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Prévia do material em texto

JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 1 
APRESENTAÇÃO 
Olá, amigos (as) concurseiros (as)! 
Sejam bem vindos (as)! 
________________________________________________________ 
Primeiramente, vou me apresentar. Meu nome é Diego Aderne, sou do
Rio de Janeiro/RJ. Fui aprovado no último concurso para Auditor-Fiscal
Tributário do Município de São Paulo (ISS-SP). Sou formado em Biomedicina
pela Universidade Federal Fluminense. 
Decidi estudar para concursos no último período da faculdade, em agosto
de 2009, quando eu vi a notícia de “um tal” de Auditor-Fiscal da Receita
Federal com salário de mais R$13.000,00. Nem acreditei que poderia ter
qualquer graduação! 
Claro que não passei na prova, rs. Estudava pouco e com muito material
ruim. Então resolvi fazer concurso para técnico administrativo. Em 2010, fui
aprovado nos concursos do Rioprevidência, DPE-RJ e MPU. Passei um ano e
meio como técnico administrativo no MPU, conciliando com o estudo para a
área fiscal e consegui a sonhada aprovação. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
É fato conhecido que a ESAF vem cobrando muita jurisprudência em seus
certames. Exemplo disso é a recente prova de Analista de Comércio Exterior do
MDIC, aplicada no dia 27 de maio de 2012. Nessa prova, nada menos que 9
questões das 20 de Direito Tributário cobraram jurisprudência. Quase
metade da prova!! 
Em razão disso, iniciei uma série de artigos, na área aberta do Ponto,
trazendo as decisões judiciais já cobradas pela ESAF. No entanto, acredito
que esse estudo merece uma abordagem mais completa. 
Por isso, desenvolvemos esse curso, que versará exclusivamente sobre
jurisprudência no Direito Tributário. 
Nosso curso fornecerá as decisões judiciais que já foram cobradas em
concurso (por qualquer banca), bem como as que poderão ser cobradas
nas provas de Auditor-Fiscal e Analista-Tributário da Receita Federal. A
jurisprudência será acompanhada de exercícios e explicações bem
resumidas. Ressalto que nosso objetivo não é abordar o conteúdo teórico. 
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 2 
Como as decisões judiciais são muitas e esparsas, o concurseiro não tem
tempo para ficar procurando-as, visto que existem outras matérias a serem
estudadas e o edital já foi lançado. Por isso, nosso curso será curto e
objetivo, visando fornecer decisões selecionadas, de maneira mastigada
para vocês. 
Vale mencionar que nem todos os tópicos do edital possuem
jurisprudência relevante, por isso não vamos perder nosso tempo com
decisões que têm pouquíssima probabilidade de cair na prova. 
Além disso, para facilitar a revisão, colocarei um resumo da
jurisprudência abordada ao final de cada aula. 
É importante ressaltar que esse curso irá abordar exclusivamente o
conteúdo de Direito Tributário dos concursos de AFRF e ATRF, não
incluindo o conteúdo de Direito Previdenciário, que está junto com a 
nossa matéria nesses editais. 
Nosso cronograma será o seguinte: 
Aula 0 Já lançada 1. Competência Tributária. 2. Limitações
Constitucionais do Poder de Tributar. 2.2. Princípios
Constitucionais Tributários. 
Aula 1 10/08/2012 2.1. Imunidades. 3. Conceito e Classificação dos
Tributos. 4. Tributos de Competência da União. 4.1.
Imposto sobre a Importação. 4.2. Imposto sobre a
Exportação. 4.3. Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural. 4.4. Imposto sobre a Renda e
Proventos de Qualquer Natureza. 4.5. Imposto sobre
Produtos Industrializados. 4.6. Imposto sobre
Operações Financeiras. 5. Contribuições Sociais. 5.1.
Contribuição para o Pis/Pasep. 5.2. Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social – Cofins. 5.3.
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. 5.4.
Contribuições sociais previstas nas alíneas "a", "b" e
"c" do parágrafo único do art.11 da Lei n. 8.212, de
24 de julho de 1991, e as instituídas a título de
substituição. 5.5. Contribuições por lei devidas a
terceiros (art.3º, § 1º, da Lei n. 11.457, de 16 de
março de 2007). 5.6. Contribuições de Intervenção no
Domínio Econômico. 
Aula 2 17/08/2012 6. Tributos de Competência dos Estados. 7. Tributos
de Competência dos Municípios. 8. Simples. 9.
Legislação Tributária. 9.1. Constituição 9.2. Emendas
à Constituição. 9.3. Leis Complementares. 9.4. Leis 
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
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Ordinárias. 9.5. Leis Delegadas. 9.6. Medidas
Provisórias. 9.7. Tratados Internacionais. 9.8.
Decretos. 9.9. Resoluções 9.10. Decretos Legislativos 
9.11. Convênios 9.12. Normas Complementares. 10.
Vigência da Legislação Tributária. 11. Aplicação da
Legislação Tributária. 12. Interpretação e Integração
da Legislação Tributária. 
Aula 3 24/08/2012 13. Obrigação Tributária Principal e Acessória. 14.
Fato Gerador da Obrigação Tributária. 15. Sujeição
Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributária. 
16. Domicílio Tributário. 17. Responsabilidade
Tributária. Conceito. 17.1. Responsabilidade dos
Sucessores. 17.2. Responsabilidade de Terceiros. 
17.3. Responsabilidade por Infrações. 18. Crédito
Tributário. Conceito. 19. Constituição do Crédito
Tributário. 19.1. Lançamento. Modalidades de
Lançamento. 19.2. Hipóteses de alteração do
lançamento. 20. Suspensão da Exigibilidade do
Crédito Tributário. Modalidades. 21. Extinção do
Crédito Tributário. Modalidades. 22. Pagamento
Indevido. 23. Exclusão do Crédito Tributário.
Modalidades. 24. Garantias e Privilégios do Crédito
Tributário. 25. Administração Tributária. 25.1.
Fiscalização. 25.2. Dívida Ativa. 25.3. Certidões
Negativas. 
Não se preocupem com a quantidade de matéria, o curso será
bem objetivo. O cronograma simplesmente reflete o edital de AFRF (no qual
está incluso o edital de ATRF), mas nem todos os tópicos possuem
jurisprudência relevante. 
Vou colocar aqui uma frase que me inspirou muito a continuar fazendo
nossos pequenos sacrifícios diários para conseguir a aprovação. Espero que
inspire vocês também! 
“Para chegar aonde poucos chegam, 
é preciso fazer o que poucos fazem”. 
Autor desconhecido 
É isso! Vamos trabalhar! 
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
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AULA DEMONSTRATIVA 
Aula Demonstrativa - 1. Competência Tributária. 2. Limitações
Constitucionais do Poder de Tributar. 2.2. Princípios Constitucionais
Tributários. 
Competência Tributária 
1) “A técnica da competência residual é para o legislador ordinário e não 
para o constituinte derivado e a não cumulatividade e o não bis in idem 
não precisam ser observados quando da criação de um novo imposto 
através de emenda constitucional‖ (ADI 939/DF, Min. Carlos Velloso). 
