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Drenagem Linfática Manual

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Drenagem Linfática 
Manual (DLM) 
 
 É uma técnica de ativação manual de 
drenagem de líquido intersticial através de 
fissuras microscópicas nos tecidos (canais pré 
linfáticos) e de linfa através dos vasos linfáticos. 
Por isso as técnicas se dão em zonas ou 
quadrantes linfáticos. 
 A drenagem linfática manual pode ser feita em 
razão de patologias ou estética. Em casos 
patológicos, realiza-se a drenagem linfática 
como uma mastectomia (cirurgia onde também 
se retiram os linfonodos) que causa linfedema. 
 No capilar linfático não há válvulas, e a linfa 
não tem direção, o capilar linfático é constituído 
de células endoteliais em escamas, e à essa 
característica se justifica a sua alta 
permeabilidade. 
 Os vasos pré-coletores se assemelham ao 
capilar linfático, no entanto possuem válvulas 
(situadas no centro do vaso linfático). Os vasos 
coletores são constituídos de tecido conjuntivo 
internamente, a linfa dentro desses vasos 
possui uma direção centrípeta. 
 Linfangions: o Linfangion é a unidade 
funcional do sistema linfático, responsável pela 
propulsão da linfa. Sua estrutura corresponde a 
um segmento com uma camada muscular 
central e válvulas formadas por 
prolongamentos da túnica intima em ambas as 
extremidades. A borda de um linfangion forma 
a válvula do seguinte (Bergmann, 2000). 
Descrição do Linfangion: Segmento 
intervascular, de musculatura lisa dotado de 
automatismo próprio. 
 
 
 
Coletores Linfáticos Principais: 
Ducto Linfático Direito: Formado pela união 
do tronco linfático bronco mediastinal direito, 
tronco subclávio, tronco jugular direito, veia 
jugular e veia subclávia direita. 
Ducto Torácico (Lado Esquerdo): ele origina-
se na cisterna do quilo (é uma dilatação) 
formada pela união dos troncos lombar direito e 
esquerdo, intestinais e intercostais, veia jugular 
e subclávia direita. 
 
ANATOMIA DO SISTEMA LINFÁTICO 
Nódulos Linfáticos: constituído de células 
linfoides (in-formadas da memória 
imunológica); células reticulares (defensoras: 
fagocíticas e pinocíticas). O nódulo linfático é 
responsável pela filtração e depuração da linfa, 
normalmente drena 2,5 a 3 litros de linfa por 
dia, em situações alteradas é de 20 a 30 
litros/dia. 
Inervação: SNA – nervo esplênico e nervo 
vago, automatismo próprio 
Ação: vasoconstrição, não faz vasodilatação. 
Órgãos Linfóides: Tonsilas, baço e timo – 
captam o líquido intersticial e o reconduz ao 
sistema vascular sanguíneo. 
Funções: Defesa, prevenção de edema em 
locais onde não há órgãos linfóides (medula 
óssea, unhas pelos e cartilagem, músculos 
esqueléticos, sistema nervoso central), retorno 
de proteínas e excesso de líquido à corrente 
sanguínea. 
Localização do sistema linfático: Todo o 
corpo exceto - medula óssea, unhas, pelos, 
cartilagem, músculos esqueléticos e sistema 
nervoso central. 
Linfa: É incolor e viscosa, contém nutrientes, 
gorduras, proteínas e catabólitos. Se 
assemelha ao plasma sanguíneo, no entanto 
com menor número de linfócitos, hemácias, e 
fatores coagulantes. 
Fisiologia do Sistema Linfático: Tem o 
objetivo de fazer a ultrafiltração de água e 
nutrientes que vazam do capilar arterial para o 
interstício. Na sístole cardíaca a pressão 
hidrostática do capilar arterial é maior e o 
líquido vaza para o interstício, este líquido é 
reabsorvido pelos capilares linfáticos e muitas 
das substâncias indesejáveis como bactérias 
são em sua maioria fagocitadas, já as proteínas 
e nutrientes retornam ao sangue junto com o 
retorno do líquido pelas veias subclávias. Todo 
líquido que entra no vaso linfático dificilmente 
faz refluxo, uma vez que as válvulas se fecham 
automaticamente pela própria anatomia do 
linfangion. Essa circulação de líquidos evita 
edemas e faz o retorno de nutrientes e 
proteínas importantes que podem extravasar 
para o interstício. 
Bomba Linfática 
Fatores intrínsecos: As paredes do vaso 
linfático podem contrair-se, a ajuda das vias 
acessórias de fluxo e valvas. 
Fatores extrínsecos: contração muscular, 
movimentos de partes do corpo, pulsações 
arteriais, compressões teciduais externas. 
 
Edema: 
A observação clínica: se houver um acúmulo de 
líquido intersticial em 30% maior que o normal, 
localização: 
• Hidropericárdio 
• Hidrocefalia 
• Hidrotórax 
 
Classificação: 
• Com cacifo 
• Sem cacifo 
 
PATOLOGIAS DO SISTEMA LINFÁTICO 
• Alta pressão no capilar causada por 
obstrução venosa ou por dilatação da 
arteríola. 
• Insuficiência cardíaca advinda de 
alergias/traumatismos, transtorno 
ventilatório pulmonar. 
• Tumores 
• Baixa quantidade de proteínas, 
influenciando na pressão 
coloidosmótica plasmática. 
• Queimaduras extensas; 
• Nefrose; 
• Desnutrição; 
• Obstrução linfática causada por: 
Filariose, CA mama – axilectomia/ 
mastectomias; radioterapia. 
 
 
PRINCÍPIOS DA DRENAGEM LINFÁTICA 
MANUAL 
 
Realizada no sentido proximal para distal, 
com pressão suave. No posicionamento, 
as áreas edemaciadas devem ser elevadas 
antes do início da massagem. Durante e 
depois da massagem a elevação do 
membro deve ser de pelo menos 45º com a 
horizontal, liberando a passagem dos 
gânglios para que os líquidos acumulados 
alcancem os canais e dutos respectivos e 
mais centrais. 
 
Indicações: 
• Edemas; 
• Estética. 
 
Contra indicações: 
 
• Inflamações 
• Infecções agudas 
• Edemas sistêmicos de origem 
cardíaca ou renal 
• Câncer 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 Guyton, Fisiologia Médica 
 Marx e Camargo – Reabilitação 
física no câncer de mama 
 Leduc. Albert e Oliver – Drenagem 
Linfática Manual

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