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SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO NÚCLEO DE PESQUISA E OBSERVATÓRIO JURÍDICO “(RE)PENSANDO O TRABALHO CONTEMPORÂNEO” (RETRAB) (Re)pensando o trabalho em tempos da Pandemia COVID-19 UNESP – Universidade Estadual Paulista Reitor Prof. Titular Sandro Roberto Valentini Vice-Reitor Prof. Titular Sergio Roberto Nobre Pró-Reitora de Pós-Graduação Profa. Titular Telma Teresinha Berchielli Pró-Reitor de Pesquisa Prof. Titular Carlos Frederico de Oliveira Graeff FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Diretor Prof. Dr. Murilo Gaspardo Vice-Diretora Profª. Drª. Nanci Soares Prof. Dr. Victor Hugo de Almeida (FCHS/UNESP) Profa. Dra. Eliana dos Santos Alves Nogueira (FCHS/UNESP) (Organizadores) Comissão Editorial UNESP - Câmpus de Franca Presidente Prof. Associado Murilo Gaspardo Membros Prof. Dr. Victor Hugo de Almeida (FCHS/UNESP) Profa. Dra. Eliana dos Santos Alves Nogueira (FCHS/UNESP) Profa. Dra. Luciana Lopes Canavez (FCHS/UNESP) Prof. Dr. Carlos Eduardo de Abreu Boucault (FCHS/UNESP) Prof. Associado Daniel Damasio Borges (FCHS/UNESP) Prof. Dr. José Duarte Neto (FCHS/UNESP) Prof. Dr. Paulo César Corrêa Borges (FCHS/UNESP) Profa. Associada Elisabete Maníglia (FCHS/UNESP) Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico “(Re)pensando o trabalho contemporâneo” (RETRAB): (Re)pensando o trabalho em tempos da Pandemia COVID-19 2020 Volume 1 © 2020 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - Franca Av. Eufrásia Monteiro Petráglia, 900 CEP 14409-160 Jd. Petráglia / Franca - SP Coordenação Científica: Prof. Dr. Victor Hugo de Almeida Profa. Dra. Eliana dos Santos Alves Nogueira Organização dos Anais: Prof. Dr. Victor Hugo de Almeida Comissão Organizadora: Prof. Dr. Victor Hugo de Almeida (FCHS/Unesp) – Coordenador Profa. Dra. Eliana dos Santos Alves Nogueira (FCHS/Unesp) – Coordenadora Prof. Associado Agnaldo de Sousa Barbosa (FCHS/Unesp) Prof. Associado Daniel Damasio Borges (FCHS/Unesp) Prof. Associado Murilo Gaspardo (FCHS/Unesp) Prof. Dr. Alfredo José dos Santos (FCHS/Unesp) Prof. Dr. Carlos Eduardo de Abreu Boucault (FCHS/ Unesp) Prof. Dr. Humberto Bersani (FADIR/UFU) Prof. Dr. José Duarte Neto (FCHS/Unesp) Prof. Dr. Luiz Henrique Sormani Barbugiani (IBDSCJ) Prof. Dr. Paulo César Corrêa Borges (FCHS/ Unesp) Prof. Ms. Adriano Roque Pires (FCHS/Unesp) Prof. Ms. Fabiano Carvalho (FCHS/Unesp) Prof. Ms. Jaime Leandro Bulos (CUML|UNIP) Prof. Ms. José Eduardo Coutinho Filho (FCHS/ Unesp) Prof. Ms. Murilo Martins (FCHS/ Unesp) Prof. Ms. Renan Fernandes Duarte (FCHS/Unesp) Profa. Associada Elisabete Maníglia (FCHS/Unesp) Profa. Associada Vera Lúcia Navarro (FFCLRP/USP) Profa. Dra. Cléria Maria Lobo Bittar (FCHS/Unesp) Profa. Dra. Juliane Caravieri Martins (FADIR/UFU) Profa. Dra. Kelly Cristina Canela (FCHS/Unesp) Profa. Dra. Luciana Lopes Canavez (FCHS/Unesp) Profa. Dra. Olívia de Quintana Figueiredo Pasqualeto (FGV-SP) Profa. Dra. Patrícia Maeda (FDUSP) Profa. Ms. Ana Clara Tristão (Doutoranda - FCHS/Unesp) Profa. Ms. Camila Martinelli Sabongi (FCHS/Unesp) Profa. Ms. Gabriela Marcassa Thomaz de Aquino (FDUSP) Profa. Ms. Giovanna Gomes de Paula (FCHS/Unesp) Profa. Ms. Jamile Coelho Moreno (CUML) Profa. Ms. Lilian Carla de Almeida (EERP/USP) Profa. Ms. Nelma Karla Waideman Fukuoka (FCHS/Unesp) Aluisio Ribeiro Ferreira Filho (Graduando em Direito – FCHS/ Unesp) Ana Paula Alves Salvador (RETRAB) Beatriz Yumi Picone Takahashi (Graduanda em Direito – FCHS/ Unesp) Bruna Flora Brosque (Graduanda em Direito – FCHS/Unesp) Caio Mendes Guimarães Marcondes Machado (Mestrando – FCHS/ Unesp) Carlos Alberto Bernardes (FCHS/Unesp) Fernando Melo Gama Peres (Graduando em Direito – FCHS/ Unesp) Gabriel Chiusoli Ruscito (Graduando em Direito – FCHS/ Unesp) Ícaro Henrique Ramos (FCHS/Unesp) Júlia Rocha Luciano (Graduanda em Direito – FCHS/ Unesp) Leonardo de Oliveira Baroni (Graduando em Direito – FCHS/ Unesp) Letícia Felix Rafael (Graduanda em Direito – FCHS/ Unesp) Lívia Francisquetti Casarini (Graduanda em Direito – FCHS/ Unesp) Luiza Macedo Pedroso (Mestranda - FCHS/ Unesp) Maria Júlia de Freitas Paula (Mestranda - FCHS/ Unesp) Pedro Cabrini Marangoni (Graduando em Direito – FCHS/ Unesp) Sandra Aparecida Cintra Ferreira (FCHS/Unesp) Valter Nailton da Silva (FCHS/Unesp) Victor Barroso de Aragão (Graduando em Direito – FCHS/ Unesp) Índices para catálogo sistemático: 1. Direito do Trabalho 342.6 2. Saúde 341.64 3. Organização Internacional do Trabalho 341.11311 4. Direito Processual do Trabalho 342.68 Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico “(Re)pensando o trabalho contemporâneo” (RETRAB): (Re)pensando o trabalho em tempos da Pandemia COVID-19 (Franca, SP) Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico “(Re)pensando o trabalho contemporâneo” (RETRAB): (Re)pensando o trabalho em tempos da Pandemia COVID-19 [recurso eletrônico] / Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB, 24, 25, 28 e 29 de agosto, 2020, Franca, São Paulo, Brasil; Victor Hugo de Almeida e Eliana dos Santos Alves Nogueira (Organizadores). – Franca: UNESP- FCHS, 2020. v. 1. 936 p. Inclui bibliografia ISSN: 2764-4308 1. Trabalho. 2. Futuro do trabalho. 3. Brasil e América Latina. I. Almeida, Victor Hugo. II. Nogueira, Eliana dos Santos Alves. III. Título. CDD – 341.201 Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB APRESENTAÇÃO O “Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico (RETRAB): (Re)pensando o trabalho em tempos da Pandemia COVID-19” visou divulgar e discutir pesquisas voltadas à temática “trabalho” em diversas áreas do conhecimento, com ênfase nas áreas do Direito do Trabalho, Processo do Trabalho, Seguridade Social e Direito Previdenciário, Administração, Economia, Enfermagem, História, Medicina, Psicologia, Sociologia, Serviço Social, entre outras, nos níveis de Graduação e Pós-Graduação. Visou, ainda, propiciar discussões sobre aspectos metodológicos relacionados a pesquisas envolvendo a temática que nomeia o evento – trabalho – e estimular a troca de experiências e