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1 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Clínica Cirúrgica, VII° Coxins hemorroidários são estruturas anatômicas normais localizadas dentro do canal anal, geralmente ocupando as posições lateral esquerda, anterior direita e posterior. À medida que aumentam, podem sair do canal anal, provocando os sintomas. https://mauriliopaiva.com.br/hemorroidas/. https://cbcsp.org.br/wp- content/uploads/2016/aulas/hemorroidas.pdf. Acredita-se que a etiologia primária seja o esforço excessivo em decorrência da constipação ou diarreia crônica. O esforço repetitivo ou prolongado provoca estresse inferior nos coxins hemorroidários vasculares, causando o rompimento dos elementos de tecido de suporte, com alongamento subsequente, dilatação e ingurgitamento dos tecidos hemorroidários. Lembrando que as hemorroidas são componentes normais do canal anal, mas se tornam patológicas quando causam sintomas. Pode haver apenas ingurgitamento vascular e sangramento ou prolapso para fora do canal anal, necessitando de redução manual após defecação. É possível que esses tecidos ingurgitados formem coágulos e provoquem uma hemorroida externa trombosada. Classificação Hemorroidas Externas Hemorroidas que estão localizadas no canal anal distal, distalmente à linha dentada, cobertas por anoderma afetado ou pele. Hemorroidas Internas Hemorroidas que se originam proximalmente à linha dentada e são cobertas por epitélio transicional insensível. 1. Grau 1 - a protrusão é limitada dentro do canal anal; 2. Grau 2 - sai do canal anal, mas reduz espontaneamente ao cessar o esforço ao defecar; 3. Grau 3 - sai do canal anal e pode ser completamente reduzida com pressão manual; 4. Grau 4 - sai do canal anal e não pode ser reduzida. Importante saber que os graus de hemorroidas internas refletem o grau de prolapso, mas não necessariamente gravidade da doença. https://mauriliopaiva.com.br/hemorroidas/ https://cbcsp.org.br/wp-content/uploads/2016/aulas/hemorroidas.pdf https://cbcsp.org.br/wp-content/uploads/2016/aulas/hemorroidas.pdf 2 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! https://www.mdsaude.com/gastroenterologia/hemorroidas/ Diagnóstico e Exames O achado característico que leva o paciente ao médico é sangramento vermelho vivo e indolor ou uma protrusão no reto, geralmente após defecação. O exame físico do canal anorretal deve ser realizado na posição lateral esquerda (Symes), supina ou de litotomia. O exame físico começa com uma inspeção visual da margem anal, ao afastar gentilmente as nádegas, para procurar hemorroidas externas, acrocórdones ou outras patologias anais, como fissuras, fístulas ou massas perianais. Um prolapso pode se tornar mais visível ao solicitar que o paciente faça força, como se fosse defecar. Uma avaliação do tipo de prolapso deve sempre permitir que o examinador diferencie um prolapso hemorroidário (padrão radial) de um prolapso retal (padrão concêntrico). É obrigatório excluir causas graves ou concomitantes do cólon e reto. Para tal, utilizamos endoscopia flexível (colonoscopia limitada ou total). Pode ser solicitado um hemograma completo se houver preocupação com um sangramento retal prolongado e significativo e se houver sinais de anemia. Os sinais clínicos comuns são: Fatores de risco: idade entre 45 e 65 anos, história de constipação, gestação e a presença de uma lesão pélvica com efeito de massa.; Sangramento retal; Dor e/ou desconforto perianal; Prurido anal; Lesão perianal palpável dolorosa; Massa anal. Exames diagnósticos: Exame anoscópico; Colonoscopia / sigmoidoscopia flexível; Hemograma completo; https://www.mdsaude.com/gastroenterologia/hemorroidas/ 3 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Teste de sangue oculto nas fezes. Os possíveis diagnósticos diferenciais são: fissura anal, doença de Chron, colite ulcerativa, câncer colorretal, fístula anal e prolapso retal. Tratamento Uma dieta rica em fibras pode ajudar a evitar a constipação, que é o principal fator de risco das hemorroidas. O consumo diário recomendado é de 25-30 g de fibras na forma de alimentos com alto teor de fibras ou de suplementos de fibras disponíveis comercialmente. Ingesta hídrica adequada também é importante para sucesso do tratamento. Se o paciente apresenta sangramento intermitente leve as medidas acima (alimentação e hidratação adequadas) comumente são suficientes para o tratamento. Hemorroidas Internas A ligadura elástica é um método simples e eficaz no tratamento é o tratamento de primeira escolha para hemorroidas grau 2. Escleroterapia, fotocoagulação por infravermelho (usa a radiação infravermelha aplicada diretamente à hemorroida, ocasionando coagulação, cicatrização e a subsequente fixação do tecido hemorroidário interno), ligadura arterial da hemorroida e hemorroidopexia por grampeamento também podem ser usadas nas hemorroidas internas com prolapso moderadas (grau 2). https://gastroclinicaumuarama.com.br/exames/view/29/Li gadura-Elastica-de-Hemorroidas. https://www.amato.com.br/cirurgia-de-hemorroida-em- hospital-dia/. https://gastroclinicaumuarama.com.br/exames/view/29/Ligadura-Elastica-de-Hemorroidas https://gastroclinicaumuarama.com.br/exames/view/29/Ligadura-Elastica-de-Hemorroidas https://www.amato.com.br/cirurgia-de-hemorroida-em-hospital-dia/ https://www.amato.com.br/cirurgia-de-hemorroida-em-hospital-dia/ 4 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! https://home.ufam.edu.br/dcc1/modulos/II/pilestapler.htm. Em hemorroidas grau I, além da mudança de estilo de vida pode ser utilizado de forma adjunta corticosteroides tópicos em curto