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Recomendações nutricionais para populações especiais Parte 1: Atletas e praticantes de atividades físicas vegetarianos, crianças e adolescentes N U T R I Ç Ã O E S P O R T I V A – S D E 3 9 4 7 P r o f ª J Ú L I A C AN TO N U T R I C I O N I S TA ATLETA VEGETARIANO Tipos de vegetarianismo 4 Lipídios séricos Controle de peso DCV HAS DM2Risco de Câncer Benefícios para a saúde Benefícios para a saúde 5 Geralmente associados à maior preocupação com a saúde que motiva a transição para o vegetarianismo, impactando em uma melhor escolha de alimentos. Logo, benefícios mais associados ao padrão alimentar adotado do que a restrição de alimentos de origem animal. Aumento do consumo de vegetais (fibras, antioxidantes, micronutrientes). Redução da ingestão de gorduras saturadas e colesterol. Benefícios para a saúde 6 Fitato • Encontrado em grandes concentrações nos cereais e leguminosas e, em menores, em alguns vegetais. Biodisponibilidade de Ca, Mg, Zn, Fe Oxalato Biodisponibilidade de Cálcio • Alimentos com elevada quantidade: Espinafre e Carambola • Oxalato solúvel: cereais (arroz, trigo, centeio, aveia, cevada, milho) e farináceos. Efeito do processamento nos fatores antinutricionais FITATO Fazer o remolho das leguminosas Tratamento térmico Aminoácidos essenciais Proteínas de alto valor biológico (AVB) → possuem todos aminoácidos essenciais e boa digestibilidade, ou seja, que são altamente aproveitadas pelo organismo. o PTNs de alto valor biológico geralmente encontradas em alimentos de origem animal → ausência de fatores antinutricionais o Combinação de vegetais podem fornecer proteínas completas. Leguminosas (insuficiente em metionina, ricas em lisina) Cereais (insuficiente em lisina, ricos em metionina) Não precisam ser ingeridos na mesma refeição, mas sim no mesmo dia! Valor biológico das proteínas PDCAA Cereais: arroz, milho, trigo, aveia, centeio, cevada Leguminosas: feijões, ervilha, grão de bico, lentilha, soja Síntese proteica Para o estímulo adequado à síntese proteica muscular, é preciso a presença de todos os aminoácidos essenciais, em especial a leucina. Journal of Food Science, 2015, 80(S1), A8–A15 Entretanto, se ajustarmos a quantidade de proteína vegetal (aprox. o dobro), obtemos quantidades suficientes de leucina para promover o mesmo estímulo à síntese proteica. 14 Adequação de proteínas na dieta vegetariana Sports Medicine (2021) 51 (Suppl 1):S59–S74 Adequação de proteínas na dieta vegetariana 15 VITAMINA B12 CÁLCIO ZINCO FERRO VITAMINA D micronutrientes Único que requer suplementação por quem não faz uso diário de ovos e laticínios e para os vegetarianos estritos. Exposição solar continua sendo a melhor forma de obter essa vitamina. Vitamina B12 (cobalamina) Único nutriente que pode estar completamente ausente nas dietas vegetarianas, pois só está presente em alimentos de origem animal → SUPLEMENTAÇÃO o Plantas não necessitam de B12 para seu crescimento e desenvolvimento, por isso não a incorporam. o Algas (nori, chlorella), alimentos fermentados, levedura e espirulina não são boas fontes de B12, exceto os enriquecidos. o Mesmo os vegetarianos que consomem ovos e lácteos devem ser avaliados para verificar adequação. o O nível seguro de vitamina B12 deve ficar sempre > 490 pg/mL. CÁLCIO o As principais fontes para os vegetarianos são os vegetais folhosos verde escuros. o Hoje, muitas bebidas vegetais são enriquecidas com cálcio o Oxalato→ principal fator antinutricional que reduz a absorção de cálcio → espinafre, acelga, folhas de beterraba e cacau. → Evitar consumir nas refeições ricas em cálcio, mesmo após tratamento térmico. o Fitato→ deixar os grãos de molho. o Sódio → a cada 2,3g consumido, são eliminados 40-60mg de cálcio na urina. CÁLCIO CÁLCIO CÁLCIO (SVB, 2019) FERRO Não HemeHeme Carne bovina, frango e peixe (40% heme e 60% não heme) Cereais, leguminosas e outros