Buscar

TCGU08---Jessica-de-Sousa-Baldassarini

Prévia do material em texto

A IMPORTÂNCIA DO MUNICÍPIO DE MARÍLIA NO CENÁRIO DO CENTRO-
OESTE PAULISTA1. 
 
 
Jéssica de Sousa Baldassarini 
Jessika_baldassarini@hotmail.com 
Aluna de graduação do 2º ano de geografia. 
Universidade Estadual Paulista: Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e 
Tecnologia. 
 Bolsa de Apoio Acadêmico e Extensão I (BAE). 
 
 Orientadora: 
 Prof. Dra. Rosângela Ap. de Medeiros Hespanhol. 
 Dep. de Geografia/FCT/UNESP 
 
 
RESUMO 
Esse trabalho busca compreender a importância do município de Marília no cenário do Centro-
Oeste Paulista, no que tange as suas atividades sócio-econômicas que atualmente atendem a 
população de outras cidades da região Centro-Oeste (serviços de saúde, educação, produtos 
industriais etc.). Para que este diagnóstico fosse possível foi realizada pesquisa bibliográfica 
sobre o histórico e o crescimento econômico e social do município, além de entrevistas com 
responsáveis por órgãos públicos (Prefeitura, Associação Comercial) e indústrias da cidade. O 
processo de crescimento do município foi iniciado com a produção agrícola que atraiu 
indústrias de beneficiamento para a cidade e que, por sua vez, influenciaram no maior 
crescimento do comércio e do setor de serviços. Posteriormente houve a expansão de 
institutos de ensino, estabelecimentos de saúde etc., que atendem cidades paulistas. Todos 
estes fatores estiveram vinculados com o crescimento populacional da cidade. 
Concomitantemente observou-se a proliferação de problemas ocasionados pelo crescimento 
desordenado da cidade, como por exemplo, o aumento da periferia, a ineficácia do 
abastecimento de água, do tratamento de esgoto e da falta de adequação da deposição do lixo 
gerado, falta de investimentos na produção de matérias-primas utilizadas pelas indústrias 
locais etc. 
 
Palavras Chave: Marília; Indústria; Serviços; Crescimento Populacional; Economia. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Nessa pesquisa objetivamos compreender a estruturação e a 
funcionalidade da cidade de Marília. Seu processo de crescimento foi iniciado com a 
grande produção agrícola, sobretudo da cafeicultura, que atraiu indústrias de 
beneficiamento para a cidade, as quais por sua vez, influenciaram no maior 
crescimento do comércio e do setor de serviços. 
 Compreender como a cidade se formou, os acontecimentos que auxiliaram 
no seu crescimento e os aspectos que fazem o município influente na região do 
 
1
 Eixo Temático: Geografia Urbana 
mailto:Jessika_baldassarini@hotmail.com
Centro-Oeste Paulista tanto no que se refere à prestação de serviços e educação 
como também na geração de empregos e abastecimento do mercado regional, são de 
suma importância para o entendimento de todo o sistema industrial e populacional 
que permeia a dinâmica geográfica do Estado de São Paulo. 
 Para que os objetivos da pesquisa fossem alcançados, se iniciou com a 
busca de material na Biblioteca da Câmara Municipal de Marília e do campus da 
UNESP de Presidente Prudente. Além dos livros e das demais obras, foram utilizados 
diversos periódicos que circularam na região e que apresentavam como tema estudos 
e análises sobre a economia mariliense e suas implicações. 
 Após esta revisão histórica de Marília, foram elaborados diversos 
questionários destinados a distintos setores da cidade como a ACIM (Associação 
Comercial e Industrial de Marília), a Prefeitura do município, as instituições de ensino 
superior e técnico da cidade, as instituições de saúde (particulares e públicas) e as 
principais indústrias como Marilan, Nestlé, Marcon, Ikeda, Sasazaki, Dori e Bel. 
 O artigo está dividido em três partes, além da introdução, considerações 
finais e referências. A primeira consiste em uma revisão bibliográfica, em que foi 
enfatizado o processo de ocupação da região e o histórico das empresas que se 
instalaram ou que foram fundadas em Marília. A segunda parte foi elaborada com o 
auxilio de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), da SEADE 
(Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e de periódicos que apresentavam 
informações sobre Marília, incluindo as ligadas com a prestação de serviços como 
saúde e educação, ao comércio etc. 
 A terceira parte abrange a estruturação econômica, geração de empregos, 
qualidade hospitalar etc. e a inserção da cidade de Marília para a economia nacional e 
internacional por meio das indústrias instaladas nessa localidade que souberam 
conseguiram crescer frente às dificuldades de uma região periférica do estado e, por 
fim, foram abordadas as dificuldades que ainda impedem o maior crescimento do 
município, no que tange, principalmente, ao aspecto econômico. 
 Estudar as características de cidades médias como Marília é de extrema 
importância para conhecermos como se deu a estruturação de uma influente cidade 
do Estado de São Paulo. Desde sua fundação, o município tem sido influenciado por 
movimentos migratórios (da região metropolitana e de diversas outras regiões do país, 
como o nordeste), por movimentos revolucionários (como a revolução de 1930) e até 
por conjunturas internacionais como a Segunda Guerra Mundial, que favoreciam ou 
não o seu crescimento e que com certeza foram fundamentais para as realidades 
atuais. 
 
