Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
www.objetivoconcursos.com.br pág. 1 DISCIPLINA: Direito Processual Penal Militar PROF: Gabriel Santos AÇÃO PENAL MILITAR E SEU EXERCÍCIO INTRODUÇÃO: A ação penal assume duas naturezas conforme a legitimidade para sua promoção: ̋"Ação penal pública: É aquela promovida pelo Ministério Público (art. 129, I, da CF22; A ação penal pública divide-se em ação penal incondicionada ou condicionada a representação ou a requisição. ̋"Ação penal privada: aquela manejada pelo particular. A ação penal privada tem como titular o ofendido ou o seu representante legal e divide-se em ação penal privada propriamente dita, ação privada personalíssima e ação penal privada subsidiária da pública. De acordo com o Art. 29 do CPPM, assim como no processo comum, a regra nos crimes militares é que a ação penal será pública. Assim, em decorrência do princípio da obrigatoriedade, sempre que houve prova de fato que, em tese, constitua crime e indícios de autoria, deverá o Ministério Público Militar promover a ação penal pública apresentando a denúncia. Denúncia, em linguagem técnico-processual, é a peça inicial da persecução, por meio dela o Ministério Público formaliza a acusação contra determinada pessoa, exercendo o direito de ação. Lembre-se que o direito de ação decorre de previsão Constitucional segundo a qual a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito (cf. Art. 5o, inciso XXXV). O CPPM, contudo, exige que nos crimes previstos nos Art’s. 136 a 141 do Código Penal Militar (crimes contra a segurança externa do País), a ação penal, quando o agente for militar, depende de requisição, que será feita ao Procurador-Geral Militar, pelo Comandante a que o agente estiver subordinado. No caso do Art. 141 do Código Penal Militar (entendimento para gerar conflito ou divergência com o Brasil) quando o agente for civil e não houver coautor militar, a requisição será do Ministério da Justiça. AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA Assim como no processo penal comum, no caso da prática de crime militar, caso o Ministério Público Militar não promova a ação penal ou não determine a realização de diligências complementar ou mesmo promova o arquivamento do inquérito policial, por expressa determinação na Constituição da República, poderá o ofendido intentar com ação penal privada subsidiária da pública. Nesse caso, www.objetivoconcursos.com.br pág. 2 portanto, o particular - vítima do crime substituirá o Ministério Público Militar e ingressará em juízo buscando a punição daquele que praticou o fato penal. Nesses casos, contudo, poderá o Ministério Público Militar, a qualquer momento, retomar a titularidade da ação penal. EXERCÍCIO DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO Qualquer pessoa, no exercício do direito de representação, poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, dando-lhe informações sobre fato que constitua crime militar e sua autoria, e indicando-lhe os elementos de convicção. Essas informações, se escritas, deverão estar devidamente autenticadas, ou seja, deve-se demonstrar sua autenticidade. Se as informações forem verbais, serão tomadas por termo perante o juiz, a pedido do órgão do Ministério Público, e na presença deste. Caso o Ministério Público considere as informações procedentes, dirigir-se-á à autoridade policial militar para que esta proceda às diligências necessárias ao esclarecimento do fato, instaurando inquérito, se houver motivo para esse fim. QUESTÕES POTENCIAIS DE PROVA 1) A ação penal privada tem como titular o ofendido ou o seu representante legal e divide-se em ação penal privada propriamente dita, ação privada personalíssima e ação penal privada subsidiária da pública. 2) Qualquer pessoa, no exercício do direito de representação, poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, dando-lhe informações sobre fato que constitua crime militar e sua autoria, e indicando-lhe os elementos de convicção. GABARITO 1- C 2- C
Compartilhar