conhecimentos científicos entre as diversas áreas que se ocupam do tema “trabalho” como objeto de estudo. Realizado nos dias 24, 25, 28 e 29 de agosto de 2020, em meio a pandemia COVID-19, o Evento teve como instituição promotora a UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Franca, com apoio, por meio da participação de seus docentes e pesquisadores, da Universidade Federal de Uberlância (UFU), do Centro Universitário Moura Lacerda (CUML), da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP/USP), da Faculdade de Direito de Franca (FDF), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), da Universidade Presbiteriana Mackenzie, da Sapienza Universitá di Roma (Itália) e da Universidade de Coimbra (Portugal). A abertura do Evento registrou a participação do Prof. Dr. Stefano Bellomo, da Facoltà di Giurisprudenza – Sapienza Università Di Roma, com o tema “(Re)pensando o trabalho em tempos da pandemia COVID-19: a experiência italiana”; e da Profa. Dra. Dora Fonseca, da Universidad de Coimbra, com o (Re)pensando o trabalho em tempos da Pandemia COVID-19 tema “Trabalho digno e emprego com direitos? Perspectivas e alternativas no contexto da crise pandêmica: um olhar a partir da realidade portuguesa”. No segundo dia do evento, o Prof. Leopoldo Rocha Soares, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, abordou o tema “(Re)pensando a proteção no mundodo trabalho sob a perspectiva das populações mais vulneráveis”; e Leandro Teodoro Ferreira, presidente da Rede Brasileira de Renda Básica, o tema “A proteção para além do trabalho no pós pandemia”. E, no terceiro dia do evento, a Profa. Dra. Valdete Souto Severo abordou o tema “Democracia e direitos sociais”; e a Profa. Dra. Patrícia Villen, o tema “O trabalho imigrante e o contexto pandêmico”. Ainda, durante a noite do dia 29 de agosto de 2020, o Evento registrou a realização de mesas temáticas, com apresentação de 64 trabalhos, que integram estes Anais, a saber: DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO: A FACETA NEFASTA DO NEOLIBERALISMO EM TEMPOS DE PANDEMIA: A NOVA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO (Ana Luísa Mendonça Ruggeri; Eliana dos Santos Alves Nogueira); MUNDO DO TRABALHO E A PANDEMIA DE COVID-19: UM OLHAR SOBRE OS TRABALHADORES QUE SE ENCONTRAM NA INFORMALIDADE (Ana Raquel Ramos de Assis Pereira; Cláudia Costa Paniago Pereira); RELAÇÕES DE TRABALHO PLURILOCALIZADAS: CONFLITOS DE LEI NO ESPAÇO E A PROTEÇÃO DO TRABALHADOR (Vitor Augusto Michielin Seabra de Oliveira; Fernando Melo Gama Peres); CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE E A VEDAÇÃO AO RETROCESSO: UM DEBATE [AINDA MAIS] NECESSÁRIO NO PÓS-PANDEMIA (Gabriel Chiusoli Ruscito; Victor Hugo de Almeida); O TRABALHO ANÁLOGO À CONDIÇÃO DE ESCRAVIDÃO NA INDÚSTRIA FAST Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB FASHION ENQUANTO FENÔMENO SOCIAL (Gabriela Losnak Benedict; Victor Hugo de Almeida); A EFETIVAÇÃO DO DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO DE ADOLESCENTES E JOVENS: DESAFIOS ATUAIS