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Anais do VII Congresso de Biociências

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Anais do VII Congresso de Biociências 
14 e 16 de maio de 2018 
Instituto de Biociências 
UNESP – Botucatu/SP 
 
 
 
 
2018 
 
REALIZAÇÃO: 
 
 
COMISSÃO ORGANIZADORA DOCENTE: 
Profª. Dra. Ana Carolina Inhasz Kiss 
Profº. Dr. Helton Carlos Delicio 
Profª. Dra. Camila Kissman 
Profº. Dr. Felipe Wanderley de Amorim 
Profº. Dr. Paulo Eduardo Martins Ribolla 
Profª. Dra. Selma Maria Michelin Matheus 
Profº. Dr. Willian Fernando Zambuzzi 
 
COMISSÃO ORGANIZADORA DISCENTE: 
Aisni Mayumi Correa de Lima Adachi 
Amanda Rodrigues Marques da Silva 
Ana Clara Denadai 
Arthur Alves Sartori 
Bruna Rodrigues Martins 
Bruno de Campos Souza 
Bruno Salata 
Gabriel Araujo Kurokawa 
Giovana da Silva Ribeiro 
Giovana Rafaela Stelzer Monar 
Isabelle Mira 
Julia Stein 
Juliana Lourenço da Silva Pereira 
Larissa Nunes de Oliveira 
Lucas Alves da Costa Silva 
Lurian Yumi Maeda 
Marina Bonifácio Denadai 
Tatiane Baptista Zapata 
http://lattes.cnpq.br/2980874337684490
http://lattes.cnpq.br/6954752882838380
http://lattes.cnpq.br/9547884332684751
http://lattes.cnpq.br/1815431708129679
http://lattes.cnpq.br/4310688998847214
http://lattes.cnpq.br/6747734231577456
http://lattes.cnpq.br/2477321304256866
http://lattes.cnpq.br/3837937751132193
http://lattes.cnpq.br/6950231925796718
http://lattes.cnpq.br/1760997065868770
http://lattes.cnpq.br/0115128970421487
http://lattes.cnpq.br/1818578361038645
http://lattes.cnpq.br/9287830779174165
http://lattes.cnpq.br/9844868020153521
http://lattes.cnpq.br/7380613471567136
http://lattes.cnpq.br/6037344765785663
APRESENTAÇÃO 
O Congresso de Biociências é uma iniciativa do corpo docente e discente do 
Instituto de Biociências de Botucatu, que visa complementar a formação de graduandos, 
pós-graduandos e profissionais ligados ao campo biológico. O evento busca integrar 
diversas áreas da Ciência, atendendo o acadêmico e interessado pela área de Ciências 
Biológicas, Biomedicina, Física Médica e Nutrição. Para tanto desenvolvemos uma 
programação que reúne temas acerca de saúde, microbiologia, biotecnologia, zoologia, 
botânica, ecologia, entre outros através de um circuito de palestras, minicursos e mesas 
redondas. Além disso, contamos também com apresentações de trabalhos na forma de 
pôster e oralmente que serão avaliados por uma comissão científica composta por 
professores e pós-graduandos da UNESP, campus de Botucatu. 
Como pode ser observado na programação (Figura 1), os pesquisadores 
participarão do evento ativamente, seja como participantes da mesa redonda, de palestras, 
de mini-cursos teórico-prático. A permanência dos mesmos, durante o VII Congresso de 
Biociências, propiciará aos participantes a troca de experiência nas mais variadas áreas 
do estudo. 
 