A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA NA FORMAÇÃO DO MUNICÍPIO DE 
MARÍLIA 
 
 O surgimento do município de Marília esteve associado com a última etapa 
da expansão do cultivo de café em solo paulista iniciado na década de 1920. Apesar 
deste fator, Marília não se viu presa a uma única cultura, visto que em meio às 
plantações de café encontravam-se o cultivo do milho, arroz, algodão e outros. Esta 
característica tornou-se um marco primordial para o crescimento econômico da região 
mesmo no momento da intensa crise cafeeira de 1929 (LARA, 1991). 
 Dessa forma, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro representava 
uma nova possibilidade para a continuação da produção de café. Esse fato favoreceu 
a intensa migração para a região de Marília. O município chegou a ter em 1935 cerca 
de 20.000.000 de pés de cafeeiros, como foi retratado por Póvoas (1947). 
 Em 1926 foi criado o Distrito de Paz de Marília com auxilio de Bento de 
Abreu Sampaio Vidal. Após a instalação deste, Bento de Abreu, deputado da 
Assembléia Legislativa do Estado, iniciou os trabalhos para permitir a elevação de 
Marília à categoria de município. Em 29 de dezembro de 1928, chegou à cidade a 
noticia da criação do município, mas a instalação se deu somente em quatro de abril 
de 1929. 
 Apesar de o café ter sido o produto precursor da economia mariliense, seu 
crescimento durou até a crise de 1929 que afetou todo o país. Essa crise só não 
causou maiores danos econômicos e sociais em virtude da produção do arroz, feijão e 
do milho, cultivados de forma consorciada nas terras férteis dos cafezais e em outras 
terras da região. A tabela 1 demonstra que a produção continuou significativa no 
município de Marília até mesmo uma década depois da crise, apesar de ter havido um 
declínio da mesma, visto que logo após esta época houve maior participação da 
cultura do algodão, por exemplo. 
 
Tabela 1 - Produção das principais lavouras em Marília nos primeiros anos da 
década de 1940 (EM SACAS DE 60 KG). 
Lavouras 1943 1944 1945 1946 
Café 
(beneficiado) 300.000 250.000 
 
160.000 
Arroz 30.000 35.000 20.000 50.000 
Feijão 10.000 12.000 8.000 20.000 
Milho 90.000 120.000 150.000 
150.00
0 
Mamona 5.833 6.666 3.000 8.000 
Batata 6.000 10.000 15.000 10.000 
Casúlos * 520.000 700.000 1.000.000 
900.00
0 
Amendoim 15.000 18.000 20.000 20.000* kg: Quilos por saca. 
Fonte: Serviço de Estatística da Prefeitura Municipal de Marília (Póvoas, 1947). 
 
