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Anais do VII Congresso de Biociências 14 e 16 de maio de 2018 Instituto de Biociências UNESP – Botucatu/SP 2018 REALIZAÇÃO: COMISSÃO ORGANIZADORA DOCENTE: Profª. Dra. Ana Carolina Inhasz Kiss Profº. Dr. Helton Carlos Delicio Profª. Dra. Camila Kissman Profº. Dr. Felipe Wanderley de Amorim Profº. Dr. Paulo Eduardo Martins Ribolla Profª. Dra. Selma Maria Michelin Matheus Profº. Dr. Willian Fernando Zambuzzi COMISSÃO ORGANIZADORA DISCENTE: Aisni Mayumi Correa de Lima Adachi Amanda Rodrigues Marques da Silva Ana Clara Denadai Arthur Alves Sartori Bruna Rodrigues Martins Bruno de Campos Souza Bruno Salata Gabriel Araujo Kurokawa Giovana da Silva Ribeiro Giovana Rafaela Stelzer Monar Isabelle Mira Julia Stein Juliana Lourenço da Silva Pereira Larissa Nunes de Oliveira Lucas Alves da Costa Silva Lurian Yumi Maeda Marina Bonifácio Denadai Tatiane Baptista Zapata http://lattes.cnpq.br/2980874337684490 http://lattes.cnpq.br/6954752882838380 http://lattes.cnpq.br/9547884332684751 http://lattes.cnpq.br/1815431708129679 http://lattes.cnpq.br/4310688998847214 http://lattes.cnpq.br/6747734231577456 http://lattes.cnpq.br/2477321304256866 http://lattes.cnpq.br/3837937751132193 http://lattes.cnpq.br/6950231925796718 http://lattes.cnpq.br/1760997065868770 http://lattes.cnpq.br/0115128970421487 http://lattes.cnpq.br/1818578361038645 http://lattes.cnpq.br/9287830779174165 http://lattes.cnpq.br/9844868020153521 http://lattes.cnpq.br/7380613471567136 http://lattes.cnpq.br/6037344765785663 APRESENTAÇÃO O Congresso de Biociências é uma iniciativa do corpo docente e discente do Instituto de Biociências de Botucatu, que visa complementar a formação de graduandos, pós-graduandos e profissionais ligados ao campo biológico. O evento busca integrar diversas áreas da Ciência, atendendo o acadêmico e interessado pela área de Ciências Biológicas, Biomedicina, Física Médica e Nutrição. Para tanto desenvolvemos uma programação que reúne temas acerca de saúde, microbiologia, biotecnologia, zoologia, botânica, ecologia, entre outros através de um circuito de palestras, minicursos e mesas redondas. Além disso, contamos também com apresentações de trabalhos na forma de pôster e oralmente que serão avaliados por uma comissão científica composta por professores e pós-graduandos da UNESP, campus de Botucatu. Como pode ser observado na programação (Figura 1), os pesquisadores participarão do evento ativamente, seja como participantes da mesa redonda, de palestras, de mini-cursos teórico-prático. A permanência dos mesmos, durante o VII Congresso de Biociências, propiciará aos participantes a troca de experiência nas mais variadas áreas do estudo. /Figura 1.Folder de divulgação Índice ABUNDÂNCIA DE Dardanus insignis (SAUSSURE, 1858) (CRUSTACEA, ANOMURA) FRENTE ÀS VARIAÇÕES AMBIENTAIS NA ENSEDA DE UBATUBA, SÃO PAULO, BRASIL ........................................................................................................................................ 8 ANÁLISE HISTOQUÍMICA COMPARATIVA DOS NECTÁRIOS NUPCIAL E EXTRA NUPCIAL EM FLORES DE Amphilophium elongatum (VAHL.) L. G. LOHMANN (BIGNONIACEAE) .................................................................................................................. 10 ANTOCIANINAS RELACIONAM-SE À COLORAÇÃO E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE SUCOS INTEGRAIS DE UVAS* ..................................................... 12 APLICAÇÃO DE CHAPÉU DE PRAIA (Terminalia catappa) NA ADSORÇÃO DE METAIS EM MEIO AQUOSO ............................................................................................... 14 ASPECTOS DE QUALIDADE EM VINHOS TINTOS PRODUZIDOS NO ESTADO DE SÃO PAULO .............................................................................................................................. 16 A TEMPERATURA COMO FATOR MODULADOR DA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DO SIRI Charybdis hellerii (A. MILNE-EDWARDS, 1867) (CRUSTACEA: BRACHYURA: PORTUNOIDEA), UMA ESPÉCIE INVASORA NO LITORAL NORTE PAULISTA................................................................................................................................. 18 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA “GRAND NAINE” AO LONGO DO AMADURECIMENTO ...................................................................................... 20 AVALIAÇÃO DA DISPUTA DE TERRITÓRIO POR DILOCARCINUS PAGEI STIMPSON, 1861 (CRUSTACEA, BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE), EM LABORATÓRIO1 ..................................................................................................................... 22 AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DO PIBID NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA............................................. 24 AVALIAÇÃO DE CÉLULAS IMUNOLÓGICAS DOS PERFIS COMPORTAMENTAIS DE PERSONALIDADE SHY E BOLD EM PEIXE. .............................................................. 26 AVIFAUNA DO MUNICÍPIO DE PIRAJUÍ, INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. ..................................................................................................................................... 28 BIOLOGIA POPULACIONAL DO CARANGUEJO Persephona punctata (LINNAEUS, 1758) (CRUSTÁCEA, LEUCOSIDAE) NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO .......... 31 CAPTURA DE RNA DO VÍRUS DA CINOMOSE CANINA POR BEADS MAGNÉTICAS DE STREPTAVIDINA E APLICAÇÃO NA RT-qPCR ........................... 33 CARACTERIZAÇÃO DE CHAPÉU DE PRAIA (Terminalia catappa) PARA APLICAÇÃO COMO BIOSSORVENTE .............................................................................. 35 CARANGUEJOS (Decapoda, brachyura) DO SUBSTRATO NÃO-CONSOLIDADO NAS PROXIMIDADES DE DUAS ILHAS DO LITORAL NORTE PAULISTA ....................... 36 CASUÍSTICA DE ANIMAIS PROVENIENTES DE APREENSÃO NO CEMPAS – BOTUCATU, ESTUDO RETROSPECTIVO DE 2017 ......................................................... 39 CASUÍSTICA DE RÉPTEIS ATENDIDOS NO CEMPAS – BOTUCATU, ESTUDO RETROSPECTIVO DE 2017 ................................................................................................... 41 COMO LIBINIA FERREIRAEBRITO CAPELLO, 1871 (Brachyura, majoidea) DISTRIBUI-SE ESPACIALMENTE EM TRÊS ENSEADAS DO LITORAL NORTE PAULISTA? ............................................................................................................................... 43 COMO O DEFESO DO CAMARÃO AFETA A COMUNIDADE DE CARANGUEJOS ERMITÕES (CRUSTACEA: ANOMURA) NO LITORAL NORTE PAULISTA............. 45 COMUNIDADE DE AVES EM ÁREA DE REGENERAÇÃO FLORESTAL NO JARDIM BOTANICO MUNICIPAL DE BAURU ................................................................ 47 CORREÇÃO ORTOGNÁTICA COM RESINA PARA DESVIO DE RINOTECA E GNATOTECA EM PAPAGAIO-VERDADEIRO (AMAZONA AESTIVA) – RELATO DE CASO ................................................................................................................................... 50 COMPARAÇÃO ANATÔMICA ENTRE AS BRÂNQUIAS DE Litopenaeus schmitti (BURKENROAD, 1936) E Farfantepenaeus brasiliensis (LATREILLE, 1817) .................. 52 COMPARAÇÃO ENTRE O USO DE SUTURA E ASSOCIAÇÃO DA SUTURA COM SELANTE DE FIBRINA (CEVAP) NO MÚSCULO SÓLEO APÓS LESÃO NERVOSA PERIFÉRICA ............................................................................................................................ 54 COMPARAÇÃO DO MÚSCULO PEITORAL PROFUNDO ENTRE Chelonoidis carbonaria, Chelonia mydas E Phrynops geoffroanus ............................................................. 56 COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA PRATA-ANÃ AO LONGO DO AMADURECIMENTO .................................... 58 COMPOSTOS BIOATIVOS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANAS “DANGOLA” AO LONGO DO AMADURECIMENTO E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO ............................................................................................ 62 COMPOSTOS BIOATIVOS ECAPACIDADE ANTIOXIDANTE EM POLPAS DE BANANAS “DANGOLA” AO LONGO DO AMADURECIMENTO E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO ............................................................................................ 62 CONTEÚDO DE SÓLIDOS SOLÚVEIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM COMBINAÇÕES DE SUCO DE UVA ................................................................................... 64 CRESCIMENTO JUVENIL DO CARANGUEJO MITHRACULUS FORCEPS A. MILNE-EDWARDS, 1875 (CRUSTACEA, DECAPODA, BRACHYURA) ....................... 66 DESNUTRIÇÃO PROTEICA PERINATAL NÃO AFETA MORFOLOGIA E O METABOLISMO GLICOLÍTICO DO MÚSCULO EXTENSOR LONGO DOS DEDOS (EDL) EM RATOS ENVELHECIDOS. .................................................................................. 68 DESENVOLVIMENTO ONTOGENÉTICO (JOVENS E ADULTOS) DO CAMARÃO LOUVA-A-DEUS Squilla brasiliensis (DECAPODA: STOMATOPODA) .......................... 70 DIMORFISMO SEXUAL DO CAMARÃO LOUVA-A-DEUS Squilla brasiliensis (DECAPODA: STOMATOPODA) ......................................................................................... 72 DISPERSÃO SECUNDÁRIA POR BESOUROS COPRÓFAGOS DE SEMENTES DEFECADAS PELO MICO-LEÃO-PRETO (Leontopithecus chrysopygus) ...................... 74 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO ERMITÃO Loxopagurus loxochelis (MOREIRA, 1991) (CRUSTACEA: PAGUROIDEA) NA ENSEADA DE MAR VIRADO, SP, BRASIL ....... 76 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO SIRI Callinectes ornatus (ORDWAY, 1863) (CRUSTACEA, PORTUNIDAE) NA REGIÃO DE UBATUBA, BRASIL ......................... 