Já foi cobrado: 
1. (ESAF/2010/SUSEP) Consoante entendimento firmado no âmbito do
Supremo Tribunal Federal, a não-cumulatividade e o não bis-in-idem não
precisam ser observados quando da criação de um novo imposto por meio de
emenda constitucional. 
Correto. 
A CF/88 determina que os impostos e contribuições residuais sejam
instituídos por Lei Complementar. Porém, caso o legislador faça a opção de
editar uma Emenda Constitucional para tal fim, esses tributos poderão ser
cumulativos. Além disso, poderão ter o mesmo fato gerador e base de
cálculo próprios de outros impostos e contribuições discriminados na
Constituição. 
2) ―Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 8.366, de 7-7-2006, do Estado do 
Espírito Santo. Lei que institui incentivo fiscal para as empresas que 
contratarem apenados e egressos. Matéria de índole tributária e não 
orçamentária.‖ (ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 14-6-2007, 
Plenário, DJ de 14-9-2007.) 
Já foi cobrado: 
2. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) Lei que institui incentivo fiscal paraas
empresas que contratarem apenados e egressos é de natureza tributária,
sendo, portanto, constitucional lei estadual com tal conteúdo; 
Correto. 
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3) “Os Estados-membros estão legitimados a editar normas gerais 
referentes ao IPVA, no exercício da competência concorrente prevista 
no artigo 24, § 3º, da Constituição do Brasil.‖ (RE 576137 RS; Min. AYRES 
BRITTO; Julgamento: 30/08/2010) 
Já foi cobrado: 
3. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) Lei estadual pode estabelecer
alíquotas diferenciadas em razão do tipo do veículo, já que os estados-
membros estão legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA, no
exercício da competência concorrente prevista no art. 24, § 3º, da
Constituição; 
Correto. 
A competência tributária é o poder constitucional de instituir tributos.
Nesse sentido, a Constituição Federal definiu o poder de tributar da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Classifica-se em exclusiva
(privativa), comum, cumulativa, extraordinária e residual. 
Já a competência legislativa em matéria tributária é a aptidão de
criar as estruturas básicas que alicerçam o direito tributário e é classificada
pela Constituição Federal como concorrente. Art. 24, I, CF. 
Princípios 
4) A Emenda Constitucional n. 3, que autorizou a União a instituir o IPMF, 
incidiu em vício de inconstitucionalidade, ao dispor que, quanto a tal 
tributo, não se aplica "o art. 150, III, "b" e VI", da Constituição, porque, desse 
modo, violou os seguintes princípios e normas imutáveis: 
1. o princípio da anterioridade, que é garantia individual do contribuinte 
(art. 150, III, "b" da Constituição); (...) 
(ADI 939/DF; Min. Sydney Sanches; Julgamento: 15/12/1993) 
* Alguns elementos dessa decisão foram deletados para facilitar a sua 
visualização e compreensão. 
Já foi cobrado: 
4. (CESPE/2008/MPE-RR/Promotor de Justiça) Consoante a jurisprudência
firmada pelo STF, o poder que tem o Estado de tributar sofre limitações que
são tratadas como cláusulas pétreas. 
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Correto. 
5. (CESPE/2009/TCE-ES/Procurador Especial de Contas) Segundo o STF, as
limitações ao poder de tributar são suscetíveis de supressão ou
excepcionalização, ou seja, o princípio da anterioridade pode ser abolido por
emenda constitucional. 
Errado. 
O STF entende que os princípios constitucionais tributários são
cláusulas pétreas, pois são garantias individuais do contribuinte. São eles: 
 Legalidade Tributária 
 Isonomia Tributária (Igualdade) 
 Irretroatividade Tributária 
 Anterioridade Tributária 
 Não-confisco 
 Liberdade de Tráfego 
 Uniformidade Geográfica 
 Vedação da tributação diferenciada da renda da dívida pública e da 
remuneração dos agentes públicos 
 Vedação das Isenções Heterônomas 
 Vedação da discriminação tributária em razão da procedência ou destino 
I. Princípio da Legalidade 
5) “A Turma, acompanhando o voto do Min. Ilmar Galvão, relator, confirmou o 
acórdão recorrido por entender não caracterizadas as alegadas ofensas 
aos princípios constitucionais da legalidade, da anterioridade e da não-
cumulatividade, já que é legítima a alteração do prazo de vencimento 
de tributo por decreto estadual, pois tal hipótese não está prevista na 
reserva legal do art. 97 do CTN, sendo que, no caso, não foram afetados fato 
gerador, base de cálculo ou alíquota, mas apenas houve a mudança do dia de 
recolhimento.‖ (RE 195.218-MG, Min. Ilmar Galvão, 28.5.2002). 
Já foi cobrado: 
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6. (FMP/2012/ISS-POA/AFRM) A definição do prazo para recolhimento do
tributo (vencimento) não depende de lei em sentido estrito, podendo ser feita
por ato administrativo normativo, mesmo se o legislador ordinário definir o
prazo na própria lei, hipótese em que o Executivo poderá alterá-lo livremente. 
Errado. 
A alteração do prazo de recolhimento de tributo não se submete ao
princípio da legalidade, ou seja, à reserva legal, podendo ser disposta por
normas infralegais, como o decreto. 
Entretanto, se o prazo de vencimento do tributo vier disposto em lei,
somente outra lei poderá alterá-lo. 
6) Súmula nº 160 do STJ: É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante 
decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. 
Já foi cobrado: 
7. (CESPE/2009/TCE-ES/Procurador Especial de Contas) Segundo o STJ,
decreto municipal pode atualizar o IPTU em percentual superior ao índice
oficial de correção monetária, mas não pode majorar a base de cálculo, de
modo a torná-lo mais oneroso. 
Errado. 
É possível a atualização monetária da base de cálculo de tributo por
meio de normas infralegais, portanto que não constitua real majoração da
base de cálculo do tributo, mas apenas correção monetária. Art. 97, §2º, CTN. 
Nesse sentido, o STJ editou a Súmula 160 para que os Municípios não
majorassem o IPTU na forma de atualização de base de cálculo, restringindo
esta ao índice oficial de correção monetária. 
Ainda sobre a correção monetária, vejamos: 
7) “O Plenário desta Corte, no julgamento do RE 388.312/MG, relatora para o 
acórdão a Ministra Cármen Lúcia, fixou orientação no sentido de que não cabe 
ao Poder Judiciário autorizar a correção monetária da tabela 
progressiva do imposto de renda prevista na Lei 9.250/1995 ante a 
ausência de previsão legal que o autorize.” (AG. REG. no RE N. 470.860-
DF; Relator: Min. Ricardo Lewandowski) 
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II. Princípio da Isonomia, Capacidade Contributiva e Pecunia non olet 
8) “Lei que restringe os contribuintes da Cosip aos consumidores de 
energia elétrica do município não ofende o princípio da isonomia, ante 
a impossibilidade de se identificar e tributar todos os beneficiários do serviço 
de iluminação pública. A progressividade da alíquota, que resulta do 
rateio do custo da iluminação pública entre os consumidores de 
energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva.‖ 
(RE 573.675, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 25-3-2009) 
A exigência da COSIP (Contribuição para o Custeio dos Serviços de
Iluminação Pública) feita apenas aos consumidores de energia elétrica não
viola o princípio da isonomia e sua progressividade não viola o princípio
da capacidade contributiva. 
