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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp 
 
 
 
 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA 
 
 
 
Preferência Alimentar de Sitophilus oryzae (Linnaeus, 1763) 
(Coleoptera: Dryophthoridae) a diferentes variedades de arroz 
e avaliação de perdas. 
 
 
 
 
Gabriel Alan Crein Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Instituto 
de Biociências do Campus de Rio 
Claro, Universidade Estadual 
Paulista, como parte dos requisitos 
para obtenção do título de 
Especialista em Entomologia 
Urbana . 
07/2013 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: 
TEORIA E PRÁTICA 
 
 
 
 
Preferência Alimentar de Sitophilus oryzae (Linnaeus, 1763) 
(Coleoptera: Dryophthoridae) a diferentes variedades de arroz 
e avaliação de perdas 
 
 
 
 
 
Gabriel Alan Crein Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
ORIENTADORA: Dra. Ana Eugênia de Carvalho Campos 
CO-ORIENTADOR: PqC. Francisco José Zorzenon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Instituto 
de Biociências do Campus de Rio 
Claro, Universidade Estadual 
Paulista, como parte dos requisitos 
para obtenção do título de 
Especialista em Entomologia 
Urbana . 
07/2013 
 
Resumo 
O arroz é um alimento de extrema importância mundial, fornecedor de 20% da energia 
alimentar para o conjunto de países em desenvolvimento. O Brasil é o maior produtor e 
consumidor de arroz entre os países ocidentais. Algumas das principais e mais 
destrutivas pragas infestantes do arroz armazenado pertencem ao gênero Sitophilus. 
Diversas pesquisas apontam a preferência alimentar de insetos relacionada com a 
qualidade nutricional do alimento. O objetivo deste trabalho foi averiguar a 
reprodutividade de Sitophilus oryzae (Linnaeus, 1763) (Coleoptera: Dryophthoridae) em 
oito diferentes variedades de arroz e avaliar as perdas causadas por esta praga. Para a 
condução do experimento foi utilizado oito variedades de arroz: arroz agulha branco, 
arroz aromático jasmine, arroz sasanishiki, arroz agulha integral, arroz cateto, arroz 
vermelho, arroz cateto vermelho e arroz preto. Para realização do experimento os 
foram pesados 100 gramas de cada variedade de arroz, colocados em frascos e 
infestados com 20 indivíduos de S. oryzae, após 90 dias o arroz foi separado e os 
insetos contados. Os dados foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis e post-hoc 
de Bonferroni a nível de significância de 5%. Foi verificada a preferência alimentar de 
S.oryzae, pelas variedades de arroz integrais, por apresentarem maiores valores de 
proteína. Os dados analisados mostraram diferença muito significativa pela analise de 
Kruskal-Wallis e o teste de post-hoc mostrou que essa diferença se deu entre 
variedades de arroz polidos e integrais. 
Palavras chave: Arroz, Sitophilus oryzae, preferência alimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abstract 
Rice is a food extremely important global supplier of 20% of food energy for all 
developing countries. Brazil is the largest producer and consumer of rice among 
Western countries. The main insects that can attack stored rice are the beetles of the 
genus Sitophilus. Several studies point to the feeding preference of insects related to 
the nutritional quality of the food. The objective of this study was to evaluate the 
reproducibility of Sitophilus oryzae (Linnaeus, 1763) (Coleoptera: Dryophthoridae) in 
eight different varieties of rice and evaluate the losses caused by this pest. For the 
experiment was utilized eight varieties of rice: Rice needle white, aromatic jasmine rice, 
sasanishiki rice, brown rice, brown cateto rice, red rice, red cateto rice and black rice. 
To conduct the experiment, weighed 100 grams each variety of rice, placed in jars and 
infested with 20 individuals of S. oryzae, the rice after 90 days was counted separately 
and insects. Data were analyzed using the Kruskal-Wallis and post-hoc Bonferroni 
significance level of 5%. Was observed feeding preference S. oryzae, the varieties of 
brown rice, because they have higher amounts of protein. The analyzed data showed 
very significant difference by analysis of Kruskal-Wallis test and post-hoc analysis 
showed that this difference occurred between varieties of rice polished and integrals. 
 
