Prévia do material em texto
Bruna Cristina Lemos da Rosa- IFC 1 É uma associação de eventos que estão interligados para que a doença ocorra no ser humano ou no animal. É assim chamada quando o animal desenvolve os sinais clínicos. Na maioria das vezes se tem uma população envolvida, que desencadeiam na doença do animal ou até mesmo em sua morte. O agente etiológico é aquele cujo sua função é causar a doença no animal. Seu ciclo etiológico depois que ele infecta um hospedeiro é o seguinte: O hospedeiro vai fazer a eliminação do agente → depois disso vai ser transferido para o ambiente → depois de já estar no ambiente, vai atingir um novo hospedeiro para continuar seu ciclo reprodutivo → para depois ser eliminado novamente e o ciclo se repetir. Aqui é importante saber como prevenir e controlar a doença. A fonte de infecção sempre será uma animal, os seres vivos no geral, nunca um objeto. É um agente vertebrado, no qual o agente consiga se desenvolver dentro do mesmo. Pode ser classificado em três tipos, animais doentes, um animal portador ou um animal reservatório. 1- Animal doente: É a fonte de infecção mais comum, pois em suas secreções muito provavelmente terá o agente infeccioso. É aquele cujos sinais clínicos são aparentes. Esse animal ainda pode ser classificado de acordo com seus sinais clínicos em: a- Doente típico: Esse animal tem os sinais típicos para uma determinada doença, então a identificação da mesma se torna fácil. b- Doente atípico: Tem sinais clínicos aleatórios para uma determinada doença, então o diagnóstico para a doença se torna bastante complicado. c- Doente em fase prodrômica: É o estágio inicial da infecção, então os sinais clínicos são inespecíficos para se dizer ao certo qual a doença, esses sinais geralmente voa ser febre ou até mesmo falta de apetite, que são sinais clínicos normais para a maioria das doenças, o que dificulta o diagnóstico. 2- Animal portador: É o animal que se sabe que está infectado, mas ainda não apresentou sinais clínicos. O animal portador também tem suas classificações em portador são, portador de incubação e portador convalescente. a- Portador são: É o animal que aparentemente está bem, mas o agente já está em sua fase que pode ser transmitido. Bruna Cristina Lemos da Rosa- IFC 2 Esse portador pode ser naturalmente resistente ou ter resistência adquirida, muitas vezes por meio de vacinas. b- Portador de incubação: Aqui o animal está no início da infecção, então o agente ainda não está sendo transmitido. Sendo assim os sinais clínicos só aparecem depois deste período. c- Portador convalescente: É aquele animal que se curou da doença em si (dos sinais clínicos), mas continua com o agente infeccioso no organismo. É quando apresenta a cura vinda do próprio organismo ou uma imunidade adquirida. 3- Animal reservatório: É o animal que não possui a doença, só a transmite. Serve realmente como um reservatório para que o agente se multiplique e chegue até seus hospedeiros. Ex: a leptospirose, o rato é o reservatório, é ele quem passa a doença para os outros animais, mas não necessariamente esteja com a doença. É a via pelo qual o agente é eliminado para o meio externo. A via de eliminação muitas vezes depende de onde o agente está alojado no organismo. Ex: Se o agente estiver no intestino do animal, muito provavelmente a via de eliminação vai ser por fezes. Algumas vias de eliminação são as seguintes: → Fezes → Urina → Secreções no geral → Leite → Descamações epiteliais → Transfusões sanguíneas É o meio pelo qual se dá a transmissão, pode ser: → Por meio de objetos fômites: comedouros, bebedouros, estetoscópio, jaleco, entre outros. Pode ainda ser por contato direto ou por contato indireto. 1- Contato Direto: É quando acontece o contato físico entre o hospedeiro e a fonte de infecção. 2- Contato Indireto: É na maioria das vezes quando envolve o meio ambiente ou os fômites. Sendo as principais vias: → Por meio do ar: vias aerógenas. → Tosse → Espirros → Poeira → Alimentos → Água → Solos → Soros → Vacinas É o meio pelo qual o agente adentra o organismo do animal, sempre está associada ao meio de transmissão. As principais vias de porta de entrada são: → Pela mucosa: trato respiratório e digestório, conjuntiva e ducto galactóforo. → Pela pele: Por meio de contato direto, mordedura, picadas de vetores, fômites, entre outros. A fonte de contaminação sempre se dá por meio de objetos inanimados, e nunca por seres vivos. Hospedeiros: 1- Hospedeiro Definitivo: É quando ocorrem os desenvolvimentos sexuais do parasita. Bruna Cristina Lemos da Rosa- IFC 3 2- Hospedeiro Intermediário: É quando acontece o desenvolvimento larval do parasita. 3- Hospedeiro Intercalado: É aquele hospedeiro que não participa ativamente da infecção, mas pode vir a participar do ciclo evolutivo. 4- Hospedeiro Acidental: É aquele em que entra no ciclo do agente de forma acidental. O vetor é sempre um animal invertebrado, geralmente sendo um mosquito. Pode ainda ser dividido em mecânico e biológico: 1- Vetor Mecânico: É aquele que serve de transporte. 2- Vetor Biológico: É aquele em que participa ativamente do ciclo. São objetos contaminados que podem vir a estar contaminado com a doença, e assim fazer a transmissão da mesma. INCUBAÇÃO PRODRÔMICA CLÍNICA, SUBCLÍNICA, ASSINTOMÁTICA CONVALESCENTE Período 0: infecção Primeiros sinais clínicos geralmente inespecíficos Pode ter sinais clínicos bem visíveis, mais leves ou não ter sinais clínicos respectivamente. Quando o animal se recupera da doença e não do agente necessariamente. Agente se multiplica. Geralmente são febre, falta de apetite… Provas indiretas- detecta os anticorpos Agente + doença ou Prova direta- detecta o agente Somente da doença Bruna Cristina Lemos da Rosa- IFC 4 Referências: BONITA, R. Epidemiologia Básica. 2ª Ed, 2010, São Paulo, Santos. Santos Editora.