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28 de fevereiro de 2023 Tamires Moraes BIOQUÍMICA NO MUNDO MODERNO BIOQUÍMICA O que é bioquímica? A bioquímica é simplesmente uma combinação dos dois termos, a química aplicada à biologia, ou ‘a química da vida’. Essa é uma forma razoável de definir bioquímica em poucas palavras, mas a bioquímica moderna, na realidade, é muito mais que o estudo das substâncias químicas existentes nos organismos vivos. Vamos explorar exatamente o que ‘bioquímica’ significa para nós. A bioquímica é uma parte da biologia, ou das ciências da vida como agora é comumente denominada. Nas ciências da vida, a bioquímica ocupa uma posição central. Isso ocorre porque a bioquímica diz respeito à síntese e à estrutura das moléculas que constituem os seres vivos, bem como à maneira pela qual as reações químicas fornecem aos organismos a energia que eles precisam para sobreviver. Portanto, a bioquímica explica como a mistura de átomos pode ser combinada para formar um ser humano vivo funcional. Em algumas áreas das ciências da vida, é muito fácil ver por que é importante conhecer bioquímica. Biólogos que estudam as estruturas e as propriedades de células vivas, por exemplo, não conseguem evoluir em suas pesquisas sem considerar as moléculas contidas nessas células. Essas moléculas formam a estrutura da célula e são responsáveis pelas propriedades de cada célula . Assim, há grande sobreposição entre a bioquímica e a biologia celular. O mesmo é válido para a genética, que enfoca a informação genética contida nos genes. Os genes são feitos de DNA, e compreender como eles funcionam significa estudar a estrutura do DNA e a maneira pela qual ele interage com outras moléculas, de modo que a informação que contém pode ser usada pela célula. A bioquímica moderna também explica áreas da biologia que associamos a microorganismos, em vez de células. Na ecologia, por exemplo, ecossistemas em geral são descritos em termos de teias alimentares, com energia sendo gerada por fotossíntese e então transferida em uma cadeia alimentar através dos herbívoros até os carnívoros no topo da cadeia. A geração de energia é um tópico central em bioquímica, e esse aspecto da ecologia de ecossistemas é, na realidade, bioquímica aplicada a uma comunidade de espécies diferentes, em vez de organismos individuais. De maneira semelhante, não pensamos imediatamente na bioquímica quando se discute a evolução. Mas as relações evolutivas entre espécies são agora estudadas não apenas por comparação da morfologia daquelas espécies e das estruturas de seus ossos. Hoje, é mais provável que as relações sejam sondadas comparando-se as estruturas das moléculas contidas nos organismos. A química também é importante na bioquímica Embora a bioquímica seja parte das ciências da vida, ela depende muito dos princípios e métodos analíticos da química. Na verdade, a bioquímica começou quando os químicos se interessaram pela primeira vez pelo estudo das reações químicas que ocorrem nos seres vivos. Esses químicos descobriram, lá no século XIX, que a bioquímica tem seus desafios únicos. O principal deles é a complexidade da mistura de moléculas presentes em uma célula viva. Os químicos estavam, e ainda estão, mais acostumados a estudar reações que ocorrem em soluções relativamente simples cuja elaboração química é conhecida com exatidão. Bioquímica no Mundo Moderno 28 de fevereiro de 2023 Tamires Moraes As células e os extratos preparados a partir delas contêm muitos tipos diferentes de compostos e o entendimento de quais partes da mistura são responsáveis pelas reações bioquímicas particulares é um problema real. A solução desse problema exigiu o desenvolvimento de novos métodos e abordagens científicas que deram à bioquímica um sabor único. Em contrapartida, a química continuou a ser organizada em torno da divisão tradicional em inorgânica, orgânica e física. A