 
 Em 1932, com a proibição do plantio do café, o algodão tornou-se o 
produto líder da produção mariliense, estando ligado com as pequenas propriedades 
e com a imigração japonesa. 
 Em 1936 o município foi o maior produtor de algodão do estado de São 
Paulo. Já em 1944 a cidade bateu recorde mundial, produzindo quatro milhões e 
seiscentos mil arrobas do produto (PEREIRA, 1936). Durante o ciclo do algodão, 
diversas foram as fábricas de beneficiamento dessa cultura que se instalaram na 
cidade ao lado das de beneficiamento de café, arroz, óleo etc., pois o mercado 
internacional necessitava da fibra. 
 Foi em meados da década de 1930 que as primeiras grandes indústrias 
como Anderson Clayton & Cia. e a SANBRA (ambas instaladas no ano de 1936), a 
Matarazzo fundada em 1937 e a Zillo fundada em 1938 foram implantadas no 
município de Marília. Posteriormente também foram instaladas a Novaes (empresa de 
capital local) e a J. A. Veríssimo. De acordo com Mourão (1994), a presença dessas 
indústrias, em especial de beneficiamento de algodão, tornou a cidade uma das mais 
industrializadas do Estado de São Paulo na década de 1940. Não se deve deixar de 
ressaltar, porém, que todas estas empresas dependiam das atividades agrícolas 
realizadas na região, sendo evidente que após o termino da ascensão produtiva 
influenciada pelo esgotamento do solo e conseqüente queda do fornecimento de 
matéria-prima de gêneros agrícolas como o algodão, estas indústrias saíram da 
cidade rumo às novas áreas com maiores produções. 
 Na década de 1940, a cidade de Marília já era considerada capital regional, 
visto que apresentava um setor de comércios e serviços bem estruturado que garantia 
a distribuição regional de produtos. Havia também diversas agências bancárias como 
o Banco Comercial do Estado de São Paulo, Banco do Comércio entre outros (LARA, 
1991). Além disso, neste período a cidade apresentava um eficaz sistema de 
transportes - lembrar que em Marília foi construída a primeira Estação Rodoviária do 
país -, contando também com fábricas de grande porte como serrarias, olarias, 
fábricas de bala e massas (futuro marco da industrialização da cidade) que produziam 
para o abastecimento da toda a região. 
 Na cidade surgiram algumas empresas no setor de prestação de serviços 
que na atualidade estão entre as maiores do país como: o Banco Brasileiro de 
Descontos (Bradesco) e a empresa de Transportes Aéreos Marília (TAM), sendo que 
esta última, em virtude do seu crescimento, teve que mudar da cidade, pois esta não 
mais oferecia a infra-estrutura aérea necessária ao porte da empresa. Já o Banco 
Bradesco mantém na cidade diversas agências e a Escola Fundação Bradesco, 
financiada pela instituição Bradesco. 
 Os ciclos econômicos da cidade de Marília se mantiveram a mercê das 
conjunturas externas. Dessa forma, como já havia ocorrido com o café, a realidade do 
algodão esteve sob a influência da fragilidade do país, dependente do mercado 
internacional, da demanda externa e do capital estrangeiro. 
 Com isso, nas terras cansadas da região foi cultivado o amendoim que, ao 
lado do café e também da pecuária, se constituíram como os produtos mais influentes 
e marcantes na economia agrícola mariliense até a atualidade (LARA, 1991). 
 Paralelamente à produção de amendoim, viu-se durante o período da 
Segunda Guerra Mundial, o acelerado crescimento do cultivo de amoreiras e da 
sericicultura com o objetivo de produzir seda para a confecção de paraquedas para 
atender a demanda dos países em guerra. No ano de 1945, a produção de casulos 
atingiu 1.000 toneladas na cidade, o que representava cerca de 20% da produção do 
Estado de São Paulo, que foi de 4.843 toneladas (MOURÃO, 1994). 
 Nesse momento um dos maiores destaques no município foram as 
pequenas atividades artesanais. Essas foram responsáveis por impedir o maior 
colapso da economia, que até então se encontrava a mercê da atividade agrícola. De 
acordo com Mourão (1994), esses primeiros artesãos que atendiam os colonos da 
região, produzindo bebidas, alimentos, móveis, artigos de vestuário, etc. vão se 
expandir e se especializar na produção de alguns tipos de alimentos, de utensílios 
agrícolas etc., tornando-se fonte de iniciativas da criação de diversas indústrias no 
município. 
 No que se refere à expansão da atividade industrial e comercial da cidade, 
deve-se lembrar que a principio se instalaram as serrarias, olarias e estabelecimentos 
de beneficiamento de arroz, café e, posteriormente, algodão. Com a expansão das 
plantações de amendoim houve também a implantação de fábricas de produção de 
óleo. Enquanto a exploração do amendoim foi possível, a produção se manteve, 
porém, no fim da década de 1960, ela já apresentava dificuldades de se manter. 
 Em 1970 o gênero de alimentos ainda era o de maior destaque no 
município de Marília, mas desta vez estava relacionado com a produção de massas, 
balas e doces e não mais o de beneficiamento e produção de óleo. Entre os exemplos 
destas indústrias alimentícias estão o Pastifício Marília (1948), que deu origem a 
Raineri Indústria de Massas Alimentícias, a Ailiram criada na década de 1940 com a 
produção de balas e bolachas e que foi comprada pela Nestlé em 1989, a Dori (1967) 
que produz balas e a Marilan S/A Indústria e Comércio (1957) produtora de biscoitos. 
 Também nesse momento há a ascensão da indústria metalúrgica que 
ocupou a segunda colocação no número de empregos e de produção na cidade. As 
principais foram a Sasazaki e a Ikeda Empresarial Ltda. (MOURÃO, 1994). 
 O que se observou na história de grande parte das indústrias de Marília é 
que aquelas que apresentavam bons investimentos e/ou uma boa gestão 
administrativa e que alicerçaram seu crescimento em inovações tecnológicas, 
conseguiram ganhar espaço no mercado regional, como a Sasazaki, Ikeda e a 
Marcon. Por outro lado algumas indústrias marilienses como a Ailiram e da Raineri 
que apresentavam problemas internos de gestão administrativa, atraíram a atenção 
de empresas de maior porte e recursos que efetuaram a compra de ambas. 
 
