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FUNDAMENTOS DA DIETOTERAPIA Prof Dra. Vanessa Batista de sousa lima Teresina/2019 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINASSAU CURSO: NUTRIÇÃO DISCIPLINA: PATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA CARGA HORÁRIA: 60H (60H TEÓRICA) Tratamento dos indivíduos portadores de doenças através da alimentação adequada, considerando-se não apenas os aspectos relacionados ao processo patológico, mas todas as condições em que se encontra o indivíduo. CONCEITO ALIMENTO FINALIDADE TERAPÊUTICA Patologia x doença (desmistificar) 2 Ramo da ciência da Nutrição, parte da dietética especial, que estuda e aplica a dieta com finalidades terapêuticas e preventivas. Ingestão Habitual de alimentos sólidos e líquidos que se faz visando preencher as necessidades específicas de um indivíduo, incluindo ou excluindo certos itens de sua alimentação. CONCEITO CONCEITO DIETA Regime da vida: SADIOS DOENTES DIETOTERAPIA Regime Alimentar: Nem sempre difere da dieta normal ENFERMOS Dieta x regime (desmistificar) 4 LEIS DA ALIMENTAÇÃO Destaque na dietoterapia Pedro Escudero, médico argentino há 70 anos atrás, leis da nutrição. Lei da QUANTIDADE - os alimentos devem ser fornecidos em quantidade suficientes para satisfazer as necessidades energéticas e nutricionais do organismo para manter as funções vitais. Depende do sexo, idade, estado de saúde ou doença e do nível de ATF. Tanto o excesso quanto à falta são prejudiciais. Lei da QUALIDADE - a alimentação deve ser completa em sua composição e que forneça ao organismo todos os nutrientes que ele necessita. Lei da HARMONIA – deve haver equilíbrio entre os todos os nutrientes que necessitamos para evitar excessos ou deficiências nutricionais. A Lei da ADEQUAÇÃO mostra que a alimentação deve se adequada às necessidades de cada organismo, respeitando as características de cada indivíduo. 5 Quantidade Qualidade Harmonia ADEQUAÇÃO Jejum ou Dieta Zero = suspensão total da alimentação por via oral (V.O.); Restrição Alimentar ou Dieta de Exceção = indicação de alimentos que são permitidos ou proibidos na dieta; Dieta Normal ou Dietas Modificadas à partir da Dieta Normal; Regime insuficiente, hipercalórico, carente ou desarmônico, entre outros. TIPOS DE DIETOTERAPIA OBJETIVO DA DIETOTERAPIA Ajustar a dieta à capacidade do paciente para ingerir, digerir e tolerar alimentos. Aumentar ou reduzir o peso corporal; Favorecer a proteção, manutenção e recuperação de um bom estado nutricional Colaborar para que o agente medicamentoso tenha a sua ação plena, mais rápida ou não, de acordo com a necessidade do paciente. 7 1. Considerar o estado do paciente, e evoluir à medida em que seu perfil clínico e nutricional se modifica; 2. Considerar hábitos alimentares, sócio-econômicos, culturais, além da história clínica e patologia; 3. Observar o estado do sistema digestivo e a presença de sintomas que prejudiquem a ingestão de alimentos; 4. Fornecer nutrientes essenciais, aproximando-se ao máximo da dieta normal; 5. Evoluir gradualmente, visando ao alcance da dieta normal PRINCÍPIOS DA DIETOTERAPIA PRINCIPIOS DA DIETOTERAPIA A dietoterapia aplicada deve: Basear-se em prescrição escrita; Ser elaborada após uma avaliação nutricional criteriosa; Ter a dieta normal como padrão; Incluir apenas as modificações absolutamente necessárias Deve priorizar alimentos naturais, de uso comum, que sejam disponíveis e de fácil preparo. Prescrição Dietética É a expressão numérica das quantidades absolutas e relativas dos nutrientes e alimentos que compõem a dieta, assim como, os caracteres físicos e químicos que o particularizam. Componentes da Prescrição Dietética Líquidos Consistência Proteínas Hidratos de Carbonos Valor Energético Total Vitaminas e Minerais Purinas Lipídeos Fracionamento Volume Temperatura Componentes da Prescrição Dietética Alimentos de difícil digestibilidade; Alimentos Fermentescíveis; Infusões (quantidade concentrada induz a formação de catecolaminas) Condimentos: Cloreto de Sódio Álcool Outros elementos Elementos Básicos À Prescrição Dietética