prazo para alívio dos sintomas pruriginosos. Hidrocortisona retal: (1 a 2.5%) aplicar duas vezes ao dia por 5-7 dias no máximo; 25 mg (1 supositório) no reto duas vezes ao dia por 14 dias. A ligadura da artéria hemorroidária (também conhecida como desarterialização hemorroidária transanal) utiliza um proctoscópio personalizado acoplado a um transdutor Doppler para identificar e ligar as ramificações terminais da artéria retal superior acima da linha dentada (resultando em encolhimento das hemorroidas). O procedimento é comumente realizado com anestesia geral breve e várias ligações podem ser necessárias. Algumas hemorroidas internas grau 3 são bem resolvidas com ligadura elástica, no entanto, muitas já necessitam de intervenção cirúrgica (hemorroidectomia, hemorroidopexia por grampeamento, ligadura da artéria hemorroidária). E em casos de HEMORROIDAS EXTERNAS ou EXTERNAS + INTERNAS?!? Nas hemorroidas externas, ou nas hemorroidas internas e externas combinadas, com sintomas graves, a excisão cirúrgica pode ser a única opção de tratamento eficaz. Isso envolve a excisão com anestesia geral ou regional. Eletroterapia A eletroterapia (também conhecida como eletrocoagulação) é uma alternativa à ligadura em pacientes com hemorroidas de grau 1 ou 2 e uma alternativa à cirurgia para pacientes com hemorroidas de grau 3 ou 4. As abordagens incluem uma corrente elétrica direta de baixa amplitude (entre 8-16 mA) usada no contexto ambulatorial ou uma corrente elétrica direta de maior amplitude (até 30 mA) com o paciente sob anestesia geral ou espinhal. ------------------------------ A reavaliação dos pacientes, quando necessária, é realizada com colonoscopia.Após o ato cirúrgico recomenda-se que aos pacientes: mantenham limpeza adequada da região anal, evitem esforço excessivo ao defecar, utilizem analgésicos simples (paracetamol, ibuprofeno – se necessário), e laxantes em baixas doses ou emolientes. https://home.ufam.edu.br/dcc1/modulos/II/pilestapler.htm 5 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! https://www.gutlove.com/blog-1/2017/5/14/roid-rage-anal-care-lets-talk-about-hemorrhoids. Outras Doenças Anorretais Fístula Anal Geralmente, as pessoas reclamam de uma sensação de intensa dor espasmódica de longa duração após a evacuação, podendo haver sangramento (hematoquezia) ou saída de secreção ao usar o papel higiênico. Nessas condições, pode ser observada a existência de uma saliência local, muitas vezes confundida com hemorroida, mas, geralmente, trata-se de plicoma sentinela ou uma papila anal, que são hipertrofias do tecido cutâneo do ânus consequência da inflamação anal, na maioria das vezes encontrada na fissura crônica. As fístulas têm uma predominância no sexo masculino, e a faixa etária mais acometida é entre a terceira e a quarta década de vida. Suas manifestações clínicas incluem presença permanente ou intermitente de secreção purulenta na margem anal, indolor, com irritação e prurido. Abscessos Anais Dos abscessos anais, o mais comum é o perianal (40 a 50% dos casos). Ele se caracteriza por ser extremamente doloroso, apresentando hiperemia e um abaulamento pequeno localizado na margem anal. O tratamento é cirúrgico e consiste em drenagem do abscesso, pois antibióticos usados de forma isolada não são suficientes. Nos abscessos superficiais, a drenagem poder· ser feita em caráter ambulatorial. É o grande responsável pelo surgimento da fístula perianal, podendo esta ocorrer durante a fase aguda até cerca de seis meses do início da infecção. Doença Pilonidal A doença pilonidal (apesar de não ser uma DAR, por envolver a região glútea, pode ser confundida com uma “hemorroida”) consiste em uma infecção subcutânea na metade superior da prega glútea. Pode-se apresentar como um abscesso pilonidal agudo ou como uma ferida indolente, resistente à cura espontânea, causando desconforto. É mais comum na segunda década de vida, mas pode ocorrer na adolescência e na terceira década. Afeta mais o sexo masculino na proporção de 3:1 e é mais comum em indivíduos com muito pelo.11 As pessoas apresentam uma lesão com dor, eritema e edema. Algumas drenam a lesão espontaneamente, o que promove alívio dos sintomas temporariamente. Pode-se apresentar com um ciclo crônico de drenagem e recrudescência até que a pessoa procure assistência. Fissura Anal A fissura anal (FA) é uma lesão longitudinal dolorosa localizada no canal anal que se inicia um pouco abaixo da linha pectínea até a margem anal. Pode ser resultado de trauma direto produzido por fezes endurecidas. Apresenta-se por uma inflamação pronunciada na área circundante e está diretamente associada a hipertonia esfincteriana devido a dor no local. As FAs são classificadas quanto a sua duração em agudas ou crônicas. As primeiras têm duração inferior a seis semanas, e as crônicas duração maior. Sua localização mais frequente é no polo posterior do ânus (66 a 86% dos casos), sendo que a lesão anterior aparece em 8% dos homens e em 25% das mulheres. O tratamento envolve a mesma mudança alimentar preconizada nas hemorroidas. Evitar narcóticos para dor. O tratamento tópico pode ser realizado com pomada de gliceriltrinitrato (GTN) ou de dinitrato de isossorbida a 0,2%, aplicando-se duas vezes ao dia, durante 6-8 semanas, tendo eficácia em 95% dos casos. A outra opção tópica é com a pomada de diltiazem a 2%. https://www.gutlove.com/blog-1/2017/5/14/roid-rage-anal-care-lets-talk-about-hemorrhoids 6 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! 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Hemorroidas. Jan. 03. 2020.
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