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Cirurgias do intestino Atenção a borda mesentérica (de onde vem a vascularização) e antimesentérica, onde será a incisão em enterotomias, é a face oposta. Nomenclatura importante. Estômago, duodeno, jejuno, íleo, ceco, cólon, cólon cranial, transverso e caudal (melhor termo), em ordem. Ceco é importante para localização de outras parte, o íleo que vem antes, e o cólon que vem depois. Recomendada em: Corpo estranho, tumores, aderências, encarceramentos, torção mesentérica, estenose, fecaloma. Vê parte mesentérica do intestino, de onde vem os vasos, e a borda antimesentérica. Incisão sempre longitudinal!! Enterorrafia, depende do diâmetro da luz, se é ampla pode ser longitudinal, sutura simples separado, cushing, agora se for uma luz estreita, a enterorrafia será transversal porque aumenta a área. Ao incisar o intestino a mucosa everte (sai), então tem que fazer a ressecção da mesma (mucosectomia), por que se ela fica ali causa aderência. Levanta e corta a mesma com tesoura, é comum em enterotomias. Tipos de enterotomia: beeaa_____ Enterectomias: Consiste na retirada de uma porção do intestino. Recomendado que a incisão seja feita de forma oblíqua, para que a luz não diminua no pós. A união, sutura, das partes é chamada enteroanastomose. Enteroanastomose término terminal: Incisa um “bisel”, na borda antimesentérica de preferência nas duas porções que serão unidas, o fio vai ir do ponto final da face mesentérica pro ponto final do bisel da face antimesentérica, ponto mais curto. Importante fazer o bisel de forma correta, caso contrário terá comprometimento da vascularização. Enteroanastomose término terminal com diâmetros diferentes: O bisel será feito na parte com diâmetro menor, com o intuito de aumentar o mesmo, e o outro segmento fica transversal (reto). Quando a luz é estreita, nos casos de enterectomia, seguido de enteroanastomose, será feito enteroanastomose do tipo latero lateral: Abre incisão dos dois lados, vai comunicar um com o outro, dobrando o diâmetro da alça. Praticamente junta uma alça a outra, pode fazer com o grampeador, ou dessa forma, suturando as extremidades e depois comunicando as mesmas. Quando a luz é estreita na enterotomia: Enterorrafia transversal. Quando a luz é estreita na enterectomia: Enteroanastomose latero lateral. Enteroanastomo se de seguimentos com o mesmo diâmetro Enteroanastomose de seguimentos com diâmetros diferentes, feita de forma correta. beeaa_____ Tem que fazer teste de extravazamento antes de fechar a cavidade, aplica soro na alça e vê se vaza. Colocar o epíplon por cima para ajudar na cicatrização (omentopexia). Diagnóstico: Ultrassom abdominal, raio-x (melhor contrastado), palpação, ressonância, tomografia. Cirurgias: Celiotomia exploratória/ laparotomia exploratória. Obstrução: NÃO INCISAR EM CIMA DO CORPO ESTRANHO! Incisar antes ou depois, devido a inflamação e a isquemia, vai causar uma bomba de reperfusão que pode levar a deiscência de pontos. Pode ser por corpo estranho, fecaloma, qualquer coisa que obstrua, mas as consequências são as mesmas. Obstrução leva a necrose, perdas hídricas e eletrolíticas, distensão gasosa e hidíca, diarréias e vômitos, diminuição do peristaltismo, o quadro de vômito pode levar a hipocalemia, e mais importante, com a distensão da parede, ela perde sua capacidade de retenção, então começa a ter extravazamento do líquido de dentro para fora, levando a peritonite. O encarceramento de alça tem basicamente as mesmas alterações, pois também obstrui. Imagens da técnica descrita acima utilizando o grampeador, na falta do grampeador, deve-se suturar desta forma. beeaa_____ Causada por: Enterites, corpos estranhos, neoplasias, pós ciru (ilío paralítico), aderências, alterações de motilidade no geral. Tratamento feito com enterectomia, tem que desfazer a intussepção. Enteroglicagem ou pregueamento intestinal junto com a entrotomia. Fecha diagnóstico com palpação + USG, ou raio-x (melhor contrastado), tomografia contrastada. Na cirurgia vê aderências, necrose da parede lesada. O segmento que teve menor motilidade é o que vai receber o de maior motilidade, intussucipiente é o que recebe Intussucepto é o que entra, que está com a motilidade aumentada. Mais comum aparecer no cólon. Intussepção No corte transversal do leitor, do USG, vê um aspecto de cebola. Raio-x contrastado vê formato de cajado e no normal vê C invertido. Tratamento: