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Ra ya nn e P ers i Rayanne Persi - ano 2023 - Atenção Primária à Saúde ………………………………………………………………………………………………………………….. → Análise de Métodos Diagnósticos: Como fazemos diagnóstico em geral na medicina, geralmente temos 2 modos. Temos o Reconhecimento de Padrões ou, Raciocínio Diagnóstico Probabilístico; Exemplo: chegou um paciente com vesículas dolorosas, em dermátomos unilateral à esquerda. Só pelo sinais reconhecemos como Herpes Zoster. Logo reconhecemos um padrão , e diagnosticamos a doença, ou seja tem base de um raciocínio determinístico (lesão patognomônica, característica de certa doença). Tem uma acurácia diagnóstica próxima de 100%. Exemplo: se uma mulher de 50 anos, tabagista, com sintomas de climatério há aproximadamente 2 anos, chega na emergência com dor torácica, dispneia, sensação de sufocamento e pensamentos de morte, e faz uso de fluoxetina para sua depressão. Temos uma situação que é menos claro, logo o diagnóstico não é certo de cara, temos um leque de opções do que pode estar acontecendo, logo temos diversas possibilidade de diagnóstico. Nesse caso temos a Probabilidade de um diagnóstico . Mas temos que pensar também, que apesar de suspeitamos de uma doença, nem todas passamos testes e exames. Exemplo: lúpus é bem difícil de acontecer, então descartamos opções mais comum, para depois testarmos lupus. Mas às vezes a probabilidade do diagnóstico é alta, mas não chega a 100%, que temos que pensar em tratar. Exemplo: idoso chega à emergência com dor precordial, tem uma grande probabilidade de estar infartando, logo tratamos direto. Mas e se tivermos uma hipótese diagnóstica intermediária? Que esteja acima do limite dos testes / exames, mais abaixo do tratamento direto. Podemos fazer um teste, caso o resultado seja positivo, vai elevar a probabilidade que seja suficiente para tratamento. Ou, fazemos um teste que dê resultado negativo, não precisando de investigação adicional. Logo, com o Diagnóstico Probabilístico, estamos lidando com probabilidades de doenças. Aí teremos que saber quais testes e quando devemos fazer para alcançarmos um diagnóstico. Ra ya nn e P ers i Rayanne Persi - ano 2023 - Atenção Primária à Saúde Possibilidade de um teste Diagnóstico: Uma das principais maneiras de validar o teste, é a Acurácia (é o percentual de acertos comparados ao total dos testes realizados). Outro método é a Sensibilidade (que é o percentual de acertos entre os doentes). Logo ela vai trabalhar na coluna dos doentes. Alta sensibilidade = é que dentre os doentes a maioria vai ter resultado positivo. Portanto, se a maioria dos doentes tem o resultado positivo, caso o resultado venha negativo, tem pouca probabilidade dele estar doente. Logo a sensibilidade é boa para descartar doenças . Temos também a Especificidade ( que é o percentual de acertos entre os saudáveis). Ou seja, a especificidade está na coluna dos saudáveis. Uma alta especificidade = maioria dos saudáveis tem resultado negativo. Portanto, se o resultado for positivo, é pouco provável que esse indivíduo seja saudável, é mais provável que esteja doente. Logo, a Especificidade é bom para confirmar doenças Curva ROC: É um gráfico que as provas gostam de usar, que serve para determinarmos o ponto de corte de um determinado teste. Exemplo: em um paciente diabetico, a partir de qual ponto de corte de glicemia que vamos afirmar que ele tem diabete? Ra ya nn e P ers i Rayanne Persi - ano 2023 - Atenção Primária à Saúde Como ela funciona? Ela tem no eixo Y, tem a sensibilidade que varia de 0 a 1. E no eixo X temos a especificidade, que também varia de 0 a 1 (é invertida, o 0 significa 100% de especificidade, e 0% é o número 1). Quando temos uma curva que consegue chegar no número 1 da sensibilidade, e 0 da especificidade (ou seja, o canto superior esquerdo), significa que é um teste 100% de Acurácia. Mas, se tivermos uma curva que beira no pontilhado diagonal, exemplo se temos 0,5 de sensibilidade temos 0,5 de especificidade; Esse é um teste inútil, não tem valor diagnóstico, pois, ele não detecta quem é doente / quem é saudável. Ja curvas que não alcançam 100% de acurácia, mas tambem nao estao no 0% de acurácia, eles têm valores intermediários. Logo, nesse corte conseguimos identificar quem é doente e saudável todavia temos um grau de erro. Parâmetros Diagnóstico - Valores Preditivos: ● Positivo - é quando o percentual de acertos entre os que positivaram. Ou seja, ele já realizou o teste (depende da sensibilidade X especificidade, quanto da probabilidade pre testes) ● Negativo - é o percentual de acertos entres os que negativaram. Também é a probabilidade