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Patrícia Rodrigues Jorge Materiais anelásticos para moldagem GODIVA E PASTA OZE • Usado principalmente para pacientes desdentados • Tendem a fraturar quando uma tensão é aplicada – não tem deformação plástica (ao contrário do alginato e silicone) • Indicações limitadas • Pode ser substituído por silicone (ao redor da moldeira coloca o denso e no meio o fluído) OBS: Estudar pelo conteúdo de materiais indiretos do Philips GODIVA • Material termoplástico (fica fluída quando próxima ao calor) • Plastificado – calor • Moldagem de edentados • Acima da temperatura de fusão ela plastifica (amolecendo) • Abaixo da temperatura de fusão ele fica rígido (na cavidade oral) • Caso retire da boca antes da presa, tem distorção do molde. A presa é quando ela fica bem dura. COMPOSIÇÃO DA GODIVA • Ceras + resinas termoplásticas + carga e agentes corantes Plastificantes → ácido esteárico ou glicerina – melhorar plasticidade e manuseio Carga → viscosidade boa; temperatura maior que a da boca e aumentam a rigidez na temperatura ambiente INDICAÇÕES DA GODIVA EM FORMA DE PLACA • Moldagem preliminar em paciente desdentado – PT • Modelo de estudo INDICAÇÕES DA GODIVA EM FORMA DE BASTÃO (VERDINHA) • Selamento periférico em moldagem de desdentado – fundo de sulco • Fixação de grampos em isolamento absoluto • Estabilização de tiras de matrizes individuais (godiva + cunha de madeira para manter a matriz em posição) em restaurações com amálgama • Registro de superfície oclusal/incisal de dentes superiores – articulador (tem menos distorção que a cera, por isso é mais utilizado) TIPOS E APRESENTAÇÃO COMERCIAL TIPO I • Em bastão - baixa fusão • Material para moldeira • Bastão • Temperatura +/- 50° C • Usada para registro de superfície oclusal/incisal de dentes superiores e selamento periférico em moldagem de desdentado • Sobre a chama (acima de 40°C) • Plastificar homogeneamente • Baixa condutividade térmica (ele demora para esquentar) Patrícia Rodrigues Jorge TIPO II • Em placa – alta fusão • Material para moldagem • Temperaturas +/- 56°C • Precisa da água na temperatura acima para ocorrer a fusão • Plastificador (56-63°C) • Ao mesmo tempo que enrijece e esfria, há contração térmica • Sempre haverá indução de tensões durante a moldagem PROPRIEDADES DAS GODIVAS TERMOPLASTICIDADE • Possibilita ao material ser plastificado pelo aquecimento • Reduzida após esfriamento • Detalhes dos tecidos moles reproduzidos durante a impressão • Solidificação – temperatura da cavidade oral 36°C CONDUTIVIDADE TÉRMICA • Baixa: longo tempo necessário para o material ser aquecido ou esfriado • Aquecimento uniforme: ao ser assentada na moldeira e totalmente resfriada para retirar da boca ESCOAMENTO • Mínimo 85% a 45°C e máximo 6% a 37°C • Deve escoar de forma a se conformar aos tecidos • Reproduzir detalhes e pontos de referência tecidual (importante para que a PT não se movimente) – freio labial • Excesso de escoamento na temperatura da boca - distorção RIGIDEZ/ANELASTICIDADE • Alta rigidez (bom para afastamento de tecido, porém ruim para o paciente por conta da força na hora de tirar) • Baixa elasticidade LIBERAÇÃO DE TENSÕES INDUZIDAS • Aplicação de pressão quando não estiver adequadamente plastificado na boca do paciente • Provoca tensões residuais no molde • Vazamento do molde na primeira hora, a fim de evitar a distorção ESTABILIDADE DIMENSIONAL • Alto coeficiente de expansão térmica linear (CETL) – contração de até 0,3% da temperatura bucal à ambiente (25°C) REPRODUÇÃO DE DETALHES • Material que proporciona baixa reprodução de detalhes (o