/Figura 1.Folder de divulgação 
Índice 
 
ABUNDÂNCIA DE Dardanus insignis (SAUSSURE, 1858) (CRUSTACEA, ANOMURA) 
FRENTE ÀS VARIAÇÕES AMBIENTAIS NA ENSEDA DE UBATUBA, SÃO PAULO, 
BRASIL ........................................................................................................................................ 8 
ANÁLISE HISTOQUÍMICA COMPARATIVA DOS NECTÁRIOS NUPCIAL E EXTRA 
NUPCIAL EM FLORES DE Amphilophium elongatum (VAHL.) L. G. LOHMANN 
(BIGNONIACEAE) .................................................................................................................. 10 
ANTOCIANINAS RELACIONAM-SE À COLORAÇÃO E ATIVIDADE 
ANTIOXIDANTE DE SUCOS INTEGRAIS DE UVAS* ..................................................... 12 
APLICAÇÃO DE CHAPÉU DE PRAIA (Terminalia catappa) NA ADSORÇÃO DE 
METAIS EM MEIO AQUOSO ............................................................................................... 14 
ASPECTOS DE QUALIDADE EM VINHOS TINTOS PRODUZIDOS NO ESTADO DE 
SÃO PAULO .............................................................................................................................. 16 
A TEMPERATURA COMO FATOR MODULADOR DA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL 
DO SIRI Charybdis hellerii (A. MILNE-EDWARDS, 1867) (CRUSTACEA: 
BRACHYURA: PORTUNOIDEA), UMA ESPÉCIE INVASORA NO LITORAL NORTE 
PAULISTA................................................................................................................................. 18 
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA “GRAND NAINE” AO 
LONGO DO AMADURECIMENTO ...................................................................................... 20 
AVALIAÇÃO DA DISPUTA DE TERRITÓRIO POR DILOCARCINUS PAGEI 
STIMPSON, 1861 (CRUSTACEA, BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE), EM 
LABORATÓRIO1 ..................................................................................................................... 22 
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DO PIBID NO PROCESSO DE ENSINO E 
APRENDIZAGEM DE ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA............................................. 24 
AVALIAÇÃO DE CÉLULAS IMUNOLÓGICAS DOS PERFIS COMPORTAMENTAIS 
DE PERSONALIDADE SHY E BOLD EM PEIXE. .............................................................. 26 
AVIFAUNA DO MUNICÍPIO DE PIRAJUÍ, INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, 
BRASIL. ..................................................................................................................................... 28 
BIOLOGIA POPULACIONAL DO CARANGUEJO Persephona punctata (LINNAEUS, 
1758) (CRUSTÁCEA, LEUCOSIDAE) NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO .......... 31 
CAPTURA DE RNA DO VÍRUS DA CINOMOSE CANINA POR BEADS 
MAGNÉTICAS DE STREPTAVIDINA E APLICAÇÃO NA RT-qPCR ........................... 33 
CARACTERIZAÇÃO DE CHAPÉU DE PRAIA (Terminalia catappa) PARA 
APLICAÇÃO COMO BIOSSORVENTE .............................................................................. 35 
CARANGUEJOS (Decapoda, brachyura) DO SUBSTRATO NÃO-CONSOLIDADO NAS 
PROXIMIDADES DE DUAS ILHAS DO LITORAL NORTE PAULISTA ....................... 36 
CASUÍSTICA DE ANIMAIS PROVENIENTES DE APREENSÃO NO CEMPAS – 
BOTUCATU, ESTUDO RETROSPECTIVO DE 2017 ......................................................... 39 
CASUÍSTICA DE RÉPTEIS ATENDIDOS NO CEMPAS – BOTUCATU, ESTUDO 
RETROSPECTIVO DE 2017 ................................................................................................... 41 
COMO LIBINIA FERREIRAEBRITO CAPELLO, 1871 (Brachyura, majoidea) 
DISTRIBUI-SE ESPACIALMENTE EM TRÊS ENSEADAS DO LITORAL NORTE 
PAULISTA? ............................................................................................................................... 43 
COMO O DEFESO DO CAMARÃO AFETA A COMUNIDADE DE CARANGUEJOS 
ERMITÕES (CRUSTACEA: ANOMURA) NO LITORAL NORTE PAULISTA............. 45 
COMUNIDADE DE AVES EM ÁREA DE REGENERAÇÃO FLORESTAL NO 
JARDIM BOTANICO MUNICIPAL DE BAURU ................................................................ 47 
CORREÇÃO ORTOGNÁTICA COM RESINA PARA DESVIO DE RINOTECA E 
GNATOTECA EM PAPAGAIO-VERDADEIRO (AMAZONA AESTIVA) – RELATO 
DE CASO ................................................................................................................................... 50 
COMPARAÇÃO ANATÔMICA ENTRE AS BRÂNQUIAS DE Litopenaeus schmitti 
(BURKENROAD, 1936) E Farfantepenaeus brasiliensis (LATREILLE, 1817) .................. 52 
COMPARAÇÃO ENTRE O USO DE SUTURA E ASSOCIAÇÃO DA SUTURA COM 
SELANTE DE FIBRINA (CEVAP) NO MÚSCULO SÓLEO APÓS LESÃO NERVOSA 
PERIFÉRICA ............................................................................................................................ 54 
COMPARAÇÃO DO MÚSCULO PEITORAL PROFUNDO ENTRE Chelonoidis 
carbonaria, Chelonia mydas E Phrynops geoffroanus ............................................................. 56 
COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE 
BANANA PRATA-ANÃ AO LONGO DO AMADURECIMENTO .................................... 58 
COMPOSTOS BIOATIVOS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE 
BANANAS “DANGOLA” AO LONGO DO AMADURECIMENTO E APÓS 
PROCESSAMENTO TÉRMICO ............................................................................................ 62 
COMPOSTOS BIOATIVOS ECAPACIDADE ANTIOXIDANTE EM POLPAS DE 
BANANAS “DANGOLA” AO LONGO DO AMADURECIMENTO E APÓS 
PROCESSAMENTO TÉRMICO ............................................................................................ 62 
CONTEÚDO DE SÓLIDOS SOLÚVEIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM 
COMBINAÇÕES DE SUCO DE UVA ................................................................................... 64 
CRESCIMENTO JUVENIL DO CARANGUEJO MITHRACULUS FORCEPS A. 
MILNE-EDWARDS, 1875 (CRUSTACEA, DECAPODA, BRACHYURA) ....................... 66 
DESNUTRIÇÃO PROTEICA PERINATAL NÃO AFETA MORFOLOGIA E O 
METABOLISMO GLICOLÍTICO DO MÚSCULO EXTENSOR LONGO DOS DEDOS 
(EDL) EM RATOS ENVELHECIDOS. .................................................................................. 68 
DESENVOLVIMENTO ONTOGENÉTICO (JOVENS E ADULTOS) DO CAMARÃO 
LOUVA-A-DEUS Squilla brasiliensis (DECAPODA: STOMATOPODA) .......................... 70 
DIMORFISMO SEXUAL DO CAMARÃO LOUVA-A-DEUS Squilla brasiliensis 
(DECAPODA: STOMATOPODA) ......................................................................................... 72 
DISPERSÃO SECUNDÁRIA POR BESOUROS COPRÓFAGOS DE SEMENTES 
DEFECADAS PELO MICO-LEÃO-PRETO (Leontopithecus chrysopygus) ...................... 74 
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO ERMITÃO Loxopagurus loxochelis (MOREIRA, 1991) 
(CRUSTACEA: PAGUROIDEA) NA ENSEADA DE MAR VIRADO, SP, BRASIL ....... 76 
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO SIRI Callinectes ornatus (ORDWAY, 1863) 
(CRUSTACEA, PORTUNIDAE) NA REGIÃO DE UBATUBA, BRASIL ......................... 77 
DISTRIBUIÇÃO DE TECIDO CONJUNTIVO NO VENTRÍCULO DE Brycon 
amazonicus (SPIX E AGASSIZ, 1829) (TELEOSTEI, CHARACIFORME) ...................... 79 
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE Charybdis hellerii (A. MILNE-EDWARDS, 1867) 
(CRUSTACEA, PORTUNOIDEA)NA REGIÃO DE UBATUBA, SP, BRASIL ................ 81 
DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DE Loxopagurus loxochelis (ANOMURA, DIOGENIDAE) 
FRENTE AOS FATORES AMBIENTAIS, NA ENSEADA DE UBATUMIRIM, 
UBATUBA (SP) ......................................................................................................................... 83 
ESTRESSE E MEMÓRIA: EFEITO DO ESTRESSE AGUDO E CRÔNICO NA 
RETENÇÃO DA MEMÓRIA EM DIFERENTES PERFIS DE PERSONALIDADE EM 
TILÁPIAS-DO- NILO .............................................................................................................. 85 
EFEITOS DO TRATAMENTO COM ÁCIDO SALICÍLICO NA PÓS-COLHEITA EM 
UVAS DO TIPO "NIÁGARA ROSADA" .............................................................................. 87 
ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO Persephona mediterranea 
(HERBST, 1874) (CRUSTACEA, LEUCOSIIDAE) NO LITORAL NORTE DE SÃO 
PAULO ....................................................................................................................................... 89 
ESTRUTURA POPULACIONAL DO ERMITÃO Loxopagurus loxochelis (MOREIRA, 
1901) (CRUSTACEA: ANOMURA) NO LITORAL NORTE PAULISTA ......................... 91 
EXTRATOS DE PIPER FULIGINEUM KUNTH E PIPER UMBELLATUM L. INIBEM A 
PRODUÇÃO DA IL-1 Β. .......................................................................................................... 92 
FATORES AMBIENTAIS MODULADORES DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE 
Loxopagurus loxochelis (ANOMURA, DIOGENIDAE) NO LITORAL NORTE DO 
ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL ..................................................................................... 94 
FREQUÊNCIA DIFERENCIAL DE ALIMENTAÇÃO DE FILHOTES É REFLEXO DE 
ESTRUTURA SOCIAL EM MALURUS LAMBERTI (AVES: MALURIDAE). .............. 96 
GOTA ÚRICA EM PSITACÍDEOS: REVISÃO DE LITERATURA ................................. 99 
HÉRNIA ABDOMINAL EM Nymphicus hollandicus – RELATO DE CASO .................. 101 
INIBIÇÃO DA MOTILIDADE DE ESPERMATOZOIDES DE CAMUNDONGOS POR 
ANTICORPO CONTRACEPTIVO ANTI-EPPIN .............................................................. 103 
INFLUÊNCIA DA DISPONIBILIDADE DE CONCHAS DE GASTRÓPODES AO 
DESENVOLVIMENTO DO ERMITÃO Loxopagurus loxochelis ..................................... 105 
INFLUÊNCIA DOS EXTRATOS DE Piperaduncum LINNAEUS e P. tuberculatum JACQ 
SOBRE A PRODUÇÃO DE IL-1β ........................................................................................ 107 
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DA ÁGUA NA RIQUEZA E DIVERSIDADE DOS 
ERMITÕES (DECAPODA, ANOMURA) AO LONGO DO LITORAL SUDESTE 
BRASILEIRO .......................................................................................................................... 109 
LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE PARA ESTIMULAÇÃO DE 
CONTRAÇÃO DE FERIDA EM Anser anser – RELATO DE CASO .............................. 111 
MEIO ENRIQUECIDO COM TITÂNIO INTERFERE EM VIAS DE SOBREVIVÊNCIA 
E PROLIFERAÇÃO DE CÉLULAS ENDOTELIAIS ........................................................ 112 
MONOGENÉTICOS PARASITOS DE RHAMDIA QUELEN (SILURIFORMES, 
HEPTAPTERIDAE) DO RESERVATÓRIO DE JURUMIRIM, ALTO RIO 
PARANAPANEMA, SÃO PAULO, BRASIL ...................................................................... 114 
OBSTRUÇÃO DO DUCTO NASOLACRIMAL EM COELHO DOMÉSTICO 
(ORYCTOLAGOS CUNICULI) ........................................................................................... 116 
OCUPAÇÃO DIFERENCIAL DE Libinia ferreirae BRITO CAPELLO, 1871 
(BRACHYURA, MAJOIDEA)ENTRE AS ESTAÇÕES DO ANO, LITORAL NORTE 
PAULISTA............................................................................................................................... 118 
PODODERMATITE E GOTA ÚRICA ARTICULAR EM GALINHA DOMÉSTICA 
(GALLUS GALLUS DOMESTICUS) – RELATO DE CASO ........................................... 120 
PERÍODO REPRODUTIVO DE CALLINECTES ORNATUS ORDWAY, 1863 
(CRUSTACEA, PORTUNOIDEA) NA REGIÃO DE UBATUBA, BRASIL .................... 122 
PESQUISA DE ANCYLOSTOMA EM FEZES DE DEZ EXEMPLARES DE PUMA 
CONCOLOR MANTIDOS EM CATIVEIRO. ..................................................................... 124 
PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS DOS QUINTAIS FLORESTAIS 
DE PROPRIEDADES RURAIS NO MUNICÍPIO DE BOTUCATU/SP: UTILIZAÇÃO, 
ASPECTOS FITOTÉCNICOS, NUTRICIONAIS, COMPOSIÇÃO QUÍMICA, 
TOXICOLOGIA E USO MEDICINAL ................................................................................ 126 
PRINCIPAIS DISTURBIOS NUTRICIONAIS E DOENÇAS RELACIONADAS EM 
PSITTACIFORMES – Revisão Bibliográfica ...................................................................... 128 
PROCESSAMENTO TÉRMICO ALTERA O PERFIL DE CAROTENOIDES EM 
COUVES-FLORES COLORIDAS* ...................................................................................... 131 
REDUÇÃO DE PROLAPSO DE OVIDUTO EM JIBÓIA (Boa constrictor, Linnaeus 1758) 
– RELATO DE CASO ............................................................................................................ 133 
RELATO DE CASO: OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA POR CANDIDA SP EM TUCANO-
TOCO (RAMPHASTOS TOCO) DE VIDA LIVRE ATENDIDO NO CEMPAS. ........... 135 
RELAÇÃO DOS FATORES AMBIENTAIS SOBRE O TAMANHO DO ERMITÃO 
DARDANUS INSIGNIS(DECAPODA, ANOMURA)DA ENSEADA DE UBATUBA, 
LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL ......................................... 137 
RESTRIÇÃO PROTEICA PERINATAL ASSOCIADA AO CONSUMO DE AÇÚCAR 
PÓS-NATAL ALTERA PROLIFERAÇÃO CELULAR E A ATIVIDADE DE ENZIMAS 
OXIDATIVAS NA PRÓSTATA VENTRAL DE RATOS. ................................................. 139 
RESTRIÇÃO PROTEICA PERINATAL E CONSUMO DE AÇÚCAR PÓS-NATAL 
ALTERA PARÂMETROS BIOMÉTRICOS E A MORFOLOGIA PROSTÁTICA DA 
PROLE DE RATOS MACHOS ............................................................................................. 141 
SARNA KNEMIDOCÓPTICA EM Sicalis flaveola – RELATO DE CASO ..................... 143 
SELANTE HETERÓLOGO DE FIBRINA NA REGENERAÇÃO AXONAL APÓS 
LESÃO DO NERVO ISQUIÁTICO. .................................................................................... 145 
TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO EM TUBOS DE ENSAIO PARA TIPAGEM 
SANGUÍNEA EM EXEMPLARES DE Leopardus tigrinus ................................................147 
USO DE DNA BARCODE NA IDENTIFICAÇÃO DA COMPOSIÇÃO, ABUNDÂNCIA 
E DINÂMICA REPRODUTIVA DE PEIXES NO RIO MOGI GUAÇU .......................... 149 
VIA SEMINÍFERA E ESPERMÁTICA NO CAMARÃO MACROBRACHIUM 
CARCINUS (LINNAEUS, 1758) ........................................................................................... 151 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
ABUNDÂNCIA DE DARDANUS INSIGNIS 
(SAUSSURE, 1858) (CRUSTACEA, ANOMURA) 
FRENTE ÀS VARIAÇÕES AMBIENTAIS NA 
ENSEDA DE UBATUBA, SÃO PAULO, BRASIL 
Gabriel Fellipe Barros Rodrigues¹*, Arlene Smargiasse1, Marina Machado da 
Costa¹, Fabiano Gazzi Taddei² 
¹1. “Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos 
(NEBECC)”. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências de Botucatu, 
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Botucatu, São 
Paulo, Brasil. 
2Universidade do Estado do Amazonas, Estrada Odovaldo Novo, Km 1, Parintins, 
Amazonas (AM), Brasil. *gabriel_rod94@hotmail.com 
 
Palavras-chave: Paguroidea, correlação, substrato não consolidado, ermitão 
 
Entre as espécies de ermitões registradas para o litoral paulista, D. insignis é a espécie 
mais abundante encontrada em substratos não consolidados. Investigou-se a relação entre 
a abundância de D. insignis e alguns fatores ambientais. As coletas foram realizadas 
mensalmente de julho/06 a junho/07, utilizando um barco de pesca com redes “double-
rig”. Paralelamente, coletou-se água e sedimento para análise dos fatores ambientais 
(temperatura, salinidade, textura do sedimento e matéria orgânica).As amostras de 
sedimento foram coletadas, com uma garra Van Veen, a amostragem de uma área de 
fundo de 0,06 m² foi realizada para medir o teor de matéria orgânica (%) e a textura dos 
sedimentos. A textura do sedimento foi medida utilizando a formula φ=- log2d, onde d = 
diâmetro do grão. Dessa forma maiores valores de phi (φ) representa um substrato mais 
homogêneo e menores valores correspondem a um substrato mais heterogêneo. A 
correlação de Spearman foi utilizada para identificar a relação entre as variáveis 
ambientais e a abundância dos ermitões. Uma análise de regressão foi realizada para 
verificar se existe uma relação linear entre os fatores ambientais e a abundância. Obteve-
se 101 indivíduos. A análise de correlação de Spearman (rs>0,5; p>0,05) revelou que a 
textura do sedimento (phi) e matéria orgânica apresentaram correlação negativa com a 
abundância da espécie. A literatura menciona que substratos heterogêneos apresentam 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
uma menor quantidade de matéria orgânica por apresentarem menor superfície de contato, 
impossibilitando seu maior acúmulo. Sabe-se que a espécie estudada caminha sobre o 
substrato em busca de presas para se alimentar. Além disso, D. insignis relaciona-se mais 
frequentemente com substratos biogênicos e heterogêneos, os quais podem apresentar 
conchas vazias de gastrópodes disponíveis para uso e proteção. O comportamento 
predatório da espécie, também, pode impedir a coexistência com outras espécies de 
ermitões nesse tipo de substrato. 
Financiamento: FAPESP e Capes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
ANÁLISE HISTOQUÍMICA COMPARATIVA DOS 
NECTÁRIOS NUPCIAL E EXTRA NUPCIAL EM 
FLORES DE Amphilophium elongatum (VAHL.) L. G. 
LOHMANN (BIGNONIACEAE) 
Hannelise de Kassia Balduino¹*, ¹Daiane Maia Oliveira, ¹Silva Rodrigues 
Machado, ¹Elza Maria Guimarães Santos. 
UNESP - Instituto de Biociências, Departamento de Botânica, Botucatu, São 
Paulo, Brasil. *hannelisekbalduino@hotmail.com 
 
Palavras chave: Néctar, interações mutualísticas, diferenças histoquímicas. 
 
