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TEXTO COMPLEMENTAR Disciplina: Tecnologia de Alimentos Professora: Rosa Maria Cerdeira Barros Origens e funções das tecnologias de alimentos O início da tecnologia de alimentos remonta à pré-história da humanidade. Ao longo dos séculos, com criatividade e talento, de forma empírica, as pessoas foram descobrindo e aprimorando meios para processar os alimentos, com o objetivo de facilitar o seu preparo para consumo, conservá-los para evitar que estragassem ao serem armazenados, entre outras finalidades (Figura 7.1), dando origem às bases de várias técnicas de processamento utilizadas na sociedade contemporânea. Com os avanços da ciência dos alimentos, essas técnicas foram incorporando princípios científicos à experiência, formando assim as bases da tecnologia de alimentos empregada atualmente na fabricação de produtos e ingredientes alimentícios, bem como equipamentos e embalagens para acondicionamento de alimentos e bebidas processados. Tecnologias antigas como a cocção, defumação, cura, salga e secagem, entre outras, foram sendo aperfeiçoadas de modo a cumprir suas funções de forma mais eficiente e controlada, com o uso de novas técnicas, procedimentos, materiais e equipamentos (Figura 7.2). De forma destacada, a evolução das tecnologias de conservação, desde a antiguidade até a época atual, constituiu as bases para a garantia do abastecimento e segurança dos alimentos das civilizações modernas. Essas tecnologias de conservação são empregadas para conter ou eliminar microrganismos, conter reações químicas espontâneas e alterações provocadas por fatores físicos como luz e temperatura. Os alimentos possuem um número muito grande de componentes, destacando que água, proteínas, gorduras ou lipídeos e carboidratos estão presentes em maior quantidade. Outros componentes presentes em menor quantidade são ácidos nucleicos, minerais e vitaminas. Ao entrarem em contato com os alimentos, e se as condições forem favoráveis, os microrganismos patogênicos e deterioradores (bactérias, fungos, protozoários e vírus) promovem uma espécie de digestão (deterioração) dos alimentos, tornando-os inadequados para o consumo. Esses microrganismos indesejáveis podem estar naturalmente presentes nos alimentos ou serem provenientes de várias fontes de contaminação, entre as quais o solo, água, plantas, equipamentos e utensílios, trato intestinal, manipuladores, ar e pó. Para que o alimento possa ser conservado por mais tempo, é necessário então destruir total ou parcialmente os microrganismos capazes de crescer no alimento, modificar ou eliminar uma ou mais das condições favoráveis ao seu desenvolvimento ou adicionar aos alimentos substâncias que impeçam a sua multiplicação. A Figura 7.3 resume os fatores que favorecem o crescimento de microrganismos nos alimentos. FIGURAS: Os desafios da comunicação sobre alimentos industrializados e saúde Fonte: REGO, Raul Amaral; VIALTA, Airton; MADI, Luis. Alimentos industrializados: a importância para a sociedade brasileira. Campinas: ITAL, 2018.
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