77 DISTRIBUIÇÃO DE TECIDO CONJUNTIVO NO VENTRÍCULO DE Brycon amazonicus (SPIX E AGASSIZ, 1829) (TELEOSTEI, CHARACIFORME) ...................... 79 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE Charybdis hellerii (A. MILNE-EDWARDS, 1867) (CRUSTACEA, PORTUNOIDEA)NA REGIÃO DE UBATUBA, SP, BRASIL ................ 81 DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DE Loxopagurus loxochelis (ANOMURA, DIOGENIDAE) FRENTE AOS FATORES AMBIENTAIS, NA ENSEADA DE UBATUMIRIM, UBATUBA (SP) ......................................................................................................................... 83 ESTRESSE E MEMÓRIA: EFEITO DO ESTRESSE AGUDO E CRÔNICO NA RETENÇÃO DA MEMÓRIA EM DIFERENTES PERFIS DE PERSONALIDADE EM TILÁPIAS-DO- NILO .............................................................................................................. 85 EFEITOS DO TRATAMENTO COM ÁCIDO SALICÍLICO NA PÓS-COLHEITA EM UVAS DO TIPO "NIÁGARA ROSADA" .............................................................................. 87 ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO Persephona mediterranea (HERBST, 1874) (CRUSTACEA, LEUCOSIIDAE) NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO ....................................................................................................................................... 89 ESTRUTURA POPULACIONAL DO ERMITÃO Loxopagurus loxochelis (MOREIRA, 1901) (CRUSTACEA: ANOMURA) NO LITORAL NORTE PAULISTA ......................... 91 EXTRATOS DE PIPER FULIGINEUM KUNTH E PIPER UMBELLATUM L. INIBEM A PRODUÇÃO DA IL-1 Β. .......................................................................................................... 92 FATORES AMBIENTAIS MODULADORES DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE Loxopagurus loxochelis (ANOMURA, DIOGENIDAE) NO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL ..................................................................................... 94 FREQUÊNCIA DIFERENCIAL DE ALIMENTAÇÃO DE FILHOTES É REFLEXO DE ESTRUTURA SOCIAL EM MALURUS LAMBERTI (AVES: MALURIDAE). .............. 96 GOTA ÚRICA EM PSITACÍDEOS: REVISÃO DE LITERATURA ................................. 99 HÉRNIA ABDOMINAL EM Nymphicus hollandicus – RELATO DE CASO .................. 101 INIBIÇÃO DA MOTILIDADE DE ESPERMATOZOIDES DE CAMUNDONGOS POR ANTICORPO CONTRACEPTIVO ANTI-EPPIN .............................................................. 103 INFLUÊNCIA DA DISPONIBILIDADE DE CONCHAS DE GASTRÓPODES AO DESENVOLVIMENTO DO ERMITÃO Loxopagurus loxochelis ..................................... 105 INFLUÊNCIA DOS EXTRATOS DE Piperaduncum LINNAEUS e P. tuberculatum JACQ SOBRE A PRODUÇÃO DE IL-1β ........................................................................................ 107 INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DA ÁGUA NA RIQUEZA E DIVERSIDADE DOS ERMITÕES (DECAPODA, ANOMURA) AO LONGO DO LITORAL SUDESTE BRASILEIRO .......................................................................................................................... 109 LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE PARA ESTIMULAÇÃO DE CONTRAÇÃO DE FERIDA EM Anser anser – RELATO DE CASO .............................. 111 MEIO ENRIQUECIDO COM TITÂNIO INTERFERE EM VIAS DE SOBREVIVÊNCIA E PROLIFERAÇÃO DE CÉLULAS ENDOTELIAIS ........................................................ 112 MONOGENÉTICOS PARASITOS DE RHAMDIA QUELEN (SILURIFORMES, HEPTAPTERIDAE) DO RESERVATÓRIO DE JURUMIRIM, ALTO RIO PARANAPANEMA, SÃO PAULO, BRASIL ...................................................................... 114 OBSTRUÇÃO DO DUCTO NASOLACRIMAL EM COELHO DOMÉSTICO (ORYCTOLAGOS CUNICULI) ........................................................................................... 116 OCUPAÇÃO DIFERENCIAL DE Libinia ferreirae BRITO CAPELLO, 1871 (BRACHYURA, MAJOIDEA)ENTRE AS ESTAÇÕES DO ANO, LITORAL NORTE PAULISTA............................................................................................................................... 118 PODODERMATITE E GOTA ÚRICA ARTICULAR EM GALINHA DOMÉSTICA (GALLUS GALLUS DOMESTICUS) – RELATO DE CASO ........................................... 120 PERÍODO REPRODUTIVO DE CALLINECTES ORNATUS ORDWAY, 1863 (CRUSTACEA, PORTUNOIDEA) NA REGIÃO DE UBATUBA, BRASIL .................... 122 PESQUISA DE ANCYLOSTOMA EM FEZES DE DEZ EXEMPLARES DE PUMA CONCOLOR MANTIDOS EM CATIVEIRO. ..................................................................... 124 PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS DOS QUINTAIS FLORESTAIS DE PROPRIEDADES RURAIS NO MUNICÍPIO DE BOTUCATU/SP: UTILIZAÇÃO, ASPECTOS FITOTÉCNICOS, NUTRICIONAIS, COMPOSIÇÃO QUÍMICA, TOXICOLOGIA E USO MEDICINAL ................................................................................ 126 PRINCIPAIS DISTURBIOS NUTRICIONAIS E DOENÇAS RELACIONADAS EM PSITTACIFORMES – Revisão Bibliográfica ...................................................................... 128 PROCESSAMENTO TÉRMICO ALTERA O PERFIL DE CAROTENOIDES EM COUVES-FLORES COLORIDAS* ...................................................................................... 131 REDUÇÃO DE PROLAPSO DE OVIDUTO EM JIBÓIA (Boa constrictor, Linnaeus 1758) – RELATO DE CASO ............................................................................................................ 133 RELATO DE CASO: OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA POR CANDIDA SP EM TUCANO- TOCO (RAMPHASTOS TOCO) DE VIDA LIVRE ATENDIDO NO CEMPAS. ........... 135 RELAÇÃO DOS FATORES AMBIENTAIS SOBRE O TAMANHO DO ERMITÃO DARDANUS INSIGNIS(DECAPODA, ANOMURA)DA ENSEADA DE UBATUBA, LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL ......................................... 137 RESTRIÇÃO PROTEICA PERINATAL ASSOCIADA AO CONSUMO DE AÇÚCAR PÓS-NATAL ALTERA PROLIFERAÇÃO CELULAR E A ATIVIDADE DE ENZIMAS OXIDATIVAS NA PRÓSTATA VENTRAL DE RATOS. ................................................. 139 RESTRIÇÃO PROTEICA PERINATAL E CONSUMO DE AÇÚCAR PÓS-NATAL ALTERA PARÂMETROS BIOMÉTRICOS E A MORFOLOGIA PROSTÁTICA DA PROLE DE RATOS MACHOS ............................................................................................. 141 SARNA KNEMIDOCÓPTICA EM Sicalis flaveola – RELATO DE CASO ..................... 143 SELANTE HETERÓLOGO DE FIBRINA NA REGENERAÇÃO AXONAL APÓS LESÃO DO NERVO ISQUIÁTICO. .................................................................................... 145 TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO EM TUBOS DE ENSAIO PARA TIPAGEM SANGUÍNEA EM EXEMPLARES DE Leopardus tigrinus ................................................147 USO DE DNA BARCODE NA IDENTIFICAÇÃO DA COMPOSIÇÃO, ABUNDÂNCIA E DINÂMICA REPRODUTIVA DE PEIXES NO RIO MOGI GUAÇU .......................... 149 VIA SEMINÍFERA E ESPERMÁTICA NO CAMARÃO MACROBRACHIUM CARCINUS (LINNAEUS, 1758) ........................................................................................... 151 8 Anais do VII Congresso de BIociências ABUNDÂNCIA DE DARDANUS INSIGNIS (SAUSSURE, 1858) (CRUSTACEA, ANOMURA) FRENTE ÀS VARIAÇÕES AMBIENTAIS NA ENSEDA DE UBATUBA, SÃO PAULO, BRASIL Gabriel Fellipe Barros Rodrigues¹*, Arlene Smargiasse1, Marina Machado da Costa¹, Fabiano Gazzi Taddei² ¹1. “Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos (NEBECC)”. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências de Botucatu, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Botucatu, São Paulo, Brasil. 2Universidade do Estado do Amazonas, Estrada Odovaldo Novo, Km 1, Parintins, Amazonas (AM), Brasil. *gabriel_rod94@hotmail.com Palavras-chave: Paguroidea, correlação, substrato não consolidado, ermitão Entre as espécies de ermitões registradas para o litoral paulista, D. insignis é a espécie mais abundante encontrada em substratos não consolidados. Investigou-se a relação entre a abundância de D. insignis e alguns fatores ambientais. As coletas foram realizadas mensalmente de julho/06 a junho/07, utilizando um barco de pesca com redes “double- rig”. Paralelamente, coletou-se água e sedimento para análise dos fatores ambientais (temperatura, salinidade, textura do sedimento e matéria orgânica).As amostras de sedimento foram coletadas, com uma garra Van Veen, a amostragem de uma área de fundo de 0,06 m² foi realizada para medir o teor de matéria orgânica (%) e a textura dos sedimentos. A textura do sedimento foi medida utilizando a formula φ=- log2d, onde d = diâmetro do grão. Dessa forma maiores valores de phi (φ) representa um substrato mais homogêneo e menores valores correspondem a um substrato mais heterogêneo. A correlação de Spearman foi utilizada para identificar a relação entre as variáveis ambientais e a abundância dos ermitões. Uma análise de regressão foi realizada para verificar se existe uma relação linear entre os fatores ambientais e a abundância. Obteve- se 101 indivíduos. A análise de correlação de Spearman (rs>0,5; p>0,05) revelou que a textura do sedimento (phi) e matéria orgânica apresentaram correlação negativa com a abundância da espécie. A literatura menciona que substratos heterogêneos apresentam 9 Anais do VII Congresso de BIociências uma menor quantidade de matéria orgânica por apresentarem menor superfície de contato, impossibilitando seu maior acúmulo. Sabe-se que a espécie estudada caminha sobre o substrato em busca de presas para se alimentar. Além disso, D. insignis relaciona-se mais frequentemente com substratos biogênicos e heterogêneos, os quais podem apresentar conchas vazias de gastrópodes disponíveis para uso e proteção. O comportamento predatório da espécie, também, pode impedir a coexistência com outras espécies de ermitões nesse tipo de substrato. Financiamento: