentar foi realizada utilizando-se a média desses dias. 
 
2.3. Terapia interdisciplinar 
Posteriormente, iniciou-se o programa de intervenções interdisciplinares durante o 
período de 32 semanas, composto por três encontros semanais (segundas, terças e 
quintas-feiras), de 18:30 às 20:30 horas. Uma hora foi dedicada para a prática de exercício 
físico e a outra para intervenção nutricional, psicológica e fisioterapêutica. 
A intervenção nutricional ocorreu uma vez por semana (às quintas-feiras), a do 
exercício físico três vezes por semana, a fisioterapêutica uma vez por semana 
(terças-feiras) e psicológica uma vez por semana (segundas-feiras), como alternativas para 
o tratamento da obesidade através da mudança de comportamento e estilo de vida. Ao final 
da terapia, as avaliações, exames e questionários foram reaplicados. 
Todos os participantes leram e assinaram um Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido antes do início das avaliações e do programa de intervenções, concordando em 
participar de forma voluntária do estudo. 
 
2.4. Análise estatística 
Com o objetivo de avaliar o efeito da intervenção interdisciplinar na mudança do 
comportamento alimentar, foram aplicados testes estatísticos paramétricos e não 
paramétricos. 
Os testes estatísticos possuem pressupostos que devem ser verificados antes da 
aplicação dos mesmos, como, por exemplo, examinar a distribuição dos dados. Deve-se 
notar também que os mesmos indivíduos foram avaliados em dois momentos distintos e, 
portanto, há presença de amostras dependentes (ou pareadas) e isso deve ser considerado 
na escolha dos testes. 
35 - 39,9 Obesidade II Muito elevado 
> 40,0 Obesidade grave III Muitíssimo elevado 
 
Para investigar a existência de diferenças estatisticamente significantes entre os 
momentos pré e pós-intervenção, no caso em que os dados são provenientes de uma 
população com distribuição normal, o teste adequado a ser aplicado é o teste t-student para 
amostras pareadas . Alternativamente, para os dados que não são normalmente 
distribuídos, o teste equivalente e adequado não paramétrico é o teste de wilcoxon para 
amostras pareadas. 
O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a normalidade dos dados e o 
mesmo foi aplicado para as variáveis de interesse nos momentos pré e pós-intervenção, 
separadamente. 
O plano geral de análise consistiu em: 
I ) realizar análise exploratória dos dados; 
II) verificar se as variáveis são provenientes de distribuição normal através do teste de 
Shapiro-Wilk ; 
III) para dados normalmente distribuídos, verificar as diferenças entre os momentos pré e 
pós-intervenção através do teste t-student para amostras pareadas; 
IV) para dados que não são normalmente distribuídos, verificar as diferenças entre os 
momentos pré e pós-intervenção através do teste de Wilcoxon para amostras pareadas; 
Em todos os testes estatísticos aplicados, o nível de significância adotado foi de 5%. Ou 
seja, haverá indicação de diferenças quando o p-valor dos testes for menor do que 5%. 
3. Resultados e discussão 
Diante dos elevados índices de sobrepeso e obesidade em nossa população e dos 
diversos impactos negativos na saúde e qualidade de vida, verifica-se a importância do seu 
tratamento e, principalmente, prevenção e controle (WHO, 2000). Neste contexto, este 
estudo analisou o comportamento alimentar e a utilização do modelo transteórico como 
ferramenta avaliativa dos estágios de mudança dos voluntários, bem como para melhor 
entender e direcionar de maneira mais assertiva as intervenções voltadas para a mudança 
do comportamento. 
A maior parte da amostra é composta por mulheres (92%) e a média de idade foi de 
41 anos. As características demográficas, socioeconômicas, comportamentais e 
antropométricas dos participantes estão ilustradas na Tabela 3.Tabela 3 - Características demográficas, socioeconômicas, comportamentais e antropométricas dos 
participantes (N=24). 
 
Nota-se que no início do estudo, 4% dos indivíduos foram classificados com 
sobrepeso, 46% com obesidade grau I, 42% obesidade grau II e 8% obesidade grau III. Ao 
final do estudo, 25% dos participantes foram classificados com sobrepeso, 50% com 
Características N % 
Participantes 24 100 
Demográficas 
Idade (anos) 
30-39 9 38 
40-50 15 62 
Socioeconômicas 
Escolaridade 
Médio 11 46 
Superior 13 54 
Trabalho 
Não 5 21 
Sim 19 79 
Comportamentais 
Atividade física 
Não 14 58 
Sim 10 42 
Antropométricas 
IMC (kg/m²) 
25-29,9 1 4 
30-34,9 11 46 
35-39,9 10 42 
> 40 2 8 
 
obesidade grau I e 25% com obesidade grau II. Podemos observar que, ao final do estudo, 
não houveram indivíduos classificados em estado nutricional de obesidade grau III e, 
paralelamente, não houveram participantes que foram classificados em eutrofia ao final do 
programa, apesar da redução significativa do IMC (Figura 2). 
 
Figura 2 - Percentual dos indivíduos de acordo com a classificação do IMC. 
 
Os participantes foram classificados em seus respectivos estágios de mudança antes 
e após o estudo (Figura 3). A maioria dos participantes já iniciou a terapia no estágio de 
ação e manutenção. No entanto, ao final do estudo houve aumento expressivo da 
quantidade de participantes que encontraram-se no estágio de manutenção, indicando efeito 
positivo da terapia com a aplicação do modelo transteórico. 
 