vegetais, ovos, leite, carne. BIODISPONIBILIDADE DE FERRO Inibem Melhoram Cálcio* Ácido ascórbico Fibra alimentar Álcool Oxalatos Ácidos orgânicos Fosfatos Aminoácidos Polifenóis Proteína de carne Proteína de soja e ovo *Afeta tanto a forma heme como a não heme. FERRO o A biodisponibilidade média de ferro na dieta vegetariana é de 5 a 12%, contra 14 a 18% na dieta onívora. o Para absorvermos 1 a 2 mg de ferro, seria importante a ingestão de 5,5 a 11,1 mg de ferro na dieta onívora e 8,3 a 16,6 mg na dieta vegetariana. o DRIs sugerem que seja prescrito para o vegetariano o dobro do que prescreveria para o onívoro. Ferro Vitamina C Ferro ZINCO o As fontes desse nutriente para os vegetarianos incluem grãos, cereais e sementes. o Fitato→ principal fator anti-nutricional. o O cálcio não tem efeito inibitório direto sobre a absorção do zinco, mas pode potencializar o efeito inibitório do ácido fítico. Enquanto a vitamina C e a proteína podem reduzir o efeito do ácido fítico. ZINCO o A dieta vegetariana costuma apresentar teor moderado de absorção de zinco (30 a 55%). o Mas, por segurança, as DRIs fazem recomendações como se fossem de baixa biodisponibilidade. o Por isso, a recomendação de prescrição é 50% maior que a dos onívoros. ZINCO ZINCO (SVB, 2019) Ômega 3 o Ácido alfa linolênico (ALA) o Ácido eicosapentaenoico (EPA) o Ácido docosahexaenoico (DHA) ALA (vegetal) precisa ser convertido em EPA e DHA Ômega 3 As DRIs preconizam o dobro de W3 para vegetarianos em comparação a onívoros. Mas a ingestão de W3 do onívoro costuma ser insuficiente. Portanto, a necessidade de adequação é igual para ambos! Ômega 3 Grupo alimentar (2000 kcal) Porções (onívoro) Porções (vegetariano) Cereais, tubérculos e raízes 6 6 Feijões 1 4,5 (min. 2) Frutas 3 3 Legumes e verduras 3 3 Leite e derivados 3 3 Carnes e ovos 1 0 Óleos, gorduras e oleaginosas 1 1 Açúcares e doces 1 1 ADEQUAÇÃO DA DIETA VEGETARIANA Atletas vegetarianos Lewis Hamilton Sergio Agüero Serena Williams ATLETA CRIANÇA E ADOLESCENTE INFÂNCIA • 6 a 10 anos • Ritmo de crescimento constante, ganho de peso mais acentuado → estirão • Período com mais independência e socialização → escolhas alimentares adolescência • 10 a 19 anos • Rápido desenvolvimento físico, psicológico, cognitivo, afetivo e social • Estirão, composição corporal, desenvolvimento dos órgãos e características sexuais • Necessidades nutricionais → pico máximo de ingestão calórica → aumento apetite • Hábitos menos saudáveis, sedentarismo, lanches e alimentos hipercalóricos • Dietas da moda, distúrbios alimentares e deficiências alimentares podem ocorrer Adolescentes engajados em esportes parecem apresentar um comportamento alimentar mais saudável. Avaliação nutricional em ATLETAS JOVENS ANTROPOMETRIA: • Peso, altura, idade e gênero o Peso para idade o IMC para idade o Estatura para idade • Dobras cutâneas: tricipital e subescapular • Circunferências: braço e abdominal → obesidade e risco de doenças metabólicas AVALIAÇÃO DIETÉTICA • Desafios nesse público • Crianças e adolescentes têm dificuldade ou podem ser incapazes de estimar corretamente o tamanho das porções consumidas. • Especialmente em crianças: vocabulário incompleto, ingredientes desconhecidos, dificuldade de recordar os alimentos ingeridos, principalmente quando é muito variável no dia a dia. • Conflitos da adolescência e pressão sofrida por jovens atletas pode levar a relato incorreto do consumo alimentar. Avaliação nutricional em ATLETAS JOVENS Estratégia: usar manual fotográfico -> em jovens atletas, é fundamental ser preciso nas quantidades! PARTICULARIDADES DOS ATLETAS JOVENS • Maior necessidade proteica para satisfazer os requerimentos do crescimento. • Maior requerimento de cálcio devido ao crescimento ósseo. • Maior custo metabólico no movimento durante a execução do exercício. • Maior uso de gordura durante o exercício. • Diferenças na concentração de eletrólitos perdidospor meio do suor. • Desidratação