Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Práticas da Intervenção Fonoaudiológica nas Dislexias 8º Curso Intensivo II em Dislexia e Transtornos de Aprendizagem- Aulas práticas A.B.D- janeiro de 2020 Ms. Maria Inês Abranches de Oliveira Santos INTERVENÇÃO Maria Inês Abranches INTERVENÇÃO • Áreas que devem ser estimuladas para minimizar os déficits nos Transtornos de Aprendizagem. • Algumas estratégias que podem ser utilizadas individualmente e em sala de aula para estimular a alfabetização. Maria Inês Abranches PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Diagnóstico preciso Planejamento das áreas estimuladas Hierarquia das estratégias utilizadas Intervenção adequada INTERVENÇÃO APRENDIZAGEM ATENÇÃO ASSOCIAÇÃO MEMÓRIA Maria Inês Abranches PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO Modelo de Processamento Top- Down ( proposta utilizada para Distúrbios de Aprendizagem ) Modelo de Processamento Bottom- up ( proposta utilizada para Dislexia) Santos; M.I.A. O. (2008) Programas de Intervenção nas alterações de leitura e escrita in Zorzi e Capellini- Dislexias e outros Distúrbios de leitura e escrita. São Paulo, Ed Pulso. Atualmente esses modelos foram unificados e atualizados com base nas neurociências PROPOSTA DE INTERVENÇÃO 1ª etapa: Treinamento Auditivo/ Visual associado à estimulação da atenção e memória. 2ª etapa: Processamento Fonológico: Consciência Fonológica, nomeação automática rápida e memória de trabalho fonológica. 3ª etapa: Linguagem e aquisição dos conceitos cotidianos e científicos 4ª etapa: Leitura: Decodificação, Compreensão, Velocidade e Fluência 5ª etapa: Escrita: Apropriação ortográfica, regras e convenções. 6ª etapa: Produção de textos e estimulação das funções metalinguagem. Modelo elaborado por Maria Inês Abranches de Oliveira Santos e testado desde 2010 Maria Inês Abranches 1ª ETAPATreinamento Auditivo/ Visual associado à estimulação da atenção e memória. 1ª ETAPA: TREINAMENTO AUDITIVO Habilidades de DECODIFICAÇÃO, INTEGRAÇÃO E PROSÓDIA Utilização de programas de computador que associem o treinamento AUDITIVO ao VISUAL, pois a atenção dirigida às correspondências audiovisuais melhoram os escores de leitura e conduzem a uma normalização parcial da atividade cerebral de crianças disléxicas. ( Dehaene, 2012). ESTIMULAÇÃO DAS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES Atenção auditiva e visual seletiva dividida sustentada Memória auditiva e visual curto termo operativa evocativa INTERVENÇÃO EM ATENÇÃO E MEMÓRIA - Sugestão de programas de computador – Afinando o cérebro www.afinandoocerebro.com.br – Pedro no acampamento – Brain H.Q. – Memotrining: modalidade auditiva e visual – Fast forword – Lumosity. http://www.afinandoocerebro.com.br/ ATENÇÃO SELETIVA - capacidade de responder a estímulos específicos. http://www.bing.com/images/search?q=crian%c3%a7a+prestando+aten%c3%a7%c3%a3o&view=detailv2&&id=A4DC0E9C0F6C25B2166D4E278C181C6084E3BF3B&selectedIndex=8&ccid=8ZhtoSR5&simid=607989292141577652&thid=OIP.Mf1986da12479021425ac50a539c76833o1 ATENÇÃO SELETIVA VISUAL – Brain H.Q. ATENÇÃO SELETIVA AUDITIVA Ex: Pedro na casa Mal assombrada: exercício do esqueleto ATENÇÃO SELETIVA: ESTRATÉGIAS Exemplos: - Ouvir várias palavras e apontar quando ouvir a palavra solicitada. - Ouvir uma história e marcar o número de vezes que aparece determinada palavra. - Pintar determinada letra solicitada ATENÇÃO DIVIDIDA - capacidade de responder adequadamente frente a dois estímulos competitivos. ATENÇÃO