Keywords: Rice, Sitophilus oryzae, food preference. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
1. Introdução ............................................................................................... 1 
2. Objetivos ................................................................................................. 3 
3. Justificativa ............................................................................................. 3 
4. Materiais e Métodos ............................................................................... 4 
4.1. Materiais .............................................................................................. 4 
4.2. Métodos ............................................................................................... 4 
5. Resultados e Discussão ......................................................................... 5 
6. Conclusões ............................................................................................. 9 
7. Referências Bibliográficas .................................................................... 10 
7. Anexos ................................................................................................. 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
1. Introdução 
 
 O arroz é um alimento de extrema importância mundial, fornecedor de 20% da 
energia alimentar para o conjunto de países em desenvolvimento, sendo um alimento 
consumido por mais de metade da população humana (WALTER et al., 2008; FAO, 
2012). 
 Entre os países ocidentais o Brasil é o maior produtor e consumidor de arroz, 
tendo um consumo médio de 45 kg por habitante/ano (GAMEIRO & GAMEIRO, 2008). 
Grande parte das safras de grãos é perdida devida as falhas no armazenamento e para 
que o grande investimento dessa produção seja compensado é necessário armazenar 
bem as colheitas, processo esse que contribui no controle da produção, circulação e 
disponibilidade de alimentos a população (CAMPOS & ZORZENON, 2006). 
 Nos armazéns insetos encontram condições favoráveis para o seu 
desenvolvimento como: abrigo, proteção e farta quantidade de alimento, sendo 
considerados pragas por danificar economicamente tais produtos. As perdas causadas 
por insetos em grãos armazenados podem ser iguais ou até maiores que pragas que 
atacam a cultura no campo. No entanto, os danos sofridos por plantas em 
desenvolvimento podem ser compensadas, em parte, por determinados tratamentos, 
enquanto que em grãos armazenados os danos são definitivos e irrecuperáveis. 
 Entre os insetos que são comumente encontrados em grãos armazenados os 
que pertencem às ordens Coleoptera e Lepidoptera compreendem as espécies de 
maior importância como pragas. 
 Mais de 600 espécies de insetos da ordem Coleoptera já foram associadas a 
produtos armazenados em varias partes do mundo e entre elas se encontram a maioria 
das principais pragas desses produtos (ATHIÉ & CESAR DE PAULA, 2002). Quase 
todos os nichos ecológicos dentro do ecossistema de armazenamento podem ser 
ocupados por uma ou mais espécies de coleópteros, podendo ser pragas primárias, 
secundárias ou vetores de patógenos (PEREIRA & MASSUTI DE ALMEIDA, 2001). As 
pragas primárias atacam grãos inteiros e sadios, enquanto que pragas secundárias 
necessitam de uma abertura deixada pelas pragas primárias ou avarias ocasionadas 
na colheita ou manuseio (CAMPOS & ZORZENON, 2006). 
 Os principais insetos que podem atacar o arroz armazenado são os besouros do 
gênero Sitophilus, conhecidos popularmente como carunchos doscereais, 
especialmente Sitophilus oryzae (caruncho do arroz). Os adultos caracterizam-se por 
apresentar a cabeça projetada à frente dos olhos, formando um rostro longo, com cerca 
2 
 
de 1 mm de comprimento no qual se encontra o aparelho bucal mastigador na 
extremidade. As fêmeas possuem o rostro mais longo e afilado do que o macho, que 
usam para fazer orifícios nos grãos para a postura. Cada fêmea ovipõe em média 200 
ovos durante cerca de 100 dias de vida (CAMPOS & ZORZENON, 2006; ZORZENON 
& JUSTI JUNIOR, 2006; ATHIÉ & CESAR DE PAULA, 2002). 
 Os Sitophilus são pragas primárias internas, que completam o seu ciclo de vida 
no interior de apenas um grão. Os danos decorrem na redução de peso, qualidade 
física, perda do poder germinativo devido à ação de alimentação e oviposição, perda 
do valor nutritivo e contaminação pela penetração de outros organismos (LORINI et al., 
2010). 
 Chaboussou (1987) relacionou que a preferência alimentar dos insetos está 
ligada a determinados alimentos que tenham atributos nutricionais específicos. Esse 
autor afirma que a planta fica mais vulnerável ao ataque de pragas quando essas 
encontram em tecidos vegetais teores altos de aminoácidos livres, açúcares e minerais 
solúveis. 
Knapp et al. (1965) verificou a preferência de Helicoverpa zea (Lepidoptera : 
Noctuidae) por variedades de milho com concentrações maiores de proteínas. Boiça 
Junior et al. (1996) constataram a preferência de Sitophilus sp. por variedades de 
milhos cultivadas em solos adubados. 
Matsue e Ogata (1998), a fim de confirmarem as variedades de arroz com 
maiores valores nutricionais, relataram que os valores protéicos em variedades de 
arroz vermelho e preto eram maiores do que em arroz agulha branco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2. Objetivos 
 