9) “Não há ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei, por 
motivos extrafiscais, imprime tratamento desigual a microempresas e 
empresas de pequeno porte de capacidade contributiva distinta, afastando 
do regime do simples aquelas cujos sócios têm condição de disputar o mercado 
de trabalho sem assistência do Estado.‖ (ADI 1.643, Rel. Min. Maurício Corrêa, 
julgamento em 5-12-2002, Plenário, DJ de 14-3-2003.) 
Já foi cobrado: 
8. (ESAF/2009/ATRF) Diante da regra mencionada, o tratamento tributário
diferenciado dado às microempresas e empresas de pequeno porte, por
exemplo, deve ser considerado inconstitucional. 
Errado. 
9. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) Não há ofensa ao princípio
da isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento
desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade
contributiva distinta, afastando do regime do simples aquelas cujos sócios têm
condição de disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado. 
Correto. 
Não viola o princípio da isonomia o tratamento diferenciado a
microempresas e empresas de pequeno porte. 
10) ―A lei tributária pode discriminar por motivo extrafiscal ramos de 
atividadeeconômica, desde que a distinção seja racional.‖ (ADI 1.643, 
Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 5-12-2002) 
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Já foi cobrado: 
10. (ESAF/2009/ATRF) Não se permite a distinção, para fins tributários, entre
empresas comerciais e prestadoras de serviços, bem como entre diferentes
ramos da economia. 
11. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) Não se permite a
distinção, para fins tributários, entre empresas comerciais e prestadoras de
serviços, bem como entre diferentes ramos da economia. 
12. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) Determinado segmento econômico
prejudicado por crise internacional que tenha fortemente atingido o setor não
permite tratamento tributário diferenciado sem ofensa ao princípio da
isonomia. 
As três assertivas estão erradas. *As duas primeiras realmente são
idênticas. 
É possível o tratamento tributário diferenciado, pautado pela
extrafiscalidade e revestido de razoabilidade. 
11) “Ao instituir incentivos fiscais a empresas que contratam empregados com 
mais de quarenta anos, a Assembleia Legislativa paulista usou o caráter 
extrafiscal que pode ser conferido aos tributos, para estimular conduta 
por parte do contribuinte, sem violar os princípios da igualdade e da 
isonomia.” (ADI 1.276, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 28-8-2002) 
Já foi cobrado: 
13. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) Viola o princípio da
isonomia a instituição, por parte de lei estadual, de incentivos fiscais a
empresas que contratem empregados com mais de quarenta anos. 
Errado. 
14. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) Em matéria tributária, as distinções
podem se dar em função da capacidade contributiva ou por razões extrafiscais
que estejam alicerçadas no interesse público. 
Correto. 
O princípio da isonomia deve ser aplicado levando-se em consideração a
capacidade contributiva ou por motivos extrafiscais alicerçados
constitucionalmente. 
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
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12) “A sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, 
no tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários, não fere, à 
primeira vista, o princípio da isonomia tributária, ante a expressa 
previsão constitucional‖ (AC 1.109-MC, Rel. p/ o ac. Min. Ayres Britto, 
julgamento em 31-5-2007, Plenário, DJ de 19-10-2007.) 
Já foi cobrado: 
15. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) A sobrecarga imposta aos bancos
comerciais e às entidades financeiras, no tocante à contribuição previdenciária
sobre a folha de salários, não fere o princípio da isonomia tributária, ante a
expressa previsão constitucional. 
Correto. 
13) ―Recentemente, o Plenário desta Corte, ao julgar os RREE 203.954 e 
202.313, firmou o entendimento de que é inaceitável a orientação de que a 
vedação da importação de automóveis usados afronte o princípio 
constitucional da isonomia, sob a alegação de atuar contra as pessoas de 
menor capacidade econômica (...)‖ (RE 312.511, rel. min. Moreira Alves, 
Primeira Turma, DJ de 28.06.2002) 
Já foi cobrado: 
16. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) A proibição de importação de
veículos usados não configura afronta ao princípio da isonomia. 
Correto. 
14) ―O art. 17 da Lei 6.099/74 proíbe a adoção do regime de admissão 
temporária, mais benéfico ao contribuinte, para as operações de importação 
amparadas por arrendamento mercantil. O Supremo Tribunal Federal já 
decidiu pela adequação dessa regra ao princípio da isonomia, ao 
fundamento de que o arrendamento mercantil foi adotado no Brasil para que 
os interessados possam usufruir de suas virtudes intrínsecas, sob o ponto de 
vista operacional e financeiro, e não para que obtenham tratamento fiscal mais 
benéfico, se comparado ao previsto em relação às operações de compra e 
venda financiada‖ (RE 429.306/PR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda 
Turma, DJe 16/3/11) 
Já foi cobrado: 
17. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior/Adaptada) O STF
entendeu inconstitucional, por ofensa ao princípio da isonomia tributária, 
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norma que proibia a adoção do regime de admissão temporária para as 
operações amparadas por arrendamento mercantil. 
Errado. 
Segundo a IN SRF nº 285, o regime de admissão temporária é o que
permite a importação de bens que devam permanecer no País durante prazo
fixado, com suspensão total ou parcial do pagamento de tributos. 
O STF entendeu que esse regime não deve acobertar importações sob
arrendamento mercantil e essa proibição não viola o princípio da isonomia. 
15) “As vendas canceladas não podem ser equiparadas às vendas 
inadimplidas porque, diferentemente dos casos de cancelamento de vendas, 
em que o negócio jurídico é desfeito, extinguindo-se, assim, as obrigações do 
credor e do devedor, as vendas inadimplidas - a despeito de poderem resultar 
no cancelamento das vendas e na consequente devolução da mercadoria -, 
enquanto não sejam efetivamente canceladas, importam em crédito para o 
vendedor oponível ao comprador.‖ (RE 586482, Relator(a): Min. Dias Toffoli, 
Tribunal Pleno, julgado em 23/11/2011) 
16) ―A exigibilidade do ISS, uma vez ocorrido o fato gerador — que é a 
prestação do serviço —, não está condicionada ao adimplemento da 
obrigação de pagar-lhe o preço, assumida pelo tomador dele: a 
conformidade da legislação tributária com os princípios constitucionais 
da isonomia e da capacidade contributiva não pode depender do prazo 
de pagamento concedido pelo contribuinte a sua clientela.‖ (AI 228.337-
AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 7-12-1999) 
Já foi cobrado: 
18. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) As vendas inadimplidas
equivalem às vendas canceladas para fins de incidência tributária, eis que no
sistema tributário nacional, embora tenha consagrado o regime de
competência como a regra geral de apuração dos resultados, o
inadimplemento constitui hipótese de cancelamento de venda, e não tendo
ingressado a receita de venda, não há que se falar em tributação. 
Errado. 