Equilíbrio hidroeletrolítico, antiespasmódicos (para diminuir motilidade), ATB ou antiparasitário (causa base), e cirurgia Aspecto de cebola visto no USG. beeaa_____ As vezes na cirurgia dá para desfazer com a mão, porém a reperfusão vai ser intensa, ali tem inflamação, coágulos, etc, geralmente já não está viável. Soro morno para ver a viabilidade, cor também, palpação, tudo isso vê a viabilidade do segmento. Pregueamento intestinal, ou enteroglicagem: Onde está encostando uma alça na outra, faz-se uma sutura na porção muscular. Causa uma aderência controlada para impedir que tenha uma nova intussepção. Onde encosta na parede abdominal também sutura. Alta probabilidade de óbito. Ingestão de linha de pesca, linha de tricô, linhas elásticas, barbantes, etc. Mais em animais jovens e a gravidade varia com o local em que parou, o tempo que esta lá e o grau de obstrução. Sempre olhar embaixo da língua!!! E nunca puxar se estiver lá, apenas cortar. Sintomas dependem de onde está preso: Porção proximal do intestino: Obstruição da saída gástrica, vômitos persistentes, desidratação, alcalose metabólica. O CE fica preso ou na língua ou no piloro, por isso pregueia, porque prende. Porção distal do intestino: Perda de peso e do condicionamento físico, diminui as fezes, preso no íleo ou no ceco Corpo estranho perfura face mesentérica! Flexura duodenal deve ser sempre inspecionada! A obstrução pode ser parcial, completa simples e estrangulativa. Corpo estranho linear beeaa_____ Estragunlativa: tem comprometimento vascular e pode levar a síndrome de reperfusão. Simples: Sem comprometimento vascular. Completa: Aumento de pressão hidrostática, desvio para o interticio, edema, processo inflamatório, necrose e óbito. Parcial: Ainda passa gás. beeaa_____ Tratamento é cirurgico!! Enterotomias ou enterectomias, geralmente só as enterotomias resolvem. Quanto mais fino o corpo estranho linear, pior é. Megacólon Cólon distende, de forma prolongada, e por isso as fezes param lá. Pode ter trauma neurológico (hipomotilidade), alterações congênitas, e causas idiopáticas. Lavagem intestinal pode resolver, porém depois volta, porque continua juntando, tem que ir para a cirúrgia. Outras causas são: Fratura de pelve, hérnias, neoplasias, atresia anal, fístulas ad-anal. Toxinas das fezes voltam para a corrente sanguínea, caem no sistema porta-hepático e destrói o figado, podendo levar a septicemia. Não pode nunca abrir, tirar as fezes e fechar de novo! Na téc cirurgica, se o ceco está acometido, está aumentado: Tira do cólon final até o íleo, colectomia subtotal com anastomose ileo-cólica. Se está normal, colectomia subtotal com anastomose colo- cólica, por que só pega o cólon. Artéria mesentérica caudal deve ser preservada, é o limite para cortar. Se ficar um pedaço de cólon o animal pode vir a ter fezes normais novamente, se ficar só íleo com cólon, não, o animal não fica incontinente fecal, só “escapa” no começo do pós op. beeaa_____ Patologias associadas: endoparasitoses, distocias, urolitíases (causam muita dor, força para expelir), viroses, enterites, prostatopatias, etc. Pode ser redutível ou não, para tentar reduzir: Compressas geladas, açúcar cristal, manitol, para tentar reduzir edema. Se não for redutível é cirúrgico. Animais com síndrome da cauda equina pode ser que tenham, devido a força para defecar. Se reduziu, mas depois voltou também vai para cirúrgia: 2 manobras importantes: Introduzir o embolo da seringa, ou a seringa e realizar um ponto de ancoragem nele, pega um fio agulhado e ultrapassa as camadas, passa uma luz, passa a outra luz,bate no embolo e volta, isso umas 4 vezes, para deixar preso, para não voltar. O ponto de ancoragem tem que ser cranial ao ponto de ressecção. Após ressecção, fazer a colónpexia do lado esquerdo, pois é o lado que desce o cólon. Prolapso retal Abre só a parte muscular. Abre a cavidade para fixar, pode fazer vários “furinhos” na parte a ser fixada para aumentar a aderência. Recomendações gerais: Todas as cirurgias que envolvem o sistema digestório: Voltar com a alimentação gradativamente. Alimentação pastosa e líquida no pós op. Os dois são feitos para diminuir os riscos de estenose. Medicamento VO apenas após 7- 10 dias, pois o estômago está em fase de cicatrização. Agora se for no intestino final pode. Estômago- Tudo IV, nada VO. Intestino- Injetável também Final do intestino- VO e IV. Alimentação parenteral. beeaa_____