DIVIDIDA AUDITIVA Ex: software: Escuta Ativa- jogos: Palavra Alvo e Direita / Esquerda ATENÇÃO DIVIDIDA: ESTRATÉGIAS - – Realizar duas atividades intelectuais ao mesmo tempo. • Falar uma letra do alfabeto e falar um número sem perder a sequência. • Jogar bola falando as letras do alfabeto • Ouvir uma história e uma música ATENÇÃO SUSTENTADA capacidade de manter a atenção ao longo do tempo ATENÇÃO SUSTENTADA VISUAL – Brain H.Q- estátua- figura alvo ATENÇÃO SUSTENTADA: ESTRATÉGIAS Exemplos: - atividades que exigem concentração: ouvir a leitura das regras de um jogo. - ouvir uma história e contar quantos animais apareceram - ouvir uma história e marcar por exemplo, quantas vezes aparecem 2 palavras solicitadas. - ouvir uma história e marcar as palavras absurdas. MEMÓRIA DE CURTO TERMO -Capacidade de manutenção do estímulo por curto período de tempo MEMÓRIA VISUAL - Pedro no acampamento MEMÓRIA VISUAL - Memotraining na modalidade visual Memória auditiva de curto termo - Memotraining na modalidade auditiva MEMÓRIA DE CURTO TERMO: ESTRATÉGIAS – repetição de vocábulos da mesma classe semântica e de classes semânticas diferentes. – associação com imagens ou elaboração frases. – repetição de dígitos. – poesias, trava-língua e parlendas. MEMÓRIA OPERATIVA Capacidade de estocagem da informação da memória de curto termo enquanto realiza uma outra atividade. Memória operativa • Pedro no acampamento ( ordem inversa) MEMÓRIA OPERATIVA: ESTRATÉGIAS – repetir palavras enquanto marca o ritmo. – repetir palavras de trás para frente. – ouvir uma sequência de palavras e repetir apenas as que começam com determinado som. – ouvir uma história e repetir os animais. – recontar de histórias. MEMÓRIA EVOCATIVA Capacidade de resgatar informações e evocá-las quando solicitada. MEMÓRIA EVOCATIVA: ESTRATÉGIAS – Associação livre: falar o mínimo de 20 palavras em 60 s. – Evocação de classes semânticas: animais, alimentos, roupas, transportes, etc... – Associação objeto/ ação: relacionar os animais às ações que eles realizam. – Associação em cadeia: dizer uma palavra que se relacione com a seguinte. – Sugestão: jogo Bomba ESTIMULAÇÃO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS organização planejamento solução de problemas flexibilidade mental criatividade São funções exploradas o tempo todo no trabalho com LINGUAGEM ORGANIZAÇÃO/PLANEJAMENTO Software- Pedro no parque de diversões Maria Inês Abranches 2a ETAPA: PROCESSAMENTO FONOLÓGICO PROCESSAMENTO FONOLÓGICO Informação fonológica recebida auditivamente, relacionada ao desenvolvimento da linguagem oral Consciência Fonológica Memória de Trabalho Fonológica Nomeação Automática Rápida Maria Inês Abranches CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA – Sílabas: • Análise e síntese silábica • Identificação de sílaba inicial, final e medial • Rimas • Substituição e reversão silábica – Fonemas: • Análise e síntese fonêmica • Substituição de fonemas • Associação fonema- grafema • Imagem Articulatória Maria Inês Abranches Sugestão de alguns programas de computador. ESTIMULAÇÃO DA CONSCIÊNCIA FONÓLÓGICA NA SALA DE AULA: EDUCAÇÃO INFANTIL Maria Inês Abranches Consciência Fonológica: sílaba – Análise Silábica: posição inicial, medial e final Consciência Fonológica: fonema MEMÓRIA DE TRABALHO FONOLÓGICA Sistema de memória de curto prazo, de capacidade limitada, encarregada de armazenar brevemente as informações em um código fonológico. Importante na avaliação da discriminação auditiva de pseudopalavras, memória