Buscar

DETALHAMENTO DE FÓRMULAS (1)

Prévia do material em texto

Abaixo seguem alguns detalhamentos sobre fórmulas utilizadas na disciplina Ligações em 
Estruturas Metálicas. 
Estes detalhamentos foram baseados nas seguintes referências bibliográficas: 
 PFEIL, Walter; PFEIL, Michèle. Estruturas de Aço – Dimensionamento Prático. 8ª. ed. 
Rio de Janeiro, LTC, 2009. 
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800:2008: Projeto de 
estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. 2 ed. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2008. 
Obs.: Gostaria de lembrar que os detalhamentos abaixo servem apenas como base para o 
aprendizado e que cada projeto tem sua especificidade, sendo recomendado consultar outras 
referências bibliográficas conforme a necessidade do projeto. 
Detalhamento relativo ao Problema Resolvido 3.5.1, página 78. PFEIL, Walter; PFEIL, 
Michèle. Estruturas de Aço – Dimensionamento Prático. 8ª. ed. Rio de Janeiro, LTC, 2009. 
Esforço solicitante de projeto para solicitações de tração axial 
Nd = γg x Ng + γq x Nq 
Onde: 
γq: Coeficiente de segurança das ações variáveis (Tab. 1.5 Pfeil ou Tab. 1 NBR 8800:2008) 
γg: Coeficiente de segurança das ações permanentes (Tab. 1.5 Pfeil ou Tab. 1 NBR 8800:2008) 
Nq: Carga variável de tração axial 
Ng: Carga permanente de tração axial 
 
O esforço resistente de cálculo a tração (Rdt) será o menor entre os valores encontrados nos 
seguintes casos: 
a) Corte (corte duplo dos parafusos) 
Fv,Rd = 
2
4,0
a
ubb fA

 
Onde: 
Fv,Rd: Força de cisalhamento resistente de cálculo do parafuso (Item 6.3.3.2 NBR 8800:2008) 
Ab: Área bruta baseada no diâmetro do parafuso (Por exemplo: Tabelas A.5 PFEIL) 
fub: Resistência a ruptura do material do parafuso (Exemplo: Tabs. A.5 PFEIL ou Tab. A.3 NBR 8800:2008) 
γa2: Coeficiente γm parcial de segurança (Tabela 1.7 Pfeil ou Tabela 3 NBR 8800:2008) 
 
b) Pressão de apoio e rasgamento da chapa 
 
dh = db + 1,5* 
22
,
4,22,1
a
ub
a
uf
Rdc
tfdtf
F



 
Onde: 
dh: Diâmetro do furo (* o valor de 1,5 pode variar de acordo com a Tabela 12 NBR 8800:2008) 
db: Diâmetro do parafuso ou diâmetro externo da rosca da barra rosqueada 
Fc,Rd: Força resistente de cálculo à pressão de contato na parede de um furo (Item 6.3.3.3 NBR 8800:2008) 
f : É a distância, na direção da força, entre a borda do furo e a borda do furo adjacente ou a borda livre 
(se 
f < 2dh, utilizar 
2
,
2,1
a
uf
Rdc
tf
F


 e se 
f > 2dh, utilizar 
2
,
4,2
a
ub
Rdc
tfd
F

 ) 
t: Espessura da parte ligada 
fu: É a resistência à ruptura do aço da parede do furo (Exemplo: Tabs. A.1 PFEIL ou Tab. A.1 e A2 NBR 
8800:2008) 
 
c) Tração na chapa de 12,7 mm (1/2”) 
c.1) Ruptura da seção líquida 
2
,
a
ue
Rdt
fA
N

 
Onde: 
Nt,Rd: Força axial resistente de cálculo (Item 5.2.2 NBR 8800:2008 ou página 50 PFEIL) 
Ae: Área líquida efetiva da seção transversal da barra (Item 5.2.3 NBR 8800:2008 ou página 52 PFEIL) 
 
c.2) Escoamento da seção bruta 
1
,
a
yg
Rdt
fA
N

 
Onde: 
Ag: Área bruta da seção transversal da barra 
fy: É a resistência ao escoamento do aço (Exemplo: Tabs. A.1 PFEIL ou Tab. A.1 e A2 NBR 8800:2008) 
γa1: Coeficiente γm parcial de segurança (Tabela 1.7 Pfeil ou Tabela 3 NBR 8800:2008) 
 