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE INDUSTRIAL NO MUNICÍPIO DE MARÍLIA 
 
 No que se refere à economia industrial da cidade, é de fundamental 
importância abordar a contribuição das mesmas. Entre estas indústrias está a 
Sasazaki Indústria e Comércio Ltda. considerada uma das maiores da América Latina 
na produção de portas e janelas de aço e de alumínio. Os produtos são revendidos 
por cerca de 5.000 pontos de vendas distribuídos pelo país. 
 A Ikeda Empresarial Ltda. Encontra-se dividida nas sessões de: Giragrill, 
que fabrica equipamentos e acessórios para churrasco; a divisão Loudy, que projetou 
caixas acústicas para Áudio e Home Theater; e na divisão Airon, que produz móveis 
High-End para Áudio, Home Theater e Decoração. 
 A Marcon está no ramo metalúrgico desde 1988 e atualmente fabrica mais 
de 80 mil itens por mês, dividido nas linhas de Mecânica (bancadas, armários), 
Hidráulica (empilhadeira, guinchos, macacos, prensas) e Movimento (carros 
plataforma, rodas e ferragens). A Empresa Marcon comercializa em todo o território 
nacional e América Latina. 
 No que se refere à indústria alimentícia que, desde o início da 
industrialização de Marília é considerada o carro forte da economia do município, 
diversas são as que se destacam. Entre elas está a Bel Produtos Alimentícios Ltda. 
produzindo doces atendendo o mercado nacional e exportando para diversos países 
do mundo. 
 A Dori, fundada em 1967, é responsável pela produção de balas. A 
empresa é responsável pela participação também no mercado internacional, 
exportando para vários países (Estados Unidos, Canadá, Argentina, Uruguai etc.). A 
Marilan Alimentos S/Aé responsável pela produção de mais de 100 mil toneladas de 
produtos por ano. A empresa atualmente é considerada uma das maiores fabricantes 
de biscoitos do país, expandindo seus mercados para mais de 30 países (Estados 
Unidos, Canadá, Israel, Angola, Austrália etc.). 
 A Nestlé instalou-se na cidade a partir da compra da Ailiram. Atualmente as 
vendas da empresa visam, principalmente, o abastecimento do mercado da região 
sudeste, produzindo biscoitos. 
 Na área de bebidas destaca-se na cidade a Spaipa S/A-Indústria Brasileira 
de Bebidas. Atualmente, a unidade da Spaipa em Marília é considerada a mais 
moderna fábrica da Coca-Cola da América Latina e a 3ª maior do Brasil em 
capacidade produtiva. Atualmente ela é responsável por atuar em todo o Paraná e 
interior de São Paulo. 
 Outros fatores que sustentaram o crescimento da cidade foram avaliados, 
por exemplo, pela Fundação Instituto de Pesquisa da USP (pesquisa divulgada pelo 
Marília Hoje: Informativo da Prefeitura de Marília, 2002), que declarou que no ano de 
1999 a cidade de Marília apresentou o maior nível de crescimento do interior do 
estado, sendo de 9,9%. 
 No que se refere ao sistema comercial da cidade, faz-se de suma 
importância destacar a abertura de novos estabelecimentos de pequeno porte, do 
Marília Shopping (anteriormente chamado Aquário Shopping) e o Esmeralda 
Shopping, localizado na zona sul da cidade. Houve ainda a abertura de 
estabelecimentos de grande estrutura como o supermercado Walmart, Makro e 
Confiança, além da inauguração de novas filiais de supermercados da cidade como o 
Tauste e o Kawakami. Todos estes foram responsáveis pela geração de centenas de 
empregos e garantem o abastecimento de vários bairros da cidade e de municípios de 
pequeno porte do entorno. 
 Outro fator de suma importância comercial refere-se à ampliação de 
corredores comerciais em diversos pontos da cidade, elemento este que demonstrou 
o processo de desconcentração do comércio de Marília. Alguns exemplos deste 
processo são as avenidas João Ramalho e Durval de Menezes na região sul, que 
receberam diversos investimentos em estabelecimentos comerciais de compras. Já 
na zona norte, os destaques são as Avenidas João Martins Coelho, com expressivo 
aumento de lojas comerciais, e a República. No que se refere à região leste, destaca-
se o centro universitário da cidade. De acordo com o Jornal Diário publicado no ano 
2000, mais de 20 mil alunos das universidades da cidade são responsáveis por 
aproximadamente 30% da economia mariliense. 
 Nos últimos anos observa-se na realidade econômica do município uma 
participação, ainda que menor, da atividade agrícola, principalmente sob a 
representação da agroindústria e da produção de culturas como o café, melancia, 
amendoim e a soja. 
 Deve-se levar em consideração os acontecimentos históricos que 
permeiam a agricultura da região. Apesar das grandes produções que o município já 
apresentou e ainda apresenta até os dias atuais, não se deve esquecer que grande 
parte delas apresentou crises profundas impulsionadas, por exemplo, pelo 
esgotamento dos recursos naturais que permitiam a produção. 
 De acordo com dados extraídos do site da Fundação SEADE, é possível 
refletir sobre diversos aspectos da cidade. Entre estes aspectos estão: a segunda 
maior taxa de crescimento anual da população e o maior valor adicionado em 
agropecuária quando comparado a municípios como Bauru, Presidente Prudente, São 
José do Rio Preto e Ourinhos. Apesar da expansão econômica da cidade, esta tem 
problemas, por exemplo, com relação a sua rede de esgotos (levando em 
consideração que o município ainda não implantou um tratamento eficaz de esgoto, 
que era uma das políticas públicas do atual governo) e coleta de lixo (não há em 
Marília uma coleta seletiva eficaz e em conjunto com toda a população, não havendo, 
portanto, um manejo correto do lixo). 
 
