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Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 1 anamnese A relação médico-paciente deve ser construída desde o momento de apresentação Cuidado com ar de julgamento Presença de acompanhante é a critério do paciente (exceção = incapacitados) Na GO, cirurgias abdominais são significativas para a história clínica → bridas como DD da DIP Antecedentes familiares, em especial neoplasias ginecológicas, precisam de grau de parentesco, idade do diagnóstico e, se necessário, falecimento Anamnese ginecológica pode ser dividida em 3 grupos: antecedentes ginecológicos menstruais, sexuais e obstétricos Menstruais = menarca, data da última menstruação (aconselhar a paciente a registrar início e duração de cada ciclo), caracterizar ciclo menstrual (intervalo – habitual é de 21 a 35 dias –, duração – habitual é de 2 a 8 dias – e sintomas associados – serve para caracterizar a influência do ciclo no bem-estar) Sexuais = orientação sexual (serve para guiar as perguntas subsequentes), início da atividade sexual (algumas ISTs têm maior relação com início precoce), uso de método contraceptivo (questionar qual, por quanto tempo usa e se está ou não bem adaptada), número de parceiros e se tem parceiro fixo no momento (permite entender o risco de contaminação), ISTs prévias e tratamentos, libido, orgasmo (questionar sobre alteração no grau de resposta – em geral, está relacionada a condições psíquicas), dispareunia (dor pode ser de penetração ou profundidade), sinusinorragia (sangramento após relaç.) Obstétricos = número de gestações (deve sempre especificar se resultaram em parto – caracterizar o tipo – ou aborto – caracterizar se espontâneo ou provocado) o Deve-se registrar intercorrências nas gestações e / ou partos e, se queixa de aborto, necessidade de intervenção médica e possíveis complicações o Se houver confirmação de parto, questionar sobre amamentação, período e complicações Conceitos: Hipomenorreia = diminuição do número de dias e / ou da quantidade de fluxo Hipermenorreia / menorragia = aumento do número de dias e / ou fluxo menstrual Polimenorreia = diminuição do intervalo do fluxo menstrual menor de 21 a 25 dias Oligomenorreia = aumento do intervalo do fluxo menstrual superior a 35 dias Metrorragia = sangramento irregular e totalmente desperiodizado, sangramento irregular e acíclico Na anamnese ginecológica, deve-se questionar também os antecedentes mamários, como o desenvolvimento das mamas, se há queixas e / ou tratamentos prévios, e se já realizou exames de imagem ou biópsias Questionamento sobre secreção vaginal deve ser cuidadoso para não sugestionar a paciente Não se deve tratar secreções fisiológicas para não criar resistência da microbiota Sintomas urinários ou gastrointestinais devem ser questionados pelo ginecologista (pode haver alteração da microbiota) exame ginecológico Exame das mamas pode ser dividido em 4 partes: inspeção estática, inspeção dinâmica, palpação e expressão (não é rotina) Estática = avaliar número de mamas, aréolas e papilas; tamanho, coloração e simetrias; alterações na pele, lesões, presença de abaulamentos ou retrações; mamas ou aréolas supranumerárias o Paciente deve ficar sentada na maca, de frente ao examinador, e com os braços ao lado do corpo Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 2 Dinâmica = realizar manobras que levem a contração do músculo peitoral maior (mãos acima da cabeça e mãos na cintura comprimindo o quadril ou com cotovelo para frente – contração do ligamento de Cooper) para evidenciar retrações ou abaulamentos Palpação de cadeias linfonodais (axilar e fossas supraclaviculares) e mamária o Técnica de Bailey = examinador de frente para o paciente, apoiar braço ipsilateral no próprio braço ou no ombro (paciente não deve fazer força), palpação com a mão contralateral deve levar o tecido em direção às costelas o Palpação mamária = paciente em decúbito dorsal com a mão atrás da cabeça (pode ser uma de cada vez ou ambas), bimanual nos 5 quadrantes (circular ou raios – o 5º quadrante é o centro), técnica de Velpeaux (face palmar deve realizar movimentos circulares) ou Bloodgood (dedilhar a mama como se fosse um piano) Expressão = compressão suave da aréola e da papila (deve-se evitar manobras que comprimam energeticamente e priorizar queixas de descarga papilar espontânea) O exame ginecológico inclui o exame abdominal, devendo a paciente estar em decúbito dorsal horizontal, com o abdômen totalmente exposto e o examinador ao lado direito da paciente Exame pélvico: paciente em posição de litotomia ou ginecológica (nunca deve pedir para paciente “abrir as pernas”), preferencialmente de bexiga vazia, e despida com avental e lençol cobrindo-a Sempre avisar e explicar tudo aquilo que for fazer para que ela se sinta segura Começar sempre pela inspeção externa o Observar vulva, grandes lábios, pequenos lábios, clitóris e uretra o Avaliar lesões, alteração de pele, prolapsos genitais, secreções ou outras alterações o Dependendo da queixa pode-se solicitar a realização da manobra de Valsalva (identifica prolapsos e incontinência de esforço) Inspeção interna é feita com o exame especular (espéculo de Collins expõe colo uterino e paredes vaginais, permitindo a avaliação do conteúdo vaginal, trofismo e aspecto das rugosidades) o Em pacientes virgens, se houver necessidade de exame especular, utiliza-se o espéculo de Pederson (possui diâmetro mais fino) o Introdução com espéculo fechado e ligeiramente oblíquo (45º) Introdução começa sobre a fúrcula para evitar que se lesione a uretra Rotacionar para que as pás fiquem paralelas às paredes da vagina Direcionar em direção ao cóccix (posteriormente) Para abrir, é preciso que rotacione a borboleta no sentido horário com uma das mãos, enquanto a outra segura o aparelho Retirada é dinâmica (vai fechando e retirando) Toque vaginal pode ser uni ou bidigital, e deve avaliar a amplitude, elasticidade e rugosidade da vagina; consistência do e mobilização (colocar o colo entre 2 dedos) do colo uterino; e presença de dor o A mão que não está realizando o toque, deve ser colocada sobre o hipogástrio pra que seja possível identificar a posição do útero, a localização do fundo uterino (com a mão do toque, empurrar o colo anteriormente), característica de anexos (habitual é que não sejam sentidos) e se há dor à palpação Toque retal é realizado só em situações especiais, e unidigitalmente Ao final do exame, não esquecer de registrar a impressão diagnóstica, se haverá algum exame solicitado e qual, a conduta a ser tomada, se há terapêutica, quais são as revisões necessárias e a data de conclusão do atendimento
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