bioquímica não se encaixa nessas categorias e, assim, tornou-se uma disciplina por si só. As origens da bioquímica. O químico alemão Carl Neuberg é visto como o pai da bioquímica. Ele criou o termo ‘bioquímica’ em 1903 e a promoveu como um tópico distinto pela criação e editoração do Biochemische Zeitschrift, o primeiro periódico dedicado à bioquímica, agora denominado FEBS Journal. No entanto, as origens da bioquímica datam de muito antes, em meados do século XVIII, quando os cientistas começaram a estudar pela primeira vez as substâncias químicas e os processos químicos nos seres vivos. Esse trabalho gradualmente acabou com a noção antiga de que entidades vivas contêm um ‘princípio vital’ que não poderia ser descrito em termos químicos ou físicos. Por volta de 1900, foi estabelecido que os seres vivos estão sujeitos às mesmas leis químicas e físicas que a matéria inanimada, capacitando todas as áreas da biologia, não apenas a bioquímica, a evoluírem para as disciplinas científicas rigorosas com que hoje estamos familiarizados. As principais etapas do desenvolvimento da bioquímica antes de 1900 foram as seguintes: Década de 1770 Carl Wilhelm Scheele isolou ácido cítrico de limões, ácido málico de maçãs e ácido láctico do leite. Esses carboidratos estão entre os primeiros compostos orgânicos a serem identificados. Década de 1780 Antoine Lavoisier e Pierre Laplace mostraram que a quantidade de calor e dióxido de carbono gerados durante a respiração é idêntica à gerada durante a combustão. Lavoisier também propôs que, durante a fotossíntese, as plantas captam dióxido de carbono e liberam oxigênio. Esses experimentos indicaram que a geração de energia em seres vivos está sujeita às mesmas leis químicas que a geração de energia nas reações químicas. 1811–1823 Michel Eugène Chevreul estudou a química das gorduras animais. Seu trabalho foi a primeira aplicação da análise química e física a um tipo de biomolécula. Década de 1820 William Prout distinguiu tipos diferentes de alimentos como sacarinosos, albuminosos e oleaginosos, que são aproximadamente equivalentes a carboidratos, proteínas e gorduras. 1827 Hans Fischer sintetizou porfirinas e mostrou que esses compostos se ligam ao oxigênio nas hemácias. 1833 Anselm Payen e Jean-François Persoz isolaram e estudaram a primeira enzima, ‘diastase’, que agora denominamos amilase (converte amido em açúcar). Vamos examinar seu trabalho em mais detalhes na Seção 7.1. Década de 1850 Claude Bernard mostrou que o glicogênio é sintetizado a partir de glicose no fígado. Essa foi uma das primeiras demonstrações de que os animais conseguem sintetizar biomoléculas e degradá-las. 1877 Morits Traube sugeriu que as enzimas são um tipo de proteína. 1880–1900 Emil Fischer identificou as estruturas de muitas biomoléculas importantes, incluindo os 16 isômeros diferentes de glicose, e as purinas que são componentes do DNA e do RNA. Mais tarde, ele mostrou como os aminoácidos são ligados para formar um polipeptídio. 1895–1900 Os primeiros hormônios foram descobertos. A adrenalina (também denominada epinefrina) foi identificada por Napoleon Cybulski, Jokichi Takamine e outros. A bioquímica envolve o estudo de biomoléculas muito grandes Quando os primeiros bioquímicos começaram a examinar as misturas complexas de moléculas nas células vivas, deduziram logo que algumas dessas moléculas na verdade são muito grandes. O tamanho de uma molécula se expressa como sua massa molecular, medida em dáltons (Da), com 1 Da sendo igual a 1/12 da massa de um átomo de carbono.A maioria dos compostos conhecidos na natureza, bem como a maioria dos artificiais sintetizados por químicos, tem massas moleculares substancialmente inferiores a 1.000. A massa molecular da água, por exemplo, é igual a 18,02 Da, a do etanol é de 46,07 Da e a do fenol é de 94,11 Da. Até mesmo um composto orgânico complexo como o quinino, que é usado no