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Transtornos de Humor e Farmacologia

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Lara Mendonça Oliveira 2023
→ Humor: emoção mantida; somatório de emoções e sentimentos presentes na consciência do
indivíduo em determinado momento;
→ Transtorno de humor: condições clínicas nas quais há uma perturbação no humor, do tipo
depressão ou mania;
→ Etiologia multifatorial
● Psicológico
○ capacidade de lidar com estresse;
○ abuso ou negligência na infância;
○ perdas;
● Biológico
○ sistema límbico;
○ eixos endócrinos;
○ anormalidade de sono;
● Ambientais
○ substâncias psicoativas;
● Genética
○ herança
Lara Mendonça Oliveira 2023
→ Alguns neurotransmissores ajudam a controlar as emoções. Os principais mensageiros são a
serotonina, noradrenalina e dopamina, seus níveis aumentam ou diminuem → quando os
neurotransmissores encontram-se em “equilíbrio”, sentimos emoção “certa”, quando
desequilíbrio, alguém está deprimido.
→ Noradrenalina: atenção, motivação. prazer, recompensa;
→ Dopamina: estado de alerta;
→ Serotonina: obsessivo-compulsivo
Quando os neurotransmissores estão na fenda pós sináptica (após atuação nos receptores), vão
ser recaptados por um transportador que faz a passagem da substância para o interior do
neurônio, ao chegar, a substância vai ser degradada pela enzima monoaminoxidase e iniciar
novamente o ciclo → se houver bloqueio da recaptação (MAO), vai aumentar a quantidade de
substâncias na fenda, e a quantidade de MAO dentro do neurônio que vai sair novamente para a
fenda sináptica → aumentando a quantidade de substâncias na fenda, vai haver um estímulo a
mais nos receptores pós sinápticos e nos pré sinápticos.
→ Farmacocinética
● medicamentos disponíveis para adm via oral;
● metabolizados pela via hepática;
● excreção renal;
→ Mecanismo de ação
● ISRS: bloqueiam a recaptação de serotonina, aumentando sua neurotransmissão → com
o uso crônico do antidepressivo, o paciente vai ter necessidade de que a dose seja
aumentada, progressivamente, pela desestabilização de receptores. Os ISRSs bloqueiam
a captação de serotonina, levando ao aumento da concentração do neurotransmissor na
fenda sináptica. Os antidepressivos, incluindo os ISRSs, em geral precisam de 2
semanas para produzir melhora significativa no humor, e o benefício máximo pode
demorar até 12 semanas ou mais. Os pacientes que não respondem a um antidepressivo
Lara Mendonça Oliveira 2023
podem responder a outro, e aproximadamente 80% ou mais respondem a pelo menos um
antidepressivo.
● Antidepressivos tricíclicos: inibem a recaptação de noradrenalina e serotonina,
aumentando o nível dos dois neurotransmissores
→ Muita oferta de dopamina no corpo, o fármaco tem a ação de bloquear os receptores
→ Uso/abuso de drogas = gatilhos
Reações extrapiramidais, movimentos alterados, desconforto do paciente (junção de sintomas), é
o resultado das alterações nos receptores de dopamina em outros neurotransmissores
(acetilcolina→ importante efeito nos movimentos);
→ Indicações clínicas: esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão resistente ao tratamento,
depressão psicótica;
● Agentes de 1ª geração - típicos: clorpromazina, haloperidol;
● Agentes de 2ª geração - atípicos: olanzapina, quetiapina, risperidona, clozapina,
aripiprazol.
→ Farmacocinética
● rápida absorção
● metabolismo de primeira passagem;
● altamente lipossolúveis;
● alta ligação às proteínas plasmáticas.
→ Mecanismo de ação: o principal mecanismo de ação vai ser bloquear receptores
dopaminérgicos. Dopamina vai para a fenda atuar nos receptores e vai ocorrer a não ligação
dos receptores pelo bloqueio dos antipsicóticos, como ele é antagonista, se liga e não acontece
resposta celular → os antipsicóticos podem se ligar a receptores colaminérgicos,
alfa-adrenérgicos, dopaminérgicos e histamina, Normalmente os típicos se ligam mais aos
receptores de dopamina, tem uma maior afinidade.