d) Ruptura por cisalhamento de bloco (colapso por rasgamento) da chapa 
 
Agv = lgv t n 
 
Anv = (lgv – N dh,ef) t n 
 
Ant = (lnt – N dh,ef) t n 
 
   ntutsgvy
a
ntutsnvu
a
Rdr AfCAfAfCAfF  60,0
1
60,0
1
22
,

 
Onde: 
Agv = Área bruta sujeita a cisalhamento 
lgv = É o comprimento da área bruta sujeita ao cisalhamento, ou seja a distância, na direção da força, entre 
o centro do furo mais distante e a borda livre (Figura 18 da NBR 8800:2008). 
n = Número de vezes que a área se repete na ligação. 
Anv = Área líquida sujeita a cisalhamento 
N = Número de parafusos na área cisalhada (que pode ser 1,5; 2; 2,5; etc) 
dh,ef = diâmetro do furo + 1,5 + 2,0 mm (Item 2.2.4, pág. 51 PFEIL) 
Ant = Área líquida sujeita a tração 
lnt = É o comprimento da área líquida sujeita a tração, ou seja a distância, transversal à direção da força, 
entre o centro do furo mais próximo da borda e a borda livre (Figura 18 da NBR 8800:2008). 
Fr,Rd = Força resistente de cálculo ao colapso por rasgamento (Item 6.5.6 NBR 8800:2008 ou página 
53 PFEIL) 
Cts = Fator redutor aplicado à área líquida (Item 6.5.6 NBR 8800:2008 ou página 53 PFEIL) 
 
Ao final comparam-se os resultados, verifica-se que o esforço resistente de cálculo da tração da 
emenda é determinado pelo menor entre os valores encontrados nos casos acima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fórmulas para ligações soldadas (Item 4.3, pág. 101 a 103 PFEIL). Para maiores detalhes 
consultar o livro do PFEIL e a norma NBR 8800 
 RESÍSTÊNCIA DAS SOLDAS 
Soldas de Entalhe 
As resistências de cálculo das soldas são dadas em função de uma área efetiva de solda 
Aw = te l 
Onde: 
Aw = Área efetiva de solda 
te = Espessura da garganta efetiva da solda (Figura 4.10 PFEIL, ou Item 4.2.2, pág. 99 PFEIL) 
l = Comprimento efetivo da solda 
te = 0,7b (solda de lados iguais) 
ou 
2
2
2
1
21
bb
bb
te


 
(solda de lados diferentes) 
Onde: 
b = perna do filete 
b1 = perna menor do filete 
b2 = perna maior do filete 
Perna e lado são duas palavras que significam a mesma coisa. 
 
Para soldas de entalhe de penetração total sujeitas a tensões de compressão ou tração ou 
perpendiculares ao eixo da solda, as resistências de cálculo são obtidas com base no escoamento 
do metal-base (fy) 
1a
yMB
d
fA
R

 
Onde: 
AMB = Área do metal-base 
fy: É a resistência ao escoamento do aço (Exemplo: Tabs. A.1 PFEIL ou Tab. A.1 e A2 NBR 8800:2008) 
γa1: Coeficiente γm parcial de segurança (Tabela 1.7 Pfeil ou Tabela 3 NBR 8800:2008) 
 
AMB = t l 
Onde: 
AMB = Área do metal-base 
t = Espessura da peça mais delgada da ligação 
l = Comprimento efetivo da solda 
 
Para soldas de entalhe de penetração parcial sob tração ou compressão perpendiculares ao eixo 
da solda, a resistência é determinada com o menor valor entre as duas equações a seguir 
Metal-base: 
1a
yMB
d
fA
R

 
Metal da solda: 
1
6,0
w
ww
d
fA
R

 
Onde: 
Aw = Área efetiva de solda 
fw: É a tensão resistente do metal da solda (Item 4.1.2 pág. 92 PFEIL ou Tab. A.4 NBR 8800:2008) 
γw1 = 1,25 para combinações normais, especiais ou de construção 
γw1 = 1,05 para combinações excepcionais de ações 
O fator 0,6 reduz a resistência para levar em conta incertezas na qualidade da solda na raiz e 
outros efeitos 
 
Para tensões de cisalhamento, as tensões atuando em direções diferentes são combinadas 
vetorialmente. A resistência de projeto Rd é dada pelas seguintes expressões: 
 Penetração total: Metal-base 
𝑅𝑑 =
𝐴𝑀𝐵(0,6𝑓𝑦)
𝛾𝑎1
 
 Penetração total: Metal-base 
𝑅𝑑 =
𝐴𝑤(0,6𝑓𝑤)
𝛾𝑤2
 
 
Onde: 
γw2 = 1,35 para combinações normais, especiais ou de construção 
γw2 = 1,15 para combinações excepcionais 
 
 
Soldas de Filete 
As resistências das soldas de filete são dadas em função da área 
Aw = área da solda = te l 
Onde: 
Aw = Área efetiva de solda 
te = Espessura da garganta efetiva da solda (Figura 4.10 PFEIL, ou Item 4.2.2, pág. 99 PFEIL) 
l = Comprimento efetivo da solda 
A resistência de cálculo pode ser obtida com a expressão seguinte: 
𝑅𝑑 =
𝐴𝑤(0,6𝑓𝑤)
𝛾𝑤2
 
Quando a solda estiver sujeita a tensões não-uniformes, a resistência pode ser determinada em 
termos de esforço por unidade de comprimento: 
𝑅𝑑 =
𝑡(0,6𝑓𝑤)
𝛾𝑤2

Continue navegando

Outros materiais