tratamento da malária, tem massa molecular de 324 Da apenas. Bioquímica no Mundo Moderno 28 de fevereiro de 2023 Tamires Moraes Em contraste, há muitas moléculas nas células vivas cujas massas moleculares são medidas em milhares de dáltons, denominando-se quilodáltons (kDa). Exemplos relativamente pequenos dessas macromoléculas incluem a trombina, que está envolvida na coagulação do sangue e cuja massa molecular é de cerca de 37.400 Da ou 37,4 kDa, e a alfa-amilase, que é secretada na saliva e inicia a quebra do amido da dieta em açúcar, que tem massa de 55,4 kDa. O tamanho do próprio amido é variável, indo de 190 kDa a 227.000 kDa, dependendo do tipo de planta do qual venha. Schrödinger e a biologia. Embora Erwin Schrödinger seja mais conhecido por seu trabalho sobre teoria quântica, ele foi um dos vários físicos da primeira parte do século XX que também se interessaram bastante por biologia. Um deles, Max Delbrück, mudou seus temas de trabalho no meio da carreira, passando da física teórica para a genética e realizando um trabalho pioneiro com bacteriófagos (vírus que infectam bactérias) que levou à descoberta de que os genes são constituídos por DNA. Schrödinger continuou sendo um físico, mas em 1944 escreveu um pequeno livro intitulado O Que é Vida?, no qual especulou sobre a hereditariedade e a estrutura de genes. Lendo o livro hoje, muitas das ideias de Schrödinger parecem inverossímeis. Ele concluiu que os genes são estruturas cristalinas e às vezes quase revive o ‘princípio vital’ da biologia de antes do século XX, sugerindo que os seres vivos poderiam utilizar leis desconhecidas da física. Apesar de seus erros, em um aspecto O Que é Vida? foi um marco importante no desenvolvimento da bioquímica no século XX. Já havia sido estabelecido que os genes contêm informação que especifica o plano de desenvolvimento de um ser vivo e as reações bioquímicas que ele pode realizar. Schrödinger argumentou que essa informação tinha de ser codificada nas estruturas dos genes do ser vivo. Mais uma vez, suas ideias específicas sobre como esse sistema de codificação funcionava foram incorretas, mas a noção da obrigatoriedade de um tipo de código genético que um ser vivo usa para ler a informação contida em seus genes foi uma percepção importante que orientou a pesquisa sobre os genes nos 20 anos seguintes. A maioria dessas grandes biomoléculas consiste em polímeros, compostos constituídos por cadeias longas de unidades químicas idênticas ou muito semelhantes denominadas monômeros. No amido, a unidade monomérica é uma molécula de glicose e o polímero é construído mediante a ligação de monômeros de glicose em cadeias ramificadas. Quanto maior o número de unidades de glicose, maior a massa molecular da molécula de amido. Uma das menores moléculas de amido, com massa molecular de 190 kDa apenas, conteria 1.050 unidades de glicose, enquanto as moléculas maiores teriam mais de um milhão. O amido é um exemplo de um polissacarídio, um polímero constituído por moléculas de glicose ou açúcares similares. Os polissacarídios têm dois papéis principais nas células. Primeiro, polissacarídios como amido (em plantas) e glicogênio (em animais) agem como reservas de energia, isso porque as unidades de açúcar que eles contêm podem ser liberadas dos polímeros e posteriormente degradadas para gerar energia química. O segundo papel dos polissacarídios é estrutural. A celulose, que confere rigidez às células vegetais, é um tipo de polissacarídio, assim como a quitina, que forma parte do exoesqueleto de insetos e animais como caranguejos e lagostas. Assim como os polissacarídios, há outras três classes de grandes biomoléculas que são importantes na bioquímica. A primeira delas é das proteínas, que são polímeros não ramificados de aminoácidos. As proteínas desempenham uma gama imensa de papéis nos seres vivos. As enzimas, que catalisam reações bioquímicas, são, em