pós teste, mas para ser saudável. Ra ya nn e P ers i Rayanne Persi - ano 2023 - Atenção Primária à Saúde A parte mais difícil é calcular a probabilidade da doença (ou seja, qual é o valor preditivo positivo) é somar a prevalência da doença nesse cálculo todo. Aí temos que aplicar outra fórmula. → Indicadores Epidemiológicos: Vai sempre ser uma relação entre números. É um parâmetro de comparação; Vamos ter diferentes interpretações dos indicadores epidemiológicos dependendo da natureza da relação do numerador e denominador. Logo, teremos praticamente 4 tipos de indicadores epidemiológicos: ● Razão ● Proporção ● Coeficientes ● Índices Razões: É uma divisão entre dois números; Podem ter inclusive, unidades diferentes . Mas com uma lógica na relação desses números; Exemplo: Proporções: O numerador é um subconjunto do denominador ; O numerador e denominador têm a mesma unidade ; Exemplo: E tem que tomar cuidado com as proporções pois em prova cai muita pegadinha nesse contexto. As proporções NÃO DÃO indicadores de risco ! Exemplo: vamos supor que quando falamos em mortalidades proporcional, que em determinado local do total de óbitos, tivemos 20% de mortes por atropelamento, e no ano seguinte ao invés de manter o indicador, agora temos um dado de 30% de morte por atropelamento. E aí podemos cair numa pegadinha, pois, dá a impressão que de um ano para o outro houve um aumento de mortes por atropelamento. Todavia, quando há um aumento proporcional, nós não sabemos se o aumento foi às custas de um aumento de número de óbitos por atropelamento, ou se as causas do número de óbitos por outras causas que diminuíram. Ra ya nn e P ers i Rayanne Persi - ano 2023 - Atenção Primária à Saúde Coeficiente; É um dos indicadores mais importantes da epidemiologia; O coeficiente é a divisão entre um número de pessoas que sofreu um evento, dividido pelo número de pessoas sob o risco de sofrer o evento ; Os coeficientes DÃO indicação de risco ; Coeficientes tem como sinônimos a palavra TAXAS; Temos dois tipos de coeficientes: ● Prevalência → avalia os casos existentes ○ Definição = “É o número de casos existentes queocorrem em um ponto ou período especificado de tempo, e um determinado local dividido pela população sob o risco de adoecer neste mesmo período e local” ○ Ou seja, é o número de pessoas com doença dividido sob a população risco ○ Temos também a prevalência em um determinado ponto, ou em um determinado período; Exemplo: ○ Útil para seguimento de doenças estáveis e com longo tempo de duração; ● Incidência → avalia os casos novos ○ Definição = “É o número de casos novos que ocorrem durante um período especificado de tempo e um determinado local, dividido pela população sob risco de adoecer neste mesmo período e local” ○ Observação: para o indicador fazer sentido, os indivíduos incluídos no numerados devem ter o potencial de virarem parte do denominador ○ Temos 3 tipos de incidência: ○ Tanto o coeficiente tanto de prevalência quanto de incidência são indicadores que dão ideia de risco ○ Quando falamos de risco, temos que ter a noção de Ra ya nn e P ers i Rayanne Persi - ano 2023 - Atenção Primária à Saúde tempo. Exemplo; qual o risco de morrer em tanto tempo. Índices: É uma aproximação do coeficiente. Exemplo: índice de morte materna; que é a quantidade de óbitos em gestantes e mulheres até 42 dias após o parto, dividido por nascidos vivos. Ou seja, só não é coeficiente porque no denominador não é a população sob o risco. → Uso da Incidencia e Prevalencia: Prevalência = dedicado principalmente a doenças crônicas e estáveis na população; Incidência = dedicado principalmente a doenças agudas na população; Existe uma relação comparativa da incidência e prevalência. Temos que pensar que a Prevalência é um grande tanque de casos existentes . A prevalência aumenta de acordo com a incidência, à medida que surgem casos novos, vai aumentando o número de casos existentes. Como também a Imigração, se vierem pessoas doentes de outros lugares, vai aumentar o número de casos, aumentando assim a Prevalência. E essa prevalência diminui de acordo com o número de mortes, quantidade de pessoas curadas, e também com as emigrações . O que tem caído bastante em prova é o caso de que tem um tratamento, que aumenta a sobrevida da população, mas não leva a cura do indivíduo. Exemplo: HIV. Logo, esse caso gera um aumento da prevalência. Em um caso hipotético em que não há entrada de Imigrações, e nem a diminuição da prevalência. Vamos dizer que a prevalência é 100% dependente da incidência. Logo quando temos uma população estável, podemos utilizar uma fórmula:
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