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DISSERTATIVA DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICOLOGIA

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DISSERTATIVA DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICOLOGIA
Disserte sobre os principais aspectos do laudo psicológico.
O laudo psicológico é um importante documento produzido pelo psicólogo, ele é utilizado em várias situações profissionais, podendo ser entendido, como forma de comunicar o resultado final de um trabalho de avaliação psicológica, apresentando de forma sistemática como essa avaliação foi realizada. A estruturação adequada do laudo psicológico é de extrema importância para que a comunicação entre o psicólogo e seu interlocutor seja eficaz .
Os princípios da elaboração documental incluem técnicas da linguagem escrita e princípios éticos, técnicos e científicos da profissão. Na linguagem escrita o documento deve apresentar uma redação estruturada, as expressões devem ser compatíveis com os termos próprios da linguagem profissional, garantindo dessa forma a precisão na comunicação, evitando a diversidade de significações da linguagem popular (CFP, 2003). Falhas na organização da escrita geram, não apenas dúvidas quanto à compreensão dos resultados, mas também coloca em descrédito a própria capacidade técnica do psicólogo. A Resolução explica que, a comunicação dos documentos, deve apresentar qualidades como clareza, concisão e harmonia. No que se refere aos princípios éticos, a Resolução aponta a necessidade do profissional observar os princípios e dispositivos do Código de Ética Profissional do Psicólogo (CFP, 2005). A ética deve estar presente em todo o processo de avalição psicológica, principalmente porque, os resultados descritos nos documentos, passam a ser de conhecimento de terceiros. Considerando o compromisso social da psicologia para com os sujeitos que avalia, o psicólogo deve ter cautela quanto à repercussão social de seu trabalho avaliativo, evitando, conforme descrito na Resolução, o “uso dos instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da Psicologia a sustentação de modelos institucionais e ideológicos de perpetuação da segregação aos diferentes modos de subjetivação” (CFP,2003:4). Em vista disso, o psicólogo deve estar atento aos seus deveres nas relações com a pessoa atendida, ao sigilo profissional, às relações com a justiça e ao alcance das informações. Quanto aos princípios técnicos, a Resolução n° 07/2003 orienta que o processo de avaliação psicológica, deve considerar que há dois aspectos os quais devem ser respeitados: a) a avaliação psicológica deve ponderar a natureza dinâmica e não cristalizada do seu objeto de estudo e b) os documentos psicológicos devem se basear, exclusivamente, em instrumentais que se configurem como métodos e técnicas psicológicas, como entrevistas, testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais. Esses instrumentais carecem de condições mínimas de qualidade e de uso, devendo ser adequados ao que se propõem investigar (CFP, 2003). A importância da elaboração de um laudo psicológico escrito coerentemente Julho/2018 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 15 Vol. 01 julho/2018 Ao conduzir um processo de avaliação psicológica, o profissional deve sempre considerar o meio em que o avaliando está inserido, sua história de vida e suas condições sociais, econômicas e políticas, integrando essas informações àquelas obtidas por meio das técnicas aplicadas. A interpretação isolada de um teste psicológico sem considerar todo o contexto envolvido, ou seja, sem apresentar um entendimento do resultado obtido a partir da análise do caso, prejudica a validade da avaliação (HUTZ et al, 2017:175). Como último princípio norteador, na elaboração de documentos, de acordo com a Resolução do CFP n o 07/2003, é obrigação de rubricar todas as laudas do documento psicológico, exceto a última, em que constará a assinatura do profissional com o número da sua inscrição no CRP e/ou carimbo, com as mesmas informações. A rubrica é primordial para dar validade ao documento, auxiliando que este não seja adulterado.
É importante destacar que o laudo psicológico é relevante em diversos campos, como nas áreas Jurídica, trânsito, escolar, clínica e ensino de psicologia, destacando-se fortemente a área jurídica, podendo assim dizer que embora divergente como ciências, concomitantemente formam alicerces importantes de compreensão e
complementação do ser humano, auxiliando seu convívio em sociedade.
De acordo com o CFP, o relatório multiprofissional é resultante da atuação do profissional da psicologia, atuante em campo multiprofissional, podendo ser produzido em conjunto com profissionais de outras áreas, preservando-se a autonomia e a ética profissional dos envolvidos.
De acordo com pesquisas para realização desta redação, observou-se que em decorrência da obrigatoriedade do psicólogo em seguir os parâmetros apresentados na Resolução do CFP N° 007/2003, entende-se esta como um marco para a estruturação de laudos e relatórios psicológicos no Brasil.
A Resolução do CFP 06/2019 Comentada, nos traz esclarecimento sobre o respaldo do laudo psicológico: 
Segundo o Conselho Federal de Psicologia (2003), a avaliação psicológica é definida como um processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, através de estratégias psicológicas, tais como: métodos, técnicas e instrumentos, que resultam da relação do indivíduo com a sociedade. A denominação "avaliação psicológica" é ampla e envolve o modo de conhecer fenômenos e processos psicológicos por meio de procedimentos de diagnóstico, para criar as condições de aferição de dados e dimensionar esse conhecimento (Alchieri & Cruz, 2003). A avaliação psicológica é uma das áreas mais antigas da psicologia (Anastasi & Urbina, 2000) e uma prática exclusiva do psicólogo. Ela configura-se como um complexo processo de análise, que exige do psicólogo um grande preparo técnico e um aprofundado conhecimento teórico, que extrapola o conhecimento presente nos manuais dos testes psicológicos (Borsa, J.C. 2016).
MACIANE GOULART CAMÊLO SAMPAIO