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Propedêutica Criança/Adolescente ENTREVISTA DA CRIANÇA Comunicação: • Fala direta e clara. • Tom de voz ameno. • Atitude segura. • Explicar todo processo. • Lúdico (brincar). Enfermeiro: • Incentivar a presença dos pais. • Avaliar presença de dor. • A criança coopera com informações. • Ambiente: adequado, não ameaçador, iluminado e decorado, com brinquedos, confortável e seguro. Estrutura: • Fase preparatória (criar vínculo). • Fase do relato livre (deixar a criança contar o que quiser). • Fase do questionamento (perguntas e levantamento de dados). • Encerramento (assunto neutro para avaliar a sobrecarga da entrevista). BRINQUEDO TERAPÊUTICO • Brincadeira dirigida. • Brinquedo estruturado. • Ferramenta fundamental para profissionais da saúde, para preparar a criança para procedimentos invasivos. • Com o tratamento doloroso a criança precisa de preparo para amenizar os efeitos estressantes e traumáticos. • A brincadeira simula o procedimento, situações hospitalares e descarrega a tensão. Finalidade: • Antes do procedimento: explicar. • Depois: para a criança expor seus sentimentos. Realização: • Pode ser feito na sala de brinquedos do hospital, à beira leito ou local conjunto. • Sessão dura de 15 a 45 minutos. • Demonstrar o procedimento e deixar a criança reproduzir. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Divisão etária (OMS): • RN: nascimento até 28 dias. • Lactente: 29 dias até 2 anos. • Pré-escolar: 3 a 5 anos. • Escolar: 6 a 10 anos. • Adolescente: 10 a 19 anos. CRESCIMENTO • Aumento do tamanho do corpo, pela multiplicação de células. DESENVOLVIMENTO • Cognitivo. • Alteração no nível de funcionamento ao longo do tempo. • Alteração adaptativa em direção a uma habilidade. Fatores que influenciam no crescimento e desenvolvimento • Intrínsecos: genéticos, endócrinos, metabólicos, congênitos e malformações. (o que é interno) • Extrínsecos: condições ambientais, alimentação, condições de vida, afetividade. (o que é externo) - No RN: contato pele a pele, dor (sucessão de procedimentos dolorosos durante internação). CRESCIMENTO Antropometria: • Obter medidas corporais. • Permite determinar o estado nutricional. • Fácil aplicação em todos os serviços de saúde. Propedêutica Criança/Adolescente • Não deve ser entendida como simples ação, é como uma atitude de vigilância em saúde. • Peso, comprimento (menores de 2 anos), altura ou estatura (maiores de 2 anos). ESTIRÃO DE CRESCIMENTO • Crescimento do aparelho reprodutor e caracteres secundários. Fases do estirão: • Fase de crescimento estável. • Fase de aceleração do crescimento: velocidade aumenta até atingir o pico. • Pico de velocidade do crescimento - PVC. - Meninas: entre 11 e 12 anos - Meninos: entre 13 e 14 anos • Fase de desaceleração do crescimento (alcance da altura final). - Meninas: 15 e 16 anos. - Meninos: 17 e 18 anos. PUBERDADE Sexo feminino: • 1º manifestação: Broto mamário (Telarca) e Pelos pubianos (Pubarca). • Junto com crescimento mamário: vulva, útero e trompas. • Crescimento ovariano é na pré-adolescência. • 1º menstruação (Menarca): após o PVC, fase de desaceleração. Sexo masculino: • 1º manifestação: Desenvolvimento do testículo e do saco escrotal. • Pelos pubianos: 11/12 anos. • Crescimento peniano: 12/13 anos, é perceptível. • 1º ejaculação (Espermarca): antes ou junto com o PVC. Puberdade precoce: • Meninas: aparecimento de caracteres sexuais secundários antes dos 8 anos. • Meninos: aparecimento de caracteres sexuais secundários antes dos 9 anos. Puberdade atrasada: • Meninas: ausência de caracteres sexuais secundários após 13 anos. • Meninos: ausência de caracteres sexuais secundários após 14 anos. CLASSIFICAÇÃO DE TANNER (1962) AVALIA: • Desenvolvimento mamário para o sexo feminino. • Desenvolvimento da genitália para o sexo masculino. • Desenvolvimento de pelos pubianos para ambos os sexos. ENTREVISTA COM ADOLESCENTE: • Antecedentes pessoais e familiares. • Condições de vida, ambiente, relações. • Sono, higiene, alterações. • Atividades físicas. • Condições psico-emocionais. • Atividade e comportamento sexual. • Uso e abuso de drogas. Exame completo: • Antropometria, precedentes e IMC. • Sinais vitais. • Alterações na pele. • Avaliação cardio-respiratória, neurológica e higiene bucal. • Desenvolvimento puberal, mamas e genitais. Gráficos de avaliação do crescimento • Importante para avaliação do crescimento. • Até 2 anos avaliar perímetro cefálico. • Perímetro cefálico: normal (entre -2 e +2), fora da normalidade (provável atraso) -> relatar para avaliação neuropsicomotora. Propedêutica Criança/Adolescente Gráfico Peso por Idade: Desenvolvimento • Cognitivo. • As crianças têm que passar por todos estágios, são sequenciais. • Para promoção, detecção precoce de doenças e proteção. • Deve ser estimulado, criança não estimulada não supera o atraso. Fatores que influenciam: • Intrínsecos. • Extrínsecos. Áreas do desenvolvimento: • Motor: controle do corpo. • Intelectual: cognição. • Psicossocial: personalidade. • Moral: aquisição e mudança de julgamentos e comportamentos. • Linguagem: fala. Marcos do Desenvolvimento • Nascimento: reflexos primitivos. • 1 mês: identificar os rostos com curta distância (altura do seio da mãe) • 2 meses: sorriso social, começa a ficar de bruços e levantar a cabeça. • 4 meses: pressão palmar voluntária, vira a cabeça em direção da voz • 6 meses: começa engatinhar • 7 meses: senta sem apoio, controle da lombar e torácico • 9 meses: anda com apoio • 10 meses: fica em pé sem apoio • 12 meses: anda sem apoio • 15 meses: corre, sobe e desce escada • 18 -24 meses: controle dos esfíncteres • 2 anos: socialização, diz o próprio nome e nomeia as coisas como suas. AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO Propedêutica Criança/Adolescente Controle dos esfíncteres: • 18 a 24 meses. • Tirar a fralda durante o dia para a criança começar a ter controle. • No momento em que a criança tiver controle, passar esse processo durante a noite. • Após 36 meses, é um processo tardio. Padrão do