Ainda que as vendas do contribuinte não sejam pagas por seus clientes,
a incidência tributária não será prejudicada, sendo o tributo devido. Se não
fosse assim, estaria sendo violado o princípio da isonomia. 
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
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Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 12 
17) ―Todos os tributos submetem-se ao princípio da capacidade 
contributiva (precedentes), ao menos em relação a um de seus três 
aspectos (objetivo, subjetivo e proporcional), independentemente de 
classificação extraída de critérios puramente econômicos.‖ (RE 406.955-AgR, 
Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 4-10-2011) 
Já foi cobrado: 
19. (ESAF/2009/SEFAZ-SP/APOF) O princípio da capacidade contributiva
aplica-se somente às contribuições. 
20. (ESAF/2009/SEFAZ-SP/APOF) O princípio da capacidade contributiva
aplica-se somente aos impostos. 
21. (ESAF/2009/SEFAZ-SP/APOF) O princípio da capacidade contributiva
aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias. 
As três assertivas estão erradas. 
As diversas espécies de tributos possuem características e sistemáticas
diferentes e, por isso, observam o princípio da capacidade contributiva de
formas diferentes. Por exemplo, o ITBI possui a característica da
proporcionalidade, mas não pode ser progressivo. Já o IR é obrigatoriamente
progressivo. 
18) “IPVA. Lei estadual. Alíquotas diferenciadas em razão do tipo do 
veículo. Não há tributo progressivo quando as alíquotas são 
diferenciadas segundo critérios que não levam em consideração a 
capacidadecontributiva.‖ (RE 414.259-AgR, Rel. Min. Eros Grau, 
julgamento em 24-6-2008) 
Já foi cobrado: 
22. (CESPE/2012/TJ-CE/Juiz Substituto) Segundo o STF, é constitucional lei
estadual que estabelece alíquotas diferenciadas do imposto sobre a
propriedade de veículos automotores (IPVA) em razão do tipo do veículo, por
entender que não há tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas
segundo critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva. 
Correto. 
23. (ESAF/2009/SEFAZ-SP/APOF) O princípio da capacidade contributiva é
atendido pela progressividade dos impostos reais. 
Errado. 
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Conforme entendimento do STF, em regra, é vedada a
progressividade nos impostos reais, salvo autorização expressa da
Constituição, como é o caso do IPTU (art. 156, §1º, I). 
Isso se justifica devido ao fato de os impostos reais incidirem sobre uma
“coisa” (critério objetivo) e não levam em consideração as características
pessoais do contribuinte, como é o caso do ITBI. Ainda nesse sentido.
Vejamos: 
19) ―Inexiste espaço de liberdade decisória para o Congresso Nacional, em 
tema de progressividade tributária, instituir alíquotas progressivas em 
situações não autorizadas pelo texto da Constituição‖. (ADC 8-MC, Rel. 
Min. Celso de Mello, julgamento em 13-10-1999) 
20) ―Tem-se, portanto, a regra: enquanto na transmissão causa mortis 
(ITCMD), ou no imposto sucessorial, realiza-se o princípio da capacidade 
contributiva mediante alíquotas progressivas, na transmissão inter 
vivos (ITBI) aquele princípio realiza-se proporcionalmente ao preço da 
venda.‖ (RE 561148; Min. MARCO AURÉLIO; Julgamento: 11/09/2007) 
A jurisprudência quanto à progressividade no ITCMD não é pacífica. O
STF deve decidir sobre isso em breve no RE 562045/RS. 
21) Súmula nº 656 do STF: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas 
progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - 
ITBI com base no valor venal do imóvel. 
Já foi cobrado: 
24. (CESPE/2012/TJ-CE/Juiz Substituto) Dado que o estabelecimento da
progressividade de alíquotas constitui instrumento a serviço do princípio da
capacidade contributiva, entende o STF ser constitucional lei que estabelece
alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens
imóveis, com base no valor venal do imóvel. 
Errado. 
22) ―A jurisprudência da Corte, à luz do art. 118 do Código Tributário Nacional, 
assentou entendimento de ser possível a tributação de renda obtida em 
razão de atividade ilícita, visto que a definição legal do fato gerador é 
interpretada com abstração da validade jurídica do ato efetivamente praticado, 
bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Princípio do non 
olet.‖ (HC 94240 SP, Min. DIAS TOFFOLI, Julgamento:23/08/2011) 
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Já foi cobrado: 
25. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) Ainda no caso de furto
de sinal por “clonagem”, o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços – é devido sobre o serviço de telefonia móvel onerosamente
contratado de operadora por usuário. 
26. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) A renda obtida com o
tráfico de drogas deve ser tributada, já que o que se tributa é o aumento
patrimonial, e não o próprio tráfico. 
As duas assertivas estão corretas. 
Esse entendimento tem base no art. 118, I, do CTN. Trata-se do
princípio pecunia non olet (dinheiro não tem cheiro). 
III. Princípio da Irretroatividade 
23) Súmula nº 584 do STF: Ao imposto de renda (IR) calculado sobre os 
rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro 
em que deve ser apresentada a declaração. 
Por meio dessa Súmula, editada em 1976, o STF aceitou a
retroatividade imprópria da lei, também chamada de retrospectividade. 
Retroatividade (própria) é quando uma lei tem aplicação sobre fatos
passados. Retroatividade imprópria é quando uma lei tem aplicação sobre
fatos que se iniciaram no passado, mas ainda não foram concluídos. 
De acordo com essa Súmula, se uma lei que majorar o IR for publicada e
entrar em vigor no dia 10 de novembro de 2012, terá aplicação sobre os
rendimentos auferidos nesse mesmo ano, desde 1º de janeiro de 2012 (início
do fato gerador). 
O STF entende que o fato gerador do IR só se completa no dia 31 de
dezembro e, por isso, não haveria ofensa ao princípio da irretroatividade
tributária. 
Apesar disso, a ESAF considerou errada a seguinte assertiva: 
27. (ESAF/2009/ATRF) A lei instituidora ou majoradora de tributos tem de ser,
como regra, prospectiva; admite-se, porém, a sua retroatividade imprópria. 
Além disso, o STF utilizava o aspecto temporal da hipótese de
incidência para análise da irretroatividade. Veja assertiva considera correta
pela ESAF: 
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28. (ESAF/2009/ATRF) O Supremo Tribunal Federal tem como referência, para
análise da irretroatividade, o aspecto temporal da hipótese de incidência, ou
seja, o momento apontado pela lei como sendo aquele em que se deve
considerar ocorrido o fato gerador; 
Em 2011, o STF demonstrou estar mudando seu entendimento. 
Vejamos: 
24) ―É o aspecto material – e não o aspecto temporal da norma – que deve 
ser considerado para fins de resguardo da irretroatividade e da 
anterioridade da lei tributária (...). Havendo afirmação constitucional expressa 
da irretroatividade da lei ao fato gerador, bem como da anterioridade da lei 
tributária, e considerando-se que tais garantias constituem desdobramentos 
inequívocos do princípio da segurança jurídica, pode-se concluir que não 
tem lugar, no direito tributário brasileiro, a chamada retroatividade 
imprópria.‖ (RE 587.008; Voto da Min. Ellen Gracie; 2011, Relator: Dias 
Toffoli) 
Portanto, se isso cair na sua prova, adote o entendimento de que a
retroatividade imprópria não é admitida e ofende o princípio da
irretroatividade tributária. 