mais perigosa em crianças do que em adultos NECESSIDADES ENERGÉTICAS GEB → GET Fator atividade por hora! • Multiplicar o fator pelo nº horas que passa realizando a atividade • Somar todos os valores e dividir por 24h • Encontrará o fator atividade diário NECESSIDADES ENERGÉTICAS GEB → GET Além disso, acrescentar o gasto energético do exercício físico nos dias em que a criança realiza essa atividade. NECESSIDADES ENERGÉTICAS GEB → GET Se houver necessidade de redução de peso, deve ser gradual e não ultrapassar 1,5% do PC/semana macronutrientes CARBOIDRATO: • Estoque menor em crianças em comparação a adultos • Enzimas glicolíticas podem não estar totalmente desenvolvidas • 5 a 8 g/kg/dia • 10 g/kg após treino intenso -> recuperação • Ingestão adequada -> estoques de glicogênio, maior resistência e retardo da fadiga • Não há evidências sobre supercompensação ou ciclo de carboidratos para essa faixa etária macronutrientes LIPÍDIO: • Crianças oxidam mais gorduras como fonte de energia em comparação a adultos. • Apesar de usarem mais gordura, não é indicado uma ingestão aumentada do que o recomendado. • Consumo excessivo pode inibir secreção de GH • Consumo insuficiente pode prejudicar absorção de vitaminas lipossolúveis • 20 a 35% VET sendo < 10% saturada macronutrientes PROTEÍNA: • Necessidade maior em comparação a adultos → crescimento • SBME recomenda: • 1,6 a 1,7 g/kg/dia para jovens com objetivo de aumento de MM • 1,2 a 1,6 g/kg para exercícios de resistência HIDRATAÇÃO • Hidratação é essencial para termorregulação e manutenção do desempenho • Consequências da hipertermia podem ser graves para crianças • Apresentam menor taxa de sudorese em comparação a adultos, mas se desidratam de forma semelhante (máx. 350-400 ml/hora/m²) • Palatabilidade é importante nessa faixa etária para estimular hidratação → sódio (20 a 25 mEq/L) e carboidrato (6%) HIDRATAÇÃO • PRÉ-EXERCÍCIO: 250 a 500 mL cerca de 2h antes • DURANTE: iniciar aos 15 min. e ingerir a cada 15-20 min, totalizando 500 a 2L/hora • Duração >1h ou intensa -> deve repor 30-60g de CHO e 0,5-0,7g/L de Sódio. • Temperatura da bebida: 15 a 22ºC • PÓS-EXERCÍCIO: manter a ingestão adequada para compensar as perdas pela urina e sudorese + 50g de carboidrato nas primeiras 2h micronutrientes CÁLCIO: • Manter o balanço mineral e promover crescimento ósseo adequado • Consumo adequado: crescimento, prevenção de fraturas, redução do risco futuro de osteoporose • Meninas atletas com amenorreia -> redução na densidade óssea • Cerca de 26% do crescimento ósseo acontece na adolescência -> DRI sugere consumo maior nessa fase da vida -> 1.300 mg/dia • Atenção aos níveis de vitamina D micronutrientes FERRO: • Quanto menor o nível, pior o desempenho esportivo ( transporte de O2) • Necessidades aumentadas pelo crescimento • Adolescentes do sexo feminino: grupo com maior risco de deficiência -> menstruação, consumo inadequado • Exercício e fase de estirão causam aumento do volume plasmático -> pode mascarar deficiência de ferro na adolescência micronutrientes ZINCO: • Necessária a atenção ao consumo desse micronutriente • Fundamental para o crescimento na infância e adolescência • Construção e reparação de tecidos musculares • Coenzima na produção de energia Micronutrientes - Minerais Micronutrientes - vitaminas Pressão dos treinadores, familiares e time Competição Pressão estética Distúrbios alimentares Conciliar com estudos, lazer e vida social Conciliar com conflitos típicos da idade Recomendações nutricionais para populações especiais Parte 2: Atletas e praticantes de atividades físicas idosos e mulheres N U T R I Ç Ã O E S P O R T I V A – S D E 3 9 4 7 P r o f ª J Ú L I A C AN TO N U T R I C I O N I S TA ATLETA idoso Atrofia muscular no envelhecimento Atrofia muscular no envelhecimento Perda de massa muscular Diminuição da estatura Diminuição da densidade mineral óssea Gordura visceral e mioesteatose COMPOSIÇÃO