de dígitos em ordem direta einversa. Maria Inês Abranches MEMÓRIA DE TRABALHO FONOLÓGICA • Memotraining: pseudopalavras Maria Inês Abranches NOMEAÇÃO AUTOMÁTICA RÁPIDA • Há uma relação direta entre a habilidade de nomeação rápida e aquisição de leitura. • Ambas envolvem a habilidade de aprender relações entre símbolo, nome e som arbitrárias. • Proporcionam o uso de habilidades de atenção, de memória, de planejamento, de organização – Maria Inês Abranches ESTRATÉGIAS DE NOMEAÇÃO RÁPIDA • Afinando o cérebro: nomeação de objetos ESTRATÉGIAS DE NOMEAÇÃO RÁPIDA • Afinando o cérebro: nomeação de cores ESTRATÉGIAS DE NOMEAÇÃO RÁPIDA • Afinando o cérebro: nomeação de letras ESTRATÉGIAS DE NOMEAÇÃO RÁPIDA • Afinando o cérebro: nomeação de números 3ª ETAPA: LINGUAGEM E AQUISIÇÃO DOS CONCEITOS COTIDIANOS E CIENTÍFICOS LINGUAGEM ORAL X LINGUAGEM ESCRITA ALFABETIZAÇÃO SISTEMAS LINGUAGEM RECEPTIVA EXPRESSIVA Maria Inês Abranches F0NOLÓGICO SINTÁTICO SEMÂNTICO PRAGMÁTICO LINGUAGEM ORAL X LINGUAGEM ESCRITA Maria Inês Abranches RECEPTIVA Vocabulário receptivo Aquisição de conceitos cotidianos, abstratos e acadêmicos Compreensão de ordens e histórias ouvidas Funções metalinguagem EXPRESSIVA Sistema Fonológico Sistema Morfo-Sintático Sistema Semântico: vocabulário expressivo Sistema Pragmático (discurso narrativo oral) LINGUAGEM ORAL: ESTRATÉGIAS DE ESTIMULAÇÂO LINGUAGEM ORAL: ESTRATÉGIAS DE ESTIMULAÇÂO LINGUAGEM ORAL: ESTRATÉGIAS DE ESTIMULAÇÂO LINGUAGEM ORAL: ESTRATÉGIAS DE ESTIMULAÇÂO • Montar o jogo simbólico • Definir cenários e personagens e contar uma história • Desenhar a história em 3 partes: começo, meio final • O mediador pode estimular o vocabulário e estruturas sintáticas das frases. • Escrever a história A FORMAÇÃO DE CONCEITOS NAS ALTERAÇÕES DE LINGUAGEM AQUISIÇÃO DE CONCEITOS COTIDIANOS • São desenvolvidos quando a criança começa a falar a partir da interação com outros sujeitos. • São adquiridos no dia a dia do sujeito. • A criança questiona o próprio código e busca o significado. ( Vygostsky, 2001) - Maria Inês Abranches AQUISIÇÃO DE CONCEITOS COTIDIANOS DE NATUREZA ASCENDENTE ABSTRATO CONCRETO AQUISIÇÃO DE CONCEITOS CIENTÍFICOS • São adquiridos na educação formal, em sala de aula. • Caracterizam-se por apresentar um conceito mediado por outro conceito. ( Melo e Silva, 2017) • Os sujeitos tentam significar o conceito formal com suas próprias palavras para entender, processar e realizar o aprendizado. - ( Vygostsky, 2001) Maria Inês Abranches AQUISIÇÃO DE CONCEITOS CIENTÍFICOS DE NATUREZA DESCENDENTE ABSTRATO CONCRETO Maria Inês Abranches TRANSTORNOS DE LINGUAGEM Como as crianças com TDL adquirem os conceitos cotidianos e científicos? Maria Inês Abranches TDL- CONCEITOS COTIDIANOS • O que é um trator? • Cr: é uma coisa que corta grama. • O que é egoísmo? • Cr: eu não sei dizer o que é. É quando uma pessoa está pensando uma coisa errada. É uma xingação. ( 3º ano- 8 anos 10 meses- TDL/ coocorrendo Dislexia). - Maria Inês Abranches TDL- CONCEITOS COTIDIANOS • O que é uma televisão? • Cr: é que nem um computador que dá para ver vídeos e jogar. • O que é saudade? • Cr: Ai, como vou explicar? Não sei explicar. É quando a gente tá e a pessoa não tá. • ( 3º ano- 8 anos 6 meses) TEA - Maria Inês Abranches TDL- CONCEITOS COTIDIANOS • O que é uma televisão? • Cr: é uma coisa de ver filme, é um quadro que dá para ver jornais e chega na entrevista. • O que é sorvete? • Cr: quando tem dia de sol, ele serve lá, pra gente não ficar com