FAPESP e Capes 10 Anais do VII Congresso de BIociências ANÁLISE HISTOQUÍMICA COMPARATIVA DOS NECTÁRIOS NUPCIAL E EXTRA NUPCIAL EM FLORES DE Amphilophium elongatum (VAHL.) L. G. LOHMANN (BIGNONIACEAE) Hannelise de Kassia Balduino¹*, ¹Daiane Maia Oliveira, ¹Silva Rodrigues Machado, ¹Elza Maria Guimarães Santos. UNESP - Instituto de Biociências, Departamento de Botânica, Botucatu, São Paulo, Brasil. *hannelisekbalduino@hotmail.com Palavras chave: Néctar, interações mutualísticas, diferenças histoquímicas. Bignoniaceae é uma família Neotropical lenhosa, diversa, caracterizada por flores zoófilas e que apresentam néctar como principal recurso trófico. Amphilophium elongatum, uma Bignoniaceae lianescente possui flores tubulares, de coloração creme, com odor suavemente adocicado. Suas flores apresentam dois tipos de nectários com funções ecológicas distintas, nupcial e extranupcial. O primeiro, localizado na base do gineceu, é responsável pela secreção do néctar floral coletado pelos polinizadores; o segundo, localizado no ápice do cálice, é explorado por diferentes insetos não polinizadores. O nectário nupcial é acessado, principalmente, por abelhas médias e grandes, que possuem línguas longas que lhes permitem acessar o néctar armazenado no fundo do tubo floral. Por outro lado, observamos grande diversidade de Hymenoptera associada aos nectários extranupciais, incluindo diversas espécies de formigas e vespas. O conhecimento da natureza química das principais classes de compostos produzidos em cada tipo de nectário é fundamental para se compreender as bases das interações bióticas. O objetivo deste trabalho foi comparar as principais classes de substâncias produzidas nos dois tipos de nectários, as quais podem estar associadas a diferentes interações mutualísticas que ocorrem nesta espécie. Para realização desta análise, secções transversais de flores funcionais, de ambos os nectários recém coletados foram submetidas aos seguintes testes histoquímicos: lugol para amido (Johansen, 1940); azul de alciano para polissacarídeos e mucopolissacarídeos ácidos (Figueiredo et. al., 2007); azul de bromofenol para proteína (Mazia et. al., 1953); vermelho de rutênio para pectinas e mucilagens (Figueiredo et. al., 2007); α-naftol e cloridato de dimetilparafenileno diamina (NADI) para terpenos e óleo-resinas (David & Carde, 1964); cloreto férrico para 11 Anais do VII Congresso de BIociências fenólicos totais (Johansen, 1940) e Sudan III para detecção de lipídios (Pearce, 1980). Polissacarídeos ou mucopolissacarídeos, proteínas, pectinas, mucilagens, terpenos e óleo- resinas foram detectados em ambos nectários. Compostos fenólicos foram detectados unicamente no nectário nupcial, enquanto lipídeos foram verificados unicamente no nectário extranupcial. Carboidratos e aminoácidos, presentes em ambos os nectários, são mais relacionados à alimentação dos visitantes florais, ressaltando que flores que são polinizadas por insetos possuem maiores quantidades de aminoácidos. Os terpenos estão relacionados a atração destes visitantes. Os lipídeos, presentes somente no nectário extranupcial, podem fazer parte da secreção e representar um recurso energético importante para os insetos que forrageiam nessas glândulas, especialmente para as formigas, uma vez que utilizam suas reservas lipídicas para a execução de suas atividades. Por outro lado, proteínas e compostos fenólicos, presentes nos nectários nupciais, podem estar envolvidos na proteção destas estruturas contra visitantes não mutualísticos, incluindo micro-organismos. Assim, as diferenças observadas entre os dois tipos de nectários podem estar associadas com a proteção, atração e requerimentos nutricionais dos diferentes táxons de insetos que participam das interações bióticas envolvendo as flores de A. elongatum. Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 12 Anais do VII Congresso de BIociências ANTOCIANINAS RELACIONAM-SE À COLORAÇÃO E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE SUCOS INTEGRAIS DE UVAS* Gomes Neto, J.F.1**, Domingues Neto, F.J.2, Cunha, S.R.2, Pimentel Junior, A.2, Diamante, M.S.1, Lima, G.P.P.1, Tecchio, M.A.2. 1UNESP, Graduação em Física Medica, Departamento de Química e Bioquímica, 2Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu (SP), Brasil. **joaogomesfreitas5@gmail.com Palavras-chave: Vitis sp, uvas híbridas, uvas para suco, capacidade antioxidante, compostos bioativos. As antocianinas, a atividade antioxidante e a coloraçãode sucos de uvas variam de acordo com as características da cultivar, região de cultivo e clima, podendo, essas variáveis estarem correlacionadas entre si. Geralmente, sucos com coloração mais intensa apresentam maiores conteúdos de antocianinas e maior poder antioxidante. Objetivou-se com esse trabalho analisar a relação entre o teor de antocianinas com a coloração e atividade antioxidante de sucos integrais de uvas. Os sucos de uvas foram elaborados experimentalmente no Laboratório de Bebidas da Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, Botucatu-SP. Foram utilizadas as uvas tintas: ‘Bordô’ (V. labrusca), IAC 138- 22 ‘Máximo’ (híbrido), ‘BRS Violeta’ (híbrido) e ‘Isabel’ (V. labrusca). Após a colheita, as uvas foram desengaçadas e as bagas pesadas e esmagadas em esmagadeira de cilindros, e em seguida levadas para extração a quente sem pressão do bagaço, durante 1 hora em temperatura de 60 ± 5 °C. Após leve prensagem da mistura (casca, mosto e sementes) em prensa manual; o suco foi engarrafado ainda quente em garrafas de vidro âmbar com capacidade de 200 mL e em seguida pasteurizado (3 min a 80 °C). As garrafas foram lacradas, resfriadas e identificadas. Os sucos foram avaliados quanto a coloração (colorimetria e espectrofotometria), teor de antocianinas monoméricas totais e atividade antioxidante (DPPH). Para verificar o agrupamento das respostas dos sucos, realizou-se uma análise multivariada via componentes principais (ACP). A ACP mostrou que as variáveis com maior contribuição para a separação dos sucos de uvas sobre o eixo F1 foram 420 nm (amarelo), tonalidade, hue e Chroma, já para o eixo F2 foram, 620 nm (violeta), intensidade de cor, antocianinas, 520 nm (vermelho), luminosidade e atividade 13 Anais do VII Congresso de BIociências antioxidante.As maiores relações encontradas nos sucos de uvas foram entre 620 nm (violeta), intensidade de cor e antocianinas, isso mostra que as antocianinas estão diretamente relacionadas à coloração dos sucos de uvas, pois a relação entre antocianinas e intensidade de cor foi a maior obtida, evidenciado pelo menor ângulo entre elas. Isso também é explicado pelo fato do 620 nm (violeta) e a intensidade de cor estarem diretamente ligados ao teor de antocianinas presentes em sucos de uvas. A luminosidade relacionou-se inversamente a essas variáveis, ou seja, ao passo que a luminosidade diminui (coloração mais escura dos sucos), os teores de antocianinas e a intensidade de cor, aumentam.Inversamente proporcional a esses valores apresenta-se o Chroma, ou seja, menores valores encontrados. A atividade antioxidante, luminosidade e coloração a 520 nm (vermelho) se correlacionaram entre si e foram inversamente proporcionais aos valores de tonalidade, hue e 420 nm (amarelo). A relação inversa entre a atividade antioxidante e a tonalidade explica a relação direta da coloração dos sucos com a atividade antioxidante, pois o aumento dos teores de antocianinas reduz a % de DPPH reduzido (forma que os dados foram apresentados), ou seja, quanto menor a % de DPPH reduzido, maior a atividade antioxidante do suco.As antocianinas presentes nos sucos integrais de uvas relacionam-se diretamente à coloração e atividade antioxidante, portanto, quanto mais intensa a coloração dos sucos, mais interessante funcionalmente, pelo fato de apresentarem maior atividade antioxidante. Financiamento: FAPESP, processo nº 2016/07510-2 (Bolsa de Doutorado do 2° autor). *Parte da Tese de Doutorado do 2° autor 14 Anais do VII Congresso de BIociências APLICAÇÃO DE CHAPÉU DE PRAIA (TERMINALIA CATAPPA) NA ADSORÇÃO DE METAIS EM MEIO AQUOSO Paula Chiachia Pasta1*, Gilmar Martins Pereira2, Joseane Rabelo1, Vinicius Vicente Giandoni3, Adrielli Cristina Peres da Silva1, Alexandre de Oliveira Jorgetto1, Gustavo Rocha de Castro1. 1 UNESP – IBB, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu/SP, Brasil. 2 UNESP – Instituto de Química, Araraquara/SP, Brasil. 