IV. Princípio da Anterioridade Tributária 
NÃO se submetem ao princípio da anterioridade 
 Redução do prazo de recolhimento do tributo 
 Atualização monetária do tributo 
 Revogação de isenção e outros benefícios fiscais 
 Prorrogação de alíquota majorada previamente 
Nesse rumo, vejamos as decisões pertinentes. 
25) Súmula nº 669 do STF: Norma legal que altera o prazo de 
recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da 
anterioridade. 
Quando a lei reduz o prazo de vencimento (recolhimento) do tributo, não
é necessário observar o princípio da anterioridade, aplicando-se o novo
prazo imediatamente. 
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Vale lembrar que a alteração do prazo de vencimento de tributo
também não se submete ao princípio da legalidade, conforme já vimos. 
26) ―A utilização da UFIR para a correção monetária da contribuição 
previdenciária, instituída pela Lei 8.383/91, não se sujeita ao princípio da 
anterioridade (CF, art. 195, § 6º), uma vez que houve apenas a substituição 
do indexador anteriormente utilizado por outro fator de correção monetária, 
não havendo, portanto, modificação substancial desta contribuição de modo a 
justificar a exigência do prazo de 90 dias para sua entrada em vigor‖. (RE 
236.472-PE, rel. Min. Ilmar Galvão, 29.6.99.) 
Vale lembrar que é a atualização monetária da base de cálculo
também não se submete ao princípio da legalidade. 
27) ―Revogada a isenção, o tributo volta a ser imediatamente exigível, sendo 
impertinente a invocação do princípio da anterioridade‖. (RE 204.062,Rel. Min. Carlos Velloso, 27/09/1996) 
Já foi cobrado: 
29. (VUNESP/2008/PROCURADOR MUNICIPAL DE SERTÃOZINHO/SP)
Revogada a isenção, o tributo não se torna imediatamente exigível, pois há
que se observar o princípio da anterioridade, pelo qual nenhum tributo pode
ser exigido em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência
da lei que os houver instituído ou aumentado ou no mesmo exercício financeiro
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
Errado. 
28) “Entendeu-se que também no que se refere à contribuição social sobre o 
lucro incidiria a orientação segundo a qual a Lei 8.981/95 veio assegurar às 
empresas um benefício fiscal que viabilizou a compensação de prejuízos 
apurados em exercícios anteriores, não havendo se falar em ofensa ao 
princípio da anterioridade ou da irretroatividade.‖ (RE 545308/SP, rel. orig. 
Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, 8.10.2009) 
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29) “A Lei paulista 11.813/04 apenas prorrogou a cobrança do ICMS com a 
alíquota majorada de 17 para 18%, criada pela Lei paulista 11.601/2003. O 
prazo nonagesimal previsto no art. 150, III, c, da Constituição Federal 
somente deve ser utilizado nos casos de criação ou majoração de 
tributos, não na hipótese de simples prorrogação de alíquota já 
aplicada anteriormente‖. (RE 584100; Min. ELLEN GRACIE; 25/11/2009) 
Já foi cobrado: 
30. (CESPE/2004/Polícia Federal/Delegado) Considere que a União tenha
instituído a cobrança de CPMF durante o período de 2 anos e, 1 mês antes de
findar o prazo de vigência, em outubro, tenha prorrogado a cobrança por mais
6 meses. Em face dessa consideração, julgue os itens a seguir. 
A cobrança devida pela prorrogação não poderá ser realizada no mesmo
exercício financeiro, tendo em vista o princípio da anterioridade. 
Errado. 
No caso de prorrogação de lei de exigência tributária já vigente - seja
a lei instituidora ou majoradora de tributo - não existe a surpresa do
contribuinte, por isso não cabe observar o princípio da anterioridade tributária. 
Vale mencionar que as isenções concedidas por prazo certo e mediante
condições não podem ser revogadas. 
30) Contribuição social prevista na Medida Provisória 63/89, convertida na Lei 
7.787/89. O inciso I do art. 3º da Lei 7.787/89 não é fruto da conversão do 
disposto no art. 5º, I, da Medida Provisória 63/89. E, assim sendo, o 
período de noventa dias a que se refere o disposto no § 6º do art. 195 da 
Constituição Federal (princípio da anterioridade nonagesimal) se conta, 
quanto a ele, a partir da data da publicação da Lei 7.787/89, e não de 1º 
de setembro de 1989. (RE 169740/PR; Min. MOREIRA ALVES; 26/09/1995) 
* Alguns elementos dessa decisão foram deletados para facilitar a sua 
visualização e compreensão. 
É possível o uso de medida provisória para instituir ou majorar tributos,
considerando a contagem da noventena a partir da data da publicação desse
diploma. 
Todavia, segundo o STF, caso ocorram mudanças significativas no
texto original da medida provisória ao ser convertida em lei, a noventena
deverá ser contada da publicação da lei de conversão, e não da publicação
da medida provisória. 
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V. Princípio do Não-Confisco 
31) “Conheço do Recurso e dou-lhe parcial provimento para julgar procedente 
o executivo fiscal, salvo quanto à multa moratória que, fixada em nada 
menos de 100% do imposto devido, assume feição confiscatória. 
Reduzo-a para 30%, base que reputo razoável para a reparação da 
impontualidade do contribuinte.‖ (STF, 2ª Turma, RE 81.550/MG, rel. Min. 
Xavier de Albuquerque, maio/75) 
Já foi cobrado: 
31. (CESPE/2012/TJ-CE/Juiz Substituto) Segundo o STF, o denominado
princípio da vedação ao confisco tem aplicação apenas em relação ao tributo e
não à sanção, motivo pelo qual não estende a sua aplicação às multas
moratórias. 
Errado. 
O princípio do não-confisco é válido tanto para tributos como para
multas, sejam de mora ou de ofício. Perceba que o STF, inclusive, aplica
diretamente a redução da multa. 
32) “A caracterização do efeito confiscatório pressupõe a análise de 
dados concretos e de peculiaridades de cada operação ou situação, 
tomando-se em conta custos, carga tributária global, margens de lucro e 
condições pontuais do mercado e de conjuntura social e econômica. O isolado 
aumento da alíquota do tributo é insuficiente para comprovar a 
absorção total ou demasiada do produto econômico da atividade 
privada, de modo a torná-la inviável ou excessivamente onerosa.‖ (RE 
448432 CE, Min. Joaquim Barbosa) 
Já foi cobrado: 
32. (FGV/2011/ICMS-RJ/Auditor Fiscal) O princípio da vedação do tributo
confiscatório impede a utilização de imposto com efeito de confisco, / mas não
há percentual que estabeleça previamente os limites do tributo confiscatório. 
33. (ESAF/2009/AFRF) Uma alíquota do imposto sobre produtos
industrializados de 150%, por exemplo, não significa necessariamente
confisco. 
As duas assertivas estão corretas. 
