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PERITONITE INFECCIOSA FELINA O QUE É? Coronavírus denominado vírus da peritonite infecciosa felina (FIPV), sendo uma mutação do coronavírus entérico felino (FECV) Enfermidade imunomediada, sistêmica, progressiva e fatal ETIOLOGIA Coronavírus felinos → relacionado ao trato respiratório de cães e TGI de gatos Vírus de RNA envelopado, inativado facilmente por desinfetantes e detergentes Possuí transmissão direta e indireta como por fômites (tigelas, brinquedos, roupas caixas de areia) - Glicoproteína S e HE → principais antigênicos do vírus - A PIF É A MUTAÇÃO DO CORONAVÍRUS FENINO - O coronavírus felino pode ter 2 biotipos: coronavírus felino entérico (FECV) E VÍRUS DA PERITONITE INFECCIOSA FELINA (FIPV) efusiva (úmida) e não efusiva (seca) EPIDEMIOLOGIA Acomete gatos de qualquer idade, porém tem predileção com animais com menor de 3 anos de idade e acima de 10 anos = falta/falha de imunidade 10 a 50% de animais domiciliados são soropositivos Suscetibilidade: raças puras > raças mistas / gatos < 3 e > 10 anos O FCoV está presente nas fezes da maioria de gatos saudáveis de gatis abrigos Acomete todos os felinos domésticos e selvagens Aumento do número dos casos de PIF de acordo aos anos: maior domesticação, maior confinamento, aumento de colônias = maior exposição ao coronavírus felino presente nas fezes A maior densidade de gatos nos gatis leva uma maior morbidade e também da mortalidade É uma doença com alta mortalidade TRANSMISSÃO Alta titulação pelas fezes Rota fecal-oral Contaminação por fômites (caixa de areia, brinquedos, caixa de transporte e potes Saliva → importância somete em colônias (gato lamber outros gatos) Transplacentária→ rara/ aborto ou morte com 2 a 3 semanas de vida PERITONITE INFECCIOSA FELINA Forma subclínica: animais portadores assintomáticos (infecção crônica 13%) Forma clínica severa: 5 a 10% dos casos FATORES DE RISCO Animais com menos de 1 ano de idade FIV E FeLV positivos →doenças imunossupressoras Doenças respiratórias Estresse Desnutrição Tratamento com corticoides PATOGENIA animal contaminado → elimina vírus nas fezes → contamina caixinha → animal saudável se contamina nesse momento (oro fecal) A doença pode evoluir de 4 formas: imunidade adequada (debelar infecção – elimina o vírus ) ; Infecção transitória (tem sinal clínico mas não se torna portador); Infeção persistente (animal com sinais clínicos e a infecção se torna crônica) e por fim o animal que se contamina com o coronavírus e no organismo esse vírus tem mutação e gera um vírus (PIF) que é mais patogênico Pif úmida: formação de imunocomplexos nos vasos → causa vasculite → efusões Pif seca: após invadir os tecidos (enterócitos) leva a lesões granulomatosa → Pif seca SINAIS CLÍNICOS Depende do biotipo Depende da localização do órgão afetado, quantidade de lesões e se causa vasculite FECV: enterite leve (autolimitante), diarreia, vômito. m filhotes atrofia PIF: Perda de peso, letargia, anorexia, adipsia, febre, debilidade FORMAS CLÍNICAS PÓS VIREMIA PIF EFUSIVA: causa efusão no tórax, abdômen, pericárdio, pleura PIF NÃO EFUSIVA (SECA): variam do órgão afetado, baço, pulmão MISTA: Efusão + sinais do órgão afetado PIF EFUSIVA Efusão abdominal: ascite Efusão pleural e torácica: insuficiência respiratória Morte súbita: tamponamento cardíaco Efusão são ricas em água, eletrólitos e proteínas = meio de cultura para proliferação de bactérias causando uma peritonite infecciosa agravada por infecção bacterina a Sangue: aumento do hematócrito e azotemia e diminuição da proteína sérica (albumina) PIF SECA Insuficiência hepática: hepatite e icterícia Insuficiência renal: azotemia Insuficiência pancreática: IPE Distúrbios neurológicos (encéfalo, medula) Lesões oculares (FIV E FeLV) TGI (vômitos e diarreia) DIAGNÓSTICO Histórico/anamnese Sinais clínicos Exsudato (coletar e analisar) / Pif = exsudato asséptico Achados laboratoriais: proporção albumina/globulina – hiperglobulinemia – hipoalbumineia proteína total – azotemia – aumento de Ht Exames complementares: avaliação de liquor, ultrassom, tomografia computadorizada, ressonância magnética e biopsia Teste de Rivalta PORÉM QUEM FECHA O DIAGNOSTICO É O HISTO- PATOLOGICO, que é confirmatório apenas em necropsia Sorologia para Pif: não diferencia se o anticorpo é do coronavírus entérico ou do coronavírus causador da PIF PCR para Pif: identifica o material genético do coronavírus mutado, porém não identifica novas possíveis mutações isso pode levar a falso negativo DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - Síndromes paraneoplásicas - Hepatopatias - Cardiopatias - Peritonite séptica - Uroabdome TRATAMENTO Não existe tratamento Somente suporte (controle da resposta imunomediada e inflamação – corticoide) CONTROLE E PREVENÇÃO Não há vacina no Brasil Tentar retardar ou evitar a infecção Higiene e limpeza
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