→ Os atípicos se ligam menos aos receptores dopaminérgicos, ou seja, menor probabilidade de
causar uma reação extrapiramidal, mas podem causar outros efeitos, pois se ligam mais a
receptores de serotonina e histamina, podendo gerar aumento de peso, alterando o metabolismo
dos carboidratos e lipídios,
Lara Mendonça Oliveira 2023
→ Efeitos adversos: sonolência, inquietação, síndrome de parkinson típica (movimentos sem
controle), elevação da prolactina (exceto aripiprazol; olanzapina e quetiapina→ elevações
mínimas da prolactina), ganho de peso, boca e olhos ressecados e constipação; ocorre
sonolência devido à depressão do SNC e aos efeitos anti-histamínicos, em geral durante as
primeiras sema- nas de tratamento. Às vezes, observa-se confusão. Outros podem bloquear os
receptores adrenérgicos α, resultando em redução da pressão arterial e hipotensão ortostática.
Os antipsicóticos deprimem o hipotálamo, afetando a termor- regulação e causando amenorreia,
galactorreia, ginecomastia, infertilidade e disfunção erétil. Aumento significativo da massa
corporal com frequência é motivo para a não adesão ao tratamento. Deve-se controlar a glicemia
e a lipidemia dos pacientes que tomam antipsicóticos de segunda geração, pois eles têm
potencial de aumentar essas variáveis laboratoriais e podem agravar o dia- betes melito ou a
hiperlipidemia preexistente.
→ Associação de fármacos
● Estados não maníacos de excitação: antipsicóticos + benzodiazepínicos;
● Depressão psicótica: antipsicóticos + antidepressivos;
→ Contraindicações: Todos os antipsicóticos podem baixar o limiar convulsivo e devem ser
usados cautelosamente em pacientes com convulsões ou que têm esse risco aumentado, como
na abstinência ao álcool. Esses fármacos também recebem a advertência de que aumentam a
mortalidade quando usados em pacientes idosos com transtornos comportamentais
relacionados à demência e à psicose. O uso de antipsicóticos em pacientes com transtornos do
humor deve ser monitorado quanto ao agravamento do transtorno e às ideias e aos
comportamentos suicidas.
→ Tratamento de manutenção: pacientes que apresentaram dois ou mais episódios psicóticos
secundários à esquizofrenia devem receber tratamento de manutenção por pelo menos 5 anos, e
alguns especialistas preferem indicar tratamento por tempo indeterminado. No tratamento de
manutenção para prevenir recorrências, doses baixas de antipsicóticos não são tão eficazes
como doses maiores. A taxa de recaídas pode ser menor com os fármacos da segunda geração.
Lara Mendonça Oliveira 2023
→ Crises:
● focais (simples/complexas);
● generalizada (perda de consciência/sem memória)
○ tônico-clônica;
○ ausência;
○ mioclônica;
○ tônica;
○ atônica;
● desconhecida
○ espasmos epiléticos
→ As crises generalizadas podem iniciar localmente e então avançar, incluindo descargas
elétricas anormais pela totalidade de ambos os hemisférios cerebrais. As crises generalizadas
primárias podem ser convulsivas ou não convulsivas, e o paciente normalmente apresenta perda
imediata da consciência.
1. Tônico-clônicas: Essas crises resultam em perda da consciência, seguida das fases
tônica (de contração contínua) e clônica (de contração e relaxamento rápidos). A crise pode ser
seguida por um período de confusão e exaustão, devido à depleção de glicose e dos estoques
energéticos.
2. Ausências: Essas crises envolvem uma perda breve, abrupta e autolimitante da
consciência. Em geral, iniciam-se em pacientes de 3 a 5 anos de idade e perduram até a
puberdade ou mais. O paciente permanece com o olhar fixo e pisca rapidamente, o que dura de
3 a 5 segundos. A crise de ausência tem um pico muito distinto de 3 picos de registro de
atividade elétrica no EEG por segundo e descarga em ondas vista no eletrencefalograma (EEG).
3. Mioclônicas: Essas crises consistem em episódios curtos de contração muscular que
podem recorrer por vários minutos. Em geral, elas ocorrem após o despertar e se revelam como
breves contrações espasmódicas dos membros. As crises mioclônicas ocorrem em qualquer
idade, mas em geral iniciam na puberdade ou no adulto jovem.