 AS ATUAIS CONTRIBUIÇÕES DE MARÍLIA NO CENTRO-OESTE PAULISTA E 
SEUS PRINCIPAIS IMPASSES. 
 
 De acordo com entrevistas realizadas com funcionários das diversas 
instituições de saúde da cidade, o município comporta sete hospitais, 43 postos de 
saúde e 702 leitos hospitalares. Essa estrutura atual é responsável pelo atendimento 
de parte da população da cidade e de indivíduos de diversas regiões do Estado de 
São Paulo. 
 Além disso, a cidade apresenta uma expressiva infra-estrutura programa 
educacional com duas faculdades de medicina: a Unimar (Universidade de Marília) e 
a Famema (Faculdade de Medicina de Marília), ambas responsáveis pelo atendimento 
da população. Todo este sistema faz com que o setor de saúde seja um dos que mais 
cria empregos na cidade. Com a grande procura o sistema de saúde de Marília 
infelizmente não tem a potencialidade de atender a toda a procura de forma 
satisfatoriamente eficiente. 
 O maior exemplo de atendimento da região é o Hospital das Clinicas da 
Faculdade de Medicina de Marília Unidade I, onde cerca de metade dos pacientes 
que se encaminham para ele são de cidades da região, como Vera Cruz, Pompéia, 
Oswaldo Cruz, Oriente, distritos do município e, até mesmo, de cidades distantes do 
estado. Também se encontra no município a Associação Beneficente Hospital 
Universitário que pertence à Universidade de Marília (UNIMAR), com uma das mais 
modernas estruturas hospitalares da cidade. Já a Santa Casa de Misericórdia de 
Marília auxilia no atendimento regional de cidades como Getulina, Echaporã, 
Guaimbê, Osvaldo Cruz, etc. 
 No que se refere ao tratamento de doenças crônicas e psíquicas há em 
funcionamento o Hospital Espírita de Marília. Por fim, também há o Hospital e 
Maternidade Gota de Leite que também atende Marília e região. 
 Outro setor de destaque do município é o sistema educacional de ensino 
superior e profissionalizante. Atualmente a cidade é composta pela Universidade de 
Marília (Unimar) que atende todo o estado paulista e outros estados, Faculdade de 
Ensino Euripedes Soares da Rocha (Univem) (atende as cidades do Centro-Oeste 
Paulista), Faculdade João Paulo 2° (Fajopa) (alguns alunos do Oeste Paulista), 
Faculdade Ensino Superior do Interior Paulista (Faip/Faef) que atende alunos de 
Assis, Bauru, Presidente Prudente, Pirajuí e outras, Faculdade de Medicina de Marília 
(Famema) (estado paulista e outros estados), Universidade Estadual Paulista Júlio 
Mesquita Filho (UNESP) (estado paulista e outros) e Faculdade de Tecnologia (Fatec) 
que apresenta alunos de cidades mais próximas de Marília como Tupã, Oriente, 
Pompéia etc. 
 Além destas instituições, o SENAI (40% dos alunos que freqüentam a 
instituição moram em cidades do Centro-Oeste Paulista, sendo que as principais são 
Pompéia, Quintana, Oriente, Garça, Tupã, Paraguaçu Paulista, Oscar Bressane, 
Echaporã, Ocauçu, Ourinhos, Lupércio e Júlio Mesquita) e o SENAC Marília (atende 
toda a região Centro-Oeste Paulista) são responsáveis por grande parte da formação 
de profissionais que atuam na cidade e na região em diversas áreas. 
 Com base nas informações disponíveis nos sites e em conversas com 
funcionários das maiores indústrias de Marília, foi possível observar que a grande 
maioria das empresas foi fundada a partir do crescimento econômico dos próprios 
comerciantes ou pequenos empresários da cidade, que ao encontrarem brecha na 
economia da região, conseguiram ampliar suas empresas. Estas empresas, por sua 
vez, ao apresentarem grande crescimento, atraíram empresas nacionais e 
internacionais mais fortes como foi o caso da Ailiram, posteriormente adquirida pela 
Nestlé. 
 Além destas empresas originadas com o auxilio do capital local, houve 
aquelas que buscaram a cidade de Marília por já ser considerada, nas suas 
correspondentes décadas de fundação, pólo regional do Oeste Paulista. Esta 
realidade foi possível porque a cidade, em relação a outros municípios mais próximos,era considerada a mais preparada em termos de serviços de transportes e 
comunicação, meios para escoamento da produção, garantia de fornecimento de 
energia elétrica, presença de matéria-prima utilizada nos processos produtivos das 
empresas na região, prestação de serviços, comércio etc. Além disso, a presença de 