Diagnóstico, quadro clínico, complicações, momento evolutivo da doença; O funcionamento do sistema digestivo do paciente; O conhecimento: Da ação e efeito dos alimentos no organismo; Das modificações físicas e químicas que os alimentos deverão sofrer; Das características da dieta; Dos vários cálculos de estimativas de VET e eleger o mais adequado para o paciente; 13 Segundo o Conceito Hospitalar obedece ás 4 leis da Dieta normal: É o que alimentação Dieta especial (ou dietoterápica): É o aplicado com finalidade terapêutica de recuperação ou controle do estado de saúde Segundo o conceito biológico Normal (Livre, geral) Normal com ação dietoterápica Dietoterápica propriamente dito Transição METODOLOGIA DA ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL AO PACIENTE HOSPITALIZADO E DE AMBULATÓRIO OBJETIVO CUIDADO COM A SAÚDE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR Metodologia da Assistência Nutricional ao Paciente Hospitalizado Diagnóstico Nutricional: Anamnese alimentar----- Padrão alimentar Avaliação Antropométrica Avaliação Bioquímica Avaliação Clínico-Nutricional Cálculo da dieta de acordo com: Estado Nutricional Doenças Interação Medicamentosa Hábito Alimentar Condições da Instituição: Financeira Pessoal Equipamentos Intervenção Nutricional Reeducação Alimentar Aceitação da Dieta de Alta Hospitalar: Dieta Orientação Nutricional Segmento em ambulatórios Intervenção Nutricional Metodologia da Assistência Nutricional ao Paciente de Ambulatório Diagnóstico Nutricional: Anamnese alimentar----- Padrão alimentar Avaliação dietética minuciosa que inclui um questionário de frequência, quantidade e qualidade alimentar -Informações adicionais: Histórico do peso Mudanças Prévias de dieta Uso de Suplementos (vitaminas, minerais, etc) Intolerâncias, hábitos alimentares, etc. Avaliação Bioquímica e imunológicas: Glicemia de Jejum Colesterol Total e Frações (LDL, HDL) Triglicerídeos Creatinina Sérica e urinária Hemograma Metodologia da Assistência Nutricional ao Paciente de Ambulatório 24 Indicadores Antropométricos Peso Atual, peso usual (peso mantido nos últimos seis meses), peso ideal; Meta de peso a ser atingido IMC, pregas Cutâneas* (obesos) Circunferência da Cintura Bioimpedância Elétrica Metodologia da Assistência Nutricional ao Paciente de Ambulatório panturilha 25 INDIVÍDUOS COM EXCESSO DE PESO 26 Cálculo da dieta de acordo com: Estado Nutricional; Interação medicamentosa Hábitos alimentares Condições Socioeconômicas Atividade Física Intervenção Nutricional b. Esquema alimentar: Deve ser individualizado e realizado juntamente com o paciente b. Reeducação alimentar Intervenção Nutricional Segmento Nutricional: Retorno com intervalo de 30 a 60 dias ou mais de acordo com a disponibilidade e a necessidade individual Inclui: Fracionamento (nº de refeições) A porção de alimentos (quantidade por refeição) Aos Horários Às substituições Intervenção Nutricional Reavaliação Global do Plano Dietético/Resultados: Dificuldades no Plano Alimentar Proposto Mudança Medicamentosa; Sintomas novos ou melhora dos anteriormente descritos; Atividade Física proposta, frequência, assiduidade, tempo de duração, empecilhos, para execução da mesma Verificação dos itens do processo de reeducação alimentar Reavaliação antropométrica Intervenção Nutricional • Principal registro individual: contém toda a história pregressa relacionada à doença e ao tratamento realizado por profissional de saúde à qual se sujeitou uma pessoa. • Conjunto de documentos padronizados, contendo informações geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência prestada a ele, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo. PRONTUÁRIO• Instrumento valioso para o paciente e sua família, para os profissionais de saúde, para a instituição que atende e para instituições de ensino/pesquisa/extensão. • O correto e completo preenchimento do prontuário tornam-se grandes aliados do médico e demais profissionais da saúde, que participam da assistência ao paciente. PRONTUÁRIO PRONTUÁRIO VANTAGENS: MAIOR CONTROLE CONSULTAS FUTURAS INTERAÇÃO ENTRE OS MEMBROS DA