calor. • ( 2º ano- 7 anos 2 meses) TDL+ Apraxia Maria Inês Abranches - Maria Inês Abranches Maria Inês Abranches - O que é Geografia? - Cr: são coisas de aprender de História. Eu estudo História. - O que você estuda em Geografia? - Cr: Eu estudo como recolhe frutas, com uma máquina. - O que é ilha? - Cr: é tipo um mar e colocaram um pedaço de uma floresta no mar e formou uma ilha. ( 3º ano- 8 anos 10 meses- TDL/ coocorrendo Dislexia). TDL – CONCEITOS CIENTÍFICOS Maria Inês Abranches - O que é experiência ? - Cr: você junta várias coisas e forma uma coisa. - O que é ilha? - Cr: um lugar pequeno que tem um monte de postes com coco e areia. - ( 3º ano- 8 anos 6 meses) TEA TDL – CONCEITOS CIENTÍFICOS Maria Inês Abranches - O que é projeto ? - Cr: é uma coisa que eles estudam e mostram para a pessoa a escola. - Como assim? - Eles mostram a escola. ( na) - O que é Ciências? - Cr: uma coisa muito perigosa porque se colocar uma porção, explode. ( 2º ano- 7 anos 2 meses) TDL+ Apraxia TDL – CONCEITOS CIENTÍFICOS Como acontece em sala de aula? Maria Inês Abranches Como acontece em sala de aula? • O professor inicia pelo título da aula e pelo conceito científico. • Ex: conceito de fotossíntese • É um PROCESSO realizado pelas PLANTAS para a produção de ENERGIA necessária para sua SOBREVIVÊNCIA. Maria Inês Abranches Maria Inês Abranches - Experiências culturais e familiares - Motivação para aprender novos conceitos - Trocas de informações entre os alunos - Provocar conflitos e desenvolver argumentação - Realizar a construção de mapas conceituais - Atividades de memória evocativa. - ( Nébias, 1999; Góes e Boruchovitch, 2019). Estratégias facilitadoras para aquisição: Como facilitar esse processo para crianças com TDL? Maria Inês Abranches Atividade de memória evocativa Maria Inês Abranches Floresta mata árvores galhos folhas flores animais grama sol rio sementes chuva raízes oxigênio gás carbônico Atividade de malha semântica Maria Inês Abranches Floresta Fenômenos Mata gás carbônico Plantas clorofila Sol energia Chuva evaporação Terra oxigênio Água alimentação RECURSO VISUAL PARA FAVORECER A AQUISIÇÃO DO CONCEITO FORMAL. Maria Inês Abranches RECURSO VISUAL PARA FAVORECER A AQUISIÇÃO DO CONCEITO FORMAL. Maria Inês Abranches Mapas conceituais Maria Inês Abranches Mapas conceituais ou mentais são ferramentas que permitem organizar e representar o conhecimento. Por meio de um esquema que contem uma ideia centrale a partir dela, outras ideias facilitadoras da aprendizagem. Mapas conceituais Maria Inês Abranches luz do sol transpiração plantas oxigênio gás carbônico trocas gasosas clorofila água da chuva Fotossíntese AQUISIÇÃO DE CONCEITOS E ALTERAÇÕES DE LINGUAGEM Maria Inês Abranches • Protocolos de avaliação. Faz-se necessário novas pesquisas e protocolos validados, que auxiliem os profissionais. • Evolução acadêmica de crianças e adolescentes e quais estratégias de ensino-aprendizagem estão sendo utilizadas em sala de aula. • Estratégias que favoreçam o desenvolvimento de conceitos cotidianos e científicos. 