instituições de ensino, principalmente o SENAI, auxiliou na vinda de empresas como a 
Ikeda e Filhos, e também foi responsável pela formação profissional de fundadores de 
empresas da cidade como é o caso da Maquinas Man. 
 Apesar da importância das indústrias de Marília para o abastecimento do 
mercado regional e, mais recentemente nacional, as empresas da cidade não geram 
empregos nas outras cidades da região, visto que toda a mão-de-obra necessitada 
por elas está localizada na cidade. 
 De acordo com dados encontrados no site do Observatório Nacional de 
Segurança Pública, a cidade de Marília no período de 1940 até 1991 apresentou um 
crescimento populacional de 133%, sendo que este crescimento desacelerou na 
década de 1990 (época em que empresas como a Raineri e Iguatemy foram 
fechadas). De acordo com o mesmo site, no período de 2000 a 2006 a taxa de 
crescimento caiu para 1,98%, apesar disso as taxas de crescimento atuais estão 
superiores às da região e do Estado. A tendência mantida pela cidade é a de atrair a 
população dos municípios circunvizinhos. 
 No setor de comércio foi possível obter diversas informações importantes 
por meio de entrevista realizada com o senhor Romildo Raineri, atual Vice-Presidente 
da ACIM (Associação Comercial e Industrial de Marília). Atualmente o comércio de 
Marília recebe de 90 a 100 novas empresas por mês, sendo que cerca de 40 a 50 são 
fechadas no mesmo período. Apesar disso foi possível constatar a importância do 
comércio pela sua influência na comercialização de produtos para os municípios de 
toda a região como Garça, Assis, Pompéia, Ourinhos etc. 
 Houve a instalação de empresas de consultoria para exportação, sendo que 
na própria Associação Comercial de Marília há profissionais que auxiliam as 
empresas que pretendem promover a ampliação da sua área de atuação. Ainda no 
setor comercial foi possível destacar a importância dos novos corredores comerciais 
que atendem as áreas periféricas da cidade, a abertura de novos supermercados em 
Marília, a importância regional de seus serviços etc. E, por fim, foi ressaltado o papel 
da parceria desenvolvida pela Prefeitura Municipal da cidade, a ACIM, a ADEMA 
(Associação das Indústrias Alimentícias de Marília), responsável por defender os 
interesses das indústrias do setor instaladas no município e diversos empresários da 
cidade em promover a propaganda da cidade em âmbito regional. 
 Entre as ações que Romildo Raineri pretende tomar como Secretário da 
Indústria e Comércio estão: fortalecer a estrutura das empresas já instaladas na 
cidade, com o auxilio de financiamentos; desenvolver parcerias com instituições como 
SEBRAE, SENAC e SENAI; e promover o Turismo de Negócios na cidade através de 
feiras e eventos. 
 Apesar de todas as conquistas das empresas da cidade é preciso levar em 
consideração que muitas ações ainda precisam ser tomadas para que a cidade 
continue buscando o desenvolvimento equilibrado e constante. Como a ampliação e 
sofisticação do aeroporto da cidade que se encontra, apesar de tudo, defasado frente 
às atuais necessidades de Marília. Além disso, é preciso buscar a maior eficiência da 
malha rodoviária, voltar a funcionar o serviço de transporte de cargas pela linha férrea 
e fornecer através de incentivos públicos a produção das principais matérias-primas 
necessitadas pelas indústrias da cidade. Uma das saídas para este problema seria 
promover a construção de um moinho de trigo (esta construção já foi proposta por 
vários empresários na década de 1990) (MOURÃO, 1994) e que poderia impedir que 
muitas indústrias precisassem adquirir o produto em cidades com mais de 100 km de 
distância do município. 
 Referente à questão ambiental é preciso buscar superar alguns problemas 
antigos da cidade como falta de um sistema eficaz de coleta seletiva e de reciclagem 
do lixo produzido, a questão do abastecimento de água da cidade e por fim, também é 
necessário concluir a obra de tratamento de esgoto. 
 Por fim, não se deve esquecer que um dos problemas que mais afetam o 
país como um todo e que também atinge Marília é o grande crescimento das favelas e 
da exclusão social, visto que há falta de políticas públicas de inclusão e auxilio da 
população que esta diretamente ligada a esta realidade. 
 