Bignoniaceae é uma família Neotropical lenhosa, diversa, caracterizada por flores 
zoófilas e que apresentam néctar como principal recurso trófico. Amphilophium 
elongatum, uma Bignoniaceae lianescente possui flores tubulares, de coloração creme, 
com odor suavemente adocicado. Suas flores apresentam dois tipos de nectários com 
funções ecológicas distintas, nupcial e extranupcial. O primeiro, localizado na base do 
gineceu, é responsável pela secreção do néctar floral coletado pelos polinizadores; o 
segundo, localizado no ápice do cálice, é explorado por diferentes insetos não 
polinizadores. O nectário nupcial é acessado, principalmente, por abelhas médias e 
grandes, que possuem línguas longas que lhes permitem acessar o néctar armazenado no 
fundo do tubo floral. Por outro lado, observamos grande diversidade de Hymenoptera 
associada aos nectários extranupciais, incluindo diversas espécies de formigas e vespas. 
O conhecimento da natureza química das principais classes de compostos produzidos em 
cada tipo de nectário é fundamental para se compreender as bases das interações bióticas. 
O objetivo deste trabalho foi comparar as principais classes de substâncias produzidas 
nos dois tipos de nectários, as quais podem estar associadas a diferentes interações 
mutualísticas que ocorrem nesta espécie. Para realização desta análise, secções 
transversais de flores funcionais, de ambos os nectários recém coletados foram 
submetidas aos seguintes testes histoquímicos: lugol para amido (Johansen, 1940); azul 
de alciano para polissacarídeos e mucopolissacarídeos ácidos (Figueiredo et. al., 2007); 
azul de bromofenol para proteína (Mazia et. al., 1953); vermelho de rutênio para pectinas 
e mucilagens (Figueiredo et. al., 2007); α-naftol e cloridato de dimetilparafenileno 
diamina (NADI) para terpenos e óleo-resinas (David & Carde, 1964); cloreto férrico para 
 
11 
Anais do VII Congresso de BIociências 
fenólicos totais (Johansen, 1940) e Sudan III para detecção de lipídios (Pearce, 1980). 
Polissacarídeos ou mucopolissacarídeos, proteínas, pectinas, mucilagens, terpenos e óleo-
resinas foram detectados em ambos nectários. Compostos fenólicos foram detectados 
unicamente no nectário nupcial, enquanto lipídeos foram verificados unicamente no 
nectário extranupcial. Carboidratos e aminoácidos, presentes em ambos os nectários, são 
mais relacionados à alimentação dos visitantes florais, ressaltando que flores que são 
polinizadas por insetos possuem maiores quantidades de aminoácidos. Os terpenos estão 
relacionados a atração destes visitantes. Os lipídeos, presentes somente no nectário 
extranupcial, podem fazer parte da secreção e representar um recurso energético 
importante para os insetos que forrageiam nessas glândulas, especialmente para as 
formigas, uma vez que utilizam suas reservas lipídicas para a execução de suas atividades. 
Por outro lado, proteínas e compostos fenólicos, presentes nos nectários nupciais, podem 
estar envolvidos na proteção destas estruturas contra visitantes não mutualísticos, 
incluindo micro-organismos. Assim, as diferenças observadas entre os dois tipos de 
nectários podem estar associadas com a proteção, atração e requerimentos nutricionais 
dos diferentes táxons de insetos que participam das interações bióticas envolvendo as 
flores de A. elongatum. 
Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
ANTOCIANINAS RELACIONAM-SE À 
COLORAÇÃO E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE 
SUCOS INTEGRAIS DE UVAS* 
Gomes Neto, J.F.1**, Domingues Neto, F.J.2, Cunha, S.R.2, Pimentel Junior, A.2, 
Diamante, M.S.1, Lima, G.P.P.1, Tecchio, M.A.2. 1UNESP, Graduação em Física 
Medica, Departamento de Química e Bioquímica, 2Universidade Estadual Paulista 
(UNESP), Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu (SP), Brasil. 
**joaogomesfreitas5@gmail.com 
 
Palavras-chave: Vitis sp, uvas híbridas, uvas para suco, capacidade antioxidante, 
compostos bioativos. 
 
As antocianinas, a atividade antioxidante e a coloraçãode sucos de uvas variam de acordo 
com as características da cultivar, região de cultivo e clima, podendo, essas variáveis 
estarem correlacionadas entre si. Geralmente, sucos com coloração mais intensa 
apresentam maiores conteúdos de antocianinas e maior poder antioxidante. Objetivou-se 
com esse trabalho analisar a relação entre o teor de antocianinas com a coloração e 
atividade antioxidante de sucos integrais de uvas. Os sucos de uvas foram elaborados 
experimentalmente no Laboratório de Bebidas da Faculdade de Ciências Agronômicas, 
UNESP, Botucatu-SP. Foram utilizadas as uvas tintas: ‘Bordô’ (V. labrusca), IAC 138-
22 ‘Máximo’ (híbrido), ‘BRS Violeta’ (híbrido) e ‘Isabel’ (V. labrusca). Após a colheita, 
as uvas foram desengaçadas e as bagas pesadas e esmagadas em esmagadeira de cilindros, 
e em seguida levadas para extração a quente sem pressão do bagaço, durante 1 hora em 
temperatura de 60 ± 5 °C. Após leve prensagem da mistura (casca, mosto e sementes) em 
prensa manual; o suco foi engarrafado ainda quente em garrafas de vidro âmbar com 
capacidade de 200 mL e em seguida pasteurizado (3 min a 80 °C). As garrafas foram 
lacradas, resfriadas e identificadas. Os sucos foram avaliados quanto a coloração 
(colorimetria e espectrofotometria), teor de antocianinas monoméricas totais e atividade 
antioxidante (DPPH). Para verificar o agrupamento das respostas dos sucos, realizou-se 
uma análise multivariada via componentes principais (ACP). A ACP mostrou que as 
variáveis com maior contribuição para a separação dos sucos de uvas sobre o eixo F1 
foram 420 nm (amarelo), tonalidade, hue e Chroma, já para o eixo F2 foram, 620 nm 
(violeta), intensidade de cor, antocianinas, 520 nm (vermelho), luminosidade e atividade 
 
13 
Anais do VII Congresso de BIociências 
antioxidante.As maiores relações encontradas nos sucos de uvas foram entre 620 nm 
(violeta), intensidade de cor e antocianinas, isso mostra que as antocianinas estão 
diretamente relacionadas à coloração dos sucos de uvas, pois a relação entre antocianinas 
e intensidade de cor foi a maior obtida, evidenciado pelo menor ângulo entre elas. Isso 
também é explicado pelo fato do 620 nm (violeta) e a intensidade de cor estarem 
diretamente ligados ao teor de antocianinas presentes em sucos de uvas. A luminosidade 
relacionou-se inversamente a essas variáveis, ou seja, ao passo que a luminosidade 
diminui (coloração mais escura dos sucos), os teores de antocianinas e a intensidade de 
cor, aumentam.Inversamente proporcional a esses valores apresenta-se o Chroma, ou seja, 
menores valores encontrados. A atividade antioxidante, luminosidade e coloração a 520 
nm (vermelho) se correlacionaram entre si e foram inversamente proporcionais aos 
valores de tonalidade, hue e 420 nm (amarelo). A relação inversa entre a atividade 
antioxidante e a tonalidade explica a relação direta da coloração dos sucos com a atividade 
antioxidante, pois o aumento dos teores de antocianinas reduz a % de DPPH reduzido 
(forma que os dados foram apresentados), ou seja, quanto menor a % de DPPH reduzido, 
maior a atividade antioxidante do suco.As antocianinas presentes nos sucos integrais de 
uvas relacionam-se diretamente à coloração e atividade antioxidante, portanto, quanto 
mais intensa a coloração dos sucos, mais interessante funcionalmente, pelo fato de 
apresentarem maior atividade antioxidante. 
Financiamento: FAPESP, processo nº 2016/07510-2 (Bolsa de Doutorado do 2° autor). 
*Parte da Tese de Doutorado do 2° autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
Anais do VII Congresso de BIociências 
APLICAÇÃO DE CHAPÉU DE PRAIA 
(TERMINALIA CATAPPA) NA ADSORÇÃO DE 
METAIS EM MEIO AQUOSO 
Paula Chiachia Pasta1*, Gilmar Martins Pereira2, Joseane Rabelo1, Vinicius 
Vicente Giandoni3, Adrielli Cristina Peres da Silva1, Alexandre de Oliveira 
Jorgetto1, Gustavo Rocha de Castro1. 
1 UNESP – IBB, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu/SP, Brasil. 
2 UNESP – Instituto de Química, Araraquara/SP, Brasil. 
3 UNESP – Faculdade de Ciências, Departamento de Química, Bauru/SP, Brasil. 
*email: paulacpasta@gmail.com 
 
Palavras-chave: biossorvente; tratamento de água; biotecnologia ambiental. 
 
