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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
RESIDÊNCIA MÉDICA EM TOCOGINECOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
PARÂMETROS CLÍNICO-METABÓLICOS DE MULHERES COM INSUFICIÊNCIA 
OVARIANA PREMATURA EM TERAPIA HORMONAL – ESTUDO COMPARATIVO A 
MULHERES COM FUNÇÃO GONADAL NORMAL 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Thamyse Fernanda de Sá Dassie 
Orientador: Profa. Dra. Cristina Laguna Benetti-Pinto 
 
 
 
Campinas, Fevereiro de 2017 
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Resumo 
Introdução: A insuficiência ovariana prematura (IOP) é caracterizada por 
hipoestrogenismo e hipergonadotropismo. Acomete cerca de 1% da população 
feminina com idade inferior a 40 anos e na maioria dos casos a etiologia é 
desconhecida. Uma das consequências a longo prazo da IOP é a aumento do 
risco cardiovascular, provavelmente por disfunção endotelial, alteração do perfil 
lipídico e síndrome metabólica. Como pode reduzir a expectativa de vida dessas 
mulheres, a análise de alguns parâmetros clínicos, metabólicos e laboratoriais 
possibilita avaliar a ação da reposição estrogênica sobre tais parâmetros, 
favorecendo orientação e tratamento precoces. Métodos: Estudo de corte 
transversal com análise do perfil lipídico (colesterol total, LDL, HDL, VLDL e 
triglicérides), pressão arterial e glicemia de mulheres com IOP utilizando TH, 
comparativamente a mulheres com função ovariana normal, pareadas por idade 
e índice de massa corpórea (IMC). Resultados: As mulheres com IOP e as com 
função gonadal normal tinham, respectivamente, idade de 37,2 ± 6,0 e 37,3 ± 5,9 
anos e IMC de 27,0 ± 5,2 e 27,1 ± 5,4 kg/m². O uso de TH era feito há pelo 
menos 6 meses. Os grupos não diferiram quanto aos parâmetros: pressão 
sistólica, glicemia, colesterol total, LDL, VLDL e triglicérides, embora a 
prevalência de aumento na pressão arterial diastólica tenha sido maior na 
presença de IOP. Foi evidenciada diferença para o nível sérico de HDL 
colesterol, significativamente maior nas pacientes com IOP. Conclusões: 
Mulheres com IOP em uso de TH apresentaram pressão arterial, glicemia e perfil 
lipídico semelhantes aos de mulheres com função gonadal preservada. Com 
estes resultados, pode-se supor que a TH possa contribuir para reduzir o risco 
cardiovascular atribuído ao hipoestrogenismo precoce. 
 
Palavras-chaves: insuficiência ovariana prematura; doença cardiovascular; 
amenorreia secundária; terapia hormonal; perfil lipídico

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