CONCLUSÃO 
 
 A partir das atividades desenvolvidas foi possível compreender com maior 
clareza como é fundamentada a realidade econômica, política e social de Marília e 
que fizeram ou ainda fazem com que a cidade seja considerada um pólo regional no 
Centro-Oeste Paulista. 
 Inicialmente se observou que desde sua formação a cidade foi alvo de 
diversos incentivos financeiros oriundos dos proprietários de terra do município que 
investiam nos solos férteis da região. De fato a qualidade das terras por muitas 
décadas foi o fator fundamental da economia regional, que cresceu graças à grande 
produtividade do solo. Por diversas vezes o município foi responsável pelas maiores 
produções de diversas culturas no Estado de São Paulo e também se destacou em 
âmbito nacional. 
 Essa vantagem fez com que diversas pessoas do país e de outros países 
se instalassem na cidade em busca de uma vida melhor. Esse êxodo trouxe 
consequentemente, o progresso para Marília e proporcionou as condições 
necessárias para sua realidade atual. Juntamente com estas características foi 
possível descobrir elementos da história da cidade que até então não eram 
conhecidos como: a primeira Estação Rodoviária do país ter sido construída em 
Marília e que empresas conhecidas nacional e internacionalmente terem surgido na 
cidade, como foi o caso da TAM e do Banco Bradesco. 
 Nas primeiras décadas de sua formação foi possível observar que sua 
economia também era dependente de acontecimentos externos, por ser uma cidade 
que se encontrava baseada na atividade agrícola, muitas vezes de larga escala, que 
dependia da exportação para se manter. Com tudo isso o município viu por diversas 
vezes sua economia se fragilizar sem poder tomar muitas atitudes eficazes. Essa 
situação manteve-se assim até que o município desenvolvesse de forma concreta 
maneiras alternativas de buscar rendimentos econômicos. Uma destas formas foi o 
comércio, que inicialmente com o intuito de servir aos colonos da região, conseguiu 
alcançar boas proporções na economia local e foram os precursores da liderança 
industrial da cidade. 
 Muitos dos pequenos artesãos da época se tornaram a elite industrial de 
Marília e fundaram muitas das principais empresas da cidade e da região. 
Posteriormente muitas das pequenas empresas cresceram e atraíram novos 
empresários que resolveram investir na implantação de estabelecimentos comerciais 
e indústrias na cidade (Sasazaki, Ikeda, Marcon) etc. 
 Essa foi uma das principais características que marcaram o processo de 
industrialização do município, sendo que a desconcentração industrial desta vez não 
foi a principal responsável por trazer para o interior o processo produtivo da capital. O 
fator que verdadeiramente fundou o complexo industrial da cidade foi o crescimento e 
fortalecimento da indústria local, incentivada pelo distanciamento da capital e sua 
conseqüente menor concorrência com estes produtos. Outro fator importante foi por 
serem atividades que podem ser iniciadas com baixo investimento e produção 
artesanal, por terem acesso a mão-de-obra mais barata e abundante, por serem 
constituídas de atividades com pouca tecnologia (não provocando de forma drástica o 
chamado desemprego estrutural) e que possuíam espaçono mercado nacional. 
 Além disso, é importante enfatizar que o processo industrial da cidade 
encontra-se em uma base sólida se comparado com outras atividades, visto que a sua 
principal atividade econômica atualmente esta ligada com a produção de alimentos 
que, por sua vez, é indispensável para a subsistência de toda a sociedade. Dessa 
forma, estas indústrias estão mais protegidas contra as oscilações do mercado. Na 
atualidade Marília abriga algumas das maiores empresas nacionais do ramo de 
alimentos e de esquadrias metálicas, o que faz com que o município seja conhecido 
nacionalmente. 
 O crescimento da economia local faz com que o município tenha muitas 
funcionalidades na prestação de serviços na região, sendo este também um dos 
fatores que atraíram empresas para a cidade. No que se referem aos serviços 
hospitalares, todas as grandes instituições de saúde da cidade atendem pacientes 
oriundos de outros municípios. Essa realidade faz com que muitos recursos da área 
da saúde sejam canalizados para a cidade. 
 Também no sistema educacional a contribuição é considerável, 
principalmente no que se refere a alunos de cidades da região. Com relação aos 
estudantes de locais distantes que buscavam os cursos oferecidos em Marília, foi 
possível observar que eles possuem agora a possibilidade de estudarem próximos de 
suas casas, em virtude da abertura de novas universidades em todo o país. Se por 
um lado à ampliação das universidades no país auxiliou no ingresso de estudantes 
em cursos superiores, por outro foi um dos fatores de maior influencia na diminuição 
dos negócios imobiliários na cidade de Marília e do comércio local. 
 O comércio como um todo foi um fator que também favoreceu a projeção 
de Marília em âmbito regional desde sua formação até os dias atuais quando a cidade 
recebeu um novo fôlego nesta área com criação de diversos hipermercados na cidade 
(Walmart, Confiança, Makro, etc.). Além disso, houve a criação de novos corredores 
comerciais e de dois Shoppings, que são responsáveis por atrair não só pessoas da 
cidade como também da região para compras e para o lazer. 
 O que se percebe na história do desenvolvimento de Marília é que desde 
sua fundação, a cidade não dependeu de ações de outras regiões para crescer. 
Apesar de estar, principalmente na época dos ciclos econômicos agrícolas, a mercê 
de conjunturas internacionais seguindo a tendência do Brasil como um todo, Marília 
buscou suas primeiras benfeitorias, como o início da produção de diversas lavouras, 
criações de porcos, pequenos estabelecimentos comerciais etc., a partir das ações 
dos seus próprios fundadores e pioneiros. Mais recentemente, no período de 
formação da atividade industrial da cidade, o município não foi privilegiado com a 
desconcentração industrial da capital paulista, mas pelo próprio crescimento da elite 
industrial da cidade. 
 Porém, também se deve lembrar que as ações que visam melhorar e 
promover o crescimento da cidade devem ser constantes, visto que as administrações 
públicas de Marília ainda precisam promover ações ligadas à infra-estrutura da cidade 
como: saúde, educação, meio ambiente, etc. para que possa ter capacidade sólida de 
buscar cada dia mais o seu próprio progresso. 
 Por este motivo é de extrema importância buscar compreender de maneira 
especifica a realidade construída de cada município, que por si só já apresenta 
elementos distintos uma das outras. Se ficarmos simplesmente com os 
conhecimentos superficiais acabamos ignorando elementos que seriam de extrema 
importância para que nosso conhecimento esteja mais próximo da realidade e da 
prática. 
 Decifrar os acontecimentos que já ocorreram ou que ainda ocorrem em 
nossa sociedade é uma forma de realizarmos diagnósticos e previsões que 
consequentemente nos dão capacidade de promover ações que sejam mais eficazes 
na solução de vários problemas enfrentados atualmente. É a partir dos erros já 
cometidos que se esboçam os acertos e é a partir destes que se constrói um 
desenvolvimento sustentável. 
 