CORPORAL Mioesteatose “Marmorização muscular” Gordura visceral COMPOSIÇÃO CORPORAL GEB 30% da SP RESISTÊNCIA ANABÓLICA MIOESTEATOSE “MARMORIZAÇÃO MUSCULAR” GORDURA VISCERAL RESISTÊNCIA À INSULINA Composição corporal Mioesteatose Redução de fibras tipo II Miosina e motoneurônios • Gordura visceral e mioesteatose • Redução de massa óssea e muscular • Redução da qualidade e da função muscular • Menor TMB • Alterações hormonais • Anorexia • Resistência anabólica e insulínica • Disfunção mitocondrial • Processos infamatórios e imunológicos Metabolismo do idoso Redução da força muscular + Perda de massa muscular esquelética + Baixo desempenho físico Doença muscular Autonomia e Independência sarcopenia TRIAGEM sarcopenia AVALIAÇÃO DA FORÇA sarcopenia AVALIAÇÃO DA MASSA sarcopenia AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FÍSICO sarcopenia 1) SARCOPENIA PROVÁVEL: redução da força muscular; 2) SARCOPENIA CONFIRMADA: redução de força e massa muscular e 3) SARCOPENIA SEVERA: redução de força e massa muscular e baixo desempenho. sarcopenia Alterações de marcha, postura e equilíbrio • Menor amplitude de movimentos • Passos mais curtos e lentos • Tendência a arrastar os pés • Base de sustentação ampliada e centro de gravidade se adianta (equilíbrio) QUEDA ✓CAPACIDADE FUNCIONAL ✓SOBREVIVÊNCIA ✓MOBILIDADE ✓AUTONOMIA ✓SAÚDE MENTAL ✓Síntese proteica ✓Nº miofibrilas ✓Secção transversa ✓ IGF-1 e mTOR ✓Células satélites ✓Mioesteatose ✓Saúde mitocondrial Benefícios do exercício para o idoso ✓300 min aeróbico por semana ✓2 a 3 sessões de musculação por semana • 8 a 10 exercícios para os grandes grupos musculares • 80% da carga para 1 RM ✓equilíbrio e flexibilidade Benefícios do exercício para o idoso Benefícios do exercício para o idoso ESTIMULO AO METABOLISMO E RENOVAÇÃO ÓSSEA Carga mecânica Sinalização Mineralização Óssea Mecanotransdução gasto energético do idoso MENOR TAXA METABÓLICA BASAL + ESTADO CATABÓLICO • Resistência anabólica • Menor absorção e aproveitamento de nutrientes • Estado inflamatório FAO – OMS (2001) EER – DRIS (2005) HARRIS & BENEDICT (1919) Fórmulas: Tendência a subestimar ou superestimar CALORIMETRIA INDIRETA (padrão-ouro) PROTEÍNAS 1,2 a 1,6 g/kg/dia / • 30-35g por refeição • 10g de AAE • 3 a 4g leucina WHEY PROTEIN: 10 a 12% de Leucina NECESSIDADES proteicas do idoso • Alterações no sistema renal • Redução da percepção de sede MAIOR RISCO DE DESIDRATAÇÃO 70kg 30 anos 70kg 70 anos Hidratação do idoso MENOR PERCEPÇÃO DE SEDE + ALTERAÇÕES FISIOLOGIA RENAL MAIOR REQUERIMENTO DE ÁGUA TENDÊNCIA À HIPOHIDRATAÇÃO DRI – AI: 2,0L (M) e 2,5L (H) ESPEN (2018): 1,6L (M) e 2,0L (H) FÓRMULA DE BOLSO: 30 – 40 ml/kg/dia Hidratação do idoso DICAS PARA AUMENTAR O CONSUMO DE LIQUIDOS • Água saborizada (limão, gengibre). • Aumentar o consumo de vegetais que tenham alto teor de água (melancia, abacaxi, tomate...) • Aumentar o teor de água na hora de preparar sopas, vitaminas, caldos... • Sempre oferecer! NÃO PRECISA SER SÓ ÁGUA! contagem chás, sucos, água de coco, leite, café... Hidratação do idoso MULHER ATLETA IMAGEM CORPORAL E DISTÚRBIOS ALIMENTARES NA MULHER ATLETA • Frequente em modalidades em que o peso, forma física ou beleza são destaque • Ginástica, balé clássico, patinação artística etc. Redução da ingestão alimentar: → Deficiência de nutrientes, fadiga, desidratação → Comprometimento do desempenho e da saúde → Efeitos à longo prazo IMAGEM CORPORAL E DISTÚRBIOS ALIMENTARES NA MULHER ATLETA Baixo peso + Treinamento intenso Distúrbios hormonais Osteoporose, fraturas Queda do desempenho + Longo período de recuperação Diminuição da vida útil da alteta Manejo do peso corporal de mulheres atletas vitaminas PARA A MULHER ATLETA • Complexo B → manter ingestão adequada de carboidratos e proteínas (fontes naturais) • Vitamina D → exposição solar, suplementação • Antioxidantes:vitaminas A, C e E, betacaroteno → papel na proteção das membranas celulares contra