EQUIPE DE SAÚDE; Conteúdo do Prontuário: • Dados de identificação; • Folha de anamnese e exame físico; • Prescrição médica e evolução: • Prescrição e evolução de enfermagem e de outros profissionais (nutricionistas, fisioterapeutas, etc) • Exames complementares (laboratoriais, radiológicos, ultra-sonográficos e outros) e seus respectivos resultados; • Resumo de alta; • Outros. PRONTUÁRIO • Anamnese (do grego ana, trazer de novo e mnesis, memória): entrevista realizada com o paciente, seguindo um roteiro de perguntas, na qual o profissional (médico, nutricionista, etc) inicia um processo de diagnóstico de uma determinada situação e posteriormente de planejamento de ações terapêuticas e corretivas. • O ideal é que cada profissional monte a sua própria anamnese, levando em conta fatores como a sua especialidade, suas condições de trabalho, suas necessidades de informação, seus objetivos, etc. ANAMNESE • Identificação; • QP = queixa principal; • HDA = história da doença atual; • HPP = história patológica pregressa; • AF = antecedentes familiares; • Hábitos Gerais (tabagismo, elitismo, atividade física); • Histórico sócio-econômico; • Medicação em uso. DADOS DA ANAMNESE PRONTUÁRIO DE NUTRIÇÃO: RESOLUÇÃO CFN N.º 200/98, DE 08/03/98 • Entre as atribuições do nutricionista em Hospitais e Clínicas: • Registrar, diariamente, em prontuário do cliente, a prescrição dietoterápica, a evolução nutricional, as intercorrências e a alta em nutrição. ATENDIMENTO NUTRICIONAL ATENDIMENTO NUTRICIONAL Inclui diversas ações integradas: • conhecimento sobre a doença; • avaliação clínica e nutricional do paciente; • avaliação da adequação da ingestão; • cálculo e manipulação da dieta; • fornecimento de suporte nutricional quando necessário; • intervenção na forma de aconselhamento e educação nutricional. 39 ANAMNESE AVALIAÇÃO CLÍNICA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Planejamento = Prescrição Dietética (estabelecer objetivos, intervenções e orientações) Avaliação dos resultados (evolução) Atingi os objetivos? SIM NÃO CONDUTA NUTRICIONAL MANUTENÇÃO Semiologia: parte da medicina relacionada ao estudo dos sinais e sintomas das doenças; muito importante para o diagnóstico da maioria das enfermidades. • Sintoma: manifestação de uma alteração orgânica ou funcional, descrita pelo paciente. • Sinal: sintoma objetivo. • A semiologia médica também refere-se à maneira de revelar (interrogatório, exame clínico) esses sintomas, com o propósito de se estabelecer um diagnóstico. AVALIAÇÃO CLÍNICA SEMIOLOGIA NUTRICIONAL • Exame físico que engloba a observação, inspeção, palpação e ausculta. • É a identificação de sinais que podem levar a sintomas não informados pelo paciente, e que são importantes para estabelecer o diagnóstico nutricional conclusivo; • É um instrumento obrigatório do processo de avaliação nutricional. AVALIAÇÃO CLÍNICA •Edema = acúmulo excessivo de líquidos nos espaços dos tecidos, especialmente no tecido conjuntivo; •Indica hipoproteinemia (hipoalbuminemia); •Deve ser feita considerando a posição preferencial do paciente: •Posição ortostática ou sentado – avaliar membros inferiores, começando pelos tornozelos. •Busca pelo cacifo ou Sinal de Godet - após suave e contínua pressão sobre a face anterior da perna, contra o osso, procura-se a presença de uma depressão tecidual. • Deve-se também ficar atento para sinais de edema generalizado (ascite). PESQUISAS DE EDEMA Sinal de Cacifo ou de Godet Edema Excesso de peso hídrico + Tornozelo 1 kg ++ Panturrila 1 – 3 kg +++ Joelho 3 – 4 kg ++++ Raiz da coxa 4 – 6 kg Anasarca 7 – 12 kg Fonte: NELZIR REIS, Santa Casa de Misericórdia do RJ. Envolve a obtenção de medidas físicas com o propósito de auxiliar na identificação do estado nutricional do paciente. Variáveis: •Peso atual – PA (kg); •Peso habitual ou peso usual – PU (Kg); •Altura (cm); •IMC (kg/m2); •Peso ideal (teórico ou desejável) (kg); •Dobras cutâneas (mm); •Circunferências: braço, panturrilha, quadril e cintura/abdome (cm); AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA Peso Ideal: Peso desejado a ser atingido e importante