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1 Louyse Jerônimo de Morais Adenocarcinoma • Esporádico: não tem caráter familiar, sendo o mais comum. Pode ser desenvolvido com o avançar da idade [principalmente a partir dos 50 anos], história familiar de paciente com parente de 1º grau com câncer, DII, dieta rica em gordura [fibras protegem], hábitos de vida. • Hereditário associado a pólipos: polipose adenomatosa familiar [PAF] e suas variantes. • Hereditário não-polipose: Síndrome de Lynch o Critérios: três ou mais familiares, câncer < 50 anos, duas gerações consecutivas, não associada à polipose hereditária. o Outras neoplasias associadas: ginecológica, pâncreas etc. Clínica • Cólon direito: anemia ferropriva, massa palpável. • Cólon esquerdo: alteração do hábito intestinal - constipação e/ou diarreia. • Reto: hematoquezia [mais comum], tenesmo. Diagnóstico • Colonoscopia [tumor sincrônico] + biópsia o Tumor sincrônico: estar em dois locais ao mesmo tempo. É por isso que o diagnóstico é incompleto se for apenas por retossigmoidoscopia, porque pode ter câncer também no cólon direito que não foi visualizado. • CEA: usado apenas para acompanhamento. Rastreamento • Preferencialmente colono [10/10 anos] • A partir dos 50 anos [40 anos, se história familiar ou 10 anos a menos do que a idade do parente com câncer ao diagnóstico]. Algumas sociedades mandam rastrear pessoas a partir dos 45 anos de idade. • Lynch: a partir dos 20 a 25 anos a cada dois anos. A partir dos 35 anos de idade, faz rastreamento anual. • Polipose adenomatosa familiar: a partir dos 10 a 12 anos de idade anualmente. Estadiamento A princípio, opera todo mundo que tem CCR, mesmo que tenha metástase, porque por mais que não cure, o CCR tem crescimento lento, então se consegue aumentar a expectativa de vida. Tratamento • Cólon: colectomia + linfadenectomia [pelo menos 12] • QT adjuvante: faz se N positivo. Ou seja, se tiver linfonodo afetado. • Reto o Até T2 [muscular própria] e N0 no reto baixo: excisão local. o Padrão: QT + RT neoadjuvante para reduzir o tamanho do tumor, porque é um órgão pélvico, com técnica cirúrgica muito ruim; depois faz cirurgia + QT adjuvante. A cirurgia do tumor do reto vai depender da localização do tumor. • Distância > 5 cm da borda anal: ressecção abdominal baixa + excisão do mesorreto [está cheio de drenagem linfática do reto], com anastomose colorretal. • Distância < 5 cm da borda anal: ressecção abdominoperineal + excisão do mesorreto. Tem que fazer colostomia definitiva. QUESTÕES 1. Um paciente de 65 anos é referenciado pelo médico generalista, já com o diagnóstico feito por colonoscopia e biópsia de um adenocarcinoma de três centímetros na flexura hepática do cólon transverso. O estadiamento pré-operatório sugere um tumor T3N2M0. O melhor tratamento para essa condição é o seguinte: a. O paciente deve ser submetido a uma colectomia direita com quimioterapia pós-operatória. b. O paciente deve ser submetido a uma colectomia direita ampliada com quimioterapia pós operatória. c. O paciente deve ser submetido a quimioterapia pré-operatória com colectomia transversa. d. O paciente deve ser submetido a uma colectomia total com ileorretoanastomose e quimioterapia pós-operatória. 2. As manifestações mais frequentes dos tumores do cólon direito [até o ângulo esplênico] e do cólon esquerdo são, respectivamente: 2 Louyse Jerônimo de Morais a. Massa palpável, distensão e constipação / massa palpável, distensão e constipação. b. Massa palpável, distensão e constipação / massa palpável, anemia e melena. c. Melena, anemia e fadiga / cólicas abdominais, diarreia alternando constipação e distensão. d. Massa palpável, hematócrito elevado e desidratação / melena, massa palpável e diarreia. e. Dor em cólica, distensão abdominal e constipação / massa palpável, melena e fadiga. 3. Mulher de 69 anos queixa-se de fezes afiladas e perda de peso. Refere episódios de diarreia e sangramento eventual às evacuações. Colonoscopia mostrou lesão ulcerada que ocupa 50% da luz do reto, a 4 cm da borda anal, diagnosticada por biópsia como adenocarcinoma pouco diferenciado. Estadiamento com ressonância de pelve mostra lesão restrita ao reto com linfonodos aumentados em mesorreto. Tomografia de tórax e abdome superior sem alterações. Qual é a conduta? a. Amputação abdominoperineal do reto exclusiva. b. QT e RT exclusiva c. QT e RT seguida de retossigmoidectomia. d. Retossigmoidectomia com QT e RT adjuvantes. 4. Paciente, 72 anos, com queixa de sangramento às evacuações há 3 meses. Refere também cólicas abdominais e fezes afiladas. Nega perda de peso. No exame físico, apresenta ao toque retal uma lesão vegetante no reto, ocupando os quatro quadrantes, a cerca de 4 cm da borda anal, não permitindo a passagem do dedo do examinador, parcialmente fixa. A ressonância de abdome e pelve demonstrou a lesão de reto com cerca de 5 cm de extensão, sem comprometimento ganglionar. Qual a conduta adequada? a. Cirurgia imediata pelo risco de obstrução do tumor b. RT e QT prévias à realização da cirurgia. c. QT paliativa, pois o tumor é muito avançado. d. Colostomia paliativa, pois o tumor está fixo à pelve e. Imunoterapia prévia à cirurgia 5. No câncer de cólon esquerdo, estágio II, a opção de tratamento seria: a. QT e RT neoadjuvante e após colectomia. b. QT pré e após colectomia. c. RT pré e após colectomia d. No estádio II, não há necessidade de tratamento cirúrgico, sendo a neoadjuvância suficiente para melhora do prognóstico. e. Colectomia e, após, QT adjuvante se houver linfonodos acometidos. GABARITO: B, C, C, B, E
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