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INFECÇÕES FÚNGICAS - SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Fatores de risco 
• Imunossupressão 
• Pacientes oncohematológicos 
• Pacientes com câncer 
• Pacientes transplantados 
• Pacientes neutropênicos 
• Outros 
Micoses sistêmicas 
• Muitos grupos biológicos demonstram dimorfismo térmico 
• Blastomyces dermatitidis (Blastomicose) 
• Coccidioides immitis (Coccidioidomicose) 
• Histoplasma capsulatum (Histoplasmose) 
• Paracoccidioides brasiliensis (Paracoccidioidomicose) 
Fungos dimórficos 
• Forma de fungo filamentoso / forma de levedura 
• Patógenos sistêmicos primários ➙ disseminação vísceras 
• Infecção em hospedeiros “normais” e imunocomprometidos 
• Infecção quiescente ➙ reativação quando paciente imunossuprimido 
• Patógenos endêmicos: habitat natural é delimitado a regiões geográficas específicas / 
doença é adquirida pela inalação de esporos daquele ambiente específico e localização 
geográfica 
 
HISTOPLASMOSE 
• Agente etiológico: Histoplasma capsulatum 
• Saprófita dimórfico do solo e habitats aviários 
• Produz colônias de bolores de coloração marrom, com período de incubação de 4-12 
semanas 
• Produz microconídios e macroconídios esféricos e de parede espessa das hifas septadas e 
hialinas 
• Nos tecidos, transforma-se em células leveduriformes ovais encontradas no interior de 
macrófagos (intracelular facultativo) 
• Solos enriquecidos por matéria orgânica (fezes de aves e morcegos) 
• Fezes de aves e morcegos servem como meio de crescimento para o organismo 
• Pode persistir no ambiente por longos períodos 
 
 
Quadro clínico 
• Assintomática: 90-95% 
• Pulmonar aguda e crônica 
• Disseminada 
INFECÇÃO PULMONAR AGUDA 
 
HISTOPLASMOSE PULMONAR CRÔNICA 
 
INFECÇÕES DISSEMINADAS 
 
Diagnóstico 
• Exame micológico direto 
• A fase leveduriforme do organismo pode ser detectada no escarro, lavado broncoalveolar, 
sangue periférico 
• Cultura 
• Crescimento em cultura é lento 
• Importantes nos pacientes com doença disseminada 
• Biópsia (HE, PAS e Grocott-Gomori): 
• Células leveduriformes com halo claro em periferia / Granuloma 
• Sorologia: detecção do antígeno no sangue e na urina 
 
PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
• Micose da América Latina 
• Incidência brasileira (região Sudeste) 
• Descrita em 1908 por Adolfo Lutz (paciente com lesões orais) 
• Paracoccidioides brasiliensis 
• Acomete principalmente o sexo masculino 
• Estudos - Estrógeno se liga a receptores da célula fúngica filamentosa e impede a conversão 
para forma L na mulher 
• Habitat do fungo: possivelmente solo e água de rios e lagos 
Formas clínicas 
Assintomática 
Pulmonar 
• AGUDA: dificilmente diagnosticada clinicamente 
• Achados semelhantes a outros processos infecciosos 
• CRÔNICA: 20-30% dos casos 
• Tosse, dispneia, expectoração mucopurulenta, dor torácica e febre baixa 
Disseminada 
• Juvenil (< 30 anos) 
• Disseminação hematogênica aguda 
• Febre alta e caquexia progressiva 
• Osteomielite e ulcerações intestinais 
• Adulta (>30 anos) 
• Evolução mais lenta 
• Comprometimento cutâneo (lesões labiais) 
• Comprometimento da mucosa anal 
• Lesões SNC, hepáticas e esplênicas 
 
Micoses oportunistas 
PNEUMOCYSTIS 
• Pneumocystis jirovecii - anteriormente Pneumocystis carinii 
• Reservatório na natureza é desconhecido 
• Pneumonia quase que exclusivamente em pacientes imunodeficientes 
• Imunocompetentes ausência doença 
• Pneumonia intersticial de plasmócitos 
• Pneumocystis é transmitido pela via respiratória (pacientes com PCP ➙ outros pacientes 
suscetíveis) 
 
 
Diagnóstico 
• Exame microscópico 
• Lavado broncoalveolar (LBA) 
• Escovação brônquica 
• Escarro induzido 
• Biópsia pulmonar transbrônquica ou aberta 
 
 
 
ASPERGILOSE 
• Doença causada gênero Aspergillus 
• Fungo anemófilo 
• Fonte de infecção: ar e água (ambiente) 
• Infecções nosocomiais 
• 19 espécies de Aspergillus como agentes de micose humana 
• Aspergillus fumigatus 
• Aspergillus flavus 
• Aspergillus niger 
• Aspergillus terreus 
 
Formas clínicas 
Aspergilose invasiva 
• Pacientes neutropênicos imunossuprimidos 
• Pulmonar invasiva, sinusal, disseminada, órgão único 
Aspergilose crônica 
• Infecção crônica localmente destrutiva 
• Aspergiloma, aspergilose cavitária crônica, aspergilose necrotizante crônica 
Aspergilose forma alérgica 
• Hipersensibilidade aos antígenos do Aspergillus 
Infecção superficial 
• Infecção cutânea, otomicose, sinusite, traqueobronquite 
Diagnóstico clínico laboratorial 
• Histórico do paciente 
• Evidências clínicas 
• Diagnóstico de imagem 
• Resultados microbiológicos 
• Resultados histológicos 
• Diagnóstico Sorológico (Detecção de Antígenos - Detecção de Anticorpos: Detecção de 
galactomanana) 
• PCR 
 
