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Aula 1 - Micologia Básica

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Microbiologia Maria Luiza Lima – T24 
Micologia Básica
 
ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO 
 
o Dimorfismo térmico: capacidade, devido a 
temperatura, de sofrerem alterações  
importante para diagnóstico laboratorial. 
CARACTERÍSTICAS FÚNGICAS 
 Habitat natural (meio ambiente); 
 Exceto Candida albicans, a qual faz parte da 
microbiota normal. 
 Maioria é aeróbia obrigatória e alguns anaeróbios 
facultativos. 
 Reprodução: sexuada ou assexuada. 
ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO 
 Ergosterol (lipídio) – membrana; 
 Ergosterol é o sítio de ação de alguns 
antifúngicos, então isso permite que ocorra 
atuação em uma célula fúngica e não nas 
nossas células (de colesterol). 
 Glucanas e quitina (sustentação rígida) – parede; 
 Dimorfismo – termodimórficos 
 Nem todos os fungos sofrem. 
 
o No meio ambiente  forma filamentosa (bolor) 
o Na temperatura corporal  forma 
leveduriforme. 
o Histoplasma: quando inalamos, está na forma 
filamentosa e, no pulmão, passa a ser 
leveduriforme. 
o A alteração ocorre nas glucanas (alfa e beta). 
REPRODUÇÃO FÚNGICA 
 Assexuada  conídios (esporos assexuados). 
 Sexuada  esporos sexuados. 
MORFOLOGIA E REPRODUÇÃO 
COLÔNIA LEVEDURIFORME 
(LEVEDURA) 
 
Microbiologia Maria Luiza Lima – T24 
 Unicelulares; 
 Colônias são pastosas ou cremosas; 
 Reprodução: brotamento (formação de broto 
ou gêmula – reprodução assexuada). 
 A célula realiza funções vegetativas ou 
reprodutivas. 
FUNGO FILAMENTOSO (BOLOR) 
 
 Multicelulares: 
 Hifas cenocíticas (não septadas) ou septadas. 
 Hifas hialinas (septadas ou cenocíticas)  
coradas em azul; ou hifas demácia (septada 
ou cenocítica)  corado em 
esverdeado/marrom. 
 
 Reprodução (divisão celular)  micélios; 
 Hifas constituem o micélio (vegetativo: 
penetra no meio, responsável pela nutrição/ 
reprodutivo: esporos (sexuados) ou conídios 
(assexuados)). 
 Fungo com aspecto algodonoso, aveludado, com 
múltiplas pigmentações. 
 Dimorfismo (leveduras   filamentosos): 
 Parece celular: quitina (sustentação rígida) e 
glucanas.. Já das bactérias (peptídeoglicano). 
 Membrana: lipídio ergosterol (sítio de ação de 
fungos). Já das bactérias não há. 
DOENÇAS FÚNGICAS 
1. ALÉRGICAS: interação hospedeiro sensibilizado 
e antígenos fúngicos. 
2. TOXINAS: ingestão de alimentos contaminados 
com fungos microscópicos produtores de 
micotoxina (micotoxicose) ou macroscópicos 
venenosos (micetismo). Em relação as toxinas, 
existem dois tipos de classificação das doenças 
fúngicas. 
a. Micotoxicoses: ingestão de toxinas: 
 Cogumelos (Amanita) possuem a amanitina, que 
é uma toxina atuante no fígado, sendo uma 
hepatotoxina. 
 O fungo Claviceps purpúrea infecta grãos e 
cereais  produz alcaloides  causam 
ergotismo  efeitos vasculares e neurológicos. 
 Ingestão de grãos (amendoim) contaminados 
com as toxinas do Aspergillus flavus  
aflatoxinas  causam danos ao fígado e 
tumores em animais, além de carcinoma 
hepático em humanos. 
b. Alergias a esporos fúngicos: 
 Inalação dos esporos do fungo Aspergillus  
reação rápida de broncoconstrição mediada por 
IgE, eosinofilia e formação de pápula 
(hipersensibilidade imediata) 
3. INFECCIOSAS (MICOSE): o agente possui 
prioridade de agir como patógeno primário ou 
oportunista. 
a. Primários: doenças em 
imunocomprometidos e imunocompetentes. 
b. Oportunistas: doenças em 
imunocomprometidos. 
Microbiologia Maria Luiza Lima – T24 
o Micoses são adquiridas no solo, pelos animais e 
homem. São cutâneas ou superficiais (tecido 
queratinizado), subcutâneas (trauma), sistêmicas 
(inalação de esporos) e oportunistas (acomete 
órgãos internos). 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
1. COLETA DE AMOSTRA.: unhas, pelos, cabelos 
e etc. 
2. IDETIFICAÇÃO: 
a. Exame Microscópico Direto: 
 Escarro, biópsia de pulmão e etc. 
 KOH (10%): dissolve o material tecidual, 
permitindo a visualização do fungo (que é 
alcalirresistente). 
 Tinta Nanquim: visualiza a cápsula das leveduras 
(fundo fica corado em preto e a levedura que 
possui cápsula fica refringente). 
 Lactofenol Azul-Algodão: diferencia os 
filamentosos em hialino ou demácio. 
b. Cultivo: 
 Ágar Sabouraud: cultiva fungos (baixo ph) que 
inibam o crescimento de bactérias  fungos 
crescem lentamente. 
c. Provas de Identificação: Candida albicans é a 
única que forma tubo germinativo. 
 Microcultivo: análise do filamentoso. 
d. DNA (PCR). 
e. Sorologia: 
f. 
 Imunodifusão em gel (interação antígeno e 
anticorpo). 
 ELISA (interação antígeno e anticorpo). 
AGENTES ANTIFÚNGICOS 
 Podem alterar a membrana celular (no lipídio 
ergosterol), atuar intracelularmente 
(interrompendo os processos celulares como a 
síntese de RNA, DNA e proteínas) e agir na 
parede celular. 
TERAPIA FÚNGICA 
 Anfotericina B e grupo azois: fármacos 
antifúngicos  exploram o ergosterol. 
 Caspofungina inibe a síntese do beta-glicano 
(parede celular).

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