Lara Mendonça Oliveira 2023
4. Clônicas: Essas crises consistem em episódios curtos de contração muscular que podem
parecer muito com crises mioclônicas.A consciência está mais comprometida nas crises
clônicas em comparação com as mioclônicas.
5. Tônicas: Essas crises envolvem aumento do tônus nos músculos extensores e, em geral,
duram menos de 60 segundos.
6. Atônicas: Também chamadas de ataques de queda, essas crises se caracterizam pela
perda súbita de tônus muscular.
→ Fármacos: fenitoína, carbamazepina, oxcarbazepina, fenobarbital, gabapentina, pregabalina,
topiramato, ácido valpróico, benzodiazepínicos.
Mecanismo de ação: anticonvulsivante tem a função normalmente de estimular vias do sistema
nervoso (GABA - via inibitória) → aumenta a quantidade de íons CL- que vai estar na célula,
causando hiperpolarização, consequentemente não tem a formação do estímulo. Receptor GABA
→ aumenta a liberação GABA → bloqueia os canais de sódio (excitatórios) → diminui a entrada
de cálcio → diminuição da liberação sináptica do glutamato.
→ Geralmente se há aumento da quantidade de enzimas e metabolização do outro
medicamento, vai causar interferência na excreção do medicamento (aumenta) mais rápido que
o necessário, fazendo com que o efeito clínico diminua.
→ Fenitoína (não é o mais usado/injetável e cp 100mg): bloqueio de canais de sódio → aumento
da liberação do GABA → diminuição da liberação do glutamato → inibição do influxo de cálcio.
→ Carbamazepina (1ª opção de alguns protocolos - trat de crianças): bloqueio de canais de
sódio → induz enzimas microssomais → risco grande de interação medicamentosa.
→ Oxcarbazepina: bloqueio de canais de sódio → menos indução das enzimas hepáticas,
menos interações → menos potente que a carbamazepina.
Lara Mendonça Oliveira 2023
→ Fenobarbital: bloqueio de canais de sódio → induz as enzimas do citocromo P450 (interação
medicamentosa). Dose tóxica é muito próxima à dose terapêutica.
→ Topiramato: tratamento de enxaqueca → bloqueio nos canais de sódio → aumento de GABA;
→ Ácido Valpróico (xarope e cp): profilaxia da enxaqueca → efeito sob as correntes de sódio →
bloqueio da excitação mediada pelo receptor NMDA (receptor ionotrópico ativado pelo ácido
glutâmico) → inibe as enzimas do citocromo P450.
→ Gabapentina: dor neuropática → diminui a entrada de cálcio → diminui a liberação sináptica do
glutamato → não induz enzimas hepáticas, menos interações.
→ Pregabalina: mesma ação que a gabapentina.
→ Benzodiazepínicos: diazepam, clonazepam, nitrazepam.
Gabapentina e Pregabalina são análogos do GABA (não se ligam), modificam a liberação do
neurotransmissor.
PARKINSON
→ concentração da dopamina reduzida;
→ fármacos → restaurar a atividade dopaminérgica → levodopa, amantadina, selegilina.
Esses medicamentos têm o foco/mecanismo de tentar aumentar a quantidade de dopamina, seja
pelas vias de formação, seja por aumentar a quantidade de dopamina para que o receptor seja
estimulado positivamente.
→ Levodopa: estimula os receptores de dopamina (aumenta a oferta de dopamina no organismo,
estimulando os receptores)
→ Amantadina: síntese, liberação ou recaptação de dopamina
→ Selegilina: inibidor da monoaminoxidase
Reações adversas: insônia, agitação, depressão, alucinação, delirio.
Farmacocinética: levodopa sempre vai vir associado a outra substância, que promove a inibição de
degradação da levodopa, pois, quando administrada, leva a formação de dopamina. Quando há a
produção de dopamina através da levodopa, a medicação pode ser degradada, tanto no
gastrointestinal quanto no tecido pela dopacarboxilase (enzima) → sendo associada a outra
substância, bloqueia a degradação e a levodopa consegue chegar mais “inteira” na corrente
sanguínea, para se transformar em dopa e consequentemente levar a formação de dopamina, que
vai gerar essas atividades de receptores.

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