4ª etapa: LEITURA Maria Inês Abranches LEITURA • Para a criança adquirir leitura é preciso o desenvolvimento dos processos: • DECODIFICAÇÃO • COMPREENSÃO • VELOCIDADE/ FLUÊNCIA Maria Inês Abranches DECODIFICAÇÃO • Capacidade de associação grafema- fonema: integração dos processos visuais e fonológicos. • A decodificação das letras em sons envolve as regiões superiores do lobo temporal esquerdo responsável pela análise da representação dos sons. • É no nível do lobo temporal que as letras vistas e os sons ouvidos se encontram. (Shaywitz, 2006 in Oliveira, Sauer & Bernardes, 2015) Maria Inês Abranches Maria Inês Abranches DECODIFICAÇÃO Reconhecimento visual do grafema Associação auditivo- visual grafema - fonema Formação da imagem articulatória e evocação Síntese fonêmica sílaba Síntese silábica vocábulo DECODIFICAÇÃO: ROTAS DE LEITURA Maria Inês Abranches ROTA FONOLÓGICA: - sistema que converte a ortografia em fonologia e vice- versa. - utilizada por leitores iniciantes e adultos perante palavras novas ou desconhecidas. - Cria representação ortográfica, que permite a leitura pela rota lexical. ROTA LEXICAL: - Processo visual direto, a partir do reconhecimento da forma ortográfica da palavra. - utilizada pelo bom leitor sendo uma via direta para a significação das palavras. (Ellis & Young, 1988) Maria Inês Abranches • Formar a imagem articulatória do fonema e evocar adequadamente. ESTRATÉGIAS PARA DECODIFICAÇÃO Maria Inês Abranches • Discriminação auditiva de fonemas semelhantes: tabela das surdas e sonoras ESTRATÉGIAS PARA DECODIFICAÇÃO Maria Inês Abranches Sugestão de livros para trabalhar a Decodificação: Coleção Estrelinha Maria Inês Abranches Sugestão de livros para trabalhar a Decodificação Maria Inês Abranches Sugestão de livros para trabalhar a Decodificação Maria Inês Abranches ESTRATÉGIAS PARA DECODIFICAÇÃO COMPREENSÃO DE LEITURA E DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES METALINGUAGEM Maria Inês Abranches LEITURA De acordo com o modelo de reciclagem neuronal aprender a ler consiste em colocar em conexão dois sistemas cerebrais presentes na criança pequena: SISTEMA VISUAL DE ÁREAS DA RECONHECIMENTO LINGUAGEM DAS FORMAS ( Dehaene, 2012) Reconhecimento dos grafemas Transformar em imagens acústicas aprendizado da ortografia Vocabulário As nuances do sentido ( compreensão) e o prazer do estilo. ( Dehaene, 2012) LEITURA: HIERARQUIA Maria Inês Abranches Compreensão de leitura Maria Inês Abranches COMPREENSÃO DE LEITURA • Requer o uso de recursos cognitivos, capacidade de fazer inferência, bem como um bom processamento de linguagem oral, envolvendo os domínios lexical e sintático dentre outros. • (Brandão e Spinillo, 1998 in Santos e Navas, 2016). Maria Inês Abranches COMPREENSÃO DE LEITURA • Quando a habilidade de compreender textos lidos não é realizada, ocorre um comprometimento em todo o processo de aprendizagem interferindo no desenvolvimento do escolar como um todo. • Assegurar que o escolar realize a leitura com eficiência apresenta-se como um dos principais desafios da escola. • (Cunha, Oliveira e Capellini, 2010). Maria Inês Abranches COMPREENSÃO DE LEITURA • Para que o leitor tenha um conhecimento aprofundado do texto, este deve formular dois tipos de inferências: • inferências literais, relacionando ideias dentro ou entre sentenças. • inferências implícitas, conectando ideias para completar informações que não estão explícitas, incorporando conhecimentos e experiências anteriores. – (Santos e Navas, 2002 in Cunha, Oliveira e Capellini, 2010). Maria Inês Abranches FUNÇÃO METALINGUAGEM • Função metalinguagem é o uso do código linguístico para se referir ao próprio código, explicando-o e analisando-o. • A habilidade do sujeito para trabalhar com as especificidades da linguagem. Maria Inês Abranches Maria Inês Abranches RELAÇÃO/ DEDUÇÃO ABSTRAÇÃO INFERÊNCIA CRIATIVIDADE E FLUÊNCIA DE IDÉIAS ARGUMENTAÇÃO PRINCIPAIS FUNÇÕES METALINGUAGEM Maria Inês