sua maioria, proteínas também. A alfa-amilase, que catalisa a reação química responsável pela liberação de unidades de glicose do amido, é um exemplo de enzima. Outra é a trombina, que catalisa a reação que converte fibrinogênio (ele próprio uma proteína) em polímeros insolúveis de fibrina, as quais se unem como parte do processo de coagulação sanguínea. Bioquímica no Mundo Moderno 28 de fevereiro de 2023 Tamires Moraes Átomos, isótopos e massas moleculares. Um átomo consiste em um núcleo contendo prótons com carga positiva e nêutrons neutros, circundado por uma nuvem de elétrons com carga elétrica negativa. A identidade química do elemento é determinada pelo número de prótons, que se denomina número atômico. Esse número é o mesmo para todos os átomos de um dado elemento. Por exemplo, cada átomo de hidrogênio tem apenas um único próton e número atômico de 1 e cada átomo de carbono tem seis prótons e número atômico de 6. Embora o número de prótons seja invariável, átomos diferentes do mesmo elemento podem ter números diferentes de nêutrons. Essas versões diferentes de um elemento denominam- se isótopos. O carbono, por exemplo, tem três isótopos de ocorrência natural, cada um contendo seis prótons, mas com seis, sete ou oito nêutrons. O número total de prótons e nêutrons em um núcleo (somados) denomina-se o número de massa, de modo que os três isótopos de carbono têm números de massa de 12, 13 e 14, denominando-se carbono-12, carbono-13 e carbono-14, ou 12C, 13C e 14C. Esses são os isótopos de carbono encontrados na natureza. O carbono-12 constitui até 98,93% de todos os átomos de carbono existentes e o carbono-13 contribui com a maior parte do 1,07% restante. A quantidade de carbono-14 é ínfima, cerca de um em cada trilhão de átomos de carbono. Também há 12 isótopos entre 8C a 22C que não existem em quantidades mensuráveis no ambiente, mas que podem ser criados em condições de laboratório. A maioria dos elementos, mas nem todos, tem isótopos de ocorrência natural, os maiores números sendo nove isótopos do xenônio e dez do estanho. Considera-se que o carbono-12 tenha massa molecular de exatamente 12 Da. Os valores de outros átomos são calculados de acordo com suas massas relativas ao carbono-12. A massa molecular de um composto é deduzida simplesmente somando-se as massas de seus átomos constituintes. O terceiro tipo de biomolécula grande é o ácido nucleico, do qual há dois tipos, o ácido desoxirribonucleico ou DNA e o ácido ribonucleico ou RNA. O DNA está presente nos cromossomos e contém informação biológica. Em outras palavras, os genes são constituídos por DNA. O RNA está envolvido no modo pelo qual a informação contida no DNA é lida pela célula. Por fim, há os lipídios, um grupo diverso de biomoléculas grandes que, como os polissacarídios, têm papéis estruturais e agem como estoques de energia, mas que também têm várias outras funções, incluindo funções regulatórias – vários hormônios são lipídios. Bioquímica também é o estudo do metabolismo Os seres vivos, e todas as células que o constituem, são estruturas dinâmicas. Isso significa que necessitam de energia para exercer suas várias atividades e também precisam sintetizar novas biomoléculas como e quando forem necessárias. Esses são os processos que constituem a ‘vida’. O princípio fundamental debioquímica é que esses ‘processos vitais’ são reações químicas. Há uma quantidade muito grande deles, que estão ligados em vias complicadas, porém, estudando-se as reações individualmente, é possível entender a base molecular da vida. Qualquer reação química pode ocorrer espontaneamente, mas sua velocidade pode ser muito lenta. Quando as reações químicas são realizadas em um tubo de ensaio, geralmente acrescenta-se um catalisador para acelerar a reação. Um exemplo é o uso de óxido de vanádio na produção industrial de ácido sulfúrico, a partir de dióxido de enxofre e oxigênio, pelo