Os metais cádmio, Cd(II), chumbo, Pb(II) e níquel, Ni(II), são classificados como tóxicos, 
enquanto que o metal cobre, Cu(II), caracteriza-se por ser potencialmente tóxico, pois, 
em baixas concentrações, possui atividade biológica. Além disso, tais espécies podem 
sofrer acumulação no meio ambiente através de sua capacidade de complexação com os 
organismos, além de serem adsorvidos em particulados e sedimentos. No ambiente, 
apesar da relativa baixa concentração, estas espécies podem sofrer bioacumulação e 
biomagnificação ao longo da cadeia trófica, manifestando toxicidade aos animais e 
plantas. Quando a presença natural destes metais nos meios aquáticos ocorre em níveis 
de traços, estes são denominados de metais ou elementos traço como, por exemplo, o 
cádmio, chumbo, cobre e níquel. Desta forma, o presente trabalho teve por finalidade 
aplicar o biossorvente em ensaios em sistema de batelada, a partir do produto gerado das 
folhas de Terminalia catappa, conhecida popularmente como chapéu de praia. O pó 
obtido, após o tratamento das folhas, foi caracterizado em estudos anteriores para 
determinação dos grupos químicos que favorecem o processo de adsorção. Após 
caracterização, o material foi aplicado em ensaios de adsorção para determinação da 
influência do pH da solução, cinética e capacidade máxima de adsorção. A influência do 
pH da solução na adsorção das espécies metálicas foi estudada em um intervalo de 1 a 6, 
tendo como base os resultados dos estudos de ponto de carga zero. Com isso, pode-se 
aplicar o biossorvente na extração de espécies metálicas tanto em soluções ácidas (com 
pH ~3,0) quanto em levemente ácidas, pH 6,0, aproximadamente. Quanto ao tempo de 
mailto:paulacpasta@gmail.com
 
15 
Anais do VII Congresso de BIociências 
contato, foi possível verificar que o material apresenta uma cinética rápida, a qual é 
expressa como taxa de remoção do adsorvato na fase fluida em relação ao tempo, e que o 
equilíbrio, envolvendo a fase sólida e os íons metálicos em solução, foi atingido nos 
primeiros 20 minutos, sendo também uma característica de materiais macroporosos. Os 
dados obtidos dos experimentos cinéticos foram ajustados em diferentes modelos 
matemáticos teóricos que inferem que o mecanismo de remoção das espécies metálicas 
ocorre por quimissorção, podendo ocorrer via formação de complexos metálicos, 
envolvendo o compartilhamento de elétrons, entre grupos existentes na superfície da 
material. Além disso, o processo de adsorção se ajustou mais adequadamente ao modelo 
de Langmuir, ao se analisar a capacidade máxima de adsorção, com formação de 
monocamada na superfície da partícula, sendo expressos em 46,019 mg. g-1 
(biossorvente) para Pb(II), seguido de Cd(II) 36,208 mg. g-1, Cu(II) 28,786 mg. g-1 e 
Ni(II) 19,263 mg. g-1. Os resultados foram comparados com os dados obtidos de outros 
materiais adsorventes encontrados na literatura, sendo possível comprovar sua eficiência 
como biossorvente. 
Financiamento: FAPESP, CNPq, CAPES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
ASPECTOS DE QUALIDADE EM VINHOS TINTOS 
PRODUZIDOS NO ESTADO DE SÃO PAULO 
CHIEZO¹*, A.A.B.; MONTEIRO¹, G.C.; MONAR¹, G.R.S.; BELIN¹, M.A.F.; 
MINATEL¹, I.O.; LIMA¹, G.P.P. ¹Departamento de Bioquímica e Química, 
Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu, SP. *angelochiezo@hotmail.com 
 
Palavras-chave: antocianinas, flavonoides, uva. 
 
Introdução: Tem sido observado nos últimos anos um aumento na ocorrência de doenças 
crônicas não transmissíveis. Observou-se também que em países com um maior consumo 
per capita de vinho a incidência dessas doenças, como as cardiovasculares, entre outras, 
consequentemente diminuíram.Com isso, estudos têm sido realizados em relação ao 
vinho, principalmente ao diverso conteúdo de compostos bioativos, como os ácidos 
fenólicos, flavonoides, taninos, estilbenos, entre outros. No Brasil, o Estado de São Paulo 
é o segundo maior produtor de uva, e vem cada vez mais expandindo e aprimorando o 
setor vitivinícola, principalmente na busca de agregação de valor ao produtor rural e 
incentivação do consumo de vinhos. Objetivo: Avaliar vinhos produzidos no Estado de 
São Paulo quanto as características físico-químicas (pH e acidez titulável) e concentração 
de compostos fenólicos. Materiais e Métodos: Foram utilizados no experimento vinhos 
produzidos nas cidades de Jundiaí, Jarinu, Vinhedo, São Miguel Arcanjo, São Roque e 
Lençóis Paulista, totalizando 19 vinhos distintos que foram submetidos a análises. As 
análises físico-químicas de pH foram realizadas com o uso de um pHmetro e acidez 
titulável (AT) por meio de titulação. Os teores de flavonoides totais foram obtidos 
utilizando o ensaio de cloreto de alumínio e os de antocianinas foram obtidos pelo método 
de pH-diferencial. Resultados e Discussões: Em relação ao pH, foi observada uma relação 
com a variedade de uva utilizada na vinificação, sendo os vinhos da variedade Cabernet 
Sauvignon encontrados entre os maiores pHs, e os vinhos elaborados com a variedade 
Bordô entre os pHs mais baixos. A AT, assim como o pH, revela uma relação com a 
variedade da uva utilizada, porém, nesse caso menos específica, evidenciando uma menor 
AT em vinhos provenientes de Vitis vinífera e maior AT em Vitis labrusca. Quanto ao 
conteúdo de flavonoides totais encontrou-se um maior valor em vinhos produzidos com 
Vitis labrusca e variedades híbridas interespecíficas, e os menores em vinhos de Vitis 
vinífera. Já em relação a concentração de antocianinas, observou-se a mesma tendência 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
apresentada nos resultados de flavonoides totais, se destacando com uma maior 
concentração o vinho elaborado com a variedade híbrida Violeta. Conclusão: Diversos 
fatores podem ter influência sobre a concentração dos compostos bioativos. As variedades 
híbridas BRS Violeta e Máximo se destacaram com os maiores níveis de compostos 
fenólicos. 
Financiamento:PIBIC (bolsa de iniciação científica). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
A TEMPERATURA COMO FATOR MODULADOR 
DA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DO SIRI 
CHARYBDIS HELLERII (A. MILNE-EDWARDS, 
1867) (CRUSTACEA: BRACHYURA: 
PORTUNOIDEA), UMA ESPÉCIE INVASORA NO 
LITORAL NORTE PAULISTA 
Camilo Ribeiro De Lima 1*, Mateus Pereira Santos 2, Francielle Taise Pereira Lima 
3, Francislene Karina Martins 1, Jeniffer Natália Teles 1, Thiago Elias da Silva 1, 
Aline Nonato de Sousa 1*E-mail para correspondência: camilo.lima@unesp.br 
1. NEBECC – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de 
Crustáceos. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, 
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rubião Júnior, 18618-970, 
Botucatu, São Paulo, Brasil. 
2. Departamento de Ciências Naturais, Universidade Estadual do Sudoeste da 
Bahia (UESB), Campus de Vitória da Conquista, Estrada do Bem Querer, 
Km 04, 45031-900, Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. 
3. Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), campus de Passos, Belo 
Horizonte, 37900-106, Passos, Minas Gerais, Brasil. 
 
Palavras Chaves: abundância, fator regulador, exótica, Portunidae, siri bidu 
 
Charybdis hellerii é um espécie nativa do oceano Indo-Pacífico e invasora no oceano 
Atlântico, por meio des água de lastro des navios cargueiros. Investigou-se aqui o fator 
temperatura como regulador da distribuição temporal de C. hellerii nas enseadas de 
Ubatumirim e Ubatuba, São Paulo, Brasil. As coletas dos siris e de temperatura foram 
realizadas, mensalmente, de janeiro de 1998 a dezembro de 1999, por meio da técnica de 
arrasto. Em cada enseada foram traçados seis transectos com diferentes profundidades. 
Um total de 119 espécimes foram coletados; 55 em Ubatumirim e 64 em Ubatuba. Para 
comparar a abundância dos indivíduos entre as estações do ano de cada enseada utilizou-
se o teste de Kruskal-Wallis. Observou-se, graficamente, que a abundância de C. helleri 
foi maior durante o verão, estação na qual foram registradas as maiores temperaturas de 
fundo, em ambas as enseadas. Contudo, a análise estatística não revelou associação entre 
 
19 
Anais do VII Congresso de BIociências 
a abundância do siri com as estações do ano (p>0,05). Nas estações seguintes ao verão, 
ocorre um decréscimo da temperatura, houve uma redução na abundância da espécie. Tal 
fato é semelhante ao anteriormente observado para Arenaeus cribarius e Callinectes 
ornatus, os quais, também têm sido encontrados com maior frequência e abundancia em 
épocas de águas mais quentes. A maior ocorrência dos siris durante o verão sugere que a 
temperatura modula a distribuição temporal da espécie nas localidades estudadas. 
Ressaltamos, contudo, que o baixo número de indivíduos obtidos neste estudo inviabiliza 
uma conclusão mais satisfatória. 
Financiamento: FAPESP pela bolsa concedida (Proc. 97/12108-6), a reserva técnica da 
bolsa (Proc. 97/12106-3) e veículos utilizados (Proc. 94/4878-8 e 98/031134-6) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE 
BANANA “GRAND NAINE” AO LONGO DO 
AMADURECIMENTO 
Giovana Rafaela Stelzer Monar¹*; Matheus Antônio Filiol Belin¹; Cristine Vanz 
Borges¹; José Ferraz de Oliveira Junior¹;Ângelo Antônio Batista Chiezo¹; Gean 
Charles Monteiro¹; João de Freitas Gomes Neto¹;Edson Perito Amorim2 
;Guiseppina Pace Pereira Lima¹ 
 ¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de 
Química e Bioquímica, Botucatu, São Paulo, Brasil. 
 2 Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA- Rua Embrapa, s/n, 
caixa postal 007, 44380-000, Cruz das Almas,BA. *giovanastelzer23@gmail.com 
 
Palavra-chave: ABTS, FRAP, Musa spp 
 
O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de banana (Musa spp). Ela 
possui alta aceitação em diversas camadas sociais e são de grande importância econômica 
para o país. Geralmente, a casca da banana é descartada após preparações domésticas ou 
mesmo após o uso industrial. No entanto, estudos recentes indicam que a casca contém 
elevado teor de fitoquímicos e potencial antioxidante, principalmente em relação à polpa. 
O potencial antioxidante pode variar de acordo com o tipo de alimento, cultivo, 
temperatura, cor, genótipo e estádio de maturação. Assim, o objetivo do trabalho é 
analisar a capacidade antioxidante da casca da banana ao longo do processo de 
amadurecimento. Para realização das análises foram selecionadas cascas de bananas do 
genótipo “Grand Naine” (banana do tipo sobremesa) em 3 diferentes estádios (est) de 
amadurecimento (2: verde; 5: amarelo e 7: amarelo com pontos pretos). A quantificação 
da capacidade antioxidante foi realizada por dois diferentes métodos (FRAP e ABTS), 
segundo Benzie & Strain (1996) e Re et al. (1999), respectivamente. Os dados foram 
tabulados e realizada a ANOVA. As médias foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott a 
1% de probabilidade. Com o amadurecimento houve aumento na capacidade antioxidante 
(ABTS = est 2: 4567,20 ± 154,56 mmol/100g TEAC ms; est 5: 6349,72 ± 143,44 
mmol/100g TEAC ms; est 7: 5808,04 ± 304,79 mmol/100g TEAC ms) (FRAP = est 2: 
283,36 ± 11,19 mmol Fe/kg ms; est 5: 438,44 ± 2,51 mmol Fe/kg ms; est 7: 391,13 ± 7,19 
mmol Fe/kg ms) das cascas das bananas. Durante o processo de amadurecimento da 
 