para a determinação da necessidade energética e de nutrientes. AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA Adequação de peso: permite classificar a adequação do peso atual do paciente em relação ao peso ideal. AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA 47 Peso Ajustado: Peso ideal corrigido para a determinação da necessidade energética e de nutrientes, quando a adequação do peso atual for inferior a 95% ou superior a 115% do peso ideal. AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA Peso ajustado = peso atual + peso ideal/2 48 Perda de peso em relação ao tempo: permite avaliar a gravidade do problema de saúde. AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA Percentual de Peso Usual: Permite classificar a adequação do peso atual em relação ao peso usual; útil em casos onde houve perda de peso: % PU = peso atual x 100/peso usual Classificação do Estado Nutricional conforme a adequação do peso atual 85,1%-95%: desnutrição leve; 75,1%-85%: desnutrição moderada; ≤ 75%: desnutrição grave. AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA (BLACKBURN, 1977) AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA (WHO, 2008) 51 % Adequação da Circunferência do Braço: % Adequação da CB = CB obtida(cm) x 100/ CB percentil 50 Classificação: AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA (BLACKBURN, 1977) Desnutrição grave Desnutrição Mod Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade %CB <70% 70-80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% > 120% Circunferência Muscular do Braço: CMB (cm) = CB(cm) - π x [PCT/10] Classificação: AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA (BLACKBURN, 1977) Desnutrição grave Desnutrição Mod Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade CMB <70% 70-80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% > 120% Área Muscular do Braço Corrigida: HOMENS MULHERES AMB (cm2) = [CB(cm) - π x PCT(mm)/10]2 - 10 4 π Classificação: AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA (BLACKBURN, 1977) Desnutrição grave Desnutrição Mod Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade CMB <70% 70-80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% > 120% AMB (cm2) = [CB(cm) - π x PCT(mm)/10]2 - 6,5 4 π Área de gordura do Braço: AGB (cm ² ) = CMB (cm) x [PCT (mm) ÷ 10] – [PCT (mm)÷ 10] ² 2 4 AGB (cm ² ) = CB (cm) x [PCT (mm) ÷ 10] – π x [PCT (mm)÷ 10] ² 2 4 Classificação: AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA (BLACKBURN, 1977) Desnutrição grave Desnutrição Mod Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade CMB <70% 70-80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% > 120% OU % Adequação de Prega Cutânea Triciptal: Rotineiramente utilizada % Adequação da PCT = PCT obtida x 100/ PCT percentil 50 Classificação: AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA (BLACKBURN, 1977) Desnutrição grave Desnutrição Mod Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade %PCT <70% 70-80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% > 120% Circunferência daCintura: Demonstra a distribuição do acumulo de gordura Classificação: AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA (OMS, 1998) Risco elevado Risco muito elevado HOMEM ≥ 94 cm ≥ 102 cm MULHER ≥ 80 cm ≥ 88 cm Composição Corporal: Permite diagnosticar possíveis anormalidades nutricionais. Classificação: AVALIAÇÃO ANTROPÓMETRICA (OMS, 1998) Gordura corporal (%) Homens Gordura corporal (%) Mulheres Risco de doenças ≤5 ≤8 Abaixo da média 6 a 14 9 a 22 Média 15 23 Acima da média 16 a 24 24 a 31 Obesidade ≥ 25 ≥ 32 • Método de avaliação do estado nutricional de pacientes em ambiente hospitalar; •Surgiu na década de 80, à partir da validação da avaliação clínica para a detecção de risco nutricional em pacientes cirúrgicos; •Vantagens: simples, de baixo custo, com boa reprodutibilidade e confiabilidade. AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL Questionário aplicado ao paciente no leito; •Inclui investigação de: •Alterações de peso; •Alterações da ingestão alimentar; •Sintomas gastrointestinais; •Capacidade