• Verificar a reprodutividade de Sitophilus oryzae em diferentes variedades de 
arroz. 
• Avaliar as perdas causadas pela praga nas diferentes variedades de arroz 
estudadas. 
 
3. Justificativa 
 
 Uma vez que se saiba a variedade de arroz mais ou menos suscetível a 
infestação de S. oryzae os investimentos em medidas de monitoramento, prevenção e 
controle dessa praga poderão ser melhor direcionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
4. Materiais e Métodos 
 
4.1. Materiais 
 
Os experimentos foram conduzidos sob condições controladas de temperatura 
(25 °C ±1ºC) e umidade relativa (80% ±5%) em BOD (Anexo A) no laboratório da 
Unidade Laboratorial de Referência em Pragas Urbanas do Instituto Biológico. 
 Para a realização do experimento foram utilizadas oito variedades de arroz: 
arroz agulha branco, arroz agulha integral, arroz cateto integral, arroz cateto vermelho, 
arroz agulha vermelho, arroz agulha preto, arroz aromático jasmine e arroz sasanishiki. 
 Para a infestação foram utilizados exemplares de Sitophilus oryzae provenientes 
da criação da Unidade Laboratorial de Referência em Pragas Urbanas do Instituto 
Biológico. A confirmação da identificação dos insetos foi feita através de biologia 
molecular pelo pesquisador Dr. Ricardo Harakava do Instituto Biológico, pelo 
sequenciamento de parte do gene da citocromo oxidase I mitocondrial e posterior 
comparação com sequências depositadas no GenBank. 
 
4.2. Métodos 
 
 Para a realização do experimento foi utilizado o método de confinamento, no 
qual foram pesados 100 gramas de cada variedade de arroz, e colocados em frascos 
de vidro junto com 20 exemplares de S. oryzae. Após 90 dias o arroz foi peneirado para 
retirada das impurezas e pesado novamente a fim de se verificar a diferença de peso 
inicial e final para caracterizar o consumo. Após o período do experimento os insetos 
também foram contados para se caracterizar a reprodutividade de S. oryzae em cada 
variedade de arroz. Foram realizadas cinco repetições de cada variedade de arroz e 
mais um frasco de vidro sem indivíduos de S. oryzae utilizado como controle. 
 As variáveis da reprodutividade e do consumo de cada variedade de arroz foram 
comparados pela analise de variância não paramétrica de Kruskal-Wallis e post-hoc de 
Bonferroni, realizados pelo aplicativo freeware BioEstat 5.3, ao nível de 5% de 
significância. 
 
 
5 
 
 
5. Resultados e Discussão 
 
 A tabela 1 mostra a reprodutividade de S. oryzae, nas oito variedades de arroz, 
após o período de 90 dias. Foi observado que as variedades de arroz mais propiciaram 
a reprodução das pragas foram; arroz agulha preto, seguido de arroz integral, arroz 
agulha vermelho, arroz cateto integral, arroz cateto vermelho. E as variedades arroz 
sasanishiki, arroz aromático jasmine e arroz agulha branco foram as que obtiveram 
menores índices de reprodutividade de S. oryzae. O gráfico 1 representa a diferença 
entre as médias de reprodutividade de S. oryzae nas diferentes variedades de arroz. 
SERIA INTERESSANTE COLOCAR Nº DE INDIVÍDUOS APÓS .. NAS VARIEDADES 
Tabela 1: Reprodutividade de S. oryzae nas diferentes variedades de arroz estudadas após 90 dias. 
 