21 
Anais do VII Congresso de BIociências 
banana ocorrem várias mudanças que culminam em um aumento da permeabilidade dos 
tecidos, promovendo maior liberação ou facilidade de extração de fitoquímicos da matriz 
celular,os quais podem combater a ação de radicais livres, e consequentemente, 
possibilitar maior capacidade antioxidante. As cascas de Musa spp possuem capacidade 
antioxidante considerável, demonstrando seu grande potencial para aplicação na indústria 
farmacológica e na alimentação humana, buscando a promoção da saúde, e mostrando 
que além da casca verde não ser a única que pode ser aproveitada, ela é a que menos 
geraria os benefícios procurados. 
Financiamento: CNPq (Processo: 43058 / 2017-0), FAPESP (Processos: 2016 / 17241- 9; 
2017/23488-0;2017/22537 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
AVALIAÇÃO DA DISPUTA DE TERRITÓRIO POR 
DILOCARCINUS PAGEI STIMPSON, 1861 
(CRUSTACEA, BRACHYURA, 
TRICHODACTYLIDAE), EM LABORATÓRIO1 
Marina Machado da Costa2, Jelly Makoto Nakagaki3 
1 Trabalho de conclusão de curso de Graduação do curso de Ciências Biológicas 
da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Campus de Dourados (MS). 
2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Instituto de Biociências, 
Universidade Estadual Paulista, CEP 18618-970 Botucatu (SP). E-mail: 
dorettomarina@outlook.com 
3 Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Rod. Dourados-Itahum, Km 12, 
CEP 79804-970, Dourados (MS). Email: jelly@uems.br 
 
Palavras-chave: Água doce, comportamento agonístico, etograma, machos, Pantanal 
 
Informações sobre aspectos comportamentais são raras para crustáceos decápodes de 
água doce, particularmente àqueles pertencentes à família Trichodactylidae, com 
ocorrência na América do Sul. Considerando tal escassez, este estudo visou analisar o 
comportamento da disputa de território por caranguejos da espécie Dilocarcinus pagei. A 
escolha desta espécie deveu-se ao fato de que a mesma é comum na região do Pantanal 
Sul-mato-grossense e vem sendo utilizada como isca para pesca amadora. Os 
experimentos foram realizados somente com indivíduos machos aos pares colocados no 
recipiente de observação em duas situações: 1) em tempos distintos; e 2) ao mesmo tempo 
no mesmo espaço. Sete repetições experimentais foram realizadas para cada um dos dois 
tratamentos, utilizando-se caranguejos de tamanhos similares (Largura da Carapaça 
=39,26 ± 3,46mm; Comprimento do Própodo do Quelípode = 30,00 ± 6,30mm; e 
Comprimento do Dáctilo do Quelípode = 16,07 ± 5,13mm), e cujos apêndices 
encontravam-se intactos. A maior parte das observações foi feita com indivíduos 
diferentes; somente, em algumas delas, utilizou-se caranguejo repetido mas com pares 
diferentes após um intervalo de, no mínimo, cinco dias desde a primeira observação. 
Procedeu-se à realização de 42 sessões de observação, ao longo de 14 dias (totalizando 
126 horas). Os experimentos contabilizaram 20 atos comportamentais, classificados em 
 
23 
Anais do VII Congresso de BIociências 
seis categorias: alimentação, exploração, imobilidade, interação social, atos agressivos e 
autocuidado ou limpeza. Os resultados obtidos sugerem que a agressividade apresentada 
por estes caranguejos é aparente, ou seja, elas devem estar relacionadas às disputas por 
abrigo e/ou alimento. No ambiente natural, as interações observadas no presente estudo, 
podem representar a disputa por abrigos contra predadores, como por exemplo, os 
aguapés e tocas. Os predadores naturais de D. pagei são conhecidos comumente como 
segue: Rostrhamus sociabilis (Gavião-caramujeiro), cujos representantes alimentam-se 
do caranguejo durante a estação chuvosa (de janeiro a abril), quando os caramujos são 
escassos; e Pseudoplatystoma punctifer (Cachara), Brycon sp (Matrinxã) .Piaractus 
mesopotamicus (Pacu), os quais são atraídos durante a pesca amadora com iscas vivas de 
D.pagei. Estudos futuros mais detalhados, que estimem a densidade do caranguejo D. 
pagei, na natureza, poderiam fornecer respostas mais robustas em relação ao grau de 
territorialidade da espécie, além de fornecer uma avaliação sobre o status de conservação 
da espécie na natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DO PIBID NO 
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE 
ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
Jessyca de Araújo Borro¹, Euler Matheus Nunes Filipovitch Molina, Jessica Cristal 
Moraes, José Matheus dos Santos, Larissa Pereira Rodrigues, Letícia Baviloni, 
Luane Marques Meneguessi, Suellen Cristina da Silva Santos, Rosana Teresa 
Dellevedove Cruz, (supervisora) e Renato E. S. Diniz (orientador). UNESP – 
Instituto de Biociências – Departamento de Educação – Botucatu – SP – Brasil. 
jessycaborro.jb@gmail.com 
 
Palavras-chave: PIBID, Ensino de Ciências, Ensino de Biologia e processo de ensino-
aprendizagem. 
 
Introdução 
O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência possibilita aos alunos 
de licenciatura plena dos diversos cursos a terem um contato com as escolas antes mesmo 
da formação. Os bolsistas desenvolvem atividades diferenciadas (jogos, atividades, Super 
Aulas, aulas práticas, viagens didáticas e feiras) durante todo o ano letivo, juntamente 
com o professor supervisor. Na cidade de Botucatu, três grupos com cerca de 8 alunos 
em cada, são divididos em três escolas estaduais diferentes. Buscando analisar a 
influência de um grupo, presente na Escola Estadual Professor Francisco Guedelha, 
parceira no Projeto há 7 anos, elaboramos um questionário visando identificar as 
vivências escolares e extraescolares (familiar e cultural) e quais aulas e ações do grupo 
colaboraram para processo de ensino e aprendizagem dos alunos. 
Objetivo 
Identificar e analisar as aulas e ações do grupo PIBID que contribuíram no processo de 
ensino-aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. 
Material e Métodos 
Durante as reuniões semanais, elaboramos um questionário com 20 perguntas objetivas e 
abertas sobre idade, sexo, composição familiar, comida, esporte, música, filmes, 
programas de TV, livros, acesso à internet, atividades escolares, aula inesquecível e a 
atividade do PIBID que mais gostou. Cada bolsista foi responsável de aplicar o 
questionário na turma que acompanha e contabilizar os dados em uma planilha no Word. 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
Optamos por analisar os dados sobre a atividade do PIBID na escola para discutirmos as 
intervenções que estão sendo efetivas e quais intervenções podem ser melhoradas para 
futuras aplicações. Responderam ao questionário 158 alunos, sendo 69 meninas e 89 
meninos, com idade entre 10 e 16 anos, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II e 1º 
ano do Ensino Médio. 
Resultado e Discussão 
Após contabilizarmos os dados, identificamos cerca de 71 alunos citaram as Super Aulas 
como a atividade do PIBID como mais marcante, 26 alunos apontaram os jogos 
desenvolvidos, 18 alunos as aulas ministradas pelos bolsistas, 12 alunos escreveram todas 
as atividades do PIBID, 6 alunos disseram que a presença dos bolsistas na escola e 25 
alunos não quiseram responder ou deixaram em branco. Entre os mais contabilizados no 
questionário, a Super Aula de Hortas Orgânicas e a aula prática com Terrário, foram mais 
apontadas pelos alunos. A ideia de elaborar uma Super Aula de Hortas Orgânicas foi para 
retomar assuntos já trabalhados durante o ano, como reciclagem e também o incentivo a 
alimentação saudável dos alunos, enquanto que a aula prática com Terrário foi uma forma 
de ensinar Ciclo da Água de maneira diferenciada dos livros, avaliações e xerox de 
desenhos. 
Conclusão 
Com o resultado obtido nesse questionário, verificamos que, as aulas práticas são de 
grande importância no processo de ensino-aprendizagem, pois despertam a curiosidade, 
mantem o interesse e desenvolvem habilidades dos alunos. 
Financiamento: CAPES – PIBID 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
AVALIAÇÃO DE CÉLULAS IMUNOLÓGICAS DOSPERFIS COMPORTAMENTAIS DE 
PERSONALIDADE SHY E BOLD EM PEIXE. 
Isabela Maria de Mello1*, Marianna Vaz Rodrigues1 e Percília Cardoso Giaquinto. 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências, 
Departamento de Fisiologia – Comportamento e Bem-estar Animal, Botucatu, São 
Paulo, Brasil. *isabelamello.92@gmail.com 
 
Palavras-chave: infecção; Aeromonas hydrophila; personalidade; tilápia-do-Nilo. 
 
Introdução 
As personalidades podem explicar o sucesso adaptativo e aptidões individuais, 
que tem efeito direto na evolução e podem explicar outros fatores, como a variação 
imunológica. Estudos realizados em mamíferos comprovam a existência de variação em 
fatores imunológicos, dependendo do tipo de personalidade. Em peixes, os estudos em 
relação à personalidade são incipientes e não existe nenhuma informação que 
correlacione perfil de personalidade e predisposição a doenças nesses animais. 
Objetivo 
 Nesse estudo testamos a suscetibilidade imunológica dos perfis de personalidade 
shy-bold em tilápia-do-Nilo infectando o ambiente aquático com a bactéria Aeromonas 
hydrophila. 
Material e Métodos 
 Iniciamos o experimento isolando 20 animais provenientes do biotério de peixes 
de maneira aleatória. Os indivíduos foram mantidos em aquários de vidro (40 cm x 20 cm 
x 25 cm) por 7 dias para aclimatação. Após esse período, os indivíduos passaram pelos 
Testes de Ousadia durante 3 dias seguidos para serem diferenciados em suas 
personalidades. 10 animais apresentaram personalidade definida, sendo 5 shy 
(9,3±0,27cm; 25,04±3,03g) e 5 bold (9,8±0,52cm; 24,26±3,61g). 
 Passadas 96 horas, coletamos assepticamente o sangue de cada indivíduo e 
fizemos um corte superficial de 0,5 cm na base da nadadeira esquerda. Após 4 dias para 
recuperação do estresse, colocamos a solução bacteriana concentrada na parte central do 
aquário. Depois de 96 horas (3 indivíduos shy e 3 indivíduos bold) e 120 horas (2 
indivíduos shy e 2 indivíduos bold), retiramos novamente o sangue dos animais e durantes 
 