funcional; •Diagnóstico clínico; •Exame físico. AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL •Hemoglobina (mg/dL); •Hematócrito (%); •Albumina (g/dL); •Uréia (mg/dL) e creatinina (mg/L); •Glicemia (mg/L); •Sódio (mEq/L); •Potássio (mEq/L); •Pressão arterial (mmHg); •Avaliação da competência imunológica; •Índices de prognóstico. PARAMÉTROS BIOQUÍMICOS Avaliação Dietética BASEADA NA ANAMNESE ALIMENTAR •Descrição recordada de hábitos alimentares e outros fatores relacionados à alimentação (fatores financeiros, higiênicos, aquisição de alimentos, preparo da alimentação), a qual irá justificar o diagnóstico nutricional do paciente e fundamentar a conduta a ser seguida. Monitorização da Terapia Nutricional •Avaliação da ingestão alimentar habitual; •Preferências; •Alergias; •Aversões; •Funcionamento intestinal; •Formas de preparo e higienização de alimentos; •Consumo de líquidos. Monitorização da Terapia Nutricional Estudo de Caso 1. IDENTIFICAÇÃO: Nome: _______________________________Clínica: __________________ Enf./Leito________________ Data de Nascimento: ___/___/___ Sexo: M ( ) F ( ) Ocupação: ______________ Escolaridade: ________ Data de Admissão: ___/___/___ Diagnóstico Principal: _________________________________________ Doença Associada: _____________________________________________________________________ Tratamento Cirúrgico: S ( ) N ( ) Procedimento: __________________________________________ Nº de Membros da Família: __________________________ Renda Familiar: _______________________ Data da Alta: _______/______/________ 1. IDENTIFICAÇÃO: C. V. T. L foi admitida no Hospital de Terapia Intensiva- HTI, no dia 08/06/2016, 84 anos (data de nascimento: 10/06/1932), sexo feminino, ensino médio completo, aposentada, viúva, natural da cidade de Coroatá- MA. Diagnóstico Principal: Pico Hipertensivo. 2. AVALIAÇÃO CLÍNICO-NUTRICIONAL: 2.1-Queixa Principal: 2.2-História da Doença Atual (HDA): 2.3-História Familiar: 2.4- História Patológica Pregressa: 2.5- História sócio-econômica: 2.6-Exames físico/clínico: 2.7. Medicamentos Prescritos / Interação: 2.8-Avaliação Antropométrica: 2.9-Avaliação Bioquímica: 2.10- Anamnese Alimentar: 2.11-Caracterização da Dieta Habitual: 2.12-Diagnóstico Nutricional Conclusivo: 67 2.1 QUEIXA PRINCIPAL Paciente apresentou quadro de febre e vômito, trauma de MMII, mal estar e aumento expressivo da pressão arterial. 2.2 História da Doença Atual Paciente acometida no serviço de urgência do hospital, procedente de sua residência, acompanhada de seus familiares, consciente, orientada, fásica, em repouso no leito, respirando sem suporte de O2. Relata ter apresentado mal estar geral ainda em casa. Pico de hipertensão ao chegar no serviço de urgência do hospital. Apresentando edema de MMII, sabidamente HAS e diabetes mellitus, cardiopata, fazendo uso diário de medicações. Nega alergia a medicamentos. Aguardando ser encaminhada para a UTI. 2.3 História Familiar Há casos de diabetes mellitus tipo 1 e hipertensão arterial sistêmica na família. 2.4 HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA Paciente diagnosticado hipertensão arterial sistêmica, problemas cardíacos e diabetes mellitus. 2.5 HISTÓRIA SÓCIO-ECONÔMICA Paciente vive na zona urbana de Teresina-PI, aposentada, com renda familiar de aproximadamente 5 salários mínimos. Paciente não etilista, não fumante e não praticante de atividade física nos últimos meses. Consciente, fásica, hemodinamicamente estável, em ar ambiente apresenta padrão respiratório regular, movimento ativo no leito, edema de MMSS e MMII diminuídos. 2. 6 EXAME FÍSICO /CLÍNICO 2.7. MEDICAMENTOS PRESCRITOS / INTERAÇÃO: Ranitidina: dificulta a absorção da vitamina B12. Lasix: provoca o aumento da excreção de minerais como potássio, magnésio, sódio, zinco e cálcio, seu uso prolongado também pode ocasionar deficiência de tiamina. Tylenol: fibras aumentam sua absorção. Apresolina: interfere no metabolismo da vitamina B6 e alimentos hiperlipídicos aumentam sua absorção. Puran: sua eficácia sofre efeito de fibras e gorduras. Novalgina, Seroquel, Bromoprida: não possui interação com nutrientes. Tazocin, nipride, Tramal, Concor, Atensina, Prolopa, Crestor e Adalat Oros: não foi encontrado interação droga-nutriente do presente medicamento. 