3 UNESP – Faculdade de Ciências, Departamento de Química, Bauru/SP, Brasil. *email: paulacpasta@gmail.com Palavras-chave: biossorvente; tratamento de água; biotecnologia ambiental. Os metais cádmio, Cd(II), chumbo, Pb(II) e níquel, Ni(II), são classificados como tóxicos, enquanto que o metal cobre, Cu(II), caracteriza-se por ser potencialmente tóxico, pois, em baixas concentrações, possui atividade biológica. Além disso, tais espécies podem sofrer acumulação no meio ambiente através de sua capacidade de complexação com os organismos, além de serem adsorvidos em particulados e sedimentos. No ambiente, apesar da relativa baixa concentração, estas espécies podem sofrer bioacumulação e biomagnificação ao longo da cadeia trófica, manifestando toxicidade aos animais e plantas. Quando a presença natural destes metais nos meios aquáticos ocorre em níveis de traços, estes são denominados de metais ou elementos traço como, por exemplo, o cádmio, chumbo, cobre e níquel. Desta forma, o presente trabalho teve por finalidade aplicar o biossorvente em ensaios em sistema de batelada, a partir do produto gerado das folhas de Terminalia catappa, conhecida popularmente como chapéu de praia. O pó obtido, após o tratamento das folhas, foi caracterizado em estudos anteriores para determinação dos grupos químicos que favorecem o processo de adsorção. Após caracterização, o material foi aplicado em ensaios de adsorção para determinação da influência do pH da solução, cinética e capacidade máxima de adsorção. A influência do pH da solução na adsorção das espécies metálicas foi estudada em um intervalo de 1 a 6, tendo como base os resultados dos estudos de ponto de carga zero. Com isso, pode-se aplicar o biossorvente na extração de espécies metálicas tanto em soluções ácidas (com pH ~3,0) quanto em levemente ácidas, pH 6,0, aproximadamente. Quanto ao tempo de mailto:paulacpasta@gmail.com 15 Anais do VII Congresso de BIociências contato, foi possível verificar que o material apresenta uma cinética rápida, a qual é expressa como taxa de remoção do adsorvato na fase fluida em relação ao tempo, e que o equilíbrio, envolvendo a fase sólida e os íons metálicos em solução, foi atingido nos primeiros 20 minutos, sendo também uma característica de materiais macroporosos. Os dados obtidos dos experimentos cinéticos foram ajustados em diferentes modelos matemáticos teóricos que inferem que o mecanismo de remoção das espécies metálicas ocorre por quimissorção, podendo ocorrer via formação de complexos metálicos, envolvendo o compartilhamento de elétrons, entre grupos existentes na superfície da material. Além disso, o processo de adsorção se ajustou mais adequadamente ao modelo de Langmuir, ao se analisar a capacidade máxima de adsorção, com formação de monocamada na superfície da partícula, sendo expressos em 46,019 mg. g-1 (biossorvente) para Pb(II), seguido de Cd(II) 36,208 mg. g-1, Cu(II) 28,786 mg. g-1 e Ni(II) 19,263 mg. g-1. Os resultados foram comparados com os dados obtidos de outros materiais adsorventes encontrados na literatura, sendo possível comprovar sua eficiência como biossorvente. Financiamento: FAPESP, CNPq, CAPES 16 Anais do VII Congresso de BIociências ASPECTOS DE QUALIDADE EM VINHOS TINTOS PRODUZIDOS NO ESTADO DE SÃO PAULO CHIEZO¹*, A.A.B.; MONTEIRO¹, G.C.; MONAR¹, G.R.S.; BELIN¹, M.A.F.; MINATEL¹, I.O.; LIMA¹, G.P.P. ¹Departamento de Bioquímica e Química, Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu, SP. *angelochiezo@hotmail.com Palavras-chave: antocianinas, flavonoides, uva. Introdução: Tem sido observado nos últimos anos um aumento na ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis. Observou-se também que em países com um maior consumo per capita de vinho a incidência dessas doenças, como as cardiovasculares, entre outras, consequentemente diminuíram.Com isso, estudos têm sido realizados em relação ao vinho, principalmente ao diverso conteúdo de compostos bioativos, como os ácidos fenólicos, flavonoides, taninos, estilbenos, entre outros. No Brasil, o Estado de São Paulo é o segundo maior produtor de uva, e vem cada vez mais expandindo e aprimorando o setor vitivinícola, principalmente na busca de agregação de valor ao produtor rural e incentivação do consumo de vinhos. Objetivo: Avaliar vinhos produzidos no Estado de São Paulo quanto as características físico-químicas (pH e acidez titulável) e concentração de compostos fenólicos. Materiais e Métodos: Foram utilizados no experimento vinhos produzidos nas cidades de Jundiaí, Jarinu, Vinhedo, São Miguel Arcanjo, São Roque e Lençóis Paulista, totalizando 19 vinhos distintos que foram submetidos a análises. As análises físico-químicas de pH foram realizadas com o uso de um pHmetro e acidez titulável (AT) por meio de titulação. Os teores de flavonoides totais foram obtidos utilizando o ensaio de cloreto de alumínio e os de antocianinas foram obtidos pelo método de pH-diferencial. Resultados e Discussões: Em relação ao pH, foi observada uma relação com a variedade de uva utilizada na vinificação, sendo os vinhos da variedade Cabernet Sauvignon encontrados entre os maiores pHs, e os vinhos elaborados com a variedade Bordô entre os pHs mais baixos. A AT, assim como o pH, revela uma relação com a variedade da uva utilizada, porém, nesse caso menos específica, evidenciando uma menor AT em vinhos provenientes de Vitis vinífera e maior AT em Vitis labrusca. Quanto ao conteúdo de flavonoides totais encontrou-se um maior valor em vinhos produzidos com Vitis labrusca e variedades híbridas interespecíficas, e os menores em vinhos de Vitis vinífera. Já em relação a concentração de antocianinas, observou-se a mesma tendência 17 Anais do VII Congresso de BIociências apresentada nos resultados de flavonoides totais, se destacando com uma maior concentração o vinho elaborado com a variedade híbrida Violeta. Conclusão: Diversos fatores podem ter influência sobre a concentração dos compostos bioativos. As variedades híbridas BRS Violeta e Máximo se destacaram com os maiores níveis de compostos fenólicos. Financiamento:PIBIC (bolsa de iniciação científica). 18 Anais do VII Congresso de BIociências A TEMPERATURA COMO FATOR MODULADOR DA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DO SIRI CHARYBDIS HELLERII (A. MILNE-EDWARDS, 1867) (CRUSTACEA: BRACHYURA: PORTUNOIDEA), UMA ESPÉCIE INVASORA NO LITORAL NORTE PAULISTA Camilo Ribeiro De Lima 1*, Mateus Pereira Santos 2, Francielle Taise Pereira Lima 3, Francislene Karina Martins 1, Jeniffer Natália Teles 1, Thiago Elias da Silva 1, Aline Nonato de Sousa 1*E-mail para correspondência: camilo.lima@unesp.br 1. NEBECC – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rubião Júnior, 18618-970, Botucatu, São Paulo, Brasil. 2. Departamento de Ciências Naturais, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Campus de Vitória da Conquista, Estrada do Bem Querer, Km 04, 45031-900, Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. 3. Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), campus de Passos, Belo Horizonte, 37900-106, Passos, Minas Gerais, Brasil. Palavras Chaves: abundância, fator regulador, exótica, Portunidae, siri bidu Charybdis hellerii é um espécie nativa do oceano Indo-Pacífico e invasora no oceano Atlântico, por meio des água de lastro des navios cargueiros. Investigou-se aqui o fator temperatura como regulador da distribuição temporal de C. hellerii nas enseadas de Ubatumirim e Ubatuba, São Paulo, Brasil. As coletas dos siris e de temperatura foram realizadas, mensalmente, de janeiro de 1998 a dezembro de 1999, por meio da técnica de arrasto. Em cada enseada foram traçados seis transectos com diferentes profundidades. Um total de 119 espécimes foram coletados; 55 em Ubatumirim e 64 em Ubatuba. Para comparar a abundância dos indivíduos entre as estações do ano de cada enseada utilizou- se o teste de Kruskal-Wallis. Observou-se, graficamente, que a abundância de C. helleri foi maior durante o verão, estação na qual foram registradas as maiores temperaturas de fundo, em ambas as enseadas. Contudo, a análise estatística não revelou associação entre 19 Anais do VII Congresso de BIociências a abundância do siri com as estações do ano (p>0,05). Nas estações seguintes ao verão, ocorre um decréscimo da temperatura, houve uma redução na abundância da espécie. Tal fato é semelhante ao anteriormente observado para Arenaeus cribarius e Callinectes ornatus, os quais, também têm sido encontrados com maior frequência e abundancia em épocas de águas mais quentes. A maior ocorrência dos siris durante o verão sugere que a temperatura modula a distribuição temporal da espécie nas localidades estudadas. Ressaltamos, contudo, que o baixo número de indivíduos obtidos neste estudo inviabiliza uma conclusão mais satisfatória. Financiamento: FAPESP pela bolsa concedida (Proc. 97/12108-6), a reserva técnica da bolsa (Proc. 97/12106-3) e veículos utilizados (Proc. 94/4878-8 e 98/031134-6) 20 Anais do VII Congresso de BIociências ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA “GRAND NAINE” AO LONGO DO AMADURECIMENTO Giovana Rafaela Stelzer Monar¹*; Matheus Antônio Filiol Belin¹; Cristine Vanz Borges¹; José Ferraz de Oliveira Junior¹;Ângelo Antônio Batista Chiezo¹; Gean Charles Monteiro¹; João de Freitas Gomes Neto¹;Edson Perito Amorim2 ;Guiseppina Pace Pereira Lima¹ ¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu, São Paulo, Brasil. 2 Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA- Rua Embrapa, s/n, caixa postal 007, 44380-000, Cruz das Almas,BA. *giovanastelzer23@gmail.com Palavra-chave: ABTS, FRAP, Musa spp O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de banana (Musa spp). Ela possui alta aceitação em diversas camadas sociais e são de grande importância econômica para o país. Geralmente, a casca da banana é descartada após preparações domésticas ou mesmo após o uso industrial. No entanto, estudos recentes indicam que a casca contém elevado teor de fitoquímicos e potencial antioxidante, principalmente em relação à polpa. O potencial antioxidante pode variar de acordo com o tipo de alimento, cultivo, temperatura, cor, genótipo e estádio de maturação. Assim, o objetivo do trabalho é analisar a capacidade antioxidante da casca da banana ao longo do processo de amadurecimento. Para realização das análises foram selecionadas cascas de bananas do genótipo “Grand Naine” (banana do tipo sobremesa) em 3 diferentes estádios (est) de amadurecimento (2: verde; 5: amarelo e 7: amarelo com pontos pretos). A quantificação da capacidade antioxidante foi realizada por dois diferentes métodos (FRAP e ABTS), segundo Benzie & Strain (1996) e Re et al. (1999), respectivamente. Os dados foram tabulados e realizada a ANOVA. As médias foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott a 1% de probabilidade. Com o amadurecimento houve aumento na capacidade antioxidante (ABTS = est 2: 4567,20 ± 154,56 mmol/100g TEAC ms; est 5: 6349,72 ± 143,44 mmol/100g TEAC ms; est 7: 5808,04 ± 304,79 mmol/100g TEAC ms) (FRAP = est 2: 283,36 ± 11,19 mmol Fe/kg ms; est 5: 438,44 ± 2,51 mmol Fe/kg ms; est 7: 391,13 ± 7,19 mmol Fe/kg ms) das cascas das bananas. Durante o processo de amadurecimento da 21 Anais do VII Congresso de BIociências banana ocorrem várias mudanças que culminam em um aumento da permeabilidade dos tecidos, promovendo maior liberação ou facilidade de extração de fitoquímicos da matriz celular,os quais podem combater a ação de radicais livres, e consequentemente, possibilitar maior capacidade antioxidante. As cascas de Musa spp possuem capacidade antioxidante considerável, demonstrando seu grande potencial para aplicação na indústria farmacológica e na alimentação humana, buscando a promoção da saúde, e mostrando que além da casca verde não ser a única que pode ser aproveitada, ela é a que menos geraria os benefícios procurados. Financiamento: CNPq (Processo: 43058 / 2017-0), FAPESP (Processos: 2016 / 17241- 9; 2017/23488-0;2017/22537 22 Anais do VII Congresso de BIociências AVALIAÇÃO DA DISPUTA DE TERRITÓRIO POR DILOCARCINUS PAGEI STIMPSON, 1861 (CRUSTACEA, BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE), EM LABORATÓRIO1 Marina Machado da Costa2, Jelly Makoto Nakagaki3 1 Trabalho de conclusão de curso de Graduação do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Campus de Dourados (MS). 