Não há um percentual pré-definido para caracterizar o efeito
confiscatório, que deve ser identificado no contexto de cada caso, levando 
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em consideração a capacidade econômica do contribuinte e a razoabilidade do
ônus tributário. 
Além disso, deve ser considerado o caráter extrafiscal de alguns
tributos, como o IPI, que pode ser utilizado para estimular ou desestimular
uma conduta por parte do contribuinte. A alíquota de 150% não
necessariamente é confiscatória. Vale citar, como exemplo, o caso dos
cigarros, cuja alíquota do IPI pode ultrapassar 300%. 
33) ―A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da 
totalidade da carga tributária, mediante verificação da capacidade de 
que dispõe o contribuinte - considerado o montante de sua riqueza (renda e 
capital) - para suportar e sofrer a incidência de todos os tributos que ele 
deverá pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política 
que os houver instituído, condicionando-se, ainda, a aferição do grau de 
insuportabilidade econômico-financeira, à observância, pelo legislador, de 
padrões de razoabilidade destinados a neutralizar excessos de ordem fiscal 
eventualmente praticados pelo Poder Público. Resulta configurado o caráter 
confiscatório de determinado tributo, sempre que o efeito cumulativo - 
resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma 
entidade estatal - afetar, substancialmente, de maneira irrazoável, o 
patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte.‖ (ADIn 2.010-2/DF, 
Min. Celso de Mello, 30/09/1999) 
Já foi cobrado: 
34. (ESAF/2009/AFRF) A identificação do efeito confiscatório não deve ser feita
em função da totalidade da carga tributária, mas sim em cada tributo
isoladamente. 
Errado. 
A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da
incidência cumulativa das seguintes condições: 
Avaliação da totalidade da carga tributária imposta pelo mesmo ente
tributante + em um determinado período + observando a capacidade
econômica do contribuinte + observando padrões de razoabilidade 
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VI. Princípio da Liberdade de Tráfego 
34) “Primeiro que tudo, deixo expresso o meu entendimento no sentido de que 
o pedágio, objeto da causa, é espécie tributária, constitui-se numa 
taxa. O fato de ter sido o pedágio tratado no Sistema Tributário Nacional 
exatamente nas limitações ao poder de tributar – CF, art. 150, V– é 
significativo. Ora, incluído numa ressalva a uma limitação à tributação, se 
fosse preço, a ressalva não teria sentido.‖ (RE 194.862-1-RS, Min. Carlos 
Velloso, 04/05/1999) 
Já foi cobrado: 
35. (FGV/2011/ICMS-RJ/Auditor Fiscal) De acordo com Princípio da Liberdade
de Tráfego, é vedado à União, Estados e Municípios estabelecer tributos pelo
fato de pessoa ou bem estar indo ou voltando de um ponto a outro; / por isso,
o pedágio não pode ter natureza jurídica de tributo. 
Errado. 
O STF entende que o pedágio mencionado na CF/88, ou seja, cobrado
em virtude da utilização de via conservada pelo poder público, se trata de
tributo, com natureza de taxa. 
Nessa linha, caso o pedágio seja cobrado por pessoa jurídica de
direito privado, ou seja, concessionários e permissionários de serviço público,
ele deve ser considerado como tarifa (preço público), sujeito ao regime
privado. Por outro lado, se o pedágio for cobrado por pessoa jurídica de
direito público, em virtude da conservação da via, ele deve ser considerado
como taxa (tributo), sujeito ao regime público. 
VII. Princípio da Vedação das Isenções Heterônomas 
35) ―CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS. ISS. 
ENTIDADES AUTORIZADAS A FUNCIONAR PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL. 
LEI COMPLEMENTAR DE NORMAS GERAIS QUE AFASTA A TRIBUTAÇÃO. 
DESCARACTERIZAÇÃO DE ISENÇÃO HETERÔNOMA. CORRETO PAPEL 
DAS NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA.‖ 
―Diferença entre isenção heterônoma, vedada pela Constituição, e 
normas gerais em matéria tributária. Estabelecer a diferenciação entre 
serviços financeiros e demais tipos de serviço faz parte do papel da União 
como representante da Nação. Ademais, os entes federados e a população 
municipal participam da vida política da Federação, representados pelo Senado 
e pela Câmara dos Deputados, de modo a descaracterizar quebra de 
autonomia ou falta de mandato de representação.‖ (RE 433.352-AgR/MG, Rel. 
Min. Joaquim Barbosa, 2010) 
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Isenções heterônomas – vedadas em nosso ordenamento jurídico - são
aquelas concedidas por ente federativo que não possui a competência para
instituir o tributo isento. Seria um exemplo disso o Estado de Minas Gerais
conceder isenção de IPTU (imposto municipal) em seu território. 
Nesse rumo, não se considera isenção heterônoma o afastamento de
tributação concedido por lei complementar que disponha sobre normas
gerais de direito tributário. 
Na decisão acima, o STF entendeu ser constitucional o afastamento da
tributação do ISS (imposto municipal) por meio de lei complementar federal
de normas gerais. 
Outro exemplo disso é a concessão de isenção de ISS sobre a exportação
de serviços, por meio de lei complementar federal. Essa exceção existe em
virtude de expressa determinação da Constituição Federal. Art. 156, §3º,
II, CF. 
36) “A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e 
Comércio para as mercadorias importadas dos países signatários quando o 
similar nacional tiver o mesmo benefício foi recepcionada pela Constituição 
da República de 1988 (...). No direito internacional apenas a República 
Federativa do Brasil tem competência para firmar tratados (art. 52, § 
2º, da Constituição da República), dela não dispondo a União, os Estados-
membros ou os Municípios. O Presidente da República não subscreve 
tratados como Chefe de Governo, mas como Chefe de Estado, o que 
descaracteriza a existência de uma isenção heterônoma, vedada pelo 
art. 151, inc. III, da Constituição.‖ (RE 229096, Min. ILMAR GALVÃO, 
16/08/2007) 
Já foi cobrado: 
36. (FGV/2008/Senado Federal/Advogado) A vedação às isenções heterônomas
impede a concessão de isenções em tratados internacionais. 
Errado. 
Não se considera isenção heterônoma aquela concedida pela
República Federativa do Brasil no âmbito de tratados internacionais. Nesse
sentido, podem ser concedidas isenções de tributos federais, estaduais e
municipais. 
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Pessoal, ficamos por aqui. Estou à disposição no fórum de dúvidas!
Um abraço a todos, 
Diego Aderne. 
Resumo da jurisprudência abordada 
 Se impostos e contribuições residuais forem instituídos por meio de Emenda 
Constitucional, eles poderão ser cumulativos e ter o mesmo fato
gerador e base de cálculo próprios de outros impostos e contribuições
discriminados na Constituição (permissão de bis in idem). 
 Lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem apenados
e egressos é de natureza tributária, sendo, portanto, constitucional lei
estadual com tal conteúdo. 
 Os Estados podem editar normas gerais referentes ao IPVA, no exercício
da competência concorrente. 
 Os princípios constitucionais tributários são cláusulas pétreas. 
 A alteração do prazo de vencimento do tributo pode ocorrer por decreto
e não se submete aos princípios da legalidade e da anterioridade. 