27 
Anais do VII Congresso de BIociências 
10 dias avaliamos a presença de sinais clínicos e qualquer mudança de comportamento 
de cada peixe. Lâminas de esfregaço sanguíneo foram confeccionadas e as amostras de 
sangue foram submetidas ao PCR para a bactéria Aeromonas. 
Resultados e Discussão 
Quando analisamos o esfregaço sanguíneo, encontramos apenas eritrócitos no 
controle. Depois da infecção, notamos a presença de células de defesa, como linfócitos e 
monócitos nos dois perfis em ambos os dias. Além disso, observamos colônias 
bacterianas na membrana e dentro dos eritrócitos, provando que havia infecção instalada. 
Encontramos diferenças entre os perfis. No indivíduo Shy observamos a presença de hifas 
fungicas e alterações da membrana dos eritrócitos. Como o aumento da suscetibilidade a 
doenças está ligado aos estressores que os animais são expostos e a infecção do ambiente 
foi um tipo de estresse, a presença de oportunistas como fungos, pode indicar que existe 
uma maior susceptibilidade para indivíduos Shy. Além disso, sabe-se que em pacus a 
Aeromonas hydrophila também provocou anisocitose, que é a mesma alteração dos 
eritrócitos encontrada no indivíduo Shy. 
Dos 10 peixes infectados com Aeromonas hydrophila, 1 com o perfil Shy 
apresentou apatia e perda de apetite e outro Shy apresentou irregularidades na base da 
nadadeira. Ao realizar a extração de DNA das amostras de sangue para a bactéria e quando 
submetidas ao PCR houve amplificação do DNA plasmidial. Como não há relatos na 
literatura dessa ser uma doença assintomática, o uso de ferramentas moleculares para a 
detecção de doenças foi importante para confirmar a infecção dos animais. 
Conclusão 
Com base no que foi apresentado inferimos que diferença entre as personalidades 
Shy e Bold em tilápia-do-Nilo quando avaliamos a suscetibilidade a infecção por 
Aeromonas hydrophila, com aparente vulnerabilidade do perfil Shy. 
Protocolo do comitê de ética: 963 - CEUA 
Financiamento: CAPES 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
AVIFAUNA DO MUNICÍPIO DE PIRAJUÍ, 
INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. 
Rafael Martos-Martins1,2 e Reginaldo José Donatelli2. 
¹Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia), Universidade 
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Biociências, campus de 
Botucatu, São Paulo, Brasil. 
2Laboratório de Ornitologia. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita 
Filho”, Faculdade de Ciências, Departamento de Ciências Biológicas, campus de 
Bauru, São Paulo, Brasil. *rafael.martos@yahoo.com.br 
 
Palavras-chave: avifauna; levantamento; biodiversidade; conservação. 
 
Introdução 
O Brasil apresenta uma das maiores riquezas de aves do mundo, com 1919 espécies 
catalogadas (Piacentini et al., 2015). Destas espécies, no estado de São Paulo ocorrem 
cerca de 816 espécies, o que equivale a 42,52% das espécies que ocorrem em território 
nacional (Figueiredo, 2015). A fragmentação e a perda de habitat são hoje uma das 
maiores ameaças para a avifauna brasileira (Marini & Garcia, 2005). Portanto, inventários 
faunísticos são ferramentas importantes, pois possibilitam detectar e determinar o estado 
de conservação das espécies, delinear medidas de manejo e conservação para a biota 
inventariada (Malacco et al., 2013). As aves são um grupo interessante para avaliação, 
pois são um grupo taxonomicamente bem estudado, predominantemente diurnos e são 
suscetíveis a variações nos ecossistemas (Guzzi, 2004). 
Objetivo 
O objetivo do presente estudo foi inventariar a avifauna do município de Pirajuí/SP. 
Material e Métodos 
O presente estudo foi realizado na zona urbana, áreas rurais e em pequenos 
fragmentos de mata no município de Pirajuí, localizado no interior do Estado de São 
Paulo, Brasil. Durante o período de quatro anos, de janeiro de 2014 a dezembro 2017, 
foram catalogadas as aves que ocorrem no munícipio de Pirajuí. Foram realizadas visitas 
as áreas de estudo por meio de transectos (Bibby et al., 1993) e rotas de carro, executados 
sempre pela manhã e observações pontuais, foram catalogadas as aves que ocorrem no 
município. 
 
29 
Anais do VII Congresso de BIociências 
Resultados e Discussão 
No total, foram registradas 250 espécies de aves pertencentes a 58 famílias. Essa 
diversidade de aves representa 30,64% das espécies que ocorrem no estado de São Paulo 
e 13,03% das espécies que ocorrem no Brasil. Destas, 138 foram amostradas em área 
urbana, 159 em área rural e 132 em área de fragmentos de mata estacional. As famílias 
com maiores números de representantes foram Tyrannidae com 35 espécies, seguida de 
Thraupidae com 23 espécies e Accipitridae com 15 espécies. E 22 famílias tiveram apenas 
uma espécie catalogada. A família Tyrannidae é frequentemente o grupo mais diverso em 
comunidades de aves na região Neotropical devido ao hábito alimentar insetívoro que 
favorece seu sucesso na ocupação dos ambientes (Sick, 1997). Das espécies registradas, 
Rhynchotus rufescens, Parabuteo unicinctus, Crotophaga major, Tachornis squamata, 
Sporophila angolensis e Saltatricula atricollis estão classificadas como vulneráveis; 
Jabiru mycteria e Sporophila pileata são classificadas como em perigo; e Circus buffoni 
e Suiriri suiriri são classificadas como criticamente em perigo (Bressan et al., 2009). 
Nenhuma espécie registrada está ameaçada de extinção em nível nacional (MMA, 2016). 
Conclusão 
O município de Pirajuí apresenta uma avifauna com uma alta riqueza, considerando 
as espécies que ocorrem no estado, incluindo espécies ameaçadas. Essa diversidade de 
espécies provavelmente se deve a heterogeneidade dos ambientes presentes na área de 
amostragem. Estudos dessa natureza são importantes pois permitem conhecer a avifauna 
de determinado local e com isso, é possível planejar futuras medidas de conservação. 
Referências bibliográficasBIBBY, C. J.; BURGESS, N.D.; HILL, D.A. (1992) Bird census techniques. British Trust 
for Ornithology and the Royal Society for the Protection of Birds. 
BRESSAN, P. M.; KIERULFF, M. C. M.; SUGIEDA, A. M. (2009). Fauna ameaçada de 
extinção no Estado de São Paulo. São Paulo: Fundação Parque Zoológico de São Paulo, 
Secretaria do Meio Ambiente. 
FIGUEIREDO, L. F. A. (org.) (2015) Lista de aves do estado de São Paulo. Versão: 
15/11/2015. Disponível em: www.ceo.org.br. Acesso em: 30 de dezembro de 2017. 
GUZZI, A. (2004) Levantamento destaca importância de fragmentos remanescentes de 
vegetação. Revista Univerciência. São Carlos, v.3, n.7/9, p.44-49. 
MALACCO, G. B.; PIOLI, D.; DA SILVA, E. L., JUNIOR, A. G. F.; MELO, C.; DA 
SILVA, A. M. & PEDRONI, F. (2013) Avifauna da Reserva do Clube Caça e Pesca 
Itororó de Uberlândia. Atualidades Ornitológicas 173: 58-71. 
 
30 
Anais do VII Congresso de BIociências 
MARINI, M.Â.; GARCIA, F.I. (2005) Birds Conservation in Brazil. Conservation 
Biology, v.19, n3, p.665-671. 
MMA (2016) Ministério do Meio Ambiente. Sumário Executivo do Livro Vermelho da 
Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade (ICMBio), 75p. 
PIACENTINI, V. D. Q.; ALEIXO, A.; AGNE, C. E.; MAURÍCIO, G. N., PACHECO, J. 
F.; BRAVO, G. A.; ... & SILVEIRA, L. F. (2015) Lista comentada das aves do Brasil 
pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 
23(2), 90-298. 
SICK, H. (1997). Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Anais do VII Congresso de BIociências 
BIOLOGIA POPULACIONAL DO CARANGUEJO 
Persephona punctata (LINNAEUS, 1758) 
(CRUSTÁCEA, LEUCOSIDAE) NO LITORAL 
NORTE DE SÃO PAULO 
Camila Hipólito Bernardo¹*; Joyce Nascimento Silva ²; Kelly Fernanda de 
Almeida³; Francislene Karina Martins¹; Veronica Pereira Bernardes¹; Camilo 
Ribeiro de Lima¹ 
¹ Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos (NEBECC) 
Departamento de Zoologia, Universidade Estadual Paulista, 18618-000, Botucatu 
(SP).*caah.hipolito05@gmail.com 
² Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus Avaré-SP 
³Instituto Federal do Triângulo Mineiro – IFTM-Campus Uberaba-MG 
 
Palavras-chave: Razão-sexual; classes de tamanho; Ubatuba. 
 
A espécie Persephona punctata (LINNAEUS, 1758)possui distribuição geográfica no 
Atlântico Ocidental, desde as Antilhas até o Rio Grande do Sul no Brasil. Esta espécie é 
capturada como fauna acompanhante “by-catch” da pesca direcionada a camarões de 
interesse comercial. A estrutura populacional da espécie P. punctata foi analisada quanto 
ao tamanho dos grupos demográficos, distribuição de machos e fêmeas em classes de 
tamanho e razão sexual. Os indivíduos foram coletados mensalmente no período de 
setembro de 1995 a agosto de 1996 em 8 transectos na enseada de Ubatuba, litoral norte 
de São Paulo, Brasil. As coletas foram realizadas com um barco de pesca equipado com 
rede de arrasto do tipo “double-rig”.Os indivíduos foram separados quanto ao sexo pela 
morfologia do abdômen e mensurados quanto à largura da carapaça (L.C.) utilizando um 
paquímetro. Os indivíduos com abdômen selado foram considerados jovens. Para 
verificar diferenças nas médias de tamanho de jovens, fêmeas e machos adultos utilizou-
se o teste de Kruskal – Wallis. Os machos e as fêmeas foram distribuídas em classes de 
tamanhos, essas classes foram estabelecidas seguindo o método de Sturges com intervalos 
de 3 mm. A razão sexual foi obtida pela divisão do número de machos pelo de fêmeas 
(M:F) e analisada pelo teste binomial. Foram amostrados 322 indivíduos, sendo 129 
jovens, 87 machos e 108 fêmeas. Para os jovens, fêmeas e machos a média de tamanho 
da L.C. foi de 22,7± 2,7, 32,4 ±6,7 e 29,9 ±4,1 mm, respectivamente. Apenas média do 
 