silicone é melhor nessa questão) – ela é melhor apenas para afastamento de tecido MANIPULAÇÃO • Plastificador • Moldeira para godiva • Gral de borracha (esse ou o plastificador) Patrícia Rodrigues Jorge • Aquecer a água e colocar dentro do gral ou usar o plastificador pois ele é próprio para godivas • É bom tirar da água quente e então mergulhar na água morna para não queimar a boca do paciente CUIDADOS • Imersão prolongada – superaquecimento (máximo de 66°C pois ele perde propriedades) • Material frágil e granuloso • Espessura uniforme e adequada • Resfriamento completo do molde antes de ser removido (pode jogar um jato de ar frio para endurecer e esfriar mais rapidamente) • Desinfecção do molde • Confeccionar o modelo brevemente – até 1 hora (vazar o gesso) MANIPULAÇÃO DA GODIVA EM BASTÃO • Lamparina à álcool • Moldeira individual – resina acrílica • Moldagem com a godiva em placa, vazar o gesso e então pegar o molde para usar a godiva em bastão em volta do molde para colocar de volta na boca do paciente CUIDADOS • A godiva não deve ferver ou entrar em ebulição • Distribuição homogênea na moldeira • Remover da cavidade oral quando estiver resfriado PASTA ZINCOENÓLICA (ZOE) • Pasta de óxido e eugenol • Usada para moldagem – desdentado – afastamento de tecidos • Forramento corretivo da moldagem com godiva – reprodução de detalhes • Ele gruda e é difícil de tirar COMPOSIÇÃO • Pasta base – pasta ativadora • Óxido de zinco 87% e óleo vegetal ou mineral 13% + eugenol e resina • Óleo vegetal ou mineral → plastificador e neutralizador do eugenol – irritante tecidual • Óleo de cravo → 70-80% de eugenol – reduz sensação de queimação • Resina colofônia → facilita a velocidade de reação e cremoso e homogêneo • Sais solúveis – acetato de zinco → aceleradores de presa REAÇÃO DE PRESA • Mecanismo de presa por meio de uma hidrólise do óxido de zinco e reação entre hidróxido de zinco e eugenol • Tirei foto da reação no celular INDICAÇÕES • Moldagem de regiões desdentadas • Registro de mordida • Cimento cirúrgico, cimento temporário, material de reembasamento, material obturador, material endodôntico → contém óxido de zinco e eugenol na sua composição Patrícia Rodrigues Jorge TEMPO DE PRESA FINAL • 10-15 minutos • Para aumentar tempo de presa → alterar proporções das pastas; resfriamento da placa e espátula e adição de óleos e ceras inertes • Para diminuir tempo de presa → alterar proporções das pastas ou fazer adição de acelerador – uma gota de água ESCOAMENTO • Boa fluidez (ótimo escoamento) • Deve ser o suficiente para reproduzir detalhes • Diminuição durante a presa – estabilidade • Pode vazar quando quiser, pois ela não tem distorção ESTABILIDADE DIMENSIONAL • Satisfatória (fica bem dura) • Contração baixa (<0,1%) • Molde – não deformar e nem fraturar DESVANTAGENS • Sensação de queimação nos tecidos moldes – eugenol • Pasta de óxido de zinco e eugenol para evitar a queimação, porém tem gosto e cheiro ruim. Além de ser pegajosa na pele, pelos e instrumentos (tomar cuidado com cabelo e barba) • Não sai, pois a presa dela é química e não física • Limpar bancada e materiais assim que terminar, pois é difícil de limpar MANIPULAÇÃO • Placa de vidro ou papel impermeável (para não absorver o óleo) • Espátula 36 • Vaselina para passar na boca e no rosto do paciente • Manipulação de 45 a 60 segundos • Uma fileira de cada pasta na placa de vidro (tipo o silicone leve e o catalisador) • Pegar a mesma espátula e levar ela no molde • Não precisa vazar o molde com tanta pressa. CUIDADOS • Molde pode ser armazenado indefinidamente • Desinfecção = gluteraldeído 2% em imersão