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É um período clínico (transição para a vida extrauterina), ambiente hostil – mudança de temperatura e período, busca pelo alimento, respiração. Há uma mudança no fluxo sanguíneo, por exemplo, o pulmão no útero só é usado 15% nascendo 100%, e o rins 2% e após o parto ele fica entre 8-10% e depois 100%. Ao nascimento, os pulmões devem se expandir e eliminar os líquidos para que haja troca gasosa, esse processo é coordenado pela mudança de fluxo sanguíneo para circulação pulmonar. A suplementação máxima de um neonato é até 18 meses, depois disso, se o animal não tiver um desenvolvimento bom provavelmente não se desenvolvera tanto assim. Tríade: temperatura, glicose e glicemia. o Neonato prematuro - Membros contraídos, membros esticados, orelhas flácidas, testa mais flexionada o Desnaturo o Maturo – decúbito esternal – 5min; reflexo de sucção (estímulo nervoso, língua tem formato) – 5 a 10min, levantar-se em até 1h, mamar 2h, urina no macho até 6h e as fêmeas 10-12h, mecônio (debris celulares) até 24h Os potros têm frequência de mamar de 4 até 7 vezes por hora, não mamar de 4 – 6 horas ele entra em choque hipovolêmico, ficando desidratado. Anamnese: tempo de gestação (320-360 dias), alguma intercorrência (medicamentos, estresse, transporte, secreção vaginal, cirurgia), alteração placentária. Ao nascer é normal que o tempo de decúbito esternal seja até 5 minutos, depois disso o animal tem que tentar levantar, tempo de reflexo de sucção 5-10 minutos, tempo até se levantar 1h, tempo até mamar 2h, a urina em macho até 6h, e nas fêmeas entre 10e12horas, e por fim o mecônio até 24h. Os primeiros minutos e horas após o nascimento são um período de profunda adaptação e que os parâmetros normais de avaliação mudam continuamente durante essa fase. ISOERITROLISE NEONATAL É uma incompatibilidade do grupo sanguíneo da mãe com o grupo sanguíneo potro, tem a formação de anticorpos que vão para o colostro (até 6h absorver o máximo do colostro, até 18h), e quando esse potro mama esses anticorpos causam hemólise nas suas células, causando-lhe anemia, mucosas secas. Acomete éguas multíparas. Diagnóstico Hemólise -> Urinálise = hemoglobinúria, Anemia = Hemograma -> mucosa pálida -> EQUINA Neonatologia mucosa ictérica = bilirrubina não conjugada e conjugada. A icterícia leve e transitória ao nascimento é normal e pode ser perceptível até 3-4 dias de vida. A avaliação e acompanhamento ao paciente é fundamental. Sinais § Hiperagudos: 8-36 horas. § Agudos: 2 a 4 dias após nascimento. § Subagudos: 4 a 5 dias após o nascimento. Depressão, redução do reflexo de sucção, cansaço, mucosas pálidas, icterícia, hemoglobinúria, taquicardia, taquipneia. Exames laboratoriais: hemograma, AST, bilirrubina*, urinálise, teste Coombs Teste de Coombs 1- Amostra de colostro + amostrar de sangue tubo com EDTA do potro; 2- Diluir 1ml do colostro em cada tubo com solução salina NaCl 0,9 (1:2, 1:4, 1:8, 1:16; 1:32) + adicionar 1 gota de sangue do potro em cada tudo de diluição. 3- Centrifugação 2-3 minutos 4- Desprezar o sobrenadante 5- Se houver hemácias aglutinadas nos fundos do tubo de diluição 1:16 é positivo Diagnostico diferencial: Babesiose neonatal, hemorragia interna, herpes vírus I, lesão hepática, septicemia, úlceras gastroduodenais. Tratamento Impedir a ingestão do colostro por no mínimo 24h Transfusão sanguíneo Suporte 24h: fluidoterapia, oxigenoterapia Alimentação a cada 2h correspondente a 10% do peso vivo (sucedâneo). Nutrição trófica – vilosidade do intestino – 25ml 3x ao dia. Antibioticoterapia (preventiva) Colostro e pasta RETENCÃO DE MECONIO É mais comum nos machos, formado por líquido alantoide, debris celulares e secreções gastrointestinais, coloração escura e é “grudento”, deve ocorrer nas primeiras horas de vida após ingestão de colostro (até 24h). As principais causas são a falha na ingestão do colostro, estreitamento pélvico, atresia nasal (cirúrgica), má formação do trato intestinal. Sinais clínicos: tenesmo, cólica – deitar-se e levantar, rolar, cavar, olhar para o flanco. Diagnostico: anamnese, avaliação clínica e física, palpação digital da ampola retal, raio x abdominal simples ou contrastado, ultrassom do abdômen, paracentese – líquido peritoneal, avaliação laboratorial (hemograma, função renal e hepática). Tratamento Clínico: hidratação do conteúdo com fluidoterapia, água morna (só quando o conteúdo já está hidratado) com hidratação oral 200-300ml/por hora– nasogástrica (potro), orogástrica (bezerro), estimular mobilidade flitienema, glicerina 10 a 15ml, Fórmula enema: ACETILCISTENIA (6G), ÁGUA (160ML) E BICARBONATO (20G). Controlar a dor, se não tiver motilidade, fazer com que tenha. Tratamento Cirúrgico: celiotomia – abertura e reconstrução anal DIARREIA É muito comum, pode ser infecciosa ou não, quadros brancos ou graves, alto potencial de bactérias sepse. • Strongylos westeris • Parascaris equorum* – obstrui o lúmen do intestino Pode ser uma diarreia do cio do potro, acontece entre os 6 a 14 dias de idade não tem associação hormonal, o animal fica alerta, ativo e mamando, o hemograma normal, sem alterações de T°, FC e FR, dura de 2 a 5 dias, alto limitante, diarreias nutricionais. E pode ser uma diarreia infecciosa, qualquer idade pode ter, pode ser por bactérias, vírus, protozoários e parasitas, o animal fica apatia, mama menos, tem desidratação, há alterações no hemograma, além de ter alterações sistêmicas, como, febre mucosas congestas, FC e FR. Tipos de diarreia Tipo I: Sem danos a mucosa - EX.: E. Colli, produz enterotoxinas, alteração da absorção e produzindo diarreia profusa e aquosa; pode afetar qualquer faixa etária. Tipo II: danos médios á mucosa – Ex.: Rotavírus e Coronavírus, afeta as vilosidades intestinais impedindo a absorção e diminui a produção de lactase. Diarreia profusa e osmótica entre o 1º e 6º mês de via (1º e 2º). Tipo III: danos graves á mucosa - Ex.: Salmonella e Clostridium, causam lesões na mucosa e consequentemente hipoproteinemia, dor e espasmos. Diarreia fétida, amarelada com partículas indigeríveis. Tipo IV: danos por migração larval - Ex.: Strongylos vulgaris, lesão vascular Diagnostico: coproparasitológico – vermes, sinais de cólica, cultura bacteriana, antibiograma, isolamento viral, hemograma, anamnese + exame clínico, escopolamina – buscopan Tratamento: Antiespasmódico – buscopan; AINE – Flunixin Vermífugo – vebendazon, albendazol, ivermectina Coccidiostatico – Sulfametoxazol + Trimatropim, Diclazuril, Toltrazuril Intussuscepção – ultrassom chega diagnostico TERAPIA DE SUPORTE A tríade do suporte terapêutico em neonatos: hipoglicemia, hipotermia, hipovolemia Hipoglicemia avaliação da glicemia sempre. Glicose <80mg/dl em um potro que mamou <40mg/dl em potro que não mamou A taxa de infusão deve ser similar ao que ocorre entre o feto e a placenta durante a gestação. Bólus de glicose pode causar efeito rebote e piorar a glicemia. Hiperglicemia causa desidratação celular, diurese e perda de eletrólitos. Bólus – grande de concentração de glicose, na boca ou na veia Ringer com Lactato – em potros, os outros eles absorvem o cálcio prejudicando amis ainda. 100ml; h – 30 a 50kg Protetor gástrico: Sucralfato ou omeprazol Nutrição Parenteral – Gliose + aminoácidos + lipídios via intravenosa. Nutrição Enteral (sempre que possível) – leite (efeito trófico sobre os enterócitos) via sonda nasogástrica. É usada quando animal está com hipotermia, isquemia, hipotensão, sepse, diarreia, profusa, refluxo persistente – todo processo digestivo estará prejudicado. Se não tiver refluxo, a alimentação pode ser com leite aquecido, potro deve estar em pé ou esternal, próximo a égua, sonda fina para descer por gravidade. Dieta hipocalórica: 10% do PV em 24 horas, fornecendo a cada 1hora -> Iniciar com 50 a 100 ml por vez e ir aumentando gradativamente até os 10% -> melhora clínica -> aumentar para 15% - 20% - 25% Hipovolemia e Hipotensão O objetivo é restabelecer a oxigenação. Ressuscitação volêmica: 10 a 20ml/kg 20 – 30 minutos (pode repetir mais 1 vez dentro de 1hora). Fluidoterapia - Manutenção glicêmica: placenta 4 – 8 mg/kg/minuto (20 ml de glicose 50% em 1 litro de ringer com lactato). 4 mg / kg / minuto x 50 kg = 200 mg/ min 200 mg/ minuto x 60 (minutos em 1 hora) 12000 mg / hora Hipotermia Mante o animal aquecido, porém, NÃO se deve aquecer imediatamente um potro hipodérmico com sinal de hipoperfusão. Plasma – fornece imunoglobulinas, fornecer opsoninas, ajuda o sistema imune do potro contra infecções. IgG = 400-800 mg/dl, administração lenta de 40ml/kg. Fármacos – potro tem 80% de água – grande parte no interstício -> grande distribuição de drogas hidrossolúveis nesse meio -.> aminoglicosídeos -> maior concentração. § Rifampicina 10mg/kg/BID § Claritromicina 7,5mg/kg/BID § Azitromicina 10mg/kg/SID § Amicacina 25mg/kg/SID § Gentamicina 6.,6mg/kg/SID >2s § Ceftiofur 5mg/kg/BID CUIDADOS CAUSO O ANIMAL TENHA ÚLCERAS § Flunixin 1,1mg/kg/SID § Meloxicam 0,6mg/kg/SID § Buscopan 25mg/kg Com neonatos o atendimento deve ser rápido, suporte intensivo, identificação e diagnostico rápido, atenção 24horas.
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