2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, CEP 18618-970 Botucatu (SP). E-mail: dorettomarina@outlook.com 3 Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Rod. Dourados-Itahum, Km 12, CEP 79804-970, Dourados (MS). Email: jelly@uems.br Palavras-chave: Água doce, comportamento agonístico, etograma, machos, Pantanal Informações sobre aspectos comportamentais são raras para crustáceos decápodes de água doce, particularmente àqueles pertencentes à família Trichodactylidae, com ocorrência na América do Sul. Considerando tal escassez, este estudo visou analisar o comportamento da disputa de território por caranguejos da espécie Dilocarcinus pagei. A escolha desta espécie deveu-se ao fato de que a mesma é comum na região do Pantanal Sul-mato-grossense e vem sendo utilizada como isca para pesca amadora. Os experimentos foram realizados somente com indivíduos machos aos pares colocados no recipiente de observação em duas situações: 1) em tempos distintos; e 2) ao mesmo tempo no mesmo espaço. Sete repetições experimentais foram realizadas para cada um dos dois tratamentos, utilizando-se caranguejos de tamanhos similares (Largura da Carapaça =39,26 ± 3,46mm; Comprimento do Própodo do Quelípode = 30,00 ± 6,30mm; e Comprimento do Dáctilo do Quelípode = 16,07 ± 5,13mm), e cujos apêndices encontravam-se intactos. A maior parte das observações foi feita com indivíduos diferentes; somente, em algumas delas, utilizou-se caranguejo repetido mas com pares diferentes após um intervalo de, no mínimo, cinco dias desde a primeira observação. Procedeu-se à realização de 42 sessões de observação, ao longo de 14 dias (totalizando 126 horas). Os experimentos contabilizaram 20 atos comportamentais, classificados em 23 Anais do VII Congresso de BIociências seis categorias: alimentação, exploração, imobilidade, interação social, atos agressivos e autocuidado ou limpeza. Os resultados obtidos sugerem que a agressividade apresentada por estes caranguejos é aparente, ou seja, elas devem estar relacionadas às disputas por abrigo e/ou alimento. No ambiente natural, as interações observadas no presente estudo, podem representar a disputa por abrigos contra predadores, como por exemplo, os aguapés e tocas. Os predadores naturais de D. pagei são conhecidos comumente como segue: Rostrhamus sociabilis (Gavião-caramujeiro), cujos representantes alimentam-se do caranguejo durante a estação chuvosa (de janeiro a abril), quando os caramujos são escassos; e Pseudoplatystoma punctifer (Cachara), Brycon sp (Matrinxã) .Piaractus mesopotamicus (Pacu), os quais são atraídos durante a pesca amadora com iscas vivas de D.pagei. Estudos futuros mais detalhados, que estimem a densidade do caranguejo D. pagei, na natureza, poderiam fornecer respostas mais robustas em relação ao grau de territorialidade da espécie, além de fornecer uma avaliação sobre o status de conservação da espécie na natureza. 24 Anais do VII Congresso de BIociências AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DO PIBID NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA Jessyca de Araújo Borro¹, Euler Matheus Nunes Filipovitch Molina, Jessica Cristal Moraes, José Matheus dos Santos, Larissa Pereira Rodrigues, Letícia Baviloni, Luane Marques Meneguessi, Suellen Cristina da Silva Santos, Rosana Teresa Dellevedove Cruz, (supervisora) e Renato E. S. Diniz (orientador). UNESP – Instituto de Biociências – Departamento de Educação – Botucatu – SP – Brasil. jessycaborro.jb@gmail.com Palavras-chave: PIBID, Ensino de Ciências, Ensino de Biologia e processo de ensino- aprendizagem. Introdução O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência possibilita aos alunos de licenciatura plena dos diversos cursos a terem um contato com as escolas antes mesmo da formação. Os bolsistas desenvolvem atividades diferenciadas (jogos, atividades, Super Aulas, aulas práticas, viagens didáticas e feiras) durante todo o ano letivo, juntamente com o professor supervisor. Na cidade de Botucatu, três grupos com cerca de 8 alunos em cada, são divididos em três escolas estaduais diferentes. Buscando analisar a influência de um grupo, presente na Escola Estadual Professor Francisco Guedelha, parceira no Projeto há 7 anos, elaboramos um questionário visando identificar as vivências escolares e extraescolares (familiar e cultural) e quais aulas e ações do grupo colaboraram para processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Objetivo Identificar e analisar as aulas e ações do grupo PIBID que contribuíram no processo de ensino-aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Material e Métodos Durante as reuniões semanais, elaboramos um questionário com 20 perguntas objetivas e abertas sobre idade, sexo, composição familiar, comida, esporte, música, filmes, programas de TV, livros, acesso à internet, atividades escolares, aula inesquecível e a atividade do PIBID que mais gostou. Cada bolsista foi responsável de aplicar o questionário na turma que acompanha e contabilizar os dados em uma planilha no Word. 25 Anais do VII Congresso de BIociências Optamos por analisar os dados sobre a atividade do PIBID na escola para discutirmos as intervenções que estão sendo efetivas e quais intervenções podem ser melhoradas para futuras aplicações. Responderam ao questionário 158 alunos, sendo 69 meninas e 89 meninos, com idade entre 10 e 16 anos, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II e 1º ano do Ensino Médio. Resultado e Discussão Após contabilizarmos os dados, identificamos cerca de 71 alunos citaram as Super Aulas como a atividade do PIBID como mais marcante, 26 alunos apontaram os jogos desenvolvidos, 18 alunos as aulas ministradas pelos bolsistas, 12 alunos escreveram todas as atividades do PIBID, 6 alunos disseram que a presença dos bolsistas na escola e 25 alunos não quiseram responder ou deixaram em branco. Entre os mais contabilizados no questionário, a Super Aula de Hortas Orgânicas e a aula prática com Terrário, foram mais apontadas pelos alunos. A ideia de elaborar uma Super Aula de Hortas Orgânicas foi para retomar assuntos já trabalhados durante o ano, como reciclagem e também o incentivo a alimentação saudável dos alunos, enquanto que a aula prática com Terrário foi uma forma de ensinar Ciclo da Água de maneira diferenciada dos livros, avaliações e xerox de desenhos. Conclusão Com o resultado obtido nesse questionário, verificamos que, as aulas práticas são de grande importância no processo de ensino-aprendizagem, pois despertam a curiosidade, mantem o interesse e desenvolvem habilidades dos alunos. Financiamento: CAPES – PIBID 26 Anais do VII Congresso de BIociências AVALIAÇÃO DE CÉLULAS IMUNOLÓGICAS DOSPERFIS COMPORTAMENTAIS DE PERSONALIDADE SHY E BOLD EM PEIXE. Isabela Maria de Mello1*, Marianna Vaz Rodrigues1 e Percília Cardoso Giaquinto. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências, Departamento de Fisiologia – Comportamento e Bem-estar Animal, Botucatu, São Paulo, Brasil. *isabelamello.92@gmail.com Palavras-chave: infecção; Aeromonas hydrophila; personalidade; tilápia-do-Nilo. Introdução As personalidades podem explicar o sucesso adaptativo e aptidões individuais, que tem efeito direto na evolução e podem explicar outros fatores, como a variação imunológica. Estudos realizados em mamíferos comprovam a existência de variação em fatores imunológicos, dependendo do tipo de personalidade. Em peixes, os estudos em relação à personalidade são incipientes e não existe nenhuma informação que correlacione perfil de personalidade e predisposição a doenças nesses animais. Objetivo Nesse estudo testamos a suscetibilidade imunológica dos perfis de personalidade shy-bold em tilápia-do-Nilo infectando o ambiente aquático com a bactéria Aeromonas hydrophila. Material e Métodos Iniciamos o experimento isolando 20 animais provenientes do biotério de peixes de maneira aleatória. Os indivíduos foram mantidos em aquários de vidro (40 cm x 20 cm x 25 cm) por 7 dias para aclimatação. Após esse período, os indivíduos passaram pelos Testes de Ousadia durante 3 dias seguidos para serem diferenciados em suas personalidades. 