 
 
Figura 1: Diferença entre as médias de reprodutividade de S. oryzae nas diferentes variedades de arroz 
estudadas após 90 dias. 
Variedade do arroz Testemunha Frasco 1 Frasco 2 Frasco 3 Frasco 4 Frasco 5
Arroz branco 0 316 546 469 311 178
Arroz aromático jasmine 0 140 233 235 73 171
Arroz sasanishiki 0 685 677 21 592 621
Arroz agulha integral 0 2618 2212 2014 1930 2643
Arroz cateto integral 0 1726 908 1917 2544 2639
Arroz vermelho 0 2016 2183 1744 2734 1827
Arroz cateto vermelho 0 2021 2046 1885 593 2186
Arroz preto 0 2318 2767 2901 2848 2211
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
N
º 
d
e 
in
d
iv
íd
u
o
s
6 
 
 
 A tabela 2 mostra o peso final das oito variedades de arroz após ser consumido 
por S. oryzae depois de um período de 90 dias. As variedades de arroz mais 
consumidas são; arroz agulha preto seguido do arroz agulha vermelho, arroz integral, 
arroz cateto vermelho e arroz cateto integral. E as variedades que foram menos 
consumidas foram arroz sasanishiki, arroz agulha branco e arroz aromático jasmine. O 
gráfico 2 mostra a diferença da média de consumo entre as diferentes variedades de 
arroz. 
Tabela 2: Consumo de S. oryzae nas diferentes variedades de arroz estudadas após 90 dias. 
 
 
 
Figura 2: Diferença entre as médias de consumo de S.oryzae nas diferentes variedades de arroz 
estudadas após 90 dias. 
 
 Na comparação da reprodutividade de S. oryzae, em oito diferentes variedades 
de arroz a análise de variância não paramétrica de Kruskal-Wallis (H) revelou que 
Variedade do arroz Testemunha Frasco 1 Frasco 2 Frasco 3 Frasco 4 Frasco 5
Arroz branco 100 92.8 84.81 88.31 92.3 96.07
Arroz aromático jasmine 100 94.46 89.29 89.73 98.07 91.86
Arroz sasanishiki 100 70.33 79.07 101.39 73.81 79.1
Arroz agulha integral 100 33.43 39.35 39.65 33.16 34.95
Arroz cateto integral 100 50.1 83.9 38.42 41.71 37.7
Arroz vermelho 100 35.95 30.12 37.06 24.78 35.71
Arroz cateto vermelho 100 37.84 38.75 40.85 61.79 33.76
Arroz preto 100 25.35 20.5 18.62 20.73 27.61
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Arroz
branco
Arroz
aromático
jasmine
Arroz
sasanishiki
Arroz
agulha
integral
Arroz
cateto
integral
Arroz
vermelho
Arroz
cateto
vermelho
Arroz preto
P
e
so
 f
in
al
 /
 g
ra
m
as
7 
 
houve uma diferença estatística significativa (H=31.191; p<0,0001) ao nível de 
significância de 5% com 7 graus de liberdade. O teste de post-hoc de Bonferroni, indica 
que a diferença entre os postos médios das abundâncias numéricas de S. oryzae 
quando se compara as variedades de arroz agulha branco com arroz agulha preto, 
arroz aromático jasmine com arroz agulha integral, arroz jasmine com arroz agulha 
preto e arroz sasanishiki com arroz preto foram as diferenças responsáveis pelo valor 
muito significante da análise de Kruska-Wallis (Tabela 3). 
Tabela 3: Diferenças significativas entre os postos médios das abundâncias de S. oryzaeque se 
desenvolvem em variedades distintas de arroz por meio do teste de post-hoc de Bonferroni. 
 
A comparação do consumo nas oito diferentes variedades de arroz estudadas, a 
análise de Kruskal-Wallis (H) também mostrou que houve uma diferença estatística 
muito significante (H=33.989; p<0,0001) com nível de significância de 5% com 7 graus 
de liberdade. O teste de post-hoc de Bonferroni indicou que a diferença entre os postos 
médios do consumo de arroz pelo S. oryzae, quando se compara as variedades de 
arroz agulha branco com arroz agulha vermelho, arroz agulha branco com arroz agulha 
preto, arroz aromático jasmine com arroz agulha vermelho, arroz aromático jasmine 
com arroz agulha preto e arroz sasanishiki com arroz agulha preto foram as diferenças 
responsáveis pelo valor muito significante da análise de Kruskal-Wallis (Tabela 4). 
Tabela 4: Diferenças significativas entre os postos médios do consumo de S. oryzae em variedades 
distintas de arroz por meio do teste de post-hoc de Bonferroni. 
 