sono: • RN dorme durante o dia e, depois de algumas semanas, o sono diurno começa a diminuir. • 6 meses: começam a ter padrões de sono. • Ter em média 13 horas de sono por dia aos 2 anos de idade. • A rotina de sono deve ser estabelecida o mais rápido possível. • Banho: observar se o banho relaxa ou desperta a criança. Comportamento: • A partir dos 2 anos, a criança desenvolve a identidade. • Os pais precisam impor limites. • Começam ter autonomia e ter mais independência. REFLEXOS PRIMITIVOS -Respostas automáticas, involuntárias e inatas à estimulação. -O desaparecimento de reflexos é sinal de que as vias motoras no córtex foram mielizadas. -Alguns reflexos viram ações voluntárias. -Ausência: sinaliza rebaixamento neurológico. ● Moro: como se fosse um susto, levantar os bracinhos e soltar, o bebê irá chorar. ● Pressão Palmar e Plantar (Darwiniano): segurar, fechar os dedos das mãos e os do pé. ● Tônico Assimétrico do Pescoço: virar a cabeça para um lado e o bebê dobra a Perna oposta ao lado que tá a cabeça. ● Babinski: estímulo no pé, bebê estica ou fecha os dedinhos. ● Busca e sucção: - Busca: estímulo na comissura labial, o bebê vai abrir a boca e virar para o lado que vem o estímulo. - Sucção: sugar. ● Marcha: apoiar em uma superfície, o bebê move as pernas como movimento de andar. Exame físico Avaliação no nascimento: ● Sala de parto: 1° hora, previne lesões neurológicas, estimular AM e contato pele a pele com a mãe. ● Anamnese: intervenções e procedimentos durante a gestação. ● Identificação: nome da mãe, residência e procissão. ● História gestacional: DUM, duração, consultase pré- natal. Exame físico nascimento Vitalidade: ● Respiração: primeiros 30 segundos. ● Batimento cardíaco: pulso no cordão e ausculta no precórdio. ● Apgar: adaptação do RN a vida extra-uterina. - 1° e 5° minuto, se necessário repetir no 10°. Propedêutica Criança/Adolescente - O a 3: sofrimento grave. - 4 a 6: dificuldade moderada. - 7 a 10: adaptou bem a vida extra-uterina. ● Apgar pode ser afetado por: grau de prematuridade, sedação ou analgesia materna e distúrbios neuromotores. Conduta Apgar ● = Ou +7: ausência de anoxia. -Cuidados: secar, aquecer, aspirar vias aéreas superiores, contato pele a pele e AM. ● Entre 6 e 4: anoxia moderada. -Cuidados: posicionar a cabeça com coxim para abrir vias aéreas, aquecer, aspirar, fornecer oxigênio inalatório. ● = Ou -3: Asfixia grave. -Cuidados: auxiliar na intubação, suporte de O2 e RPC. AVALIAÇÃO DA MATURIDADE ● DUM ● USG ● Exame clínico: usado para determinar IG quando não é possível determinar DUM e USG não foi realizado. -Método/escore de Capurro: após o nascimento e avalia o desenvolvimento de cinco fatores para determinar a IG do RN: textura, prega plantar, glândula mamária, formação do mamilo e forma da orelha. -New Ballard: Avalia RN com muito baixo peso ao nascer, avalia características físicas e neurológicas. ● Lanugo (pelos): quando menor for a IG mais lanugem o bebê terá (prematuro). ● Vernix caseoso (proteína, água e lipídios): quanto maior for a IG mais vernix terá (pós-termo). ANTROPOMETRIA MEDIDAS PESO ● Média peso: 3000g - 3500g ● Elevado: > 4.000g ● Abaixo: < 3000g MEDIDA COMPRIMENTO: ● Menina: 49cm ● Menino 50cm RELAÇÃO PESO/IG: PESO DO RN ● AIG: Adequado para IG. ● PIG: Pequeno para IG. ● GIG: Grande para IG. Classificação pela IG: ● Pré-termo: menor que 37 semanas. ● A termo: de 37 semanas a 41. ● Pós-termo: após 42 semanas. ANOMALIA EXAME FÍSICO SISTEMÁTICO - Começar pela ausculta. - De onde menos dói para o que mais dói. - Se possível cécéfalo-podálico Propedêutica Criança/Adolescente ● Avaliação dos reflexos: moro, babinski, marcha, preensão palmar e plantar, busca e sucção e tônico aassimétrico. ● Perímetro cefálico: do osso occipital ao frontal. - Menino: 31,9 cm - Menina: 31,5 cm Fontanela: ● Anterior: bregmática. ● Posterior: lambdóide. - Aspectos: ● Plana: normal. ● Abaulada: anormalidade, é aumento de líquidos, hidrocefalia. ● Deprimida: anormalidade, desidratação. SUTURAS -Entre os ossos- sagital. ● Sutura justapostas: uma ao lado da outra. ● Sutura sobrepostas ou cavalgadas: uma acima da outra. ● Sutura disjuntal: muito afastadas. ● Sutura fechada: encaminhar neurologista. Olhos ● Avaliar: simetria, distância e forma. Boca ● Observar se há fissura labial Mamas ● Mamilo inchado significa que adquiriu hormônios da mãe. Pele • Icterícia. • Edema. Respiração: -Predominantemente abdominal. Frequência respiratória - FR ● Nascer: 55 mov/min. ● RN: 30-60 mov/min. ● Criança: 20-30 mov/min. -Taquipnéia: +60 mov/min. -Apnéia: -20 segundos de pausa. -RNPT: respirações periódicas (3 ou + pausas, intervalo menor que 20 seg). -Medir perímetro torácico. Frequência cardíaca - FC ● Nascer: 150-180 bpm. ● RNPT: 120-140 bpm. ● RN: 70-190 bpm. -Taquicardia: maior que 160-180 bom. -Bradicardia: menor que 80-100 bom. Pressão arterial ● RN: 80/46. ● Braçadeira de 3 cm. Temperatura ● Axilar: 35,9 °C a 36,7°C. ● Oral: 35,8°C a 37,2°C. ● RN é homeotérmico imperfeito: sensível a temperatura e perde temperatura muito fácil para o ambiente. Abdômen ● Coto do umbigo: aspecto, características, se está cicatrizando. ● Circunferência abdominal: acima do coto ou encima da cicatriz umbilical se não tiver mais o coto. Eliminação ● Avaliar fezes. ● Uretra: óstio e disfunções. ● Ânus perfurado ou imperfurado (caso cirúrgico). Manobra de Ortolani ● Dobrar as duas pernas do bebê e girar para fora. ● Se estralar indica displasia de quadril. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Propedêutica Criança/Adolescente Tabela faixa etária (COREN) ● Prematuro: Vasto lateral - 0,5ml. ● Neonatos: Vasto lateral - 0,5ml. ● Lactentes: Vasto lateral - 1ml. ● Criança de 3 a 6 anos: ventro glúteo, dorso glúteo. - Avaliar o biotipo da criança, para avaliar o local de aaplicação. ● A partir de 6 anos: Deltóide. Calibre da agulha: ● 13 x 4,5 ● 20 x 0,55 - Ângulo: 90º, levemente inclinado sentido ppodálico. ● Endovenoso EV: - Jelco: 24 (neo), 22 e 20 (maiores). - Scalp: 27 (neo), 25 e 23 (maiores). AVALIAÇÃO DA MATURIDADE -Idade cronológica x idade corrigida para bebês prematuros. ● Idade cronológica: é a idade real que o bebê tem, o tempo de vida dele depois do nascimento. ● Idade corrigida (IC): é a idade ajustada ao grau de prematuridade. É a idade que o bebê teria se tivesse nascido de 40 semanas de IG. -O cálculo da idade corrigida é igual a idade real do bebê, menos as 40 semanas menos a IG. Cálculo: ● IC = I Cronológica - (40 - IG) Exemplo -Bebê tem 16 semanas de idade cronológica e nasceu com 32 semanas de IG. IC= 16 - ( 40 - 32) IC= 16 - 8 IC= 8 semanas ou 2 meses. Propedêutica Criança/Adolescente ERUPÇÃO DOS DENTES • Dos 6 aos 7 meses há crescimento do 2 incisivos medianos inferiores a seguir 2 superiores e depois incisivos laterais superiores. • Se completa com 30 meses de idade - 2 anos e meio. Introdução alimentar Estágio de desenvolvimento segundo Freud: • Desenvolvimento psicossexual. • Fase oral: 0 a 1 ano. • A área do corpo que proporciona maior prazer para criança é a boca, e por ela tem contato com o mundo. Sinais da criança para iniciar introdução alimentar: • Bebê sustenta a cabeça e o tronco. • Senta sozinho. • Leva objetos à boca. • tem interesse pela comida. • Reduziu ou eliminou reflexo de protrusão de língua. Métodos de introdução alimentar: - BLW (Baby Led Weaning): • Introdução de alimentos sólidos, em cortes adequados, em pedaços grandes capazes de serem segurados, direto na mão do bebe. • Visa autonomia da criança para escolher o alimento e a quantidade que vai comer, a técnica prevê que não haja uso de talheres ou intervenção do adulto. - BLISS (Baby Led Introduction to Solids) • Uma versão "aperfeiçoada" do BLW, introdução guiada pelo bebê, possui uma preocupação com a quantidade de calorias e ferro ingeridos pela criança, e também se preocupa com o risco de asfixia de alguns alimentos. • 4 recomendações para melhor qualidade das refeições: - Oferecer alimentos em pedaços grandes que o bebe consiga pegar. - Oferecer alimento rico em ferro a cada refeição. - Ofertar ao menos um alimento rico em calorias em cada refeição. - Oferecer alimentos preparados de uma forma que reduza os riscos de engasgos e evitar alimentos com alto risco de aspiração. - Método Participativo: • Ao mesmo tempo em que o alimento é dado ao bebê os pais também podem oferecer com a colher. • Opção para quem não quer deixar de viver o momento da alimentação, mas também deseja que aproveite outros benefícios dos outros método Introdução: • 6 a 7 meses: purês e papas de frutas e legumes, não coar pois não sustenta a criança. • 8 a 11 meses: papas e purês = carne, frango, peixe ou miúdos desfiados ou bem picados. - A comida dos outros membros da família pode ser oferecida amassada com garfo. - 3x ao dia, se mamar. 5 vezes sem AM. • 12 a 23 meses: mesma comida servida a família, em 5 porções ao dia. AM sempre que a criança quiser. • 2 anos ou mais: alimentação da família 3 vezes = 2 lanches como frutas e pães. - Comer sozinha mas estar junto da criança. - Variação de alimentos. DOR E ESCALAS DE DOR •Dor: experiência sensorial e emocional - subjetiva. • Brinquedo terapêutico é importante para a criança ter uma válvula de escape, exteriorizar a dor. Dor Neonatal: • RN prematuro tem respostas mais agudas a dor. • De 3 a 5 vezes maior que o adulto. Propedêutica Criança/Adolescente • Exposições à dor podem impactar em alterações permanentes e no desenvolvimento, por conta do desenvolvimento da plasticidade do cérebro imaturo. Avaliação da dor no RN (MS): • Dor no neonato é baseada em três alterações básicas em resposta aos eventos dolorosos: - Mudanças comportamentais. - Mudanças fisiológicas. - Mudanças hormonais (nível de cortisol). Comportamental: • Choro. • Atividade motora. • Expressão facial: olhos fechados, boca bem aberta, língua tensa, fronte enrugada, sulco nasolabial marcado. Fisiológicas: • Como o organismo reage à dor. • Aumento da FC, FR e PA. • Flutuação dos níveis de PaCO2 e PaO2. • Aumento da pressão intracraniana (fontanela abaulada). • Mudança no fluxo sanguíneo. Hormonais: • Alterações metabólicas: estresse com liberação de hormônio (cortisol). MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS DE ALÍVIO DA DOR • Amamentação: potente analgésico. • Solução adocicada: via oral, 2 minutos antes de pequenos procedimentos dolorosos, mais efetivo é a sacarose, seguida pela solução glicosada. Aplicar 1 ml na comissura labial. • Sucção não nutritiva. • Contato pele a pele e método canguru (estimular contato com o pais). • Contenção facilitada e posicionamento (charutinho). • Manipulação mínima. • Manejo do ambiente: controlar a luz e diminuir o ruído/barulho. Outros cuidados: • Usar mínimo de fitas adesivas. • Otimizar a monitoração não invasiva. • Controle do tom de voz. • Deslocar o profissional mais qualificado para o RN mais instável. Método Canguru • Para o bebê de baixo peso e prematuro. - Critérios para ingresso na unidade canguru: • Relativo ao bebê: estabilidade clínica, nutrição enteral plena (seio materno, sonda ou copo), peso mín. 1.250g. • Relativo a mãe: desejo de participar, disponibilidade, rede de apoio, capacidade de reconhecer sinais de estresse e situações de risco do RN, conhecimento e habilidade para manejar o bebe em posição canguru. - O tempo que for prazeroso para mãe e bebe. Escala de avaliação da dor. • A melhor forma é a que a criança consegue descrever a intensidade da dor. • Deve ser usada quando a criança não consegue expressar dor. • Avaliam: alterações comportamentais e fisiológicas. Escala NFCS • Alterações comportamentais com foco na expressão facial. • De 0 a 8 - 8 indica muita dor. Escala PIPP • Específica para prematuro. Propedêutica Criança/Adolescente • Considera IG. • Fisiológica e comportamental. Escala NIPS • Comportamental + estado de consciência. • Prematuros e RN pré termos. Escala Cries • Pós cirúrgica. Escala FLACC • Face, perna, atividade e choro. • Avaliação comportamental. • Menores de 4 anos ou incapazes de verbalizar. Escalas Faces • Criança maior que 2 anos. • Wong Baker • Escala de faces revisadas. Escala numérica • A partir de 6 anos. FOTOTERAPIA • Icterícia: excesso de bilirrubina indireta no sangue, amarelado da pele, mucosas e escleróticas do olho. • A bilirrubina indireta é conjugada em bilirrubina direta pelo fígado. • Os bebês têm o fígado imaturo e não consegue realizar a conjugação, deixando o bebê ictérico. • O excesso de bilirrubina pode causar lesões no cérebro, Kernicterus (tratamento: exo transfusão sanguínea). • Icterícia Fisiológica: natural por conta da imaturidade do fígado, o RN começa a ficar amarelado após 24 horas. • Icterícia Patológica: Patologia nos ductos biliares, o RN começa a ficar amarelado dentro das primeiras 24 horas de vida. • Diferença fisiológica e patológica: o tempo para ficar amarelado. • A icterícia é nomeada de Hiperbilirrubinemia Indireta. TRATAMENTO FOTOTERAPIA: • Tratamento que é utilizado uma luz que tem a função de transformar bilirrubina indireta em direta, fazendo a função do fígado. • A duração é determinada pelo médico, mas enquanto estiver deve ficar 24 horas por dia exposto a fototerapia. • Requer vigilância constante das condições da pele do bebê. Cuidados com Ambiente: • Local sem corrente de ar. • Lençóis brancos porque refletem a luz e otimizam o tratamento. • Distância segura: luz 50 cm de distância da criança. Cuidados com Equipamento: • Higienizar o equipamento antes do uso, e gerenciamento da manutenção preventiva. • A radiância é a medida da intensidade da luz, deve ser medida com radiômetro em pelo menos 4 pontos. Quanto maior a distância menor será a radiância, adequado 50cm. Cuidado com a Equipe: • Cuidado com o tempo de permanência, pode dar tontura, dor de cabeça. • Orientar revezamento. Cuidados com RN: • Equipamento a distância segura (50 cm). • O bebê deve estar despido, apenas com fralda e com proteção ocular. • Observar a pele por sinais de cianose e queimaduras. • Água filtrada entre as mamadas para evitar desidratação. Propedêutica Criança/Adolescente • Fezes e urina podem ficar mais escuras por conta da eliminação de bilirrubina. • Não usar pomadas ou óleos para não dar queimaduras. • Pode mamar no seio materno, mas precisa proteger os olhos da mãe. • De 6/6 horas coletar o exame, em frasco fotossensível, se não tiver forrar com papel alumínio para não pegar luz. Colher sempre com a fototerapia desligada e ligar após a coleta. • Avaliar as condições de icterícia usando a Escala de Kramer. • Quando os níveis de bilirrubina estiverem muito alto a fototerapia não reduz os índices ao valor adequado, sendo preciso realizar exotransfusão sanguínea. SEMINÁRIOS Infecções de Vias Aéreas Respiratórias Síndrome de aspiração meconial: • Aspiração de líquido amniótico com o mecônio. ● A obstrução total: grande quantidade de mecônio presente na traquéia, levando à morte rápida por asfixia. ● Obstrução por quantidades menores: são levadas para a periferia do pulmão e tem como consequência a atelectasia. Diagnóstico: ● Sofrimento fetal, cardiotoco alterado. Sintomas: ● Taquipneia. ● Batimento da asa do nariz. ● Cianose. ● Roncos, estertores. ● Coloração amarelo-esverdeada do cordão umbilical, leito ungueal ou pele. Tratamento: ● Aspiração das vias aéreas. ● Uso de antibioticoterapia (costuma ser recomendado devido à gravidade do caso e processo infeccioso presente). ● Ventilação mecânica. ● Suplementação de oxigênio. ● Surfactante. ● Óxido nítrico inalável (nos casos graves de HPP) ● Em casos de falta de resposta pelas terapias citadas devemos utilizar a Oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO). Cuidados de enfermagem: ● No momento do parto - aspirar traquéia, boca, narinas e faringe. ● Se sinais de apneia, dispnéia, diminuição dos tônus musculares, diminuição de frequência cardíaca ou respiratória (Apgar moderado/grave) → aspirar direto da cânula traqueal. ● Ambiente aquecido. ● Administrar antibiótico e surfactante. ● Monitorar SSVV, dor ou agitação, gasometria arterial. Taquipnéia transitória do RN ● Dificuldade do RN de respirar por baixos níveis de oxigênio no sangue e pela grande quantidade de líquido nos pulmões por um determinado tempo. ● Deve-se observar que essa condição aparece mais em prematuros e em a termo apenas com determinados fatores de risco. Diagnóstico: ● Dificuldades respiratórias. ● Raio-x tórax. ● Exame de sangue. Propedêutica Criança/Adolescente Sintomas: ● Gemidos expiratórios e cianose. ● Taquipneia persistente sem dispneia (resolvendo-se em cerca de 5 dias). ● Retrações intercostais mínimas ou ausentes. ● Ruídos respiratórios normais ● Respiração gemente e batimento das aletas nasais. ● O processo resolve-seem 12 a 72 horas. Tratamento: ● A melhoria dos sintomas podem surgir entre 12 a 24 horas após o início do tratamento. ● Oxigênio ● Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) ● Ventilador mecânico. Cuidados de enfermagem: ● Realizar a verificação da frequência respiratória. ● Manter o RN em ambiente térmico e neutro. ● Monitorar os níveis de oxigenação sanguínea e hemodinâmica. ● Realizar oxigenoterapia conforme prescrição médica. ● Manter o umidificador do respirador aquecido entre 32° e 36°C. ● Monitorar o ventilador mecânico com técnica asséptica. Apneia da Prematuridade ● Interrupção da respiração por 20 segundos. ● Não se observa movimento respiratório e nem fluxo respiratório, relacionada à interrupção entre 5 e 10 segundos. ● Bradicardia e/ou cianose em recém-nascidos com IG menor que 37 semanas. ● A AP é uma desordem do desenvolvimento de RN prematuros que é consequência da imaturidade do controle respiratório. Classificação: ● Central: Que é quando não há esforços inspiratórios. ● Obstrutiva: É quando se segue esforços inspiratórios, que são ineficazes na aparição de obstrução das vias aéreas. ● Mista: ocorre quando há obstrução das vias aéreas com esforços respiratórios que antecedem ou seguem a apneia central. Sintomas: ● Começa após 3 dias do nascimento e fica mais evidente com 2 a 3 semanas. ● Pausas respiratórias maior que 20 segundos. ● Bradicardia. ● SatO 2 menor que 85%. ● Cianose nas extremidades. Tratamento ● Farmacológico: metilxantinas, especialmente a cafeína. ● Não farmacológico: estimulação e reposicionamento do RN, evitar posição de flexão e extensão cervical e CPAP. Cuidados de enfermagem: ● Monitorização contínua da oximetria e vigilância da apnéia. ● Aferição SSVV. ● Controle térmico do ambiente. ● Manter permeabilidade das vias aéreas. ● Colocar o RN em posição prona, com a cabeça elevada e inclinada em cerca de 15º. ● Aspiração com o máximo de cuidado. ● Orientar pais e responsáveis sobre o tratamento. Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo ● Edema pulmonar não cardiogênico é uma síndrome da inflamação pulmonar difusa. Propedêutica Criança/Adolescente ● SDRA normalmente se manifesta com dispneia e hipoxemia, evoluindo para insuficiência respiratória aguda. ● Causas comuns: pneumonia, sepse, aspiração e trauma grave. ● Aumenta-se a permeabilidade do alvéolo, ocasionando um edema intersticial e alveolar. Classificação: Diagnóstico: ● Nível de oxigênio no sangue e radiografia do tórax. Sintomas: ● Acúmulo de líquidos nos pulmões. ● Redução do oxigênio no sangue a níveis excessivamente baixos. ● Falta de ar, normalmente com a respiração rápida e superficial. ● Cianose e outros órgãos, como o coração e o cérebro, podem apresentar mau funcionamento. ● Mau funcionamento dos órgãos, como cérebro e coração. Tratamento: ● Realizado na UTI. ● Ventilação mecânica. ● Óxido nítrico. ● Nutrição e hidratação. Cuidados de enfermagem: ● Aspiração de vias aéreas superiores. ● Oxigenoterapia. ● Ventilação mecânica. ● Controle hídrico. ● Controle ambiental. ● Controle de medicamentos. ● Suporte cardiovascular. ● Manutenção da temperatura. Vírus sincicial respiratório ● VSR, é um vírus envelopado, classificado como Pneumovírus da família Paramyxoviridae. ● Principal agente envolvido nas infecções respiratórias em crianças, pode evoluir para pneumonia e bronquite. ● Ubiquitário; Sazonal (inverno-outono). ● Transmissão por gotículas e contato. Diagnóstico: ● Avaliação clínica e teste rápido de antígenos. Sintomas: ● Trato respiratório superior: coriza, congestão nasal, tosse, febre, Otite média aguda, laringite. ● Trato respiratório inferior. dispnéia, tiragem intercostal e subdiafragmática (musculatura se retrai na inspiração, indica sofrimento respiratório) , dificuldade em sugar, cianose e ruídos adventícios na AP. Tratamento: ● Oxigenoterapia e hidratação. ● Corticóides, broncodilatadores e antibióticos não são recomendados. Cuidados de enfermagem: ● Observação dos SSVV, do padrão respiratório, presença de cianose. ● Ausculta Pulmonar. ● Monitorização da oxigenoterapia e da hidratação. ● Aspiração de vias aéreas. ● Encorajar a tosse. ● Posicionar no leito a 30º para maximizar o potencial ventilatório. ● Brinquedoterapia. Síndromes Congênitas Propedêutica Criança/Adolescente • As anomalias congênitas são um grupo de alterações estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina, são causadas por um ou mais fatores genéticos, infecciosos, nutricionais e ambientais, podendo ser resultado de uma combinação desses fatores. Síndrome de Klinefelter • Anomalia de cromossomos sexuais (mais comum em homens) • Caracteriza-se citogeneticamente pela presença de um cromossomo X extra (47,XXY). Sintomas: • Testículos pequenos; • Azoospermia; • Aumento das gonadotrofinas, em especial do hormônio do folículo estimulante (FSH); • Ginecomastia; • Atraso puberal; • Obesidade abdominal. Diagnóstico: • Exame de cariótipo. Tratamento: • Não tem tratamento específico. • Pode ter reposição hormonal, cirurgia para redução de mama e apoio psicológico. Síndrome de Down • Possuem 47 cromossomos. • Conhecida como trissomia do cromossomo 21 (3 cópias do cromossomo 21). Sintomas: • Raiz nasal achatada ; • Baixa estatura; • Mãos pequenas e dedos curtos; • Flacidez muscular (hipotonia); • Prega palmar única; • Olhos com linha ascendente e dobras da pele nos cantos internos; • Anomalias dentárias. • Orelha implantação baixa; • Pescoço curto. Diagnóstico: • Identificação durante a gravidez no ultrassom morfológico. Tratamento: • É realizado através das necessidades individuais de cada paciente. Síndrome de Edwards • Cromossomo 18 possui três cromossomos. Trissomia do 18. • Caracteriza-se por um quadro clínico amplo, com acometimento de múltiplos órgãos e sistemas. Sintomas: • Achados neurológicos; • Hipoplasia dos tecidos subcutâneo e adiposo e dos músculos esqueléticos; • Crânio dismórfico e face triangular; • Pescoço curto com excesso de pelos, esterno curto, mamilos pequenos; • Alterações nas extremidades; • Malformações de órgãos internos e genitais; Tratamento: • Acompanhamento de acordo com as necessidades, realizando tratamentos conforme apresentam sinais e sintomas. Síndrome de Patau • Caracterizada pela triplicação do cromossomo 13, o que interfere diretamente no Propedêutica Criança/Adolescente desenvolvimento fetal, ocasionando malformações no sistema nervoso, defeitos cardíacos e fenda no lábio e no céu da boca do bebê. Sintomas: • Malformações graves no sistema nervoso central; • Defeitos cardíacos congênitos; • Retardo mental grave; • Defeitos na formação dos olhos e pés; • Microcefalia; • Má formação de orelhas e surdez; • Falta de pele em partes do couro cabeludo (aplasia cútis); • Defeitos da parede abdominal. Diagnóstico: • Ultrassom morfológico e após nascimento exame físico. Tratamento: • Não há cura. • Acompanhamento multidisciplinar. Síndrome de Turner • É uma doença rara causada por alterações nos cromossomos sexuais femininos. • No par XX, somente um cromossomo é normal. Pode haver uma série de anormalidades no outro Cromossomo X, desde a falta completa até a ausência parcial dele. Sintomas: • Linfedema de mãos e pés • Pescoço curto e alado • Baixa implantação de cabelos na nuca, • Unhas hipoplásicas e hiperconvexas • Palato alto e arcado • Baixa estatura • Amenorreia primária • Tórax em escudo • Hipertelorismo mamário • Anomalias cardíacas e renais • Escoliose Diagnóstico: • Estudo cromossômico. Tratamento: • Reposições hormonais. Síndrome do Cromossomo X