10 animais apresentaram personalidade definida, sendo 5 shy (9,3±0,27cm; 25,04±3,03g) e 5 bold (9,8±0,52cm; 24,26±3,61g). Passadas 96 horas, coletamos assepticamente o sangue de cada indivíduo e fizemos um corte superficial de 0,5 cm na base da nadadeira esquerda. Após 4 dias para recuperação do estresse, colocamos a solução bacteriana concentrada na parte central do aquário. Depois de 96 horas (3 indivíduos shy e 3 indivíduos bold) e 120 horas (2 indivíduos shy e 2 indivíduos bold), retiramos novamente o sangue dos animais e durantes 27 Anais do VII Congresso de BIociências 10 dias avaliamos a presença de sinais clínicos e qualquer mudança de comportamento de cada peixe. Lâminas de esfregaço sanguíneo foram confeccionadas e as amostras de sangue foram submetidas ao PCR para a bactéria Aeromonas. Resultados e Discussão Quando analisamos o esfregaço sanguíneo, encontramos apenas eritrócitos no controle. Depois da infecção, notamos a presença de células de defesa, como linfócitos e monócitos nos dois perfis em ambos os dias. Além disso, observamos colônias bacterianas na membrana e dentro dos eritrócitos, provando que havia infecção instalada. Encontramos diferenças entre os perfis. No indivíduo Shy observamos a presença de hifas fungicas e alterações da membrana dos eritrócitos. Como o aumento da suscetibilidade a doenças está ligado aos estressores que os animais são expostos e a infecção do ambiente foi um tipo de estresse, a presença de oportunistas como fungos, pode indicar que existe uma maior susceptibilidade para indivíduos Shy. Além disso, sabe-se que em pacus a Aeromonas hydrophila também provocou anisocitose, que é a mesma alteração dos eritrócitos encontrada no indivíduo Shy. Dos 10 peixes infectados com Aeromonas hydrophila, 1 com o perfil Shy apresentou apatia e perda de apetite e outro Shy apresentou irregularidades na base da nadadeira. Ao realizar a extração de DNA das amostras de sangue para a bactéria e quando submetidas ao PCR houve amplificação do DNA plasmidial. Como não há relatos na literatura dessa ser uma doença assintomática, o uso de ferramentas moleculares para a detecção de doenças foi importante para confirmar a infecção dos animais. Conclusão Com base no que foi apresentado inferimos que diferença entre as personalidades Shy e Bold em tilápia-do-Nilo quando avaliamos a suscetibilidade a infecção por Aeromonas hydrophila, com aparente vulnerabilidade do perfil Shy. Protocolo do comitê de ética: 963 - CEUA Financiamento: CAPES 28 Anais do VII Congresso de BIociências AVIFAUNA DO MUNICÍPIO DE PIRAJUÍ, INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. Rafael Martos-Martins1,2 e Reginaldo José Donatelli2. ¹Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Biociências, campus de Botucatu, São Paulo, Brasil. 2Laboratório de Ornitologia. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências, Departamento de Ciências Biológicas, campus de Bauru, São Paulo, Brasil. *rafael.martos@yahoo.com.br Palavras-chave: avifauna; levantamento; biodiversidade; conservação. Introdução O Brasil apresenta uma das maiores riquezas de aves do mundo, com 1919 espécies catalogadas (Piacentini et al., 2015). Destas espécies, no estado de São Paulo ocorrem cerca de 816 espécies, o que equivale a 42,52% das espécies que ocorrem em território nacional (Figueiredo, 2015). A fragmentação e a perda de habitat são hoje uma das maiores ameaças para a avifauna brasileira (Marini & Garcia, 2005). Portanto, inventários faunísticos são ferramentas importantes, pois possibilitam detectar e determinar o estado de conservação das espécies, delinear medidas de manejo e conservação para a biota inventariada (Malacco et al., 2013). As aves são um grupo interessante para avaliação, pois são um grupo taxonomicamente bem estudado, predominantemente diurnos e são suscetíveis a variações nos ecossistemas (Guzzi, 2004). Objetivo O objetivo do presente estudo foi inventariar a avifauna do município de Pirajuí/SP. Material e Métodos O presente estudo foi realizado na zona urbana, áreas rurais e em pequenos fragmentos de mata no município de Pirajuí, localizado no interior do Estado de São Paulo, Brasil. Durante o período de quatro anos, de janeiro de 2014 a dezembro 2017, foram catalogadas as aves que ocorrem no munícipio de Pirajuí. Foram realizadas visitas as áreas de estudo por meio de transectos (Bibby et al., 1993) e rotas de carro, executados sempre pela manhã e observações pontuais, foram catalogadas as aves que ocorrem no município. 29 Anais do VII Congresso de BIociências Resultados e Discussão No total, foram registradas 250 espécies de aves pertencentes a 58 famílias. Essa diversidade de aves representa 30,64% das espécies que ocorrem no estado de São Paulo e 13,03% das espécies que ocorrem no Brasil. Destas, 138 foram amostradas em área urbana, 159 em área rural e 132 em área de fragmentos de mata estacional. As famílias com maiores números de representantes foram Tyrannidae com 35 espécies, seguida de Thraupidae com 23 espécies e Accipitridae com 15 espécies. E 22 famílias tiveram apenas uma espécie catalogada. A família Tyrannidae é frequentemente o grupo mais diverso em comunidades de aves na região Neotropical devido ao hábito alimentar insetívoro que favorece seu sucesso na ocupação dos ambientes (Sick, 1997). Das espécies registradas, Rhynchotus rufescens, Parabuteo unicinctus, Crotophaga major, Tachornis squamata, Sporophila angolensis e Saltatricula atricollis estão classificadas como vulneráveis; Jabiru mycteria e Sporophila pileata são classificadas como em perigo; e Circus buffoni e Suiriri suiriri são classificadas como criticamente em perigo (Bressan et al., 2009). Nenhuma espécie registrada está ameaçada de extinção em nível nacional (MMA, 2016). Conclusão O município de Pirajuí apresenta uma avifauna com uma alta riqueza, considerando as espécies que ocorrem no estado, incluindo espécies ameaçadas. Essa diversidade de espécies provavelmente se deve a heterogeneidade dos ambientes presentes na área de amostragem. Estudos dessa natureza são importantes pois permitem conhecer a avifauna de determinado local e com isso, é possível planejar futuras medidas de conservação. Referências bibliográficasBIBBY, C. J.; BURGESS, N.D.; HILL, D.A. (1992) Bird census techniques. British Trust for Ornithology and the Royal Society for the Protection of Birds. BRESSAN, P. M.; KIERULFF, M. C. M.; SUGIEDA, A. M. (2009). Fauna ameaçada de extinção no Estado de São Paulo. São Paulo: Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente. FIGUEIREDO, L. F. A. (org.) (2015) Lista de aves do estado de São Paulo. Versão: 15/11/2015. Disponível em: www.ceo.org.br. Acesso em: 30 de dezembro de 2017. GUZZI, A. (2004) Levantamento destaca importância de fragmentos remanescentes de vegetação. Revista Univerciência. São Carlos, v.3, n.7/9, p.44-49. MALACCO, G. B.; PIOLI, D.; DA SILVA, E. L., JUNIOR, A. G. F.; MELO, C.; DA SILVA, A. M. & PEDRONI, F. (2013) Avifauna da Reserva do Clube Caça e Pesca Itororó de Uberlândia. Atualidades Ornitológicas 173: 58-71. 30 Anais do VII Congresso de BIociências MARINI, M.Â.; GARCIA, F.I. (2005) Birds Conservation in Brazil. Conservation Biology, v.19, n3, p.665-671. MMA (2016) Ministério do Meio Ambiente. Sumário Executivo do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 75p. PIACENTINI, V. D. Q.; ALEIXO, A.; AGNE, C. E.; MAURÍCIO, G. N., PACHECO, J. F.; BRAVO, G. A.; ... & SILVEIRA, L. F. (2015) Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2), 90-298. SICK, H. (1997). Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 31 Anais do VII Congresso de BIociências BIOLOGIA POPULACIONAL DO CARANGUEJO Persephona punctata (LINNAEUS, 1758) (CRUSTÁCEA, LEUCOSIDAE) NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO Camila Hipólito Bernardo¹*; Joyce Nascimento Silva ²; Kelly Fernanda de Almeida³; Francislene Karina Martins¹; Veronica Pereira Bernardes¹; Camilo Ribeiro de Lima¹ ¹ Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos (NEBECC) Departamento de Zoologia, Universidade Estadual Paulista, 18618-000, Botucatu (SP).*caah.hipolito05@gmail.com ² Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus Avaré-SP ³Instituto Federal do Triângulo Mineiro – IFTM-Campus Uberaba-MG Palavras-chave: Razão-sexual; classes de tamanho; Ubatuba. A espécie Persephona punctata (LINNAEUS, 1758)possui distribuição geográfica no Atlântico Ocidental, desde as Antilhas até o Rio Grande do Sul no Brasil. Esta espécie é capturada como fauna acompanhante “by-catch” da pesca direcionada a camarões de interesse comercial. A estrutura populacional da espécie P. punctata foi analisada quanto ao tamanho dos grupos demográficos, distribuição de machos e fêmeas em classes de tamanho e razão sexual. Os indivíduos foram coletados mensalmente no período de setembro de 1995 a agosto de 1996 em 8 transectos na enseada de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, Brasil. As coletas foram realizadas com um barco de pesca equipado com rede de arrasto do tipo “double-rig”.Os indivíduos foram separados quanto ao sexo pela morfologia do abdômen e mensurados quanto à largura da carapaça (L.C.) utilizando um paquímetro. Os indivíduos com abdômen selado foram considerados jovens. Para verificar diferenças nas médias de tamanho de jovens, fêmeas e machos adultos utilizou- se o teste de Kruskal – Wallis. Os machos e as fêmeas foram distribuídas em classes de tamanhos, essas classes foram estabelecidas seguindo o método de Sturges com intervalos de 3 mm. A razão sexual foi obtida pela divisão do número de machos pelo de fêmeas (M:F) e analisada pelo teste binomial. Foram amostrados 322 indivíduos, sendo 129 jovens, 87 machos e 108 fêmeas. Para os jovens, fêmeas e machos a média de tamanho da L.C. foi de 22,7± 2,7, 32,4 ±6,7 e 29,9 ±4,1 mm, respectivamente. Apenas média do 32 Anais do VII Congresso de BIociências tamanho dos jovens foi estatisticamente menor que de machos e fêmeas (H= 201,06 e p<0,05). Embora não significativo, fêmeas apresentaram média de L.C. maior que os machos. A maior abundância de ambos os sexos ocorreu nas classes de tamanho intermediárias (22-|34) da L.C., sendo que nas últimas classes houve poucas fêmeas e nenhum macho. A razão sexual foi de 1,0:1,1 (p>0.05). Nosso estudo mostrou que não há diferença de tamanho entre machos e fêmeas para esta espécie nesta Enseada, esse resultado difere de outros autores os quais encontraram machos maiores que fêmeas. O fato de não ter sido encontrado diferença no tamanho, ocorreu possivelmente em decorrência da razão sexual ter sido muito próxima de 1:1, resultando em menor competição de machos por fêmeas e menor direcionamento de energia dos mesmos para o crescimento. Além disso, a distribuição de fêmeas em classes de tamanho com maiores valores de L.C. diverge de outros estudos onde há maior presença de machos nas ultimas classes de tamanho. Financiamento: Fapesp, CNPq, CAPES 33 Anais do VII Congresso de BIociências CAPTURA DE RNA DO VÍRUS DA CINOMOSE CANINA POR BEADS MAGNÉTICAS DE STREPTAVIDINA E APLICAÇÃO NA RT-qPCR Lucas Cardoso Lazari*1 , Caroline Rodrigues Basso², João Pessoa Araújo Junior1 , Claudia de Camargo Tozato1 . 