radicais livres (aumentados no exercício) → priorizar alimentos fonte e cuidado com suplementação MINERAIS PARA A MULHER ATLETA - CÁLCIO • Metabolismo ósseo • Maior predisposição à osteoporose em mulheres • Níveis adequados de vitamina D são necessários • Recomendações para atletas com distúrbios nutricionais, amenorreia ou risco para a osteoporose precoce: 1.500 mg de Ca elementar e 400 a 800 UI de vitamina D por dia. • Quantidade mínima de 1.000 mg/dia de Ca na dieta MINERAIS PARA A MULHER ATLETA - FERRO • Muitas atletas adolescentes do sexo feminino apresentam algum nível de depleção de ferro ou decréscimo no armazenamento de ferro sem que haja anemia. • Além de queda na performance, a deficiência pode levar a alterações gastrointestinais, no humor, na cognição e na imunidade. • Ingestão inadequada e perdas mensais pela menstruação • Biodisponibilidade → Vitamina C Síndrome que relaciona a indisponibilidade de energia a alterações da função menstrual e da densidade mineral óssea, o que pode predispor a manifestações clínicas que incluem distúrbios alimentares, distúrbios hipotalâmicos, amenorreia e osteoporose (ACSM). TRÍADE DA MULHER ATLETA TRÍADE DA MULHER ATLETA Amenorreia OsteoporoseDistúrbio alimentar podem ocorrer em consequência um do outro ou de maneira isolada TRÍADE DA MULHER ATLETA • Competições e pressão por parte de treinadores, patrocinadores e familiares → estresse físico e mental + efeitos fisiológicos do treinamento físico no sistema endócrino feminino • A maioria dos efeitos parece ocorrer quando a disponibilidade de energia é menor que 30 kcal/kg de massa livre de gordura/dia Baixa disponibilidade de energia → mecanismos fisiológicos reduzem o gasto energético para a termorregulação, o crescimento e a reprodução, provocando prejuízos nessas funções TRÍADE DA MULHER ATLETA TRÍADE DA MULHER ATLETA – DISTÚRBIOS ALIMENTARES • Anorexia nervosa → mais comum • Atleta se enxerga muito acima do seu peso real • Mais frequente em bailarinas e corredoras de longa distância TRÍADE DA MULHER ATLETA – AMENORREIA • Associada a perda de peso e treinamento exaustivo • Primária→ ocorre na ausência de menstruação após os 14 anos de idade. Prevalência ampla em atleta: entre 3,4 e 66% • Secundária→ ocorre após a menarca e é definida como a ausência de ciclo menstrual por mais de 90 dias. Na mulher atleta, esse distúrbio é reconhecido como amenorreia de causa hipotalâmica. TRÍADE DA MULHER ATLETA – AMENORREIA A secreção do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) fica alterada Diminuição da produção de hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo- estimulante (FSH) Diminuição dos esteroides ovarianos. PARDINI, 2001 TRÍADE DA MULHER ATLETA – osteoporose • A amenorreia hipotalâmica associada com a tríade da mulher atleta resulta em uma condição de hipoestrogenismo que leva à osteoporose prematura • Atletas amenorreicas, ainda que recuperem a ciclicidade menstrual normal após a diminuição ou a interrupção do treinamento, apresentam massa óssea inferior àquela das atletas que sempre foram eumenorreicas TRÍADE DA MULHER ATLETA – tratamento • Acompanhamento nutricional + Psicoterapia para tratamento de distúrbios alimentares • O primeiro objetivo do tratamento para qualquer componente da tríade é aumentar a disponibilidade de energia, aumentando o consumo calórico e/ou reduzindo o gasto energético do exercício → dessa forma, sua menstruação pode retornar espontaneamente. • Pode haver necessidade de reposição hormonal. • Educação precoce com as atletas, pais e treinadores sobre os riscos da tríade. TRÍADE DA MULHER ATLETA – tratamento • Diminuição da atividade em 10 a 20% e ganhar peso com dietas com >2.500 kcal • Cálcio: 1000 a 1300 mg/dia • Vitamina D: 400 a 800 UI/dia • Vitamina K: 60 a 90 mcg/dia • Proteína: 1,2 a 1,6 g/kg/dia • Ingestão de boas fontes de gordura SUPLEMENTAÇÃO
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