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Lesão Medular

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Fernanda Budiski – budisfernanda@gmail.com 
LESÃO MEDULAR 
Afeta as estruturas contidas no canal medular (medula, 
cone medular e cauda equina), podendo levar a 
alterações motora, sensitiva e autonômicas. 
 
→ Alterações abaixo do local afetado na medula 
Trauma raquimedular (TRM): quando essa lesão 
resulta de forças externas (trauma) sobre a coluna. 
EPIDEMIOLOGIA 
• Homens jovens 
• Afeta 226.000 pessoas por ano no mundo 
• Afeta 16 a 26:1.000.000 por ano no Brasil 
Com o envelhecimento, espera-se que a incidência 
aumente, principalmente devido a quedas. 
ETIOLOGIA 
Causas de origem traumática: 
• Acidente automobilístico 
• Queda 
• Acidente em mergulho em água rasa 
• Ferimento por arma de fogo 
• Ferimento por arma branca (facas) 
Causas de origem não-traumática: 
• Tumores 
• Hérnia de disco 
• Infecciosas 
• Deformidades graves da coluna 
• Estenose de canal medular 
 
FISIOPATOLOGIA 
Trauma → lesão (sequência de eventos fisiopatológicos 
ocorre gerando danos neurológicos). 
Primário: resulta do traumatismo mecânico inicial, 
força externa sobre a medula. Combinação do impacto 
inicial com a compressão subsequente persistente. 
Secundário: ocorre uma alteração na medula. 
Consistem em uma sequência de processos 
desencadeados pelo mecanismo primário, causam 
lesão e morte celular progressivas. 
CHOQUE MEDULAR 
Interrupção fisiológica da condução nervosa pela 
medula, gera diminuição ou abolição das respostas 
sensibilidade, motora ou reflexa. 
• Reflexo bulbo cavernoso – indica o término do 
choque medular. Ele reflete a integridade do 
arco reflexo do segmento de S2-S4. 
RITMO DE CRESCIMENTO COLUNA ≠ MEDULA 
Medula para de crescer antes das nossas vértebras 
Uma lesão em T10 se equivale a T12 na medula. 
- Entre os níveis C2 e T10 = adiciona 2 
- T11 e T12 = corresponde os 5 segmentos lombares 
- L1 = corresponde aos 5 segmentos sacrais 
Dermátomo é a parte da pele equivalente. 
Miótomo é o músculo equivalente da lesão. 
Classificação neurológica – padrão de lesão medular 
→ Avaliação do paciente por meio da ASIA 
- Miótomo (músculo) X Dermátomo (sensibilidade) 
NÍVEL DA LESÃO 
Tetraplegia: acometimento de tronco, MMSS, MMII 
Paraplegia: acometimento de tronco e MMII 
Fernanda Budiski – budisfernanda@gmail.com 
- Sufixo -plegia: perda TOTAL dos movimentos 
- Sufixo -paresia: perda PARCIAL de movimentos 
 
CLASSIFICAÇÃO 
A lesão medular é classificada segundo a padronização 
internacional determinada pela ASIA (American Spinal 
Injury Association). 
 
→ Avalia quesitos sensitivos, motores e reflexos. 
SENSITIVO 
• Teste em cada um dos 28 dermátomos (de C2 
a S5), nos lados direito e esquerdo. 
• Toque leve e sensação de picada de agulha 
• Pontuada separadamente em uma escala: 0 
(ausente), 1 (comprometida) e 2 (normal). 
MOTOR 
• Teste das principais funções musculares 
corresponde a 10 miótomos pareados (C5-T1 e L2-S1) 
• A força deve ser graduada de acordo com o sistema 
de classificação do Medical Research Council, 0 a 5. 
Nível ósseo: nível em que, por meio de exame 
radiológico, se encontra o maior dano vertebral. 
Ex. viu uma fratura de uma vértebra no raio-x 
Nível sensitivo: é definido como o segmento mais 
distal da medula, que tem função sensitiva normal em 
ambos os lados do corpo. 
Nível neurológico: refere-se ao segmento mais distal 
da medula com função motora e sensitiva normal em 
ambos os lados do corpo. 
Nível motor: último nível em que a força seja pelo 
menos grau 3, não precisa ser em ambos os lados. 
LESÃO COMPLETA: ausência de função motora e sensitiva no 
segmento abaixo do nível da lesão, incluindo S4-S5. 
LESÃO INCOMPLETA: preservação parcial da função sensitiva 
e/ou motora abaixo do nível neurológico da lesão. 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
→ ALTERAÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA 
Ossificação heterotópica – formação de osso em 
tecidos moles. Formação de grandes massas ósseas ao 
redor de uma articulação (periarticular). 
Gerando diminuição da amplitude articular ou até 
mesmo bloqueio completo do movimento. 
Osteoporose – osso poroso (diminuição da densidade). 
Resulta em uma fragilidade e maior risco de fraturas. 
 
Trombose venosa profunda – edema de extremidade, 
aumento da temperatura, cianose ou hiperemia. 
→ ALTERAÇÕES VASCULARES 
Hipotensão postural – acontece devido a um acúmulo 
de sangue nos MMII. Uma elevação brusca de decúbito 
(mesa ortostática) provoca queda da PAS e PAD. 
Fernanda Budiski – budisfernanda@gmail.com 
Disreflexia autonômica – crise hipertensiva (aumento da 
PAS e PAD) em paciente com lesão medular acima de T6. 
Vasoconstrição abaixo da lesão e vasodilatação acima. 
Caracterizada por intenso desconforto, cefaleia, 
sudorese, dilatação das pupilas, piloereção e rubor. 
Qualquer estímulo nociceptivo abaixo do nível de lesão 
pode desencadear esse quadro de crise. 
→ TÔNUS MUSCULAR 
- Hipertonia elástica (espástico) 
 
- Lesão do sistema piramidal 
- Mais espasticidade com mais estímulos nociceptivos 
(dolorosos) abaixo do nível da lesão. 
- Pode causar deformidades articulares 
→ Reflexos, sensibilidade (tátil, dolorosa, de pressão, 
vibratória e proprioceptiva), controle esfincteriano, 
disfunção sexual. 
→ DOR NEUROPÁTICA 
Sensação desconfortável geralmente imprecisa em 
queimação, choque ou formigamento em regiões de 
perda ou diminuição da sensibilidade. 
Causada por uma lesão ou disfunção dos nervos, na 
medula espinhal ou do cérebro. 
→ BEXIGA NEUROGÊNICA 
- Bexiga hipoativa: lesão de nível de S2 a S4. Onde a 
bexiga não tem capacidade de se contrair 
voluntariamente ou o esfíncter não consegue relaxar. 
Armazenamento de urina. 
- Bexiga hiperativa: lesão encefálica ou lesão de medula 
acima de T12. Onde o volume é tipicamente normal ou 
pequeno. Contrações involuntárias. Perda de urina. 
 
→ ÚLCERAS DE PRESSÃO 
Uma complicação que pode ser evitada. Precedida por 
uma perda de mobilidade e de sensibilidade. Causando 
úlceras sob áreas de proeminências ósseas.