2.8-AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA: Peso Atual (kg) ______ Peso Usual (kg) ________ Peso Ideal (kg) _______ Altura (cm) _______ Altura do Joelho (cm): _____ Perda de peso/período ______% PP ______ Classificação ______ C. da Panturrilha (cm) ________ CQ (CM) _________ CC (cm): __________________________ PARÂMETROS MONITORIZAÇÃO ANTROPOMÉTRICA Peso (kg) IMC (kg/m³) CC (cm) RCQ PCT (mm) CB (cm) CMB 2.8-AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA: IMC: Peso ÷ altura2= 61,5 ÷ 1,542= 61,5 ÷ 2,3716= 25,93 kg/m2 (EUTROFIA). Peso Ideal: IMC x altura2= 22 x 1,542= 22 x 2,3716= 52,2 kg. % de Adequação de Peso: Peso Atual x 100 ÷ Peso Ideal= 61,5 x 100 ÷ 52,2= 117,8 (SOBREPESO). % Peso Usual: Peso Atual x 100 ÷ Peso usual= 61,5 x 100 ÷ 68= 90,44 (Desnutrição Leve). 2.9-AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA: PARÂMETROS VALOR NORMAL MONITORIZAÇÃO BIOQUÍMICA M F Valor Diagnóstico Valor Diagnóstico Hemoglobina (g/dl) 13,5 a 18,0 12 a 16,4 Hematócrito (%) 40 a 54 37 a 47 Hemácias (M/mm) 4,2 a 6,5 4 a 5,3 Leucócitos (mm³) 4.000 a 9.000 Linfócitos (%) 20 a 45 % Linfócitos 800 a 4.050/ mm³ Plaquetas 150.000 a 400.000/ mm³ Albumina (g/dl) 3,5 > 3,5 Glicemia (mg/dl) 75 a 99 Sódio (mEq/L) 130 a 145 Potássio (mqE/L 3,5 a 5,5 Colesterol Total (mg/dl) < 200 LDL-colesterol (mg/dl) < 130 HDL-colesterol (mg/dl) > 35 Triglicerídeos (mg/dl) < 150 Pressão arterial (mmHg) ≤ 140 ≤ 90 TGO (IU/L) 12 a 40 TGP (IU/L) 08 a 53 2.9-AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA: PARÂMETROS VALOR NORMAL MONITORIZAÇÃO BIOQUÍMICA M F Valor Diagnóstico Valor Diagnóstico Hemoglobina (g/dl) 13,5 a 18,0 12 a 16,4 8,7 Reduzida Hematócrito (%) 40 a 54 37 a 47 26 Reduzida Hemácias (M/mm) 4,2 a 6,5 4 a 5,3 2,8 Reduzida Leucócitos (mm³) 4.000 a 9.000 17,8 Elevado Linfócitos (%) 20 a 45 % 9,0 Reduzido Linfócitos 800 a 4.050/ mm³ 1060 Normal Plaquetas 150.000 a 400.000/ mm³ 229.000 Normal Magnésio (mg/dl) 1,9 a 2,3 2,0 Normal Sódio (mEq/L) 130 a 145 126 Normal Potássio (mqE/L 3,5 a 5,5 4,3 Normal PCR(mg/l) 10 200 Elevada Cálcio (mmol/l) 1,17 a 1,32 1,15 Reduzido Ureia (mg/dl) 15 a 40 13 Reduzido Creatinina (mg/dl) 0,4 a 1,3 0,71 Normal Pressão arterial (mmHg) ≤ 140 ≤ 90 270/180 Elevada 2.9-AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA: Contagem Total Linfocitária (CTL) CTL= % de Linfócitosx nº de Leucócitos ÷ 100 CTL= 9,0 x 17.800 ÷ 100 = 102.000 ÷ 100= 1.602 (Depleção Leve) 2.10- ANAMNESE ALIMENTAR: REFEIÇÕES/ HORÁRIOS Alimentos/ Preparações Quantidades Vezes/ Semana Mediadas Caseiras Local DESJEJUM LANCHE ALMOÇO LANCHE JANTAR CEIA Dieta Habitual: (Análise da dieta por equivalente) 2.10- ANAMNESE ALIMENTAR: REFEIÇÕES/ HORÁRIOS Alimentos/ Preparações Quantidades Vezes/ Semana Mediadas Caseiras Local DESJEJUM Leite com Adoçante Pão Salgado com Manteiga Bolo 1 xícara chá cheia 1 unidade c ponta de faca 1 fatia pequena LANCHE Banana 1 unidade ALMOÇO Arroz Feijão Galinha Caipira 2 col. de sopa 1 col. de sopa LANCHE Salada de Frutas (Laranja, banana, maçã, mamão, uva) 1 copo americano JANTAR Café com Leite e adoçante Bolo Salgado 1 xícara chá cheia 1 fatia pequena CEIA - Dieta Habitual: (Análise da dieta por equivalente) 2.10- ANAMNESE ALIMENTAR: Consumo de Óleo: ______________ml/dia. Tipo de óleo ___________________________________ Consumo de Sal: _________________g/dia. Ingestão de Líquidos: _______________________________________________________________ Aversão Alimentar: ( ) Não ( ) Sim ___________________________________________________ Preferência Alimentar: ( ) Não ( ) Sim ________________________________________________ Apetite: ( ) Normal ( ) Reduzido ( ) Aumentado; Funcionamento Intestinal: ( ) Normal ( ) Constipação ( ) Diarréia. Horário de maior disposição alimentar: _______________________________________________ Alergia Alimentar: ( ) ______________________________________________________________ Intolerância Alimentar: ( ) __________________________________________________________ 2.10- ANAMNESE ALIMENTAR: Paciente possui consumo de óleo de 4,9 mL por dia. O tipo de óleo consumido é o de soja. O consumo de sal diário é de 4g. Paciente consome 2 L de água por dia. Apresenta aversão alimentar a carne de gado. Possui preferência por frutos do mar, peixe, panelada, fígado e feijoada. Possui apetite reduzido e com funcionamento intestinal lento. Horário de maior disposição alimentar é ao meio dia. Não apresenta alergia e nem intolerância alimentar. 