• Tecidos: filamentos são homogêneos, com largura uniforme (3 a 6 μm), contornos paralelos 
e septos regulares, ramificando-se progressivamente, num padrão semelhante ao das 
árvores 
• Os ramos são dicotômicos e geralmente se orientam em ângulo agudo (≈ 45 graus) 
• Hifas podem ser vistas no interior dos vasos sanguíneos (angioinvasão), causando trombose 
CANDIDA ALBICANS 
• Mais importante grupo de patógenos fúngicos oportunistas 
• Terceira causa mais comum para infecções sanguíneas 
• C. albicans é a espécie mais comumente isolada a partir de material clínico 
Habitat 
• Microbiota (mucosa digestiva, mucosa intestinal, mucosa vaginal e pele) 
• Natureza: amplo isolamento (contaminação com fezes) 
Diversidade clínica 
• Infecções localizadas a sistêmicas 
Espécies de Candida: Candida albicans, C. Tropicalis, C. krusei, C. Parapsilosis, C. guilliermindii, C. 
glabrata, C. Lusitaniae, C. Dubliniensis, C. Kefyr 
• Forma de células leveduriformes ovais (3 a 5 μm), que produzem brotamentos ou 
blastoconídios 
• As espécies de Candida, produzem hifas verdadeiras e pseudo-hifas 
 
CANDIDÍASE 
• Infecção aguda ou crônica, podendo ser episódica 
• Indivíduos sadios pode ocorrer em qualquer idade, mas são mais comuns em neonatos e 
pacientes geriátricos ou em pacientes imunossuprimidos 
• Infecção endógena - Fonte de infecção: próprio paciente 
• Infecção exógena - uso de soluções contaminadas, nutrição parenteral, transdutores de 
pressão vascular, válvulas cardíacas e córneas, profissionais da área de saúde, ambiente das 
unidades de terapia intensiva 
• As mãos desses profissionais são potenciais reservatórios para a transmissão nosocomial de 
Candida spp 
 
CANDIDÍASE CUTÂNEO-MUCOSA 
• Acometimento de pele, unhas, mucosas orofaríngeas e genitais 
• Candidíase intertriginosa 
• Onicomicose 
• Candidíase oral 
• Vulvovaginite 
• Balanospostite 
• Candidíase mucocutânea crônica 
 
CANDIDÍASE SISTÊMICA OU VISCERAL 
• Pacientes imunodeprimidos 
• Infecções nosocomiais 
• Candidemias e candidúrias 
• Candidíase disseminada 
PNEUMONIA 
• Forma hematogênica: nódulos miliares distribuídos difusamente no pulmão 
• Forma aspirativa: lesões bronquíolos 
Nódulos: áreas central de necrose e inflamação aguda; presença de pseudo hifas e gemulações em 
formas de longos filamentos 
Diagnóstico laboratorial 
• Exame direto do material clínico: evidenciar leveduras 
• Cultura: crescimento de colônias cremosas e brancas em ~ 48hs 
Histopatologia 
• Presença de pseudo-hifas e gemulações em formas de longos filamentos no tecido 
 
INFECÇÕES POR HELMINTOS COM CICLO PULMONAR 
Ascaris lumbricoides 
• Larvas 10-14 dias pulmão 
• Pneumonite e eosinofilia 
• Síndrome de loeffler 
 
Ancylostoma duodenale – Necator americanus 
• Migração da larva nos pulmões pode causar pneumonite e eosinofilia 
 
Strongyloides 
 
Fêmeas partenogenéticas triploides (3n) 
• 3 tipos de ovos dando origem: 
• Larvas rabditóides triploides ➜ larvas filarióides triplóides infectantes 
• Larvas rabditóides diploides (2n) ➜ fêmeas vida livre 
• Larvas rabditóides haplóides (1n) ➜ macho de vida livre 
 
Ciclo direto ou partenogenético 
• Larvas rabditóides eliminadascom as fezes transformam-se, no meio exterior, em larvas 
filarióides capazes de infectar diretamente as pessoas 
Ciclo indireto, sexuado ou vida livre (24-72h) 
• Larvas rabditóides formam, no solo, machos e fêmeas que produzem ovos. Estes eclodem 
produzindo larvas L1 que passam a L3, infectantes para aqueles que andam descalços ou 
põem alguma região cutânea em contato com o solo 
 
Transmissão - strongyloides stercoralis 
HETERO ou PRIMOINFECÇÃO 
• Penetração L3 pela pele ou mucosa 
AUTO-INFECÇÃO EXTERNA OU EXÓGENA 
• Larvas rabditóides região perianal ➜ larvas filarióides infectantes ➜ penetração ou levadas 
à boca pelas mãos sujas ou pelos alimentos que contaminou 
AUTO-INFECÇÃO INTERNA OU ENDÓGENA 
• Larvas rabditóides luz intestinal ➜ larvas filarióides infectantes ➜ penetração mucosa 
intestinal 
Ocorre quando: 
• Indivíduo apresenta estrongiloidíase e constipação intestinal 
• IMUNOSSUPRESSÃO 
CRONICIDADE 
• persistindo por 20 ou 30 anos 
 
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA DA ESTRONGILOIDÍASE 
Ciclo pulmonar 
• Invasão larvas nos alvéolos – hemorragias 
• Elas chegam a causar uma pneumonite difusa ou síndrome de Loeffler, com a presença de 
larvas no escarro 
• Tosse com ou sem expectoração, febre, dispneia 
• Infiltrado inflamatório: linfócitos e eosinófilos

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