1. Instituto de Biotecnologia, Botucatu, São Paulo, Brasil. 2. Instituto de Biociências, Departamento de Química, Botucatu, São Paulo, Brasil. *lucaslazari02@gmail.com Palavras-chave: Cinomose canina, beads magnéticas, sondas de DNA. O Vírus da Cinomose Canina (CDV) possui ocorrência mundial e infecta animais da ordem Carnívora. Este vírus é altamente transmissível e potencialmente fatal, sendo o diagnóstico um dos maiores desafios para o tratamento da doença, visto que os sintomas são pouco específicos. O desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico é necessário para tornar o tratamento da doença mais eficiente, rápido e barato. Atualmente, o diagnóstico in vivo é realizado através da técnica de PCR em tempo real em amostras de urina. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma nova técnica de capturar o RNA viral através da utilização de beads magnéticas de streptavidina conjugadas com uma sonda de DNA específica para o CDV (5’- [Biotina]TTAACTCTCCAGAAAA-3’) marcada com biotina para a captura de RNA mensageiro viral presente na urina do animal infectado. Para isso, foi realizada a conjugação das beads com a sonda biotinilada. As amostras de urina foram adicionadas a 100 µl do tampão a ser utilizado a 70ºC, o sobrenadante foi removido e em seguida foi adicionado mais 100 µl a 40ºC e o conteúdo foi agitado a 300 rpm por 30 minutos, o sobrenadante foi removido e mais uma etapa de lavagem com tampão a 40ºC foi realizada, por fim, 50 µl de tampão de eluição a 70ºC (10 mM Tris-HCl (pH 7.5) e 1 mM EDTA) foram adicionados, o conteúdo agitado e o sobrenadante separado. Este procedimento foi realizado com três diferentes tampões a fim de avaliar a eficiência na liberação do RNA, sendo eles Tampão 1 (High SDS Buffer (7% SDS, 50% de Formamida, 5x de SSC, 0.1% de N-laurylsarcosina (m/v) e 50mM de Fosfato de Sódio)), Tampão 2 (Standart Buffer + Formamide (50% de Formamida, 5x de SSC, 0.1% de N-laurylsarcosina (m/v) e 0.02% de SDS (m/v)) e Tampão 3 (Standart Buffer: 5x de SSC, 0.1% de N-laurylsarcosina (m/v) e 0.02% de SDS(m/v)). O produto 34 Anais do VII Congresso de BIociências da captura/extração do RNA foi submetido ao kit Quanti fast SYBER Green RT-PCR (204156; Quiagen). Os resultados foram comparados com a amostra extraída com o kit comercial (kit Norgen (17200). Para o controle positivo, foram utilizadas amostras sabidamente positivas extraídas pelo kit comercial e o mesmo foi feito para o controle negativo. Os resultados obtidos demonstraram que houve um decréscimo do CT (número de ciclos necessários para obter um sinal na qPCR)quando utilizado o Tampão 2, enquanto os outros tampões obtiveram os valores de CT de 32, ou seja, foram necessários menos ciclos para que houvesse um sinal positivo quando utilizado o Tampão 2, além disso, demostrando a captura do RNA viral pela sonda conjugada nas beads magnéticas. Foi possível observar através de comparação de expressão relativa entre a amostra extraída com sonda e sem sonda que a primeira obteve 128 vezes mais material genético do que a segunda. No entanto, o método não conseguiu atingir a eficiência do padrão ouro. Dessa forma, podemos concluir que este novo método de extração é inovador e promissor, sendo necessários mais esforços na padronização do experimento, tornando-o mais eficiente a ponto de competir com os kits comerciais. Financiamento: Fapesp - 2015/20752-2; 2017/24277-2 35 Anais do VII Congresso de BIociências CARACTERIZAÇÃO DE CHAPÉU DE PRAIA (TERMINALIA CATAPPA) PARA APLICAÇÃO COMO BIOSSORVENTE Paula Chiachia Pasta1*, Gilmar Martins Pereira2, Joseane Rabelo1, Vinicius Vicente Giandoni3, Adrielli Cristina Peres da Silva1, Alexandre de Oliveira Jorgetto1, Gustavo Rocha de Castro1. 1 UNESP – IBB, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu/SP, Brasil. 2 UNESP – Instituto de Química, Araraquara/SP, Brasil. 3 UNESP – Faculdade de Ciências, Departamento de Química, Bauru/SP, Brasil. *email: paulacpasta@gmail.com Palavras-chave: bioacumulação; metais; biotecnologia ambiental. Terminalia catappa, espécie pertencente à família Combretaceae, é considerada uma planta ornamental e, geralmente pode ser encontrada em regiões tropicais e subtropicais. Conhecida como amendoeira, castanheira, castanhola, chapéu-de-sol, chapéu-de-praia, sete-copas, a espécie pode atingir de 25 a 40 metros de altura, sendo originária do sul da Ásia, mais precisamente da Índia, Malásia, Filipinas e Indonésia. Foi introduzida no Brasil com o propósito de recuperação de áreas degradadas, reflorestamento e arborização urbana e rural. Duas vezes por ano, as árvores perdem totalmente as folhas, sendo tolerantes a ambientes salinos. Desta forma, tornou-se muito típica nas beiras das praias e restingas, podendo ser encontrada do norte ao sul do Brasil. Já os frutos servem de alimento para morcegos que ajudam na disseminação das suas sementes. As folhas se constituem de extratos polares polifenólicos, em especial os taninos, sendo comprovada a presença de ácido gálico e ácido elágico, mediante cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) em plantas cultivadas em orlas das praias de Santos, estado de São Paulo. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi a caracterização do biossorvente para posterior aplicação na remoção de metais presentes em efluentes líquidos e águas naturais. O adsorvente foi processado até se obter um pó bruto com partículas padronizadas entre 63µm - 106µm. Foram feitas análises de Espectroscopia na Região do Infravermelho com transformada de Fourier(FTIR), Ressonância Magnética Nuclear de 13C (RMN), análise elementar de enxofre e nitrogênio, ponto de carga zero (pHPZC), além da área superficial por meio de BET (Brunauer, Emmett, Teller). Para ensaios futuros de adsorção, podem 36 Anais do VII Congresso de BIociências ser realizados experimentos em batelada em função do pH, tempo de contato e capacidade máxima de adsorção. Os dados obtidos das análises servirão como base para ensaios de sistemas em batelada e em fluxo (pré-concentração de metais). Os resultados indicaram espectro principal de um polissacarídeo, tendo como principal constituinte a celulose (grupos glicosídicos), e as seguintes bandas dos grupos químicos: 3614 cm-1, podendo ser atribuída ao estiramento vibracional de grupos OH; enquanto que, na região de 2915 e 2843 cm-1, duas bandas que podem ser atribuídas ao estiramento vibracional simétrico e assimétrico de CH2, respectivamente; estiramentos vibracionais de ligações N-H na região de 3300-3250 cm-1; na região de 1640 cm-1, estiramento de grupos carbonila (C=O) de grupos funcionais amida; na região de 1730 cm-1, estiramento de grupos carbonila de ácidos carboxílicos, os quais podem atuar na complexação de espécies metálicas por processos de troca iônica; além de vibrações angulares N-H observadas na região de 1556 e 1538 cm-1. Com base nos resultados das análises por FTIR e RMN foi possível verificar a existência de grupos nitrogenados e sulfurados na estrutura do material, corroborando os resultados entre as análises. Além disso, o material foi submetido a análise elementar para quantificação de enxofre e nitrogênio que indicou a presença de 12,0 ± 1,16 e 0,7 ± 0,08 g/Kg, respectivamente. O pHpzc corresponde ao valor onde pH se mantem constante (efeito tampão), sendo o pH = 7,18. De acordo com os resultados, o intervalo de pH no qual o pH da superfície do material é nula está localizado no intervalo de 5,73 a 8,84. A partir da isoterma de adsorção/dessorção de nitrogênio, é possível verificar que seu perfil assemelha-se à isoterma do tipo II, sendo característico de materiais de baixa área superficial (menor que 1 m2 g-1), não-porosos ou que apresentem macroporosidade. Ao se analisar a distribuição do tamanho médio de poros para este material, pode-se notar que este praticamente não apresenta micro- e/ou mesoporosidade, estando de acordo com seu respectivo tipo de isoterma. Conclui-se que o material é um biossorvente com potencial capacidade de adsorção, pois grupos nitrogenados presentes em suas partículas podem atuar na coordenação de espécies metálicas em solução. Financiamento: FAPESP, CNPq, CAPES CARANGUEJOS (DECAPODA, BRACHYURA) DO SUBSTRATO NÃO-CONSOLIDADO NAS 37 Anais do VII Congresso de BIociências PROXIMIDADES DE DUAS ILHAS DO LITORAL NORTE PAULISTA Amanda Thaís Godoy¹*, Camila Hipólito Bernardo1, Gabriel Felippe Barros Rodrigues¹, Verônica Pereira Bernardes¹, Francislene Karina Martins¹, Jeniffer Natália Teles¹, Thiago Elias Da Silva¹. ¹Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Botucatu, SP, Brasil.