32 
Anais do VII Congresso de BIociências 
tamanho dos jovens foi estatisticamente menor que de machos e fêmeas (H= 201,06 e 
p<0,05). Embora não significativo, fêmeas apresentaram média de L.C. maior que os 
machos. A maior abundância de ambos os sexos ocorreu nas classes de tamanho 
intermediárias (22-|34) da L.C., sendo que nas últimas classes houve poucas fêmeas e 
nenhum macho. A razão sexual foi de 1,0:1,1 (p>0.05). Nosso estudo mostrou que não 
há diferença de tamanho entre machos e fêmeas para esta espécie nesta Enseada, esse 
resultado difere de outros autores os quais encontraram machos maiores que fêmeas. O 
fato de não ter sido encontrado diferença no tamanho, ocorreu possivelmente em 
decorrência da razão sexual ter sido muito próxima de 1:1, resultando em menor 
competição de machos por fêmeas e menor direcionamento de energia dos mesmos para 
o crescimento. Além disso, a distribuição de fêmeas em classes de tamanho com maiores 
valores de L.C. diverge de outros estudos onde há maior presença de machos nas ultimas 
classes de tamanho. 
Financiamento: Fapesp, CNPq, CAPES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Anais do VII Congresso de BIociências 
CAPTURA DE RNA DO VÍRUS DA CINOMOSE 
CANINA POR BEADS MAGNÉTICAS DE 
STREPTAVIDINA E APLICAÇÃO NA RT-qPCR 
Lucas Cardoso Lazari*1 , Caroline Rodrigues Basso², João Pessoa Araújo Junior1 
, Claudia de Camargo Tozato1 . 
1. Instituto de Biotecnologia, Botucatu, São Paulo, Brasil. 
2. Instituto de Biociências, Departamento de Química, Botucatu, São Paulo, Brasil. 
*lucaslazari02@gmail.com 
 
Palavras-chave: Cinomose canina, beads magnéticas, sondas de DNA. 
 
O Vírus da Cinomose Canina (CDV) possui ocorrência mundial e infecta animais da 
ordem Carnívora. Este vírus é altamente transmissível e potencialmente fatal, sendo o 
diagnóstico um dos maiores desafios para o tratamento da doença, visto que os sintomas 
são pouco específicos. O desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico é necessário 
para tornar o tratamento da doença mais eficiente, rápido e barato. Atualmente, o 
diagnóstico in vivo é realizado através da técnica de PCR em tempo real em amostras de 
urina. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma nova técnica de capturar o RNA 
viral através da utilização de beads magnéticas de streptavidina conjugadas com uma 
sonda de DNA específica para o CDV (5’- [Biotina]TTAACTCTCCAGAAAA-3’) 
marcada com biotina para a captura de RNA mensageiro viral presente na urina do animal 
infectado. Para isso, foi realizada a conjugação das beads com a sonda biotinilada. As 
amostras de urina foram adicionadas a 100 µl do tampão a ser utilizado a 70ºC, o 
sobrenadante foi removido e em seguida foi adicionado mais 100 µl a 40ºC e o conteúdo 
foi agitado a 300 rpm por 30 minutos, o sobrenadante foi removido e mais uma etapa de 
lavagem com tampão a 40ºC foi realizada, por fim, 50 µl de tampão de eluição a 70ºC 
(10 mM Tris-HCl (pH 7.5) e 1 mM EDTA) foram adicionados, o conteúdo agitado e o 
sobrenadante separado. Este procedimento foi realizado com três diferentes tampões a 
fim de avaliar a eficiência na liberação do RNA, sendo eles Tampão 1 (High SDS Buffer 
(7% SDS, 50% de Formamida, 5x de SSC, 0.1% de N-laurylsarcosina (m/v) e 50mM de 
Fosfato de Sódio)), Tampão 2 (Standart Buffer + Formamide (50% de Formamida, 5x de 
SSC, 0.1% de N-laurylsarcosina (m/v) e 0.02% de SDS (m/v)) e Tampão 3 (Standart 
Buffer: 5x de SSC, 0.1% de N-laurylsarcosina (m/v) e 0.02% de SDS(m/v)). O produto 
 
34 
Anais do VII Congresso de BIociências 
da captura/extração do RNA foi submetido ao kit Quanti fast SYBER Green RT-PCR 
(204156; Quiagen). Os resultados foram comparados com a amostra extraída com o kit 
comercial (kit Norgen (17200). Para o controle positivo, foram utilizadas amostras 
sabidamente positivas extraídas pelo kit comercial e o mesmo foi feito para o controle 
negativo. Os resultados obtidos demonstraram que houve um decréscimo do CT (número 
de ciclos necessários para obter um sinal na qPCR)quando utilizado o Tampão 2, 
enquanto os outros tampões obtiveram os valores de CT de 32, ou seja, foram necessários 
menos ciclos para que houvesse um sinal positivo quando utilizado o Tampão 2, além 
disso, demostrando a captura do RNA viral pela sonda conjugada nas beads magnéticas. 
Foi possível observar através de comparação de expressão relativa entre a amostra 
extraída com sonda e sem sonda que a primeira obteve 128 vezes mais material genético 
do que a segunda. No entanto, o método não conseguiu atingir a eficiência do padrão 
ouro. Dessa forma, podemos concluir que este novo método de extração é inovador e 
promissor, sendo necessários mais esforços na padronização do experimento, tornando-o 
mais eficiente a ponto de competir com os kits comerciais. 
Financiamento: Fapesp - 2015/20752-2; 2017/24277-2 
 
35 
Anais do VII Congresso de BIociências 
CARACTERIZAÇÃO DE CHAPÉU DE PRAIA 
(TERMINALIA CATAPPA) PARA APLICAÇÃO 
COMO BIOSSORVENTE 
Paula Chiachia Pasta1*, Gilmar Martins Pereira2, Joseane Rabelo1, Vinicius 
Vicente Giandoni3, Adrielli Cristina Peres da Silva1, Alexandre de Oliveira 
Jorgetto1, Gustavo Rocha de Castro1. 
1 UNESP – IBB, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu/SP, Brasil. 
2 UNESP – Instituto de Química, Araraquara/SP, Brasil. 
3 UNESP – Faculdade de Ciências, Departamento de Química, Bauru/SP, Brasil. 
*email: paulacpasta@gmail.com 
 
Palavras-chave: bioacumulação; metais; biotecnologia ambiental. 
 
Terminalia catappa, espécie pertencente à família Combretaceae, é considerada uma 
planta ornamental e, geralmente pode ser encontrada em regiões tropicais e subtropicais. 
Conhecida como amendoeira, castanheira, castanhola, chapéu-de-sol, chapéu-de-praia, 
sete-copas, a espécie pode atingir de 25 a 40 metros de altura, sendo originária do sul da 
Ásia, mais precisamente da Índia, Malásia, Filipinas e Indonésia. Foi introduzida no 
Brasil com o propósito de recuperação de áreas degradadas, reflorestamento e arborização 
urbana e rural. Duas vezes por ano, as árvores perdem totalmente as folhas, sendo 
tolerantes a ambientes salinos. Desta forma, tornou-se muito típica nas beiras das praias 
e restingas, podendo ser encontrada do norte ao sul do Brasil. Já os frutos servem de 
alimento para morcegos que ajudam na disseminação das suas sementes. As folhas se 
constituem de extratos polares polifenólicos, em especial os taninos, sendo comprovada 
a presença de ácido gálico e ácido elágico, mediante cromatografia líquida de alta 
eficiência (HPLC) em plantas cultivadas em orlas das praias de Santos, estado de São 
Paulo. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi a caracterização do biossorvente para 
posterior aplicação na remoção de metais presentes em efluentes líquidos e águas naturais. 
O adsorvente foi processado até se obter um pó bruto com partículas padronizadas entre 
63µm - 106µm. Foram feitas análises de Espectroscopia na Região do Infravermelho com 
transformada de Fourier(FTIR), Ressonância Magnética Nuclear de 13C (RMN), análise 
elementar de enxofre e nitrogênio, ponto de carga zero (pHPZC), além da área superficial 
por meio de BET (Brunauer, Emmett, Teller). Para ensaios futuros de adsorção, podem 
 
36 
Anais do VII Congresso de BIociências 
ser realizados experimentos em batelada em função do pH, tempo de contato e capacidade 
máxima de adsorção. Os dados obtidos das análises servirão como base para ensaios de 
sistemas em batelada e em fluxo (pré-concentração de metais). Os resultados indicaram 
espectro principal de um polissacarídeo, tendo como principal constituinte a celulose 
(grupos glicosídicos), e as seguintes bandas dos grupos químicos: 3614 cm-1, podendo ser 
atribuída ao estiramento vibracional de grupos OH; enquanto que, na região de 2915 e 
2843 cm-1, duas bandas que podem ser atribuídas ao estiramento vibracional simétrico e 
assimétrico de CH2, respectivamente; estiramentos vibracionais de ligações N-H na 
região de 3300-3250 cm-1; na região de 1640 cm-1, estiramento de grupos carbonila (C=O) 
de grupos funcionais amida; na região de 1730 cm-1, estiramento de grupos carbonila de 
ácidos carboxílicos, os quais podem atuar na complexação de espécies metálicas por 
processos de troca iônica; além de vibrações angulares N-H observadas na região de 1556 
e 1538 cm-1. Com base nos resultados das análises por FTIR e RMN foi possível verificar 
a existência de grupos nitrogenados e sulfurados na estrutura do material, corroborando 
os resultados entre as análises. Além disso, o material foi submetido a análise elementar 
para quantificação de enxofre e nitrogênio que indicou a presença de 12,0 ± 1,16 e 0,7 ± 
0,08 g/Kg, respectivamente. O pHpzc corresponde ao valor onde pH se mantem constante 
(efeito tampão), sendo o pH = 7,18. De acordo com os resultados, o intervalo de pH no 
qual o pH da superfície do material é nula está localizado no intervalo de 5,73 a 8,84. A 
partir da isoterma de adsorção/dessorção de nitrogênio, é possível verificar que seu perfil 
assemelha-se à isoterma do tipo II, sendo característico de materiais de baixa área 
superficial (menor que 1 m2 g-1), não-porosos ou que apresentem macroporosidade. Ao 
se analisar a distribuição do tamanho médio de poros para este material, pode-se notar 
que este praticamente não apresenta micro- e/ou mesoporosidade, estando de acordo com 
seu respectivo tipo de isoterma. Conclui-se que o material é um biossorvente com 
potencial capacidade de adsorção, pois grupos nitrogenados presentes em suas partículas 
podem atuar na coordenação de espécies metálicas em solução. 
Financiamento: FAPESP, CNPq, CAPES 
 
 
CARANGUEJOS (DECAPODA, BRACHYURA) 
DO SUBSTRATO NÃO-CONSOLIDADO NAS 
 
37 
Anais do VII Congresso de BIociências 
PROXIMIDADES DE DUAS ILHAS DO 
LITORAL NORTE PAULISTA 
Amanda Thaís Godoy¹*, Camila Hipólito Bernardo1, Gabriel Felippe Barros 
Rodrigues¹, Verônica Pereira Bernardes¹, Francislene Karina Martins¹, Jeniffer 
Natália Teles¹, Thiago Elias Da Silva¹. 
¹Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Zoologia, Instituto de 
Biociências, Botucatu, SP, Brasil.*amandagodoy123@gmail.com 
 
Palavras – chave: Ubatuba, ilha das couves, ilha do mar virado, biodiversidade. 
 