Abranches - Processo cognitivo e metacognitivo que advém da apropriação e domínio do código escrito e da riqueza lexical. REALIZAR CONEXÕES ESTABELECER INFERÊNCIAS E RELAÇÕES DESENVOLVER AS FUNÇÕES METALINGUAGEM COMPREENSÃO COMPREENSÃO DE LEITURA - Sem o domínio das funções metalinguagem: - O estudante não consegue aprofundar o conhecimento e a aprendizagem acadêmica - Certamente encontrará dificuldades na fluência de ideias e na argumentação de um determinado assunto acadêmico estudado. Maria Inês Abranches PROBLEMAS DE COMPREENSÃO DE LEITURA - Desconhecimento do significado de uma palavra -Perda de continuidade e reflexão entre as ideias - Não se sabe o que o texto quer dizer - Não percepção do texto como um todo - Dificuldade para compreender e reconhecer o que já sabe e conectar com o que o texto propõe - Incerteza de haver compreendido - Sánchez (2000) in Cunha, Oliveira e Capellini 2010 Maria Inês Abranches ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVER A COMPREENSÃO DE LEITURA E FUNÇÕES METALINGUAGEM Maria Inês Abranches - 1- TÉCNICA DE CLOZE- objetivos: trabalhar aspectos sintáticos e semânticos do texto - Iniciar com textos simples e aumentar a complexidade gradativamente - Iniciar com Clozes contendo alternativas e retirar as alternativas posteriormente COMPREENSÃO DE LEITURA: ESTRATÉGIAS Maria Inês Abranches 2- RECONTAR DE TEXTOS LIDOS OU OUVIDOS: iniciar com textos simples OUVIR DESENHAR RECONTAR ORAL RECONTAR ESCRITO COMPREENSÃO DE LEITURA: ESTRATÉGIAS Maria Inês Abranches 3- ESQUEMAS PARA PREENCHIMENTO DE TEXTOS NARRATIVOS: material fornecido por Simone Capellini( 2015) COMPREENSÃO DE LEITURA: ESTRATÉGIAS LUGAR PERSONAGENS TEMPO PROBLEMA RESPOSTA INTERNA AÇÃO CONSEQUÊNCIA REAÇÃO - 4- DESENVOLVIMENTO DOS DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS - Textos curtos- Ex: Histórias para acordar e Meu primeiro conto de fadas ( faixa escolaridade: 1º e 2º anos) - Fábulas- Ex: fábulas de Esopo ( faixa de escolaridade: 3º e 4º anos) - Contos- Ex: Viagem pelo Brasil em 52 Histórias - ( faixa de escolaridade: 4º e 5º anos) - Contos de aventuraEx: 30 Histórias reais de coragem e ousadia e Lá vem História - ( faixa de escolaridade: 5º e 6º anos) - Contos de aventura: Novas Histórias antigas ( faixa de escolaridade: 7º e 8º anos) COMPREENSÃO DE LEITURA: ESTRATÉGIAS Maria Inês Abranches COMPREENSÃO DE LEITURA: ESTRATÉGIAS Maria Inês Abranches -Fábulas - narrativa curta, na qual os animais ganham características humanas. - contem uma moral por sustentação - transmite um ensinamento - sentidos implícitos - ajudam a estabelecer relações entre um acontecimento relatado na fábula e um fato do dia a dia. CAPACIDADE DE ESTABELECER RELAÇÕES Maria Inês Abranches COMPREENSÃO DE LEITURA: ESTRATÉGIAS Maria Inês Abranches -Contos - tem como foco apenas um acontecimento - ficção ou história inventada, de faz de conta, ou fantasiosa. - ajudam a desenvolver a imaginação. REALIZAR DEDUÇÕES E INFERÊNCIAS Maria Inês Abranches COMPREENSÃO DE LEITURA: ESTRATÉGIAS Maria Inês Abranches COMPREENSÃO DE LEITURA: ESTRATÉGIAS Maria Inês Abranches -Histórias em quadrinhos - estabelece a relação entre o icônico e o linguístico - o uso de imagens favorece a compreensão de ideias e facilita o discurso narrativo REALIZAR DEDUÇÕES E INFERÊNCIAS Maria Inês Abranches Histórias em quadrinhos FUNÇÕES METALINGUAGEM- propagandas Maria Inês Abranches FUNÇÕES METALINGUAGEM- propagandas Campanha da Y&R para a Freddo recebeu ouro na categoria Print en