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ANTIPSICÓTICOS Também denominados fármacos neurolépticos ou tranquilizantes maiores, são usados principalmente para tratar esquizofrenia, mas também são eficazes em outros estados psicóticos e estados de mania. SINTOMAS DA ESQUIZOFRENIA Sintomas positivos: delírios, alucinações, pseudo-alucinações, incoerência do pensamento, alterações afetivas, alterações psicomotoras. Sintomas negativos: embotamento afetivo, pobreza do discurso, empobrecimento funcional, distractibilidade, isolamento social. Cognitivos: déficits de memória e prejuízo da função executiva. FAMÍLIAS DE RECEPTORES DE DOPAMINA NEUROTRANSMISSÃO DOPAMINÉRGICA VIAS DOPAMINÉRGICAS NO SNC Para entender as limitações e os efeitos adversos induzidos pelos antipsicóticos, é preciso conhecer as principais vias dopaminérgicas do sistema nervoso central, que são quatro: Via mesolímbica: origina-se na área tegmental ventral e envia projeções para regiões límbicas do estriado (estriado associativo); Via mesocortical: também tem origem na área tegmental ventral, mas projeta para regiões corticais, especialmente o córtex pré-frontal; Via nigroestriatal: vai da substância nigra até o estriado motor e está relacionada ao controle de movimentos (são os neurônios da substância nigra que degeneram na doença de Parkinson); Via tuberoinfundibular: está no hipotálamo e inibe a secreção de prolactina. ANTIPSICÓTICOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO Antipsicóticos de primeira geração (baixa potência): clorpromazina, tioridazina. Antipsicóticos de primeira geração (alta potência): flufenazina haloperidol loxapina. É subdividida em potência baixa e potência alta. Essa classificação não indica a eficácia clínica dos fármacos, mas específica a afinidade pelo receptor da dopamina D2 que, por sua vez, pode influenciar o perfil de efeitos adversos do fármaco São inibidores competitivos em vários receptores, mas seus efeitos antipsicóticos refletem o bloqueio competitivo dos receptores D2 da dopamina. Os antipsicóticos de primeira geração são os que mais provavelmente causam transtornos de movimento conhecidos como sintomas extrapiramidais (SEPs), particularmente os fármacos que se ligam fortemente aos neurorreceptores da dopamina, como o haloperidol. ANTIPSICÓTICOS DE SEGUNDA GERAÇÃO Aripiprazol, Asenapina, Clozapina, Iloperidona, Lurasidona, Olanzapina, Quetiapina, Paliperidona, Risperidona, Ziprasidona, Perfenazina, Pimozida, Proclorperazina Tiotixeno, Triuoperazina. Também denominada de antipsicóticos atípicos, têm menor incidência de SEP do que os de primeira geração, mas são associados com maior risco de efeitos adversos metabólicos, como diabetes, hipercolesterolemia e aumento de massa corporal. A segunda geração de fármacos deve sua atividade singular ao bloqueio dos receptores de serotonina e dopamina e, talvez, de outros. MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIPSICÓTICOS Antagonismo da dopamina: todos os antipsicóticos de primeira e a maioria dos de segunda geração bloqueiam os receptores D2 da dopamina no cérebro e na periferia. Atividade bloqueadora do receptor de serotonina: a maioria dos fármacos de segunda geração parece exercer parte da sua ação singular pela inibição de receptores de serotonina, em particular 5-HT2A . AÇÕES Efeitos antipsicóticos: Todos os antipsicóticos podem diminuir as alucinações e ilusões associadas à esquizofrenia, bloqueando os receptores D2 no sistema mesolímbico do cérebro. Efeitos extrapiramidais: Distonias (contrações sustentadas dos músculos levando a posturas distorcidas), sintomas tipo Parkinson, acatisia (intranquilidade motora) e discinesia tardia (movimentos involuntários geralmente de língua, lábios, pescoço, tronco e membros) podem ocorrer com o tratamento agudo e crônico. O bloqueio dos receptores de dopamina na via nigroestriatal provavelmente causa esses movimentos indesejados. Efeito antiemético: Com a exceção do aripiprazol, a maioria dos antipsicóticos têm efeito antiemético mediado pelo bloqueio dos receptores D2 da zona quimiorreceptora disparadora bulbar. Efeitos anticolinérgicos: Alguns dos antipsicóticos, particularmente tioridazina, clorpromazina, clozapina e olanzapina, produzem efeitos anticolinérgicos, que incluem visão turva, boca seca (com exceção da clozapina, que aumenta a salivação), confusão e inibição dos músculos lisos dos tratos gastrintestinal (GI) e urinário, causando constipação e retenção de urina. Outros efeitos: O bloqueio dos receptores adrenérgicos α causa hipotensão ortostática e cefaléia leve. Os antipsicóticos também alteram os mecanismos de regulação da temperatura e podem produzir poiquilotermia (condição na qual a temperatura corporal varia com o ambiente). Na hipófise, os antipsicóticos bloqueiam os receptores D2, levando ao aumento da liberação de prolactina. Ocorre sedação com neurolépticos, que são potentes bloqueadores dos receptores de histamina H1, incluindo clorpromazina, olanzapina, quetiapina e clozapina. Também pode ocorrer disfunção sexual com os neurolépticos devido a suas características de ligação com vários receptores. EFEITOS ADVERSOS Drogas com alta incidência de efeitos adversos. Os agentes de alta potência produzem efeitos extrapiramidais. Distonias (contrações sustentadas dos músculos levando a posturas distorcidas), sintomas tipo Parkinson, acatisia (intranquilidade motora) e discinesia tardia (movimentos involuntários geralmente de língua, lábios, pescoço, tronco e membros) podem ocorrer com o tratamento agudo e crônico. O bloqueio dos receptores de dopamina na via nigroestriatal provavelmente causa esses movimentos indesejados. Pacientes jovens e do sexo masculino são propensos a efeitos extrapiramidais e idosos são suscetíveis a efeitos anticolinérgicos.