Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Leishmaniose viceral canina CLASSIFICAÇÃO Filo: Euglenozoa Classe: Kinetoplastidea Ordem: Trypanosomatida Família: Trypanosomatidae Gênero: Leishmania Espécies: - L. donovani - L. donovani chagasi - L. infantum ______________________________________ HOSPEDEIROS VERTEBRADOS Animais silvestres, domésticos e homem → Roedores → Gambas → Tamanduas → Tatus → Canídeos → Primatas e preguiças → Cães felinos e equinos ______________________________________ HOSPEDEIROS INVERTEBRADOS Flebotomíneos - mosquitos → Phlebotomus → Lutzomyia → Longipalpis → l. Cruzi FORMA EVOLUTIVA Os Parasitas do gênero Leishmania são digenéticos (heteroxenos) e apresentam em seu ciclo de vida apenas duas formas evolutivas: a forma promastigota, que é flagelada e extracelular, e a forma amastigota, que é intracelular e sem movimentos. Forma no hospedeiro vertebrado → Amastigota Forma nos hospedeiros invertebrados → Promastigota ______________________________________ CICLO BIOLÓGICO Ao fazer repasto sanguíneo em hospedeiro infectado, as fêmeas dos flebotomíneos ingerem sangue com macrófagos e monócitos parasitados. No intestino médio do inseto, as formas amastigotas são liberadas e após divisão se transformam nas formas promastigotas, infectantes para o homem. A transmissão ocorre quando as fêmeas infectadas se alimentam em invertebrados susceptíveis. Página 1 Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Leishmaniose viceral canina A saliva do Lutzomyia é inoculada com as formas promastigotas do parasito, que caem na circulação e migram para os órgãos do sistema retículo endotelial, como fígado, baço, medula óssea e linfonodos, sendo fagocitados pelos macrófagos. São biológicos, por ter multiplicação do promastigota no intestino de flebotomínios ______________________________________ Leishmania chagasi → Encontrado no brasil Leishmania infantum → Ocasionando leishmaniose nas américas. Período de incubação é variado no hospedeiro vertebrado, depende do sistema imunológico do animal, se viajou ou mora em uma região endêmica No invertebrado o período de incubação é de 4 a 21 dias, entre a contaminação e a eliminação da forma infectante. Animal com muito pelo, o mosquito tem uma certa dificuldade para picar, ele vai preferir regiões como, a parte interna da orelha, focinho e a parte ventral (barriga) → Luizomyia possui hábitos crepusculares e noturnos; → Voos em pequenos saltos → Mosquito palha - 1 a 3mm → Adaptado a moradia humana → Postura de ovos em locais úmidos com matéria orgânica ______________________________________ SINAIS CLÍNICOS Dermatológicos: - dermatite saborréia - Alopecia periorbital - pode confundir com sarna, crostas ao redor dos olhos (descamação) - Hiperqueratoses - Nódulos subcutâneos - Onitogrifose - crescimento anormal das unhas - Ausência de prurido - Erosões/ulceras (pontas de orelha/ focinho) normalmente é o local onde o mosquito tem mais facilidade de picar o animal; - Linfadenomegalia - Emagrecimento - Febre - Hemorragias - Lesões oculares - Nefrite Página 2 Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Leishmaniose viceral canina DIAGNÓSTICO → Clínico - Lesões, de onde o animal veio → Parasitológico - padrão ouro - Punção de medula óssea - Punção de linfonodos palpáveis - Punção hepática e esplênica - Biopsia de pele e/ou vísceras → Fixados com álcool etílico e corados pelo Giemsa isolamento em animais de laboratório _________________________________________ DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO → Reação de imunofluorescência indireta (RIFI) Podem haver reações cruzadas com Babesia canis e Erlichia canis → Reação de fixação do complemento (RFC) → ELISA → DPP (dual plate plataform) → PCR ANIMAL COM OU SEM MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS _________________________________________ TRATAMENTO → Miltefosina - emg/kg = 1ml/10kg por 28 dias. Se houver necessidade de repetição do protocolo terapêutico a cada 4 meses, fazer o monitoramento do paciente. → Alopurinol - leishmaniostático → Domiperidona - modulador do sistema imune Objetivo: reduzir a carga parasitária, restaurar a resposta imune, cura clínica e evitar recidivas. Quando bem feito no início da doença e com um prognóstico favorável, é possível ter uma melhora significativa no animal . _________________________________________ ADVERTÊNCIAS → Evitar a subdosagem. Assim, é importante que a posologia descrita seja corretamente obedecida. O tempo para a completa absorção da droga pelo cão é de aproximadamente uma hora após a ingestão. Página 3 Esfregaços de medula óssea corado pelo método Giemsa, evidenciando macrófagos parasitados por formas amastigotas de Leishmania (setas vermelhas). Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Leishmaniose viceral canina → É recomendado que sejam utilizados nos animais em tratamento produtos repelentes contra o flebotomíneo. → Não existe cura parasitológica estéril para a Leishmaniose Visceral Canina. O declínio da carga parasitária reduzirá o potencial de infecção dos flebotomíneos e, consequentemente, a transmissibilidade da doença. → Assim, a cada quatro (04) meses, o animal em tratamento deverá retornar ao médico veterinário para uma reavaliação clínica, laboratorial (pelo proteinograma) e parasitológica (pelas citologias de linfonodo e medula óssea). Se necessário, um novo ciclo de tratamento deverá ser indicado. _________________________________________ CONTROLE E PREUCAÇÕES → Controle de cães com tutor (coleiras repelentes - interessante, porêm tem alto custo.) → Controle de abrigos de cães → Controle dos caes de rua → Vacinação* → Não expor os cães, nas horas de maior atividade do flebotomíneo → Controle do vetor (Borrificação intradomiciliar e peridomiciliar. - uso de inseticidas.) → O peso do cão deve ser determinado com precisão antes e durante o tratamento, para o correto ajuste da dose. → É importante certificar-se que o animal ingira a dose completa do produto durante todo o tratamento. _________________________________________ LEISHMANIOSE TEGUMENTAR A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. Leishmaniose Cutânea Leishmania (Viannia) braziliensis L.(V) guyanensis Leishmania (Leishmania) amazonensis Leishmaniose cutâneomucosa Leishmania braziliensis Leishmaniose cutâneo difusa Leishmania amazonensis Página 4 Antes e depois de um tratamento para leishmaniose
Compartilhar