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TICS 07 - Tireoidectomia Total

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FACULDADE DE MEDICINA DE GARANHUNS – FAMEG 
 
NATÁLIA FREIRE DA SILVA 
 
 
SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II – SOI II 
TICS 
 
 
1. O que orientar a um paciente candidato a uma tireoidectomia total? Quais os 
riscos que podem ocorrer nesta cirurgia? 
 
A glândula tireoide é um dos maiores órgãos endócrinos e sua inervação deriva 
dos gânglios simpáticos cervicais superior, médio e inferior. 
Na presença de nódulos benignos/malignos, existem diferentes tratamentos 
como monitorização, cirurgia, terapia com iodo radioativo, reposição hormonal, 
radioterapia e quimioterapia. Além da presença dos nódulos aspectos estruturais, 
tamanho, localização e outros também são levados em consideração na indicação 
cirúrgica - tireoidectomia. 
Os pacientes podem evoluir com alterações de voz/deglutição e apresentar 
comprometimento da sua qualidade de vida em maior ou menor grau tanto no pré 
quanto no pós-operatório, seja parcial ou total. Portanto, antes de realizar a 
tireoidectomia, o paciente precisa ser orientado quanto aos seguintes aspectos: 
• Evitar qualquer medicação que contenha ácido acetil salicílico por 10 dias antes 
da cirurgia. 
• Remédios como AAS, Aspirina, Buferin ou Melhoral, por exemplo, não devem 
ser tomados. O uso destes remédios aumenta muito o risco de sangramento 
durante a cirurgia e no pós-operatório. 
• Jejum de pelo menos 8 horas. 
• Se não houver nenhum problema, o paciente recebe alta no dia seguinte à 
cirurgia. 
 
Segundo a literatura, as alterações vocais após tireoidectomia estão 
relacionadas com a manipulação e/ou lesão de nervos laríngeos próximos ou 
aderentes à glândula tireóidea, podendo causar modificação na sensibilidade laríngea, 
a qual exerce uma importante função no reflexo de proteção das vias aéreas, e 
alteração de mobilidade das pregas vocais relacionadas à função esfinctérica, 
protetora e fonatória. 
Observa-se também a prevalência de sintomas sensoriais nas vias aéreas 
superiores, como rouquidão, fadiga vocal, voz grave, dificuldade para falar em voz 
alta, sensação de corpo estranho na faringe, engasgo, pigarro durante a deglutição e 
garganta seca. 
Disfonia e disfagia estão entre as sequelas mais frequentes da tireoidectomia, 
porém, o diagnóstico dessas condições envolve exames instrumentais que requerem 
tempo, custo e disponibilidade, o que nem sempre é possível na rotina de alta 
demanda dos serviços. 
Além disso, pode ocorrer um acúmulo de sangue no local operado (hematoma), 
levando à dor e dificuldade de respirar. É uma complicação que pode pôr em risco a 
vida do paciente, deve ser avaliada imediatamente pelo cirurgião, que pode decidir 
reoperar em caráter de urgência. 
Após uma tireoidectomia, pode haver uma diminuição temporária ou definitiva 
da função das paratireóides, levando à queda dos níveis de cálcio no sangue 
(hipocalcemia). O paciente pode apresentar sintomas como: formigamentos nas 
mãos, nos pés, ao redor dos lábios e nas orelhas que podem evoluir para câimbras. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARAÚJO, Lillian Fernandes de et al. Sintomas sensoriais em pacientes submetidos à 
tireoidectomia. In: CoDAS. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2017. 
 
CÂNDIDO, Ana Flávia de Sales et al. Sintomas relacionados à voz e deglutição após 
tireoidectomia total: evidências de uma pesquisa nacional brasileira. Revista 
CEFAC, v. 23, n. 3, 2021.