*amandagodoy123@gmail.com Palavras – chave: Ubatuba, ilha das couves, ilha do mar virado, biodiversidade. A biodiversidade marinha pode ser melhor compreendida a partir do conhecimento tanto da ocorrência como da abundância dos organismos bentônicos, além do funcionamento e da estrutura dessas assembleias. Este estudo investigou a diversidade dos braquiúros do substrato não consolidado nas proximidades das Ilhas das Couves e do Mar Virado, região de Ubatuba, litoral norte paulista. Os caranguejos foram coletados, mensalmente, de janeiro de 1998 a dezembro de 1999 por meio de arrastos. Estes foram feitos por um barco de pesca camaroeiro, equipado com redes do tipo double-rig, durante 30 minutos, numa extensão de18000 m², aproximadamente. Os índices ecológicos de Shannon (H’) e equitabilidade de Pielou (J’) foram utilizados para analisar os dados obtidos. Os valores obtidos para tais índices foram comparados entre os dados das duas Ilhas, utilizando-se o teste-T bicaudal (p<0,05). Foram capturados 2221 indivíduos pertencentes a 42 espécies, 28 gêneros e 13 famílias de braquiúros (Dromiidae, Aethridea, Menippidae, Leucosiidae, Epialtidae, Inachidae, Inachoididae, Majidae, Parthenopidae, Pilumnidae, Portunidae, Panopeidae e Xanthidae). Do total de caranguejos obtidos, 20 espécies foram comuns para as duas ilhas, 10 ocorreram somente na Ilha das Couves (H’ = 1,07; J’ = 0,73) e 12, somente na Ilha do Mar Virado (H’ = 1,17; J’ = 0,65). As três espécies mais abundantes foram Callinectes ornatus Ordway, 1968 (1164 indivíduos), Hexapanopeus paulensis Rathbun, 1930 (272 indivíduos) e Hepatus pudibundus (Herbst,1785)(220 indivíduos). Não foi constatada diferença estatística dos índices ecológicos entre os dados das duas ilhas (p>0,05). Contudo, este estudo revelou uma alta diversidadee riqueza de braquiúros na região, a qual pode ser considerada uma importante área de colonização e manutenção de caranguejos braquiúros. Os resultados aqui apresentados fornecem suporte para 38 Anais do VII Congresso de BIociências estudos futuros sobre comparação e monitoramento ambiental, além de indicar que a área estudada deve ser preservada e monitorada protegendo esta diversidade de crustáceos. Financiamento: Fapesp e Capes 39 Anais do VII Congresso de BIociências CASUÍSTICA DE ANIMAIS PROVENIENTES DE APREENSÃO NO CEMPAS – BOTUCATU, ESTUDO RETROSPECTIVO DE 2017 Hippólito¹*, Alícia Giolo; Stanski², Gilson; Oliveira¹, Elton Luís Ritir; Rolim¹, Luna Scarpari; Borges¹, Mariana Fischer; Freirias¹, Cristianne Dantas; Bisca¹, Jacqueline Muniz; Alves¹, Arthur Carlos da Trindade; Gonçalves¹, Raphael Augusto Baldissera; Teixeira¹, Carlos Roberto. aliciamedvet@gmail.com ¹ CEMPAS – Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens; Departamento de Cirurgia e Anestesiologia; Unesp – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus Botucatu ² NUBECC – Grupo de estudos sobre Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos; Departamento de Zoologia; Unesp – Instituto de Biociências, Campus Botucatu Palavras-chave: tráfico; ilegal; destinação de fauna; silvestres O Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens (CEMPAS) da Universidade “Julio de Mesquita Filho”, Campus Botucatu está inserido no Hospital Veterinário da UNESP com o objetivo de prestar atendimento médico veterinário especializado aos animais selvagens, sendo eles de vida-livre, resgatados por órgãos públicos, encaminhados pela população ou mantidos como animais de estimação não convencionais. Portanto, este trabalho tem objetivo apresentar os grupos animais que foram apreendidos pelos órgãos ambientais no ano de 2017 e posteriormente trazidos ao CEMPAS. Foram realizados 1429 atendimentos, destes 30% (422) eram animais oriundos de apreensão de 14 cidades diferentes, entre elas Marília, Ribeirão Preto e Londrina no estado do Paraná, com destaque para aves (392) que somaram 92% dos animais apreendidos, e dentro dessa classe 90% (354) são da ordem passeriformes, seguida por psittaciformes 8% e de menor prevalência piciformes e cariamiformes (1,4% e 0,6% respectivamente). Os animais recebidos de outros grupos somaram 8% ou 30 indivíduos, sendo 14 mamíferos, 12 répteis e 4 artrópodes. Essas apreensões são resultados do tráfico ilegal de animais silvestres, atividade que é hoje o terceiro maior comércio ilícito do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. Em relação às aves, grupo mais afetado, encontramos na literatura que diversidade de cores e canto, assim como sua maior distribuição geográfica são os principais fatores que influenciam na alta 40 Anais do VII Congresso de BIociências porcentagem de captura desse grupo, além de alto preço no mercado de algumas espécies consideradas mais raras. Mediante a isto é urgente que campanhas de educação ambiental, orientação e conscientização da população contra a compra ou posse de animais selvagens sem registro (legais) sejam frequentes. Pois a conscientização é uma das ferramentas mais eficazes para combater o tráfico de animais silvestres. E é nesse sentido que o CEMPAS tem um papel importantíssimo não só no atendimento dos animais debilitados, como também visitas monitoradas, capacitação de profissionais para diversas atividades como: a própria educação ambiental, desenvolvimento de pesquisas científicas, resgate e reabilitação de animais com posterior soltura em locais apropriados e definidos pelos órgãos competentes. Atualmente os três centros de triagem de animais silvestres no estado de São Paulo operaram acima de sua capacidade de recebimento e em muitos casos com super população. No estado do Paraná, o único órgão que recebia animais silvestres foi fechado em junho de 2017. Portanto, os resultados desse estudo e a condição de superlotação de outros locais de destinação da fauna no estado de São Paulo evidenciam a importância do CEMPAS como local de recebimento da fauna apreendida para reabilitação, soltura, educação ambiental e conservação. 41 Anais do VII Congresso de BIociências CASUÍSTICA DE RÉPTEIS ATENDIDOS NO CEMPAS – BOTUCATU, ESTUDO RETROSPECTIVO DE 2017 Freirias1*, Cristianne Dantas; Alves, Arthur Carlos da Trindade; Gonçalves1,Raphael Augusto Baldissera; Borges1, Mariana Fischer; Rolim1, Luna Scarpari; Hippólito1, Alícia Giolo; Oliveira1, Elton Luís Ritir; Pinhatti,Carime Carrera; Bisca1, Jacqueline Muniz; Teixeira1, Carlos Roberto. cristianne2405@hotmail.com 1 CEMPAS – Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens; Departamento de Cirurgia e Anestesiologia; Unesp – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus Botucatu Palavras-chave: herpetologia; testudíneos, squamata, crocodilianos Introdução: A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), possui um Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens (CEMPAS) com o objetivo de prestar atendimento especializado a animais selvagens, capacitar profissionais, reabilitar animais, obter dados para pesquisas e realizar educação ambiental. No Brasil, hoje, existem 633 espécies de répteis catalogadas, sendo esse o terceiro maior país em biodiversidade de répteis do mundo Objetivo: Este estudo retrospectivo objetivou quantificar e analisar os atendidos prestados aos répteis pelo CEMPAS em 2017, para melhor compreensão de quais espécies predominam no local e quais os principais motivos que os levam ao atendimento médico especializado, tendo em vista a tamanha importância dessa classe no equilíbrio ambiental. Materiais e Métodos: Foi realizado um levantamento e análise da casuística dos répteis atendidos no ano 2017 no CEMPAS. Resultados e Discussão: Em 2017 foram atendidos 1429 animais no CEMPAS, destes 77 eram répteis, ou seja, apenas 5,38 % do total de atendimentos. Desta classe, 48,05% (37) dos animais atendidos eram testudíneos, 32,46 % (25) serpentes, 10,39% (8) lagartos e apenas 9,09% (7) crocodilianos. Do total de répteis atendidos, 29,87% (23) foram jabutis, sendo que destes, 19 foram trazidos por seus tutores. Os répteis atendidos neste período foram oriundos de diversas cidades, sendo Botucatu a mais prevalente, com 71,43% (55) dos casos, seguido de Avaré com 19,99% (10) e Lençóis Paulista com 3,9% (3). Dos animais atendidos, 33,77% (26) foram entregues ao 42 Anais do VII Congresso de BIociências CEMPAS por munícipes, 31,17% (24) possuíam proprietários, 15,58% (12) foram oriundos de apreensão e 14,28% (11) foram resgatados. 45,45% (35) destes indivíduos estavam hígidos, enquanto que 18,19% (14) sofreram algum tipo de trauma, sendo os mais frequentes atropelamento ou ataque por cachorro. Os dados apontam uma maior necessidade de conscientização da população sobre a importância dessas espécies na cadeia ecológica e portanto a necessidade da especialização da medicina desses animais. Conclusão: Esse estudo permite melhor compreender o padrão de atendimento prestado aos répteis pelo CEMPAS, podendo este atuar como uma ferramenta para futuros projetos que visem o bem-estar dessa classe de animais, como atividades de conscientização da população local e capacitação dos profissionais envolvidos no resgate, apreensão e atendimento médico. 43 Anais do VII Congresso de BIociências COMO LIBINIA FERREIRAEBRITO CAPELLO, 1871 (BRACHYURA, MAJOIDEA) DISTRIBUI-SE ESPACIALMENTE EM TRÊS ENSEADAS DO LITORAL NORTE PAULISTA? Ana Clara Denadai¹*, Amanda Thaís Godoy¹, Aline Nonato De Sousa¹, Gabriel Felippe Barros Rodrigues¹,
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