frágil • É uma desordemligada ao cromossomo X. De caráter dominante, basta que um dos pais seja portador da pré-mutação para que a criança receba uma cópia do gene defeituoso. • Meninos desenvolvem quadros mais graves. Sintomas: • rosto mais alongado, com queixo e testa bastante largos; • Orelhas de “abano” e afastadas do resto do crânio; • Articulações mais flexíveis que o normal; • Escoliose; • Problemas nos olhos, como estrabismo e miopia; • Déficit intelectual; • Déficit de atenção; • Desenvolvimento atrasado. Diagnóstico: • É feito por meio de exames de DNA que avaliam a sequência genética do paciente. Tratamento: • Individualizado para cada necessidade. Cuidados de enfermagem: • Informar sobre acesso a programas de genética. • Orientar e acolher cada um. • Orientar a família frente às síndromes. • Explicar para cada indivíduo sobre suas condições e oferecer apoio emocional para lidarem com as dificuldades. Propedêutica Criança/Adolescente • Prestar assistência ao tipo de tratamento específico para cada um. Malformações Congênitas do Sistema Gástrico Lábio leporino • É uma fissura no lábio superior, localizada normalmente abaixo do nariz. • Fatores ambientais e genéticos podem levar à formação do lábio leporino durante a gestação: Álcool; drogas; tabaco. Complicações: • Má nutrição. • Alteração na dentição. • Distúrbios respiratórios. • Distúrbios na fala. Diagnóstico: • Através da ultrassom morfológica. Tratamento: • É realizada uma cirurgia, que irá corrigir e fechar a fissura labial da criança. • O tratamento é longo e só termina com a consolidação total dos ossos da face. ⤷ normalmente entre 17 e 18 anos. • Acompanhamento de uma equipe multiprofissional, durante todo o período. Fenda Palatina ● É uma malformação em que o céu da boca não se fecha corretamente, sendo notada uma abertura. ● Pode ocorrer por interações de diversos genes e da predisposição genética do embrião. Complicações: • Má nutrição. • Alteração na dentição. • Distúrbios respiratórios. • Distúrbios na fala. Diagnóstico: • Ultrassom morfológico. Tratamento: • É realizada uma cirurgia, que irá corrigir e fechar o céu da boca da criança. • Feita em etapas, assegurando a integridade óssea e funcionalidade da musculatura de oclusão. ⤷ É necessário que o bebe tenha mais de 3 meses de vida. Atresia do Esôfago • É uma anomalia que apresenta um fechamento na extremidade superior do esôfago. Sintomas: • Salivação excessiva e espumosa • Engasgos • Regurgitação constantes • Pneumonia • Tosse • Cianose • Dispneia • Distensão abdominal Diagnóstico: • Diante da suspeita realizar radiografia torácica abdominal. Tratamento: • É realizada uma cirurgia para a desconexão do esôfago distal da traquéia e a tentativa de recanalização das duas extremidades esofágicas. Onfalocele ● É a protrusão de vísceras abdominais através de um defeito da linha média na base do umbigo. ● Existe uma membrana fina que Propedêutica Criança/Adolescente cobre os órgãos. Complicações: • Ressecamento das vísceras • Hipotermia • Desidratação decorrente d’água das vísceras expostas • Infecção da superfície peritoneal Diagnóstico: ● Ultrassonografia de rotina pré-natal. ● Ecocardiograma. ● Níveis altos de alfa fetoproteína nos exames de sangue. Tratamento: ● É realizada uma cirurgia com o objetivo de deslocar e fechar a parede danificada. ● O ideal é que já seja realizada após o nascimento. ● O bebê deve ficar deitado em decúbito dorsal. Gastrosquise • É a protrusão das vísceras abdominais através de toda a espessura de um defeito da parede abdominal. • Não há nenhuma membrana cobrindo o intestino. Complicações: • Infecção da superfície peritoneal • Necrose ou perda de alguma parte do intestino • Perda de calor • Ressecamento das vísceras Diagnóstico: • Ultrassonografia e níveis altos de alfa fetoproteína nos exames de sangue. Tratamento: ● É realizada uma cirurgia com o objetivo de deslocar e fechar a parede danificada. ● O ideal é que já seja realizada após o nascimento. ● Pode ser necessário mais de uma cirurgia. Má rotação do intestino • É a incapacidade do intestino de assumir sua posição no abdome durante o desenvolvimento intrauterino. Sintomas: • Vômitos biliosos • Dor abdominal intensa • Inchaço abdominal • Diarreia Diagnóstico: • Radiografia do abdome, de bário e tomografia computadorizada. Tratamento: • Correção cirúrgica, laparoscopia ou procedimento aberto. Ânus imperfurado ● É uma má-formação que dificulta ou impossibilita a eliminação do mecônio. ● O tecido que fecha o ânus pode ter vários centímetros de espessura ou apenas uma fina membrana de pele. Sintomas: • Área anal com camadas de epitélio • Sem eliminação de fezes • Ausência de abertura anal entre as nádegas • Sinais de distensão Diagnóstico: • Inspeção do períneo do RN. • Verificação da permeabilidade anal, através do toque retal (casos de atresia retal). Tratamento: • Proctoplastia: correção de deformidade anal para anomalias baixas. Propedêutica Criança/Adolescente • Colostomia: exteriorização no abdome de uma parte do intestino grosso e cólon, para anomalias altas. • Esperar 24h para realização da cirurgia, pois a classificação de anomalia • antes desse período não é definitiva, pois pode acontecer um deslocamento do mecônio e de gases para o fundo de saco retal. Cuidados de enfermagem: • Auxiliar na dieta apropriada para a criança (dependendo da sua idade) • Auxiliar a mãe durante a amamentação (pois as malformações podem interferir) • Auxiliar a família na aceitação das malformações e no tratamento adequado para o bem estar da criança. • Realizar o controle de medicação (durante o pós operatório da criança) • Monitorar e avaliar o quadro respiratório da criança. Acrania • Ausência parcial ou completa dos ossos do crânio. • Trata-se, portanto, de um defeito pós-neurulacional; diferente da anencefalia, um defeito no fechamento do tubo neural. Diagnóstico: • Ultrassonografia morfológica. Cuidados de enfermagem: • Dar apoio psicológico e emocional aos pais. Anencefalia • Defeito no tubo neural do bebê. • Ausência de encéfalo e calota