 Súmula nº 160 do STJ: É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante 
decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. 
 Não cabe ao Poder Judiciário autorizar a correção monetária da tabela 
progressiva do imposto de renda sem previsão legal autorizando. 
 A exigência da COSIP feita apenas aos consumidores de energia elétrica não
viola o princípio da isonomia e sua progressividade não viola o
princípio da capacidade contributiva 
 Não há ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei, por motivos
extrafiscais, imprime tratamento desigual a microempresas e empresas de
pequeno porte de capacidade contributiva distinta. 
 A lei tributária pode discriminar por motivo extrafiscal ramos de atividade
econômica, desde que a distinção seja racional. 
 É possível conceder incentivos fiscais a empresas que contratem
empregados com mais de quarenta anos, por motivos extrafiscais, sem
violar os princípios da igualdade e da isonomia. 
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 A sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no
tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários, não viola o
princípio da isonomia tributária, ante a expressa previsão constitucional. 
 A proibição de importação de veículos usados não configura afronta ao
princípio da isonomia. 
 A proibição da adoção do regime de admissão temporária para as
operações amparadas por arrendamento mercantil não viola o princípio da
isonomia. 
 Ainda que as vendas do contribuinte não sejam pagas por seus clientes, os
tributos sobre essas operações ainda serão devidos. Se não fosse assim,
estaria sendo violado o princípio da isonomia. 
 As vendas canceladas não podem ser equiparadas às vendas inadimplidas. 
 Todos os tributos submetem-se ao princípio da capacidade contributiva ao
menos em relação a um de seus três aspectos (objetivo, subjetivo e
proporcional). 
 Não há tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas
segundo critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva. 
 Inexiste espaço de liberdade decisória para o Congresso Nacional, em tema
de progressividade tributária, instituir alíquotas progressivas em
situações não autorizadas pelo texto da Constituição. 
 Súmula nº 656 do STF: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas
progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - 
ITBI com base no valor venal do imóvel. 
 Enquanto no ITCMD realiza-se o princípio da capacidade contributiva
mediante alíquotas progressivas, no ITBI aquele princípio realiza-se
proporcionalmente ao preço da venda. *A jurisprudência quanto à
progressividade no ITCMD não é pacífica. 
 É possível a tributação de rendaobtida em razão de atividade ilícita. 
 Súmula nº 584 do STF: Ao imposto de renda (IR) calculado sobre os
rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro
em que deve ser apresentada a declaração. 
 É o aspecto material – e não o aspecto temporal da norma – que deve ser
considerado para fins de resguardo da irretroatividade e da anterioridade da
lei tributária. 
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 Não tem lugar, no direito tributário brasileiro, a chamada retroatividade
imprópria. 
 Não se submetem ao princípio da anterioridade: 
(i) Alteração do prazo de recolhimento do tributo; 
(ii) Atualização monetária da base de cálculo; 
(iii) Revogação de isenção e outros benefícios fiscais; 
(iv) Prorrogação de alíquota majorada previamente. 
 Caso ocorram mudanças significativas no texto original da medida 
provisória ao ser convertida em lei, a noventena deverá ser contada da
publicação da lei de conversão, e não da publicação da medida
provisória. 
 O princípio do não-confisco é válido tanto para tributos como para
multas, sejam de mora ou de ofício 
 Não há um percentual pré-definido para caracterizar o efeito confiscatório,
que deve ser identificado no contexto de cada caso. 
 A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da incidência
cumulativa das seguintes condições: avaliação da totalidade da carga
tributária imposta pelo mesmo ente tributante + em um determinado
período + observando a capacidade econômica do contribuinte + observando
padrões de razoabilidade. 
 O pedágio cobrado em virtude da utilização de via conservada pelo poder
público é tributo e possui natureza de taxa. 
 Não se considera isenção heterônoma o afastamento de tributação
concedido por lei complementar que disponha sobre normas gerais de
direito tributário. 
 Não se considera isenção heterônoma aquela concedida pela República 
Federativa do Brasil no âmbito de tratados internacionais. 
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Instituição de Impostos e
Contribuições Residuais 
Por EC 
Por LC 
- Respeito à não-cumulatividade 
- Respeito ao não bis in idem 
- Pode ser cumulativo 
- Pode ocorrer bis in idem 
É compatível com a
competência tributária 
Lei que institui incentivo fiscal para as empresas
que contratarem apenados e egressos 
Edição de normas gerais pelos Estados,
referentes ao IPVA 
Não se submete ao
Princípio da Legalidade 
Alteração do prazo de vencimento do tributo 
Atualização monetária da base de cálculo 
Não fere o Princípio da
Isonomia 
Exigir COSIP apenas dos consumidores de energia elétrica 
Imprimir tratamento desigual a ME e EPP, por motivos extrafiscais 
Conceder incentivos fiscais a empresas que contratem empregados
com mais de quarenta anos, por motivos extrafiscais 
Discriminar ramos de atividade econômica, por motivos
extrafiscais, de forma racional 
A sobrecarga imposta aos bancos no tocante à contribuição
previdenciária sobre a folha de salários 
A proibição da adoção do regime de admissão temporária para as
operações amparadas por arrendamento mercantil 
A proibição de importação de veículos usados 
Exigir tributo devido sobre operações não pagas ao
contribuinte 
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Não há
Progressividade 
Sem observância da capacidade contributiva 
Sem autorização da CF/88 
No ITBI, quanto ao valor venal do imóvel 
Não se submete ao Princípio
da Anterioridade 
Prorrogação de alíquota majorada previamente 
Alteração do prazo de recolhimento do tributo 
Revogação de isenção e outros benefícios fiscais 
Atualização monetária da base de cálculo 
O Princípio do Não-Confisco é
aplicável 
No contexto de cada caso 
A tributos 
À multa de ofício 
À multa moratória 
Não se considera
isenção heterônoma 
O afastamento de tributação concedido por lei
complementar que disponha sobre normas gerais 
A isenção concedida pela República Federativa
do Brasil no âmbito de tratados internacionais 
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Lista de questões 
1. (ESAF/2010/SUSEP) Consoante entendimento firmado no âmbito do
Supremo Tribunal Federal, a não-cumulatividade e o não bis-in-idem não
precisam ser observados quando da criação de um novo imposto por meio de
emenda constitucional. 
2. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) Lei que institui incentivo fiscal para as
empresas que contratarem apenados e egressos é de natureza tributária,
sendo, portanto, constitucional lei estadual com tal conteúdo; 
3. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) Lei estadual pode estabelecer
alíquotas diferenciadas em razão do tipo do veículo, já que os estados-
membros estão legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA, no
exercício da competência concorrente prevista no art. 24, § 3º, da
Constituição. 
4. (CESPE/2008/MPE-RR/Promotor de Justiça) Consoante a jurisprudência
firmada pelo STF, o poder que tem o Estado de tributar sofre limitações que
são tratadas como cláusulas pétreas. 
5. (CESPE/2009/TCE-ES/Procurador Especial de Contas) Segundo o STF, as
limitações ao poder de tributar são suscetíveis de supressão ou
excepcionalização, ou seja, o princípio da anterioridade pode ser abolido por
emenda constitucional. 