Tanto a produtividade como o consumo de S.oryzae foram maiores em 
variedades de arroz integrais. E as diferenças significativas da analise de Kruskal-
Wallis também se deu entre as variedades de arroz integrais e arroz polido. Os 
Comparações Dif. Postos z calculado
arroz branco-arroz preto 27,2 3,6788
arroz jasmine-arroz agulha integral 25,2 3,4083
arroz jasmine-arroz preto 31,4 4,2469
arroz sasanishiki-arroz preto 24,2 3,2731
(p<0.05; Zcrítico = 3.125).
Comparações Dif. Postos z calculado
Arroz branco - Arroz agulha vermelho 24 3,246
Arroz branco - Arroz preto 30,6 4,1387
Arroz jasmine - Arroz agulha vermelho 25 3,3813
Arroz jasmine - Arroz preto 31,6 4,2739
Arroz sasanishiki - Arroz preto 25,8 3,4895
(p<0.05; Zcrítico = 3.125).
8 
 
resultados nesta pesquisa demonstraram que a preferência do S. oryzae é maior por 
variedades de arroz integrais. 
 O arroz integral é obtido da descascagem, que é a separação da casca da 
cariopse do grão. Este por sua vez pode ser polido para a remoção do farelo 
(pericarpo, tegumento, camada de aleurona e gérmen) para obtenção do arroz branco 
polido. A camada de aleurona removida nesse processo apresenta grãos de aleurona 
que são os principais materiais de reserva de proteínas em sementes (WALTER et al., 
2008). No arroz a composição média de proteína em grãos integrais é de 10,46%, 
maior que a média em arroz branco polido que é de 8,94% (STORCK, 2004). Portanto 
provavelmente a preferência do S. oryzae está ligada com a composição protéica das 
variedades de arroz integrais. 
 Resultados semelhantes foram obtidos por Pacheco (2009), que pesquisou a 
preferência de Sitophilus sp. em arroz cultivado em diferentes manejos de solo. Nesse 
trabalho foi observada a preferência foi maior por variedades de arroz adubadas que 
tiveram maior quantidade de proteína. 
 Walter (2009) em pesquisa para diferenciar componentes químicos entre 
variedades de arroz com pericarpo marrom-claro, vermelho e preto, avaliou maiores 
concentrações de proteína em grãos com pericarpo vermelho e preto. Variedades estas 
que foram preferência no presente estudo. Matsue & Ogata em 1998 também 
verificaram valores maiores de proteína em variedades de arroz vermelho e preto em 
comparação com arroz branco. 
 Souza et al., (2012) em estudo de preferência alimentar de S. oryzae em relação 
a arroz, milho e trigo verificaram a preferência por trigo, também relacionada a maiores 
concentrações de proteína nesse cereal. 
 Altos valores protéicos disponibilizam maiores quantias de aminoácidos que são 
essenciais para a produção de tecidos e enzimas, alem disso o nitrogênio tem função 
em todos os processos metabólicos e em codificação genética, sendo a quantidade 
deste um fator que limita o crescimento e fecundidade de insetos (PARRA, 1991). 
 
 
 
9 
 
6. Conclusões 
 
• Devido as maiores taxas protéicas, as variedades de arroz integrais foram 
preferidas pelo S. oryzae, devendo ser adotadas medidas de controle e 
prevenção mais minuciosas. 
• Pelos resultados obtidos as variedades de arroz integrais são as mais 
recomendadas para uma criação de S. oryzae em laboratório. 
• Vale a consideração de que esta pesquisa em processo piloto obteve um 
resultado diferente deste, no qual foi utilizado arroz de outra marca. O arroz 
utilizado anteriormente não permitiu o desenvolvimento dos insetos, o que 
provavelmente era por resíduos de agrotóxicos. Isso abre possibilidade para 
novos estudos com metodologia semelhante, que indique a possível presença 
de resíduos químicos. 
 