Figura 3 - Estágios de mudança de comportamento dos participantes antes e após as intervenções 
 
 
Levar em consideração os estágios de mudança de comportamento dos participantes 
é um método eficiente para o estímulo à motivação, tanto intrínseca quanto extrínseca e 
para uma maior adesão a comportamentos alimentares mais adequados e saudáveis 
(TIMERMAN et al., 2019). 
A terapia multidisciplinar alterou positivamente a composição corporal dos 
participantes, resultando em redução significativa no IMC (-6,9%; P < 0.05), 
circunferência de cintura (-5,5%; P < 0.05), circunferência de quadril (-4,0%; P < 0.05), 
circunferência de pescoço (-4,1%; P < 0.05) (Tabela 5). Não houve mudança significativa 
no percentual de gordura e de massa livre de gordura, apesar de terem reduzido. Poli et al., 
2017 encontrou resultados similares em seu estudo de intervenção multidisciplinar com 
mulheres obesas, tendo diminuição significativa no IMC, peso, percentual de gordura, 
circunferência de cintura e circunferência de quadril ao final da terapia. 
 
Tabela 5 - Medidas antropométricas antes e depois do programa 
 
A avaliação do consumo alimentar apresentou mudanças significativas ao final da 
terapia. O consumo total de calorias reduziu significativamente, bem como o consumo de 
carboidrato, gordura total e gordura saturada. O consumo de proteína não mudou 
significativamente, no entanto, estava dentro das recomendações da DRI. Apesar de o 
consumo de carboidrato ter apresentado diminuição significativa, sua média de ingestão 
ficou abaixo do recomendado, alcançando, em média, 41,3% das calorias totais. Em 
contrapartida, a ingestão média de gordura total e gordura saturada ao final do estudo 
estava adequada de acordo com as DRIs, alcançando 24,7% e 5,9%, respectivamente 
(PADOVANI et al., 2006). 
 
 
 
Tabela 6 - Consumo de calorias totais e macronutrientes antes e após o programa 
 
Sabe-se que a alta ingestão de alimentos ultraprocessados causa impactos negativos 
na qualidade da alimentação da população brasileira, uma vez que aumenta os teores de 
gordura saturada, gordura trans, bem como aumenta a densidade energética, elevando o 
risco de ganho excessivo de peso (LOUZADA et al., 2015). Portanto, as mudanças 
referidas no estudo foram positivas e, possivelmente, capazes de diminuir o risco de ganho 
excessivo de peso, bem como indicam uma mudança no comportamento alimentar dos 
participantes. 
Na pesquisa sobre os hábitos alimentares feita antes e após o programa, as respostas 
dos participantes sofreram alterações significativas quanto às mudanças que os mesmos 
estavam fazendo ou pretendiam fazer, os fatores que influenciam nas escolhas da 
alimentação e suas dificuldades para comer de forma mais saudável. (figuras 4, 5 e 6). 
Dentre as dificuldades para comer de forma mais saudável, o item “alteração do consumo 
de fim de semana” foi o único que aumentou depois da terapia. Uma possível justificativa 
para essa mudança deve-se ao fato de que as intervenções ocorriam apenas em dias de 
semana e, talvez a ausência delas pudesse ter tornado a adesão aos finais de semana mais 
difícil. 
 
 
Figura 4 - Mudanças que têm feito ou têm tentado fazer na alimentação 
 
 * Diferença entre proporções significativa ( P < 0.05) 
 
Figura 5 - Fatores que influenciam nas escolhas da alimentação 
 
* Diferença entre proporções significativa ( P < 0.05) 
 
Figura 6 - Dificuldades para comer de forma mais saudável 
 
 * Diferença entre proporções significativa ( P < 0.05) 
A partir desses resultados é possível observar a magnitude da mudança do 
comportamento alimentar dos indivíduos, mostrando a efetividade da utilização do modelo 
transteórico em terapias multidisciplinares, bem como as intervenções nutricionais 
inseridas nestas, que visam trabalhar com a mudança de comportamento de pessoas com 
sobrepeso e obesidade. 
A motivação de um indivíduo ou coletividade para a adoção de comportamentos 
adequados e saudáveis depende de inúmeros fatores. Portanto, conhecer os determinantes 
do comportamento alimentar é de suma importância para tornar possível mudanças 
efetivas nas práticas alimentares. Sugere-se que a partir da identificação dos diferentes 
estágios de mudança de comportamento, seja possível que as intervenções sejam mais 
assertivas, levando os indivíduos a uma maior adesão ao tratamento da obesidade quando 
comparado às intervenções tradicionais, visto que pode promover maior estímulo e 
motivação para a mudança do comportamento alimentar, propiciando uma qualidade devida duradoura. 
 
4. Conclusão 
Tendo em vista a prevalência mundial da obesidade e as inúmeras pesquisas 
existentes que buscam entender e tratá-la efetivamente, as terapias interdisciplinares têm 
sido estudadas como estratégias mais eficazes para tal. 
O presente estudo verificou a aplicação do Modelo Transteórico em intervenções 
interdisciplinares como uma estratégia eficaz para auxiliar na mudança do comportamento 
alimentar de adultos com sobrepeso e obesidade. Os resultados apresentados foram 
 
satisfatórios, uma vez que a terapia multidisciplinar alterou positivamente a composição 
corporal dos participantes, os estágios de mudança de comportamento, bem como o 
comportamento alimentar. Por conseguinte, sugere-se que a utilização deste modelo como 
ferramenta para a mudança do comportamento alimentar pode ser eficaz no tratamento da 
obesidade, bem como a adesão a este, visto que está pautado na motivação e intervenção 
direcionada à cada estágio de prontidão para a mudança. 
 
 
 
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