REFERÊNCIAS 
 
COBRA, Amador Nogueira. Recanto do sertão Paulista São Paulo: Hennies, 1943. 
 
LARA, Paulo Corrêa de. Marília, Sua Terra, Sua Gente. Marília, São Paulo: Iguatemy 
de Comunicações Ltda., 1991. 254p. 
 
LOUTO, Ariovaldo Nesso. Marília do Passado ao Novo Milênio. Marília, São Paulo: 
Prefeitura Municipal de Marília, 2001-2004. 3v. 
 
MONBEIG, Pierre. Pioneiros e Fazendeiros de São Paulo. São Paulo: Hucitec: Polis. 
1984. 392p. 
 
MOREIRA, Baltazar de Godoy; MAGALHAES, Alcides Lajes. Marília, Cidade Nova e 
Bonita. Marília, São Paulo: s.c.p. 1936. 
 
MOURÃO, Paulo Fernando Cirino. A Industrialização do Oeste Paulista: O Caso de 
Marília. Presidente Prudente: FCT/UNESP, 1994 (Dissertação de Mestrado em 
Geografia). 
 
PEREIRA, Valdeir Agostinelli. Terra e Poder-Formação Histórica de Marília. Marília, 
São Paulo. 1936. 
 
PÓVOAS, Glycério. Serviço de Estatística da Prefeitura de Marília. Marília, São 
Paulo: Prefeitura Municipal de Marília, 1947. 
 
Prefeitura Municipal de Marília. Relatório de Engenharia. Marília, São Paulo. 1950. 
 
ROCHA. Monsenhor Adaucto. “Correio de Marília”. 
 
TANURI, Rosalina. Marília, no tempo e na saudade. Marília, São Paulo: s.c.p., 2001. 
 
 
Periódicos: 
 
Diário de Marília 
Jornal da Manhã 
Jornal Diário de Marília, Diário Cidade: Marília, São Paulo, 4 de Abril de 2000. 
Jornal Diário de Marília, Diário Urbanismo: Marília, São Paulo, 4 de Abril de 2000. 
Marília Hoje, Informativo da Prefeitura Municipal de Marília. N°2, 2002. p 1. 
 
 
Sites utilizados para consultas: 
 
 
 www.seade.gov.br 
 
www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 
 
http://www.observatoriodeseguranca.org/seguranca/locais/marilia 
 
http://www.marcon.ind.br/ 
 
www.bel.com.br 
 
www.nestle.com.br 
 
www.marilan.com. 
 
www.sasazaki.com.br 
 
www.dori.com.br 
 
www.giragrill.com.br 
 
www.cocacola.com.br 
http://www.seade.gov.br/
http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1
http://www.marcon.ind.br/
http://www.nestle.com.br/
http://www.sasazaki.com.br/
http://www.dori.com.br/
http://www.giragrill.com.br/

Continue navegando