craniana. • Cerebelo e meninge rudimentares. • Tecido cerebral pode estar exposto. Sintomas: • Sentidos pela mãe e pode lhe causar complicações graves. • Para os bebês sobreviventes, serão submetidos à cegueira, surdez, incapacidade desentir dor. • Em muitos casos o bebê não sobrevive ou a mãe pode optar por aborto, caso legalizado no Brasil. Diagnóstico: • Ultrassonografia morfológica. • Aí encontrar sinais poderá ser pedido dosagem de alfa-fetoproteína no soro materno ou no líquido amniótico após as 13 semanas de gestação. Tratamento: • A Organização Mundial de • A Saúde (OMS) não recomenda tentar a ressuscitação da criança em casos de parada cardiorrespiratória. No entanto, a conduta médica ainda é variável no Brasil, podendo haver o uso de suporte ventilatório para o bebê conseguir respirar enquanto estiver vivo. Cuidados de enfermagem: • Planejamento da assistência no cuidado humanizado. • Avaliar adaptação do RN a vida extra uterina. • Dar apoio emocional e psicológico para a família. Microcefalia • Redução do perímetro cefálico. • Microcefalia: recém-nascidos com perímetro cefálico inferior a 2 desvios-padrão, ou seja, mais de 2 desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo; • Microcefalia grave: recém-nascidos com perímetro cefálico inferior a 3 desvios-padrão, ou seja, mais de 3 desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo. • A primária é odesenvolvimento cerebral anormal nos primeiros meses de gestação, por Propedêutica Criança/Adolescente anomalias genéticas/cromossômicasou ambientais. • Na forma secundária, o cérebro completa o desenvolvimento normal e sofre um dano que atrapalhou seu crescimento posterior. Perímetro cefálico normal ao nascimento seguido de falha do crescimento normal da cabeça geralmente indica microcefalia secundária. Também associadas ao fechamento prematuro das fontanelas e das suturas, o que impede o crescimento normal do cérebro. Sintomas: • Tamanho da cabeça desproporcional ao corpo. • Desenvolvimento intelectual atrasado. • Atraso na fala. • Incoordenação motora. • Rigidez Muscular. • Desequilíbrio. • Distorções faciais. • Baixa Estatura • Hiperatividade • Crise Convulsiva. Diagnóstico: • Exame físico. Tratamento: • Em bebês com microcefalia leve não tem sintomas além do perímetro cefálico anormal, sendo necessário apenas acompanhamento neurológico. Cuidados de enfermagem: •Pesquisa de outras alterações dismórficas. • Exame neurológico: • Avaliação de deformidades do crânio • Fechamento precoce de suturas e fontanelas • Reatividade, choro, e os reflexos primitivos do RN • Executar os testes do pezinho, orelhinha (EOA) e olhinho o mais brevemente possível, pois a microcefalia é um indicador de risco para perda auditiva. Hidrocefalia • Aumento do líquido céfalo-raquidiano, levando a dilatação dos ventrículos cerebrais. • Hidrocefalia congênita – neste caso o bebê já nasce com a hidrocefalia. • Hidrocefalia adquirida – normalmente acontece depois de um trauma na cabeça, em consequência de um tumor cerebral ou um acidente vascular encefálico (AVE), cistos e meningites. • Obstrutiva: ocorre quando há um bloqueio no sistema ventricular do cérebro, impedindo que o líquido cefalorraquidiano flua normalmente pelo cérebro e pela medula espinhal. • Não-obstrutiva: é resultante da baixa produção ou absorção do líquido cefalorraquidiano. • De pressão normal: afeta principalmente pessoas idosas. Ela é resultado de um trauma ou doença. Sintomas: • Cabeça maior que o normal; • A pele da cabeça pode parecer mais “fina” e brilhantes que o normal e com veias bem aparentes, dilatadas; • As fontanelas ou “moleiras” podem estar mais tensas ou abauladas; • Crescimento rápido do crânio; • Dificuldade em controlar a cabeça; • O bebe pode parecer que esta sempre olhando para baixo (o chamado “olhar do sol poente”) Diagnóstico: • Ultrassonografia pré natal. • Exame físico. Propedêutica Criança/Adolescente • Após o nascimento, ultrassonografia no crânio. • Tomografia computadorizada e ressonância. Tratamento: • Medicamentoso: pouco recomendado. • Cirúrgico: DVE e DVP, resultados eficientes. • Estabelece comunicação entre os ventrículos cerebrais e o peritônio por meio do cateter. • Objetivo: drenar o LCR em excesso para outras cavidades anulando a pressão. Cuidados de enfermagem: • Manutenção da posição horizontal sobre o lado não- operado para evitar a drenagem rápida do líquor e pressão sobre a válvula • Manejo do sistema de drenagem e do cateter de DVE • Monitorização da PIC, sinais vitais e parâmetros cardiorrespiratórios • Exame físico neurológico e medição perímetro cefálico diariamente • Coleta de líquor • Administração de medicações conforme prescrição médica • Acompanhamento do balanço hídrico • Cuidados com a pele para prevenção de lesões por pressão na cabeça • Diminuição dos estressores ambientais • Fornecimento de fórmula ou leite materno em pequenos volumes com intervalos curtos • Observar nível de consciência e presença de vômitos. Espinha bífida • Malformação na coluna vertebral da criança, expõe as meninges, a medula e tecidos nervosos, o que representa um grande risco para o desenvolvimento neural. • Não há fechamento completo da coluna vertebral. • Espinha Bífida Oculta: há uma pequena folga entre a medula e a coluna, não tem exteriorização da bolsa meníngea. • Meningocele: Na meningocele, apenas a bolsa meníngea externaliza • Mielomeningocele: É o tipo mais sério de espinha bífida, onde a bolsa meníngea externaliza junto com parte da medula espinhal e nervos. Sintomas: Abaixo da segunda vértebra lombar: Paralisia parcial flácida arreflexia dos membros inferiores, Graus variáveis de déficit sensorial Incontinência paradoxal com gotejamento constante de urina, Ausência do controle intestinal Prolapso retal (algumas vezes) • Abaixo da terceira vértebra sacra: • Ausência de comprometimento motor • Pode haver anestesia em sela com paralisia dos esfíncteres vesical e anal Diagnóstico: • Ultrassonografia. • AFP -fetoproteína. Tratamento: •Correção cirúrgica da lesão espinal • Ocasionalmente, derivação