Processo de Contato. A velocidade da reação aumenta porque os dois reagentes gasosos (dióxido de enxofre e oxigênio) são absorvidos na superfície do catalisador, aproximando mais as moléculas e promovendo sua combinação para formar trióxido de enxofre, que reage com a água, originando ácido sulfúrico. As reações biológicas também usam catalisadores, mas eles não são metais. Eles são denominados enzimas e a grande maioria delas consiste em moléculas de proteína, embora também sejam conhecidas algumas feitas de RNA. Metabolismo é a palavra usada para descrever as reações químicas que ocorrem nos seres vivos. Essas reações são divididas tradicionalmente em dois grupos amplos: •Catabolismo: é a parte do metabolismo responsável pela degradação dos compostos para gerar energia •Anabolismo: refere-se às reações bioquímicas que formam moléculas maiores a partir de menores. Bioquímica no Mundo Moderno 28 de fevereiro de 2023 Tamires Moraes A resposta para essa questão surgiu com a descoberta de Okazaki, um cientista japonês, que a síntese de uma das cadeias é contínua, enquanto a outra é descontínua (Figura 3.10a). Na cadeia sintetizada descontinuamente, surgemdiversos fragmentos contendo cerca de mil nucleotídeos conhecidos como fragmentos de Okazaki. Esses fragmentos, a exemplo da cadeia sintetizada continuamente, são também formados na direção 5 ' 3' pela DNA polimerase. O armazenamento e a utilização de informação biológica constituem uma parte importante da bioquímica Considera-se que um conjunto de reações bioquímicas, embora seja estritamente uma parte do anabolismo, tem aspectos tão especiais que em geral são consideradas separadamente do metabolismo da célula. Essas reações são as responsáveis pela síntese de DNA, RNA e proteína. Nesse ponto a bioquímica e a genética se sobrepõem, porque as mesmas reações são responsáveis tanto pela replicação como pela utilização da informação biológica que está contida nos genes. Essa é a informação de que um organismo precisa para se desenvolver, reproduzir e realizar todas as suas reações metabólicas. Nem todos os genes em uma célula estão ativos o tempo todo. Muitos ficam silenciosos por longos períodos, só sendo convertidos em RNA e proteína nas ocasiões específicas em que seus produtos são necessários. Portanto, todos os seres vivos são capazes de regular a expressão de seus genes, de modo que os produtos de RNA ou proteína não necessários em determinado momento não sejam produzidos. Omas’ são coleções de biomoléculas. O proteoma – a coleção de proteínas em uma célula ou tecido – é apenas um dos vários conjuntos de biomoléculas que os bioquímicos estudam. Nos referimos a essas coleções genericamente como ‘omas’, com os exemplos específicos sendo: •O genoma, que é o conteúdo completo de moléculas de DNA em uma célula, contendo todos os genes do organismo •O transcriptoma, que é a coleção de moléculas de RNA em uma célula ou tecido; o nome ‘transcriptoma’ vem do fato de que as moléculas de RNA são cópias, ou transcritos, de genes •O lipidoma é o conteúdo total de lipídio de uma célula ou tecido •O glicoma é o conteúdo de carboidratos. Por fim, há o metaboloma, que tem uma composição mais complexa. O metaboloma é a coleção completa de metabólitos presentes em uma célula sob um conjunto particular de condições. Esses metabólitos são os substratos, produtos e intermediários de todas as reações catabólicas e anabólicas que ocorrem na célula. Portanto, o metaboloma reflete as atividades bioquímicas da célula, que são especificadas pelo proteoma e são dependentes, pelo menos até certo ponto, das composições do lipidoma, do glicoma e do transcriptoma. A bioquímica de uma célula pode ser vista, portanto, como resultante da interação de seus vários ‘omas’. BROWN, T.A. Bioquímica. Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN 9788527733038.
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