A biodiversidade marinha pode ser melhor compreendida a partir do conhecimento tanto 
da ocorrência como da abundância dos organismos bentônicos, além do funcionamento e 
da estrutura dessas assembleias. Este estudo investigou a diversidade dos braquiúros do 
substrato não consolidado nas proximidades das Ilhas das Couves e do Mar Virado, região 
de Ubatuba, litoral norte paulista. Os caranguejos foram coletados, mensalmente, de 
janeiro de 1998 a dezembro de 1999 por meio de arrastos. Estes foram feitos por um barco 
de pesca camaroeiro, equipado com redes do tipo double-rig, durante 30 minutos, numa 
extensão de18000 m², aproximadamente. Os índices ecológicos de Shannon (H’) e 
equitabilidade de Pielou (J’) foram utilizados para analisar os dados obtidos. Os valores 
obtidos para tais índices foram comparados entre os dados das duas Ilhas, utilizando-se o 
teste-T bicaudal (p<0,05). Foram capturados 2221 indivíduos pertencentes a 42 espécies, 
28 gêneros e 13 famílias de braquiúros (Dromiidae, Aethridea, Menippidae, Leucosiidae, 
Epialtidae, Inachidae, Inachoididae, Majidae, Parthenopidae, Pilumnidae, Portunidae, 
Panopeidae e Xanthidae). Do total de caranguejos obtidos, 20 espécies foram comuns 
para as duas ilhas, 10 ocorreram somente na Ilha das Couves (H’ = 1,07; J’ = 0,73) e 12, 
somente na Ilha do Mar Virado (H’ = 1,17; J’ = 0,65). As três espécies mais abundantes 
foram Callinectes ornatus Ordway, 1968 (1164 indivíduos), Hexapanopeus paulensis 
Rathbun, 1930 (272 indivíduos) e Hepatus pudibundus (Herbst,1785)(220 indivíduos). 
Não foi constatada diferença estatística dos índices ecológicos entre os dados das duas 
ilhas (p>0,05). Contudo, este estudo revelou uma alta diversidadee riqueza de braquiúros 
na região, a qual pode ser considerada uma importante área de colonização e manutenção 
de caranguejos braquiúros. Os resultados aqui apresentados fornecem suporte para 
 
38 
Anais do VII Congresso de BIociências 
estudos futuros sobre comparação e monitoramento ambiental, além de indicar que a área 
estudada deve ser preservada e monitorada protegendo esta diversidade de crustáceos. 
Financiamento: Fapesp e Capes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
CASUÍSTICA DE ANIMAIS PROVENIENTES DE 
APREENSÃO NO CEMPAS – BOTUCATU, ESTUDO 
RETROSPECTIVO DE 2017 
Hippólito¹*, Alícia Giolo; Stanski², Gilson; Oliveira¹, Elton Luís Ritir; Rolim¹, 
Luna Scarpari; Borges¹, Mariana Fischer; Freirias¹, Cristianne Dantas; Bisca¹, 
Jacqueline Muniz; Alves¹, Arthur Carlos da Trindade; Gonçalves¹, Raphael 
Augusto Baldissera; Teixeira¹, Carlos Roberto. aliciamedvet@gmail.com 
¹ CEMPAS – Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens; 
Departamento de Cirurgia e Anestesiologia; Unesp – Faculdade de Medicina 
Veterinária e Zootecnia, Campus Botucatu 
² NUBECC – Grupo de estudos sobre Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos; 
Departamento de Zoologia; Unesp – Instituto de Biociências, Campus Botucatu 
 
Palavras-chave: tráfico; ilegal; destinação de fauna; silvestres 
 
O Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens (CEMPAS) da Universidade 
“Julio de Mesquita Filho”, Campus Botucatu está inserido no Hospital Veterinário da 
UNESP com o objetivo de prestar atendimento médico veterinário especializado aos 
animais selvagens, sendo eles de vida-livre, resgatados por órgãos públicos, 
encaminhados pela população ou mantidos como animais de estimação não 
convencionais. Portanto, este trabalho tem objetivo apresentar os grupos animais que 
foram apreendidos pelos órgãos ambientais no ano de 2017 e posteriormente trazidos ao 
CEMPAS. Foram realizados 1429 atendimentos, destes 30% (422) eram animais oriundos 
de apreensão de 14 cidades diferentes, entre elas Marília, Ribeirão Preto e Londrina no 
estado do Paraná, com destaque para aves (392) que somaram 92% dos animais 
apreendidos, e dentro dessa classe 90% (354) são da ordem passeriformes, seguida por 
psittaciformes 8% e de menor prevalência piciformes e cariamiformes (1,4% e 0,6% 
respectivamente). Os animais recebidos de outros grupos somaram 8% ou 30 indivíduos, 
sendo 14 mamíferos, 12 répteis e 4 artrópodes. Essas apreensões são resultados do tráfico 
ilegal de animais silvestres, atividade que é hoje o terceiro maior comércio ilícito do 
mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. Em relação às aves, grupo 
mais afetado, encontramos na literatura que diversidade de cores e canto, assim como sua 
maior distribuição geográfica são os principais fatores que influenciam na alta 
 
40 
Anais do VII Congresso de BIociências 
porcentagem de captura desse grupo, além de alto preço no mercado de algumas espécies 
consideradas mais raras. Mediante a isto é urgente que campanhas de educação ambiental, 
orientação e conscientização da população contra a compra ou posse de animais selvagens 
sem registro (legais) sejam frequentes. Pois a conscientização é uma das ferramentas mais 
eficazes para combater o tráfico de animais silvestres. E é nesse sentido que o CEMPAS 
tem um papel importantíssimo não só no atendimento dos animais debilitados, como 
também visitas monitoradas, capacitação de profissionais para diversas atividades como: 
a própria educação ambiental, desenvolvimento de pesquisas científicas, resgate e 
reabilitação de animais com posterior soltura em locais apropriados e definidos pelos 
órgãos competentes. Atualmente os três centros de triagem de animais silvestres no estado 
de São Paulo operaram acima de sua capacidade de recebimento e em muitos casos com 
super população. No estado do Paraná, o único órgão que recebia animais silvestres foi 
fechado em junho de 2017. Portanto, os resultados desse estudo e a condição de 
superlotação de outros locais de destinação da fauna no estado de São Paulo evidenciam 
a importância do CEMPAS como local de recebimento da fauna apreendida para 
reabilitação, soltura, educação ambiental e conservação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
Anais do VII Congresso de BIociências 
CASUÍSTICA DE RÉPTEIS ATENDIDOS NO 
CEMPAS – BOTUCATU, ESTUDO 
RETROSPECTIVO DE 2017 
Freirias1*, Cristianne Dantas; Alves, Arthur Carlos da Trindade; 
Gonçalves1,Raphael Augusto Baldissera; Borges1, Mariana Fischer; Rolim1, 
Luna Scarpari; Hippólito1, Alícia Giolo; Oliveira1, Elton Luís Ritir; 
Pinhatti,Carime Carrera; Bisca1, Jacqueline Muniz; Teixeira1, Carlos Roberto. 
cristianne2405@hotmail.com 
1 CEMPAS – Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens; 
Departamento de Cirurgia e Anestesiologia; Unesp – Faculdade de Medicina 
Veterinária e Zootecnia, Campus Botucatu 
 
Palavras-chave: herpetologia; testudíneos, squamata, crocodilianos 
 
Introdução: A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade 
Estadual Paulista (UNESP), possui um Centro de Medicina e Pesquisa em Animais 
Selvagens (CEMPAS) com o objetivo de prestar atendimento especializado a animais 
selvagens, capacitar profissionais, reabilitar animais, obter dados para pesquisas e realizar 
educação ambiental. No Brasil, hoje, existem 633 espécies de répteis catalogadas, sendo 
esse o terceiro maior país em biodiversidade de répteis do mundo Objetivo: Este estudo 
retrospectivo objetivou quantificar e analisar os atendidos prestados aos répteis pelo 
CEMPAS em 2017, para melhor compreensão de quais espécies predominam no local e 
quais os principais motivos que os levam ao atendimento médico especializado, tendo em 
vista a tamanha importância dessa classe no equilíbrio ambiental. Materiais e Métodos: 
Foi realizado um levantamento e análise da casuística dos répteis atendidos no ano 2017 
no CEMPAS. Resultados e Discussão: Em 2017 foram atendidos 1429 animais no 
CEMPAS, destes 77 eram répteis, ou seja, apenas 5,38 % do total de atendimentos. Desta 
classe, 48,05% (37) dos animais atendidos eram testudíneos, 32,46 % (25) serpentes, 
10,39% (8) lagartos e apenas 9,09% (7) crocodilianos. Do total de répteis atendidos, 
29,87% (23) foram jabutis, sendo que destes, 19 foram trazidos por seus tutores. Os 
répteis atendidos neste período foram oriundos de diversas cidades, sendo Botucatu a 
mais prevalente, com 71,43% (55) dos casos, seguido de Avaré com 19,99% (10) e 
Lençóis Paulista com 3,9% (3). Dos animais atendidos, 33,77% (26) foram entregues ao 
 
42 
Anais do VII Congresso de BIociências 
CEMPAS por munícipes, 31,17% (24) possuíam proprietários, 15,58% (12) foram 
oriundos de apreensão e 14,28% (11) foram resgatados. 45,45% (35) destes indivíduos 
estavam hígidos, enquanto que 18,19% (14) sofreram algum tipo de trauma, sendo os 
mais frequentes atropelamento ou ataque por cachorro. Os dados apontam uma maior 
necessidade de conscientização da população sobre a importância dessas espécies na 
cadeia ecológica e portanto a necessidade da especialização da medicina desses animais. 
Conclusão: Esse estudo permite melhor compreender o padrão de atendimento prestado 
aos répteis pelo CEMPAS, podendo este atuar como uma ferramenta para futuros projetos 
que visem o bem-estar dessa classe de animais, como atividades de conscientização da 
população local e capacitação dos profissionais envolvidos no resgate, apreensão e 
atendimento médico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do VII Congresso de BIociências 
COMO LIBINIA FERREIRAEBRITO CAPELLO, 
1871 (BRACHYURA, MAJOIDEA) DISTRIBUI-SE 
ESPACIALMENTE EM TRÊS ENSEADAS DO 
LITORAL NORTE PAULISTA? 
Ana Clara Denadai¹*, Amanda Thaís Godoy¹, Aline Nonato De Sousa¹, Gabriel 
Felippe Barros Rodrigues¹,

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