ventricular • Várias medidas para as complicações ortopédicas e urológicas Cuidados de enfermagem: Cuidados no Nascimento: • Manuseio cuidadoso evitando contato com a bolsa • Posicionar o RN para não pressionar a lesão, preferencialmente na posição ventral • Observar características da bolsa • Isolamento asséptico com compressa estéril e plástico estéril para evitar complicações Propedêutica Criança/Adolescente • Proceder com demais atividades normais de avaliação do RN Após cirurgia corretiva: • Proteger a lesão com compressas ou gaze esterilizada, umedecidas com soro fisiológico a 0,9% morno e cobrir com plástico transparente e estéril • Trocar a gaze a cada duas horas usando técnica asséptica • Posicionar o RN de forma a não pressionar a lesão, de preferência na posição ventral • Administrar antibióticos de acordo com a prescrição médica • Após o fechamento da lesão, observar os curativos, drenagens e sinais de infecção a cada duas horas, avaliação física e coleta de sinais vitais • Esclarecer dúvidas dos familiares e orientar cuidados com a pele e realização do Malformações cardíacas • Afetam o fluxo sanguíneo dentro do coração. • Cianótica: hemoglobina desoxigenada- sangue do lado Direito (CO2), transpassa para o lado Esquerdo (O2). • Acianótica: Lesão obstrutiva: aumenta a pressão, causa hipertrofia. Derivação do lado Esquerdo para o Direito. • Pode acometer o feto, RN, mas também se manifestar meses ou anos após o nascimento. Tetralogia de Fallot: - 4 anomalias (cianótica): • Defeito septo ventricular. • Hipertrofia ventricular. • Estenose da valva pulmonar. • Obstrução da saída ventricular. Persistência do canal/ducto arterial: (acianótica) • Forame não fecha, tem de 24 a 72 horas para fechar. • Mistura o sangue O2 -> CO2. • Aorta/ Artéria. • Tratamento com Ibuprofeno ou indometacina: ajuda a fechar os canais. Transposição das grandes artérias: (cianótica) • Sangue oxigenado não corre pelo corpo. Aorta - VD Artéria Pulmonar - VE • Objetivo: manter o canal aberto, com prostaglandina. Defeito do septo: • AD e VD são sobrecarregados. • Sangue entra pelo septo. Defeito do ventrículo: • Defeito no ventrículo misturando os sangues. Causas mais comuns: • Herança genética. • Cardiopatias em gestações anteriores. • Uso de antidepressivos e alguns tipos de anticonvulsivantes. • Uso de drogas ilícitas. • Diabetes. • Lúpus. • Infecção como rubéola. • Fator de risco: gravidez gemelar e fertilização in vitro. Sintomas: • Dependem da complexidade das malformações, os rn podem apresentar: • Cianose. • Suor excessivo. • Cansaço. • Palidez e apatia. • Baixo peso e pouco apetite. • Respiração rápida e curta. Propedêutica Criança/Adolescente Pré natal: • Papel fundamental na prevenção e diagnóstico precoce. • Quanto antes o diagnóstico melhor chance de tratamento, que pode ser feito intrauterino. Diagnóstico: • Ultrassom morfológico. • Ecocardiograma fetal (21 a 28 semanas de gestação) Tratamento: • Valvulopatías aórtica. • Valvulopatias pulmonar. • Atriosseptostomia. Cuidados de enfermagem: • Avaliar coloração e perfusãoperiférica. • Avaliar SSVV, PA verificar nas 4 extremidades 2 manguitos. • Ausculta cardíaca. • Palpação do fígado. • Posição semi fowler. • Manter RN calmo. • Acolhimento aos pais. • Controle da dor. • Manutenção de cateteres. • Monitorização da temperatura corporal. DIARREIA A diarreia pode ser definida pela ocorrência de três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas nas últimas 24 horas. De acordo com a OMS, a doença diarreica pode ser classificada em 3 categorias: 1. Diarreia aguda aquosa: diarreia que pode durar até 14 dias e determina perda de grande volume de fluidos e pode causar desidratação. Pode ser causada por bactérias e vírus, na maioria dos casos. A desnutrição eventualmente pode ocorrer se a alimentação não é fornecida de forma adequada e se episódios sucessivos acontecem. 2. Diarreia aguda com sangue (disenteria): é caracterizada pela presença de sangue nas fezes. Representa lesão na mucosa intestinal. Pode associar- se com infecção sistêmica e outras complicações, incluindo desidratação. Bactérias do gênero Shigella são as principais causadoras de disenteria. 3. Diarreia persistente: quando a diarreia aguda se estende por 14 dias ou mais. Pode provocar desnutrição e desidratação. Pacientes que evoluem para diarreia persistente constituem um grupo com alto risco de complicações e elevada letalidade. Assim, doença diarreica aguda pode ser entendida como um episódio diarreico com as seguintes características: início abrupto, etiologia presumivelmente infecciosa, potencialmente autolimitado, com duração inferior a 14 dias, aumento no volume e/ou na frequência de evacuações com consequente aumento das perdas de água e eletrólito. a maioria dos casos resolve- -se em até 7 dias. A doença diarreica na maior parte das vezes representa uma infecção do tubo digestivo por vírus, bactérias ou protozoários e tem evolução autolimitada, mas pode ter consequências graves como desidratação, desnutrição energético-proteica e óbito. Nem sempre é possível identificar o agente causador do episódio diarreico. TRATAMENTO Plano A: tratamento no domicílio. É obrigatório aumentar a oferta de líquidos, incluindo o soro de Propedêutica Criança/Adolescente reidratação oral (reposição para prevenir a desidratação) e a manutenção da alimentação com alimentos que não agravem a diarreia. Plano B Acompanhamento UPA ou UBS: administrar o soro de reidratação oral sob supervisão médica (reparação das perdas vinculadas à desidratação). Manter o aleitamento materno e suspender os outros alimentos (jejum apenas durante o período da terapia de reparação por via oral). Após o término desta fase, retomar os procedimentos do Plano A. Plano C, Internação hospitalar: corrigir a desidratação grave com terapia de reidratação por via parenteral (reparação ou expansão). Em geral, o paciente deve ser mantido no serviço de saúde, em hidratação parenteral de manutenção, até que tenha condições de se alimentar e receber líquidos por via oral na quantidade adequada.