6. (FMP/2012/ISS-POA/AFRM) A definição do prazo para recolhimento do
tributo (vencimento) não depende de lei em sentido estrito, podendo ser feita
por ato administrativo normativo, mesmo se o legislador ordinário definir o
prazo na própria lei, hipótese em que o Executivo poderá alterá-lo livremente. 
7. (CESPE/2009/TCE-ES/Procurador Especial de Contas) Segundo o STJ,
decreto municipal pode atualizar o IPTU em percentual superior ao índice
oficial de correção monetária, mas não pode majorar a base de cálculo, de
modo a torná-lo mais oneroso. 
8. (ESAF/2009/ATRF) Diante da regra mencionada, o tratamento tributário
diferenciado dado às microempresas e empresas de pequeno porte, por
exemplo, deve ser considerado inconstitucional. 
9. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) Não há ofensa ao princípio
da isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento
desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade
contributiva distinta, afastando do regime do simples aquelas cujos sócios têm
condição de disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado. 
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10. (ESAF/2009/ATRF) Não se permite a distinção, para fins tributários, entre
empresas comerciais e prestadoras de serviços, bem como entre diferentes
ramos da economia. 
11. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) Não se permite a
distinção, para fins tributários, entre empresas comerciais e prestadoras de
serviços, bem como entre diferentes ramos da economia. 
12. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) Determinado segmento econômico
prejudicado por crise internacional que tenha fortemente atingido o setor não
permite tratamento tributário diferenciado sem ofensa ao princípio da
isonomia. 
13. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) Viola o princípio da
isonomia a instituição, por parte de lei estadual, de incentivos fiscais a
empresas que contratem empregados com mais de quarenta anos. 
14. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) Em matéria tributária, as distinções
podem se dar em função da capacidade contributiva ou por razões extrafiscais
que estejam alicerçadas no interesse público. 
15. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscalde Rendas) A sobrecarga imposta aos bancos
comerciais e às entidades financeiras, no tocante à contribuição previdenciária
sobre a folha de salários, não fere o princípio da isonomia tributária, ante a
expressa previsão constitucional. 
16. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) A proibição de importação de
veículos usados não configura afronta ao princípio da isonomia. 
17. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior/Adaptada) O STF
entendeu inconstitucional, por ofensa ao princípio da isonomia tributária,
norma que proibia a adoção do regime de admissão temporária para as
operações amparadas por arrendamento mercantil. 
18. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) As vendas inadimplidas
equivalem às vendas canceladas para fins de incidência tributária, eis que no
sistema tributário nacional, embora tenha consagrado o regime de
competência como a regra geral de apuração dos resultados, o
inadimplemento constitui hipótese de cancelamento de venda, e não tendo
ingressado a receita de venda, não há que se falar em tributação. 
19. (ESAF/2009/SEFAZ-SP/APOF) O princípio da capacidade contributiva
aplica-se somente às contribuições. 
20. (ESAF/2009/SEFAZ-SP/APOF) O princípio da capacidade contributiva
aplica-se somente aos impostos. 
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21. (ESAF/2009/SEFAZ-SP/APOF) O princípio da capacidade contributiva
aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias. 
22. (CESPE/2012/TJ-CE/Juiz Substituto) Segundo o STF, é constitucional lei
estadual que estabelece alíquotas diferenciadas do imposto sobre a
propriedade de veículos automotores (IPVA) em razão do tipo do veículo, por
entender que não há tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas
segundo critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva. 
23. (ESAF/2009/SEFAZ-SP/APOF) O princípio da capacidade contributiva é
atendido pela progressividade dos impostos reais. 
24. (CESPE/2012/TJ-CE/Juiz Substituto) Dado que o estabelecimento da
progressividade de alíquotas constitui instrumento a serviço do princípio da
capacidade contributiva, entende o STF ser constitucional lei que estabelece
alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens
imóveis, com base no valor venal do imóvel. 
25. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) Ainda no caso de furto
de sinal por “clonagem”, o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços – é devido sobre o serviço de telefonia móvel onerosamente
contratado de operadora por usuário. 
26. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) A renda obtida com o
tráfico de drogas deve ser tributada, já que o que se tributa é o aumento
patrimonial, e não o próprio tráfico. 
27. (ESAF/2009/ATRF) A lei instituidora ou majoradora de tributos tem de ser,
como regra, prospectiva; admite-se, porém, a sua retroatividade imprópria. 
28. (ESAF/2009/ATRF) O Supremo Tribunal Federal tem como referência, para
análise da irretroatividade, o aspecto temporal da hipótese de incidência, ou
seja, o momento apontado pela lei como sendo aquele em que se deve
considerar ocorrido o fato gerador; 
29. (VUNESP/2008/PROCURADOR MUNICIPAL DE SERTÃOZINHO/SP)
Revogada a isenção, o tributo não se torna imediatamente exigível, pois há
que se observar o princípio da anterioridade, pelo qual nenhum tributo pode
ser exigido em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência
da lei que os houver instituído ou aumentado ou no mesmo exercício financeiro
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
30. (CESPE/2004/Polícia Federal/Delegado) Considere que a União tenha
instituído a cobrança de CPMF durante o período de 2 anos e, 1 mês antes de
findar o prazo de vigência, em outubro, tenha prorrogado a cobrança por mais
6 meses. Em face dessa consideração, julgue os itens a seguir. 
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31. (CESPE/2012/TJ-CE/Juiz Substituto) Segundo o STF, o denominado
princípio da vedação ao confisco tem aplicação apenas em relação ao tributo e
não à sanção, motivo pelo qual não estende a sua aplicação às multas
moratórias. 
32. (FGV/2011/ICMS-RJ/Auditor Fiscal) O princípio da vedação do tributo
confiscatório impede a utilização de imposto com efeito de confisco, / mas não
há percentual que estabeleça previamente os limites do tributo confiscatório. 
33. (ESAF/2009/AFRF) Uma alíquota do imposto sobre produtos
industrializados de 150%, por exemplo, não significa necessariamente
confisco. 
34. (ESAF/2009/AFRF) A identificação do efeito confiscatório não deve ser feita
em função da totalidade da carga tributária, mas sim em cada tributo
isoladamente. 
35. (FGV/2011/ICMS-RJ/Auditor Fiscal) De acordo com Princípio da Liberdade
de Tráfego, é vedado à União, Estados e Municípios estabelecer tributos pelo
fato de pessoa ou bem estar indo ou voltando de um ponto a outro; / por isso,
o pedágio não pode ter natureza jurídica de tributo. 
36. (FGV/2008/Senado Federal/Advogado) A vedação às isenções heterônomas
impede a concessão de isenções em tratados internacionais. 
Gabarito 
1- C 10- E 19- E 28- C 
2- C 11- E 20- E 29- E 
3- C 12- E 21- E 30- E 
4- C 13- E 22- C 31- E 
5- E 14- C 23- E 32- C 
6- E 15- C 24- E 33- C 
7- E 16- C 25- C 34- E 
8- E 17- E 26- C 35- E 
9- C 18- E 27- E 36- E

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