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ATIVIDADE CONTEXTUALIADA PATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA Nome Completo: Gabriela Martins da Costa Curso: Nutrição 1. Para começar, analise com atenção o texto e, em seguida, elabore sua resposta! Aqui, você irá desenvolver e apresentar sua opinião no que diz respeito à terapia nutricional enteral. Você viu ao longo desta disciplina que muitas das doenças estudadas podem afetar o estado nutricional dos pacientes devido a inúmeras situações clínicas, como ingestão energética insuficiente voluntaria ou involuntariamente, patologias de característica catabólica, disfunções metabólicas, entre outras, resultando muitas em um quadro de desnutrição. A desnutrição desses pacientes no âmbito hospitalar é ainda mais preocupante, devido à maior susceptibilidade a complicações clínicas, infecções e comprometimento do processo de cicatrização, aumentando os riscos de mortalidade. Nesse contexto, a terapia nutricional enteral (TNE) é uma estratégia bastante eficiente na recuperação e manutenção do estado nutricional desses pacientes, sendo indicada para aqueles que apresentam trato gastrintestinal funcionante, mas o aporte de nutrientes por via oral é insuficiente ou quando há algum impedimento clínico para a alimentação por via oral. No entanto, algumas intercorrências como intolerância gastrointestinal, jejuns para exames e procedimentos, e até mesmo uma certa padronização das dietas, sem priorizar as reais necessidades energéticas considerando o quadro clínico individual, dificultam fornecimento energético adequado e prescrito de TNE, interferindo na evolução clínica do paciente. 2. Com base na interpretação do texto acima, juntamente com seus conhecimentos adquiridos ao longo da disciplina, elabore o seu texto argumentativo-dissertativo, respondendo aos questionamentos abaixo: Proposta da atividade: Diante do contexto exposto, elabore uma dissertação de até 30 linhas e desenvolva os seguintes tópicos: ● Quais são os principais fatores a se considerar na indicação e na contraindicação da terapia nutricional enteral? ● Quais seriam as suas estratégias para garantir que não haja diferença entre o volume energético prescrito na conduta nutricional e o volume administrado na prática? ● Qual é a relação entre a introdução da terapia nutricional enteral com a ocorrência de síndrome da realimentação? Como proceder para evitar essa complicação? ATIVIDADE CONTEXTUALIADA - PATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA De acordo com a Anvisa as dietas enterais são alimentos para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. A dieta enteral é indicada para pessoas que tem alguma limitação de alimentar- se via oral ou se encontra em estado de desnutrição grave. A TNE é indicada para pacientes com câncer, pacientes geriátricos, perioperatório, cardiopata, com doenças de crohn e retocolite ulcerativa, na qual apresentam disfagias; ingestão alimentar inferior a 60% das suas necessidades calóricas; demência. No entanto apesar de ser uma opção para salvar vidas, há contraindicações para pacientes que contenham obstrução do trato gastrointestinal, com diarreia, vômitos, síndrome do intestino curto e incapacidade de acessar o trato gastrointestinal. Para o planejamento da terapia nutricional é importante avaliar alguns fatores pertinentes ao paciente, como por exemplo a idade e comorbidades. É imprescindível escolher a melhor fórmula nutricional que seja suficiente para as necessidades do paciente, além de sempre mantê-lo hidratado. O volume energético prescrito deve corresponder ao volume administrado contendo todos os nutrientes tal como, carboidratos, lipídios, proteínas, fibras, vitaminas e minerais. Durante a administração da dieta é importante verificar interrupções e intercorrências na dieta, pois durante essas pausas o paciente poderá está recebendo uma quantidade insuficiente de alimentos. A Síndrome da Realimentação ocorre após o início da dieta, seja ela enteral ou parenteral, trata-se de uma complicação que sucede alguns jejuns prolongados em pacientes desnutridos ou com catabolismo grave. A queda de eletrólitos e deficiência de Tiamina (B1) é uma das causas da SR. Para prever e tratar é importante haver a reposição de eletrólitos, a prescrição de tiamina, a quantidade de calorias deve ser ofertada de maneira gradual, até atingir o objetivo das necessidades do paciente, devendo ocorrer o monitoramento diário de eletrólitos e sinais vitais nas primeiras 72h. Portanto, a dieta enteral pode auxiliar no tratamento de pacientes portadores de doenças graves. As composições nutricionais das dietas dependem das necessidades de cada indivíduo, considerando o volume prescrito, atentando-se para as carências nutricionais, afim de superar tais insuficiências, levando em consideração que alguns fatores podem prejudicar a correta administração da dieta como, vômitos e diarreias. Na dieta enteral de pacientes com SR a introdução deve ser lenta e gradual, tendo em vista que se trata de uma condição potencialmente fatal. REFERÊNCIAS ASSIS, Michelli Cristina Silva de et al. Nutrição enteral: diferenças entre volume, calorias e proteínas prescritos e administrados em adultos. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 22, p. 346-350, 2010. SAD, Matheus Horta et al. Manejo nutricional em pacientes com risco de síndrome de realimentação. VIANA, Larissa de Andrade; BURGOS, Maria Goretti Pessoa de Araújo; SILVA, Rafaella de Andrade. Qual é a importância clínica e nutricional da síndrome de realimentação?. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), v. 25, p. 56-59, 2012. RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 503, DE 27 DE MAIO DE 2021: Ministério da Saúde: ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2020/rdc0503_27_05_2021.pdf. Acesso em 21 de fevereiro de 2023. COSTA, Claudia Assis. Como deve ser a dieta enteral em domicílio? Blog IESPE, 2017. Disponível em: https://www.iespe.com.br/blog/como-deve-ser-a-dieta-enteral- em-domicilio/. Acesso em 20 de fevereiro de 2023. SILVA, Joice. Dietas enterais. SANAR, 2020. Disponível em: https://www.sanarmed.com/dietas-enterais-colunistas. Acesso em 20 de fevereiro de 2023.
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