2.11-CARACTERIZAÇÃO DA DIETA HABITUAL: A análise da dieta habitual demonstrou valores de 1.252 kcal/dia de VET, o equivalente a 24 Kcal/Kg. E ao consideramos os valores de carboidratos de (179,28g), proteínas de (61,56), lipídios de (32,04g), obtivemos valores consumidos de 3,43 g/Kg, 1,2 g/Kg, 0,6 g/Kg respectivamente. Desta forma podemos concluir que a dieta habitual do paciente apresenta-se por via oral, de consistência livre, hipocalórica, hipoglicídica, hiperproteica e hipolipídica. 2.12-DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL CONCLUSIVO: Paciente com risco nutricional leve, anêmico e com capacidade imunológica deprimida. 85 3.0 - DIETA PRESCRITA PELA INSTITUIÇÃO: 3.1. Vias de aceso: ( ) Oral ( ) Enteral ( ) Parenteral 3.2. Consome toda alimentação: ( ) sim ( ) Não Motivo: ___________________________________________________________________________ Sim, tem boa aceitação a dieta do hospital. Apenas reclama da variedade que é ofertada, que segundo a mesma é pouca. 86 4.0 – HÁBITOS DE VIDA: Consumo de Álcool: ( ) Não ( ) Sim. Há quanto tempo? ___________________________________ Tipo: _______________ Quantidade: ___________ Freqüência: ______________ Ex-Etilista: ( ) Há quanto tempo parou? _________________________________________________ Tipo: _______________ Quantidade: ___________ Freqüência: _____________________ Tabagista: ( ) Não ( ) Sim. Há quanto tempo? ___________________________________________ Tipo: _______________ Quantidade: ___________ Freqüência: _____________________ Ex-Tabagista: ( ) Há quanto tempo parou? ______________________________________________ Tipo: _______________ Quantidade: ___________ Freqüência: __________________ Consumo de café: ( ) Não ( ) Sim. Há quanto tempo? ___________ Quantidade/dia: ________ Parou de consumir café: Há quanto tempo? __________________ Quantidade/dia: ________ Consumo de preparações condimentadas: ( ) Não ( ) Sim: ________________________________ Há quanto tempo? ___________________________________ Quantidade/dia: __________________ 87 4.0 – HÁBITOS DE VIDA: Estressado, tenso: ( ) Não ( ) Sim Atividade física atual: ( ) Não ( ) Sim Tipo:____________________________________________ Freqüência/semana: _______________________________________________ Atividade física ao longo da vida: ( ) Não ( ) Sim Tipo: __________________________________ Freqüência/semana: _______________________________________________ Ingestão de medicamentos em casa: ( ) Não ( ) Sim Tipo: ________________________________ Dosagem: ___________________________________________ 88 4.0 – HÁBITOS DE VIDA: Paciente não faz uso de álcool. Não fuma. Consome café todos os dias, sendo a frequência 7 vezes por semana. Consome comidas condimentadas todos os dias. Praticava atividade física, sendo a atividade realizada hidroginástica, no entanto parou há dois meses, devido a problemas de saúde e a paciente faz uso de regular de medicamentos. 89 5.0 – PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA DO ESTAGIÁRIO: Dieta: _____________________________________________________________________________ VCT: ____________________ Kcal HC: ________________% ________________Kcal: ________________g Fibras: ______________mg Proteína: _______________% _____________Kcal _________________g Relação AA/AR: ________ Lipídios: __________%__________Kcal ______________g P/S__________ Colesterol: ___________g Retinol: _________ Ác. Ascórbico: _______ Tiamina: _______ Riboflavina: _______ Niacina: _______ CA**: ___________ Fe++:_________ K+:__________ Na++ ______________ Fósforo: ______________ Líquidos: ________________________ Temperatura: ______________ Fracionamento: ___________ Consistência: ___________________________ Densidade Calórica: ___________________________ Outros: ____________________________________________________________________________ 90 5.0 – PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA DO ESTAGIÁRIO: Dieta adotada: dieta geral, uma vez que a mesma é indicada para pessoas que não necessitam de modificações dietoterápicas específicas, no qual a condição clínica não exige modificações nutricionais e na consistência da dieta, onde o TGI está funcionante (normal) e a dieta não irá interferir no funcionamento digestório, pois não há alterações metabólicas que exijam mudanças da dieta, como é o caso do paciente, ajudando assim a melhorar seu estado de saúde. Objetivos: Reduzir dos níveis tensionais; Incorporar hábitos alimentares saudáveis permanentes; Controlar o peso. 91 Cálculo das Necessidades Nutricionais: VCT= 30-35 Kcal/Kg VCT= 30 x 52,2= 1.566 Kcal/dia. Distribuição dos Macronutrientes: Macronutrientes % VCT Kcal Gramas g/Kg Carboidratos 55 861,3 215,3 4,1 Proteínas 20 313,2 78,3 1,5 Lipídios 25 391,5 43,5 0,8 5.0 – PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA DO ESTAGIÁRIO: Características da Dieta: Normocalórica, de modo a manter o peso corporal na faixa normal do IMC (5 a 20 mmHg para cada 10kg perdido); Normoglicídica para manutenção do quadro glicêmico, enfatizando o consumo de carboidratos complexos; Hiperproteica para favorecer o balanço nitrogenado positivo e a síntese de massa magra; Hipolipídica, para reduzir o risco de doenças cardiovasculares, visto que o paciente é hipertenso. 5.0 – PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA DO ESTAGIÁRIO: CARDÁPIORECOMENDAÇÕES E ORIENTAÇÕES: Orientações Gerais Preferir Evitar RECOMENDAÇÕES E ORIENTAÇÕES: Manter o peso corporal adequado. Utilize ervas desidratadas, temperos naturais, pimenta e sucos de frutas para temperar os alimentos. Evite alimentos processados como biscoitos, salgadinhos e embutidos. Evite a utilização de temperos prontos e caldos concentrados, eles são ricos em sódio. Evite o uso de gordura animal como o bacon, toucinho, entre outros. RECOMENDAÇÕES E ORIENTAÇÕES: Diante da avaliação completa do paciente estudado, conclui-se que os seus hábitos alimentares inadequados são fatores contribuintes para o agravamento do seu estado de saúde. Esta patologia necessita de um acompanhamento nutricional, principalmente na fase em que a paciente se encontra. A dieta prescrita é direcionada a melhora do quadro e tem por finalidade diminuir as complicações eventuais, melhorando as condições de saúde da paciente. Ao avaliar e prescrever um tratamento dietoterápico percebeu-se o quanto é importante atentar-se a cada particularidade da doença e buscando sempre melhorar o estado do paciente, melhorando sua qualidade de vida, para que esta consiga permanecer de forma tolerável e diminuir as complicações e desconfortos. REFERÊNCIAS RECOMENDADAS: •DUARTE, A.C.D.; CASTELLANI, F.R. Semiologia nutricional. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2002. •DUARTE, ACD. Avaliação Nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: Atheneu, 2007. •MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia ( tradução Andréa Favano). Krause:Alimentos, nutrição & dietoterapia. 11 ed. São Paulo: Roca, 2005. Título original: Krause’s food, nutrition & diet therapy,11 th ed. •NAIM NEHME, Marcia, VIEIRA MARTINS, Maria Eugenia, LOURENCO CHAIA, Vanessa et al. Contribuição da Semiologia para o Diagnóstico Nutricional de Pacientes Hospitalizados. ALAN, June 2006, vol.56, no.2, p.153-159. •NOZAKI, et al. Atendimento nutricional de pacientes hospitalizados. Rio de Janeiro: Rubio, 2013. •Sitio eletrônico do Conselho Federal de Nutricionistas. www.cfnnut.org.br/legislação. •WAITZBERG, Dan Linetzky. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2000. V. 1 e 2., 1858p. Cuppari, Lilian. Guia de Nutrição Clínica do adulto. 3 ed. São Paulo, Manole, 2014.
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