NÃO SERIA INTERESSANTE ALGO ASSIM: 
RECOMENDAÇÃO: DESTACAR A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE INSETICIDAS 
EM TRABALHOS DESTE TIPO????? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
7. Referências Bibliográficas 
 
ATHIÉ, I., CESAR DE PAULA, D. Insetos de Grãos Armazenados. Aspectos 
Biológicos e Identificação. 2º Ed. São Paulo: Livraria Varela, 224p. 2002. 
BOIÇA JUNIOR, A. L.; LARA, F. M.; LUCCIN, L. M.; COSTA, G. M. Avaliação dos 
efeitos da adubação em genótipos de milho sobre a incidência de Spodoptera 
frugiperda (SMITH, 1797), Helicoverpa zea (BODDIE, 1850) e Sitophilus 
zeamais Mots., 1855. Cultura Agronomica, Ilha Solteira, vol.5, n.1, p.39-50, 
1996. 
CAMPOS, T.C., ZORZENON, F.J. Pragas dos Grãos e Produtos Armazenados. 
Boletim Técnico – Instituto Biológico. n.17. São Paulo – SP. 47p. 2006. 
CHABOUSSOU, F. Plantas doentes pelo uso de agrotóxicos: teoria da trofobiose. 
Porto Alegre: L&PM, 256p. 1987. 
FAO, Food and Agriculture Organization of United Nations. International Year of Rice 
2004. Disponível em: http://www.fao.org/rice2004/index_en.htm. Acesso em: 23 
julho. 2012. 
GAMEIRO, A.H. & GAMEIRO M.B.P. O arroz no varejo e os fatores que influenciam o 
dispêndio das famílias consumidoras. Revista de Economia e Sociologia 
Rural, Piracicaba, vol. 46, n. 04, p.1043-1066, 2008. 
KNAPP, J. L., HEDIN, P. A. e DOUGLAS, W. A. Amino-acids and reducing sugar in 
silks of corn resistant or susceptible to corn earworm. Annals of the 
Entomological Society of America. vol. 58, n. 3, p.401-402, 1965. 
LORINI, I., KRZYZANOWSKI, F.C., FRANÇA-NETO, J.B., HENNING, A.A. Principais 
Pragas e Métodos de Controle em Sementes durante o Armazenamento – 
Série Sementes – Embrapa. Circular Técnica 73. Londrina – PR. 2010. 10p. 
Disponível em: http://www.cnpso.embrapa.br/download/CT73.pdf. Acesso em 23 
julho. 2012. 
MATSUE, Y., OGATA, T. Physicochemical and Moch-making properties of the Native 
Red and Black-Kerneled Glutinous Rice Cultivars. Plant Production Science. 
vol.1, n.02, p.126-133, 1998. 
PACHECO, F.P.F. Proteínas de Reserva e Preferência de Sitophilus sp. A 
Variedades Locais e Melhoradas de Arroz (Oryza sativa L.) Cultivadas em 
http://www.fao.org/rice2004/index_en.htm
http://www.cnpso.embrapa.br/download/CT73.pdf
11 
 
Diferentes Manejos de solos. Dissertação (Mestrado em Agroecologia). 
Universidade Estadual do Maranhão. 70p. 2009. 
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12 
 
 
 
7. Anexos 
Anexo A: Condução do experimento em condições controladas em BOD. 
 
 
Anexo B: Grãos de arroz agulha branco após o período do experimento A: 
testemunha, B: arroz infestado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A B 
 
Anexo C: Grãos de arroz aromático jasmine após o período do experimento A: 
testemunha, B: arroz infestado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 A B 
Anexo D: Grãos de arroz japonês sasanishiki após o período do experimento A: 
testemunha, B: arroz infestado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A B 
 
Anexo E: Grãos de arroz agulha integral após o período do experimento A: 
testemunha, B: arroz infestado. 
 
 
 
 
 
 
 A B 
 
Anexo F: Grãos de arroz cateto integral após o período do experimento A: 
testemunha, B: arroz infestado. 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 A B 
Anexo G: Grãos de arroz cateto vermelho após o período do experimento A: 
testemunha, B: arroz infestado. 
 
 
 
 
 
 
 A B 
 
Anexo H: Grãos de arroz agulha vermelho após o período do experimento A: 
testemunha, B: arroz infestado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A B 
 
Anexo I: Grãos de arroz agulha preto após o período do experimento A: 
testemunha, B: arroz infestado. 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 A B

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