Lions Cannes (Foto: Divulgação) Maria Inês Abranches Maria Inês Abranches - A leitura fluente se refere à capacidade do leitor em desenvolver e obter controle sobre o processamento das estruturas de superfície do texto de forma que ele possa focar na compreensão dos níveis mais profundos de significado. - Três dimensões constroem a conexão com a compreensão: - acurácia na decodificação de palavras - processamento automático - prosódia. (Rasinski, 2004 in Alves, Lalain, Ghio, Celeste, 2015) FLUÊNCIA Maria Inês Abranches - Capacidade do leitor em desenvolver controle sobre o processamento das estruturas de superfície do texto para focar na compreensão dos níveis mais profundos de significado. (Rasinski, 2004 in Alves, Lalain, Ghio, Celeste, 2015) FLUÊNCIA Acurácia/precisão: regularidade com menor número de erros. Automaticidade: processamento inconsciente, com pouco uso da memória operacional nos processos de atenção e decodificação. Prosódia: pausas, duração e entonação durante a leitura. Velocidade: número de palavras lidas por minuto. Maria Inês Abranches -Prosódia: pausas, duração e entonação durante a leitura. - Realiza-se primeiro o Treinamento Auditivo e em seguida atividades de marcação de pausas. - Atividades de marcar as vírgulas e pontos finais com cores diferentes FLUÊNCIA Velocidade: número de palavras lidas por minuto. - Marcar o número de palavras lidas por minuto: começar com os livros da Coleção Estrelinha e depois passar para o livro Histórias para acordar. Maria Inês Abranches -Prosódia: - Atividades de marcar as vírgulas e pontos finais com cores diferentes em um texto. - Realizar uma leitura e marcar as pausas com batida de lápis. - Leituras de poesias. - Trabalhar sinais de pontuação. FLUÊNCIA Maria Inês Abranches - Velocidade: número de palavras lidas por minuto. Barros, AFF; Capellini, A.S. Avaliação fonológicade leitura e escrita em crianças com Distúrbio Específico de Leitura. Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia, Curitiba, V4, n14, p11-19, 2003 FLUÊNCIA 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano Leitura oral 39.12 ppm 71.04ppm 73.78ppm 97.94ppm Leitura silenciosa 37.72 ppm 82.44ppm 70.66ppm 107.4ppm 5a etapa: ESCRITA- APROPRIAÇÃO ORTOGRÁFICA, REGRAS E CONVENÇÕES. APROPRIAÇÃO ORTOGRÁFICA • Relação fonema- grafema: cada som tem a letra que o representa- Tabela Fonema- Grafema- 6 grupos • 1º grupo: P/B/M 2º grupo: T/D/N/L • 3º grupo: F/V 4º grupo: C/QU, G/GU/ R/RR • 5º grupo: X/CH/ J/G 6º grupo: S/SS/C/Ç/ Z Maria Inês Abranches TABELA FONEMA- GRAFEMA Som código Letras Sílabas Palavras P B M T D N L F V Tabela Fonema- grafema Som código Letras Sílabas Palavras C QU G GU R RR X CH J G S SS C Ç Z APROPRIAÇÃO ORTOGRÁFICA • Relação fonema- grafema: sons com mais de uma representação gráfica • - Usos do h : h inicial, ch, lh, nh • - Encontros consonantais com r/l • - Uso l/u • - Uso am/ão Maria Inês Abranches APROPRIAÇÃO ORTOGRÁFICA: REGRAS DA ESCRITA Principais regras: m antes p/b e n antes das outras consoantes; r/rr e s/ss Outras regras: -uso NS- não se grafa 3 consoantes juntas NSS -EZA com Z: palavras derivadas -ESA com s: nacionalidade ou título de nobreza Maria Inês Abranches TABELA DAS REGRAS DA ESCRITA Letras M N Regras palavras R RR S SS APROPRIAÇÃO ORTOGRÁFICA- CONVENÇÕES DA ESCRITA/ REPRESENTAÇÕES MÚLTIPLAS • Palavras com som de s e que são grafadas com: S/SS/C/Ç/SC/XC/SÇ/X/Z/ - somar, passado, cidade, moça, piscina, exceto, cresça, extrair, feliz. • Palavras com som de z e que são grafadas: Z/S/X/- zero, casa, exame. • Palavras com J/G, X/CH Maria Inês Abranches TABELA DAS CONVENÇÕES DA ESCRITA letras Convenções palavras C- QU G-GU X- CH J-G S- SS- C-Ç- Z- X Erro cometido Análise Correção 6ª ETAPA: Produção de textos e desenvolvimento das funções metalinguagem. TEXTOS NARRATIVOS: ESTRATÉGIAS • Jogo simbólico com miniaturas • Legos •Histórias em sequência • Temas dados •Malhas semânticas •Preenchimento de esquemas Texto narrativo- histórias em sequência Maria Inês Abranches Texto narrativo- histórias em quadrinhos Texto narrativo- propagandas Maria Inês Abranches Texto narrativo- propagandas Propaganda premiada em Cannes Lions 2012 Maria Inês Abranches Texto narrativo- temas dados Ex:- A árvore falante - Um piquenique embaixo d´água - Se eu tivesse asas - Um domingo maluco - O maior susto do mundo - O menino perdido Maria Inês Abranches Texto narrativo- jogo simbólico Texto narrativo- malha semântica ACAMPAMENTO AMIGOS BARRACA BRINCADEIRAS LAGO Maria Inês Abranches - material fornecido por Simone Capellini e Vera Orlandi (2015) Texto narrativo- preenchimento de esquemas LUGAR PERSONAGENS TEMPO PROBLEMA RESPOSTA INTERNA AÇÃO CONSEQUÊNCIA REAÇÃO Maria Inês Abranches PRODUÇÃO DE TEXTOS EXPOSITIVOS- ACADÊMICOS Maria Inês Abranches TEXTO INFORMATIVO: ANÁLISE • Vocabulário específico • Estilo do texto: descritivo, comparativo, texto de opinião/ argumentativo. • Utilização das funções metalinguagem: principalmente a argumentação. Maria Inês Abranches - Conhecimento prévio do assunto: associar um conhecimento anterior ao tema novo proposto. - Atividades de memória evocativa sobre o tema: - “ Jogo Bomba” - Formação de mapa conceitual - Leitura de um texto expositivo - Discussão sobre o assunto. FLUÊNCIA DE IDEIAS E ARGUMENTAÇÃO Maria Inês Abranches Textosexpositivos - Leitura de um texto levantando um argumento a favor e um argumento contra. - Esquema para desenvolver o texto argumentativo: ARGUMENTAÇÃO: ESTRATÉGIAS Maria Inês Abranches Esquemas para preenchimento de textos expositivos: : material fornecido por Simone Capellini( 2015)- Modalidade: TEXTO DESCRITIVO TEXTOS EXPOSITIVOS- ACADÊMICOS Elemento Características Características Elemento características características TEXTOS EXPOSITIVOS- ACADÊMICOS Esquemas para preenchimento de textos expositivos: : material fornecido por Simone Capellini( 2015)- Modalidade: Texto COMPARATIVO Elemento 1 Elemento 2 características características Maria Inês Abranches - ARGUMENTAÇÃO: ESTRATÉGIAS TEMA: LEVAR OU NÃO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO À PRAIA ARGUMENTOS A FAVOR 1- 2- 3- ARGUMENTOS CONTRA 1- 2- 3- CONCLUSÃO ARGUMENTAÇÃO: ESTRATÉGIAS Oficinas de Intervenção em Ortografia e Produção de textos • Oficina: pequenos grupos de Intervenção. • Público Alvo: Crianças de 5º e 6º anos • Critérios de agrupamento: – Mesmo ano escolar – Mesmo nível de dificuldades • Pré – Teste – Ditado balanceado – Compreensão de texto – Elaboração de textos Oficinas de Intervenção • Sessões de Treino – Uma sessão semanal de 1:15h – Material previamente preparado – Tempo de duração: 8 meses • Pós- Teste – Ditado balanceado – Compreensão de texto – Elaboração de textos CeAp- Cérebro e Aprendizagem • Maria Inês Abranches de Oliveira Santos m.inesabranches@gmail.com • Avenida José Bonifácio 1951- CEP 13092-305 Campinas- S. Paulo fone: 19- 32337022 • www.ceapcampinas.com.br • Facebook e Instagram mailto:m.inesabranches@gmail.com http://www.ceapcampinas.com.br/
Compartilhar