E FUTUROS PÓS PANDEMIA (Eliana dos Santos Alves Nogueira; Gabriela Marcassa Thomaz de Aquino); EFEITOS DA LEI Nº 14.010/2020 NA SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO E IMPACTOS NO ACESSO À JUSTIÇA (Giovanna Menato Pasquini; Eliana dos Santos Alves Nogueira); ANÁLISE DAS CONDIÇÕES LABORAIS E CONTRATUAIS DOS ENTREGADORES-CICLISTAS VIA PLATAFORMAS DIGITAIS (Henrique Lopes Mazzon; Victor Hugo de Almeida); TRABALHO INFANTIL NO BRASIL E AS PERSPECTIVAS PARA SUA ERRADICAÇÃO: RECENTES DESAFIOS IMPOSTOS PELA PANDEMIA DO COVID-19 (Lívia Francisquetti Casarini; Victor Hugo de Almeida); BACKSTAGE INVISÍVEL - OS EFEITOS DA PANDEMIA NA REALIDADE DE TRABALHADORES DO UNIVERSO CULTURAL (Maria Eduarda Buscain Martins; Victor Hugo de Almeida); OS IMPACTOS DA LEI 14.020/20 NA RELAÇÃO DE EMPREGO FRENTE AO MOMENTO EXCEPCIONAL DE PANDEMIA COVID-19 (Maurício José Mantelli Marangoni); OS EFEITOS EM FACE DOS EMPREGADOS ORIUNDOS DA ACELERADA ADESÃO DO TELETRABALHO EM DECORRÊNCIA DA PANDEMIA COVID-19 (Pedro Cabrini Marangoni; Victor Hugo de Almeida); O DANO EXISTENCIAL E A DURAÇÃO DO TRABALHO CONFORME A JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (Thauani Jagnow Piconi; Carolina Spack Kemmelmeier). DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO, SEGURIDADE SOCIAL E DIREITO PREVIDENCIÁRIO: A ATUAÇÃO VIRTUAL DOS CEJUSCS-JT FRENTE À PANDEMIA SOB A PERSPECTIVA DO ACESSO À (Re)pensando o trabalho em tempos da Pandemia COVID-19 JUSTIÇA (Anita Bueno Tavares; Eliana dos Santos Alves Nogueira); CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO DA LEI 13.467/2017 EM MATÉRIA PROCESSUAL (Brenda Schiezaro Guimaro; Eliana dos Santos Alves Nogueira); IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA SOB A ÓTICA DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DO ACESSO À JUSTIÇA E JUSTIÇA GRATUITA (Bruna Maria Modesto Ribeiro; Eliana dos Santos Alves Nogueira); AUDIÊNCIAS DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO TELEPRESENCIAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO DURANTE A PANDEMIA COVID-19 (Caio Mendes Guimarães Marcondes Machado; Maria Júlia de Freitas; Victor Hugo de Almeida); SUBSTITUIÇÃO DO DEPÓSITO RECURSAL POR SEGURO GARANTIA A QUALQUER TEMPO DO PROCESSO: VIABILIDADE EM TEMPOS DE PANDEMINA (Camila Mazza da Silva; Sandra Helena Favaretto; Simone Tavares de Andrade); ENTRAVES AO ACESSO À JUSTIÇA DO TRABALHO COM O ADVENTO DA LEI 13.467/2017: QUESTÕES SOBRE A ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA (Emanuelle Flemming; Eliana dos Santos Alves Nogueira); A EXIGIBILIDADE DO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS POR PARTE DO BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA: (IN)CONSTITUCIONALIDADE EM QUESTÃO EM ACÓRDÃO DO TST (Eliana dos Santos Alves Nogueira; Fabiana Gil de Pádua); A MEDIAÇÃO NA SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS E A VALORIZAÇÃO DO INSTITUTO NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID- 19 (Gustavo Garutti Moreira; Eliana dos Santos Alves Nogueira); ÔNUS SUCUMBENCIAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO: ANÁLISE DAS POSSÍVEIS VIOLAÇÕES A DIREITOS FUNDAMENTAIS COM O ADVENTO DA LEI 13.467/2017 (Izabelle de Freitas Custodio; Eliana dos Santos Alves Nogueira); A AÇÃO CIVIL PÚBLICA TRABALHISTA COMO INSTRUMENTO DE GARANTIA DA SAÚDE E DA Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB SEGURANÇA DO TRABALHADOR DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 (Luana Graciana Silva; José Antônio Ribeiro de Oliveira Silva); NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS ATÍPICOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO: UMA ANÁLISE DO INSTITUTO FRENTE AO PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO (Renato BrittoBarufi; Marina Bonissato Frattari; Frederico T. A. Martos); AS EMPRESAS PÚBLICAS NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO: UMA ABORDAGEM HERMENÊUTICA CRÍTICA PARA A GARANTIA DOS DIREITOS SOCIAIS DOS TRABALHADORES TERCEIRIZADOS (José Carlos de Oliveira; Victor Barroso de Aragão). DIREITO COLETIVO DO TRABALHO, SEGURIDADE SOCIAL E DIREITO PREVIDENCIÁRIO: ATUAÇÃO DO SINDICATO DAS TRABALHADORAS DOMÉSTICAS: DESAFIOS E AÇÕES (Alexandra de Souza Garcia); RESPOSTAS NORMATIVAS EM MATÉRIA TRABALHISTA NO BRASIL PANDÊMICO: ANÁLISE DA (DES)CONFORMIDADE COM A PROMOÇÃO DO DIÁLOGO SOCIAL (Catharina Lopes Scodro; Olívia de Quintana Figueiredo Pasqualeto); O DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL E AS DIFICULDADES PROBATÓRIAS DECORRENTES DA OMISSÃO DO EMPREGADOR (Jennifer R. S. Coelho; Victor Hugo de Almeida); SAÍDAS PROCESSUAIS PARA A DEMORA NA ANÁLISE DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO JUNTO AO INSS EM TEMPOS DE PANDEMIA (João Victor Carloni de Carvalho); O DIÁLOGO SOCIAL NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DE COVID-19 E A SUPRESSÃO DAS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS (Maria Laura Bolonha Moscardini; Daniel Damásio Borges); A ATUAÇÃO DO SINDICATO COMO DEMANDANTE NA JUSTIÇA DO TRABALHO NA DEFESA DOS DIREITOS E INTERESSES COLETIVOS DA CATEGORIA (Marina (Re)pensando o trabalho em tempos da Pandemia COVID-19 Domingues Bovo; João Victor Carloni de Carvalho); NEGOCIAÇÃO COLETIVA EM TEMPOS DE PANDEMIA: MAPEAMENTO DOS INSTRUMENTOS COLETIVOS NEGOCIADOS FIRMADOS PARA ENFRENTAMENTO DO CORONAVÍRUS NO ESTADO DE SÃO PAULO (Gabriela Marcassa Thomaz de Aquino ; Olívia de Quintana Figueiredo Pasqualeto); FINANCIAMENTO SINDICAL PÓS-REFORMA TRABALHISTA E A REPRESENTATIVIDADE DOS TRABALHADORES (Sabrina Moschini; Thomas Cezar Coimbra). MEIO AMBIENTE DO TRABALHO E SAÚDE DO TRABALHADOR: ASSÉDIO SEXUAL CONTRA AS MULHERES NO TRABALHO: UMA PERSPECTIVA LABOR-AMBIENTAL (Ana Clara Tristão; Victor Hugo de Almeida); (RE)PENSANDO O TELETRABALHO EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19 SOB A PERSPECTIVA DO DIREITO À DESCONEXÃO DO TRABALHO (Ana Paula Rocha e Silva); A EXAUSTÃO DO TELETRABALHADOR DURANTE A PANDEMIA COVID-19 (Bruna Flora Brosque; Victor Hugo de Almeida); A (DES)OBRIGATORIEDADE DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE URBANO E DE ENTREGAS POR APLICATIVOS NA MANUTENÇÃO DE UM MEIO AMBIENTE DE TRABALHO SEGURO E SUA RESPONSABILIDADE NO CASO DE CONTAMINAÇÃO DOS SEUS PARCEIROS PELO SARS-COV2 (Cauê Barreto de Souza; Fabiano Carvalho); SAÚDE MENTAL DAS TELETRABALHADORAS E OS DESAFIOS IMPOSTOS PELA PANDEMIA (Cicília Araújo Nunes; Juliane Caravieri Martins; Thaynná Michel Araújo Ghantous); O ENQUADRAMENTO DA COVID-19 COMO DOENÇA OCUPACIONAL: CARACTERIZAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO À LUZ DO SISTEMA JUSLABORAL BRASILEIRO (Luiza Macedo Pedroso; Victor Hugo de Almeida); PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTESeminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB DO TRABALHO EQUILIBRADO E O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO: LIMITES DE INTERVENÇÃO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID-19 (Marcelo Braghini; Sebastião Sérgio da Silveira); PRECARIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO E INCITAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO: O FIM DA MP 927 E O ENTENDIMENTO RECENTE DO STF (João Victor Oliveira Gomes Queiroz; Mariana Luvizutti Coiado Martinez; Marisa Luvizutti Coiado Martinez); TRANSFERÊNCIA DO TRABALHO PARA O AMBIENTE DOMÉSTICO: A SAÚDE DO TELETRABALHADOR E A PANDEMIA DE COVID-19 (Milena Libralon Kosaki Ponchio; José Francisco Siqueira Neto); ASSÉDIO ORGANIZACIONAL NO SETOR BANCÁRIO E A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DOS SINDICATOS NAS POLÍTICAS DE PREVENÇÃO (Polly Cristie Caires da Silva; Elaine Mansor Fernandes Silva; Lady Ane de Paula Santos Della Rocca); A COVID-19 COMO DOENÇA OCUPACIONAL E SUA REPERCUSSÃO PROBATÓRIA NO PROCESSO DO TRABALHO (Ricardo Claret Pitondo Filho). MULTIDISCIPLINARIDADE DO TRABALHO: ESTUDO SOBRE A ADESÃO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO NO PERÍODO DE PANDEMIA (Aline Michelle Dib; Almir Mantovani); O TRABALHO PROFISSIONAL COM ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA INTERNAÇÃO EM TEMPOS DE COVID-19 (Amanda Lorena Leite; Maria Cristina Piana); TRABALHO REMOTO E RESPONSABILIDADES DOMÉSTICAS: ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA DE GÊNERO (Ana Julia Pozzi Arruda; Cínthia Baccarin; Luciana Lopes Canavez); EM NOME DA MODERNIZAÇÃO ECONÔMICA, A PERDA DA DIGNIDADE DO TRABALHO EM TEMPOS DE PANDEMIA (Cézar Cardoso de Souza Neto; (Re)pensando o trabalho em tempos da Pandemia COVID-19 André Luiz Pereira Spinieli); INTERSECÇÕES SOBRE AS RELAÇÕES DE TRABALHO DAS MULHERES NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19: UMA AVALIAÇÃO SOBRE PRECARIZAÇÃO, INFORMALIDADE E DESIGUALDADE DE GÊNERO (Eduarda Camargo Sansão); REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E A FLEXIBILIZAÇÃO DE DIREITOS SOCIAIS (João Vítor Dantas Alves; Agnaldo de Sousa Barbosa); POLÍTICAS ECONÔMICAS NEOLIBERAIS NA AMÉRICA LATINA, A PANDEMIA DE COVID-19 E OS IMPACTOS JUSLABORAIS À LUZ DO PENSAMENTO CEPALINO (Juliane Caravieri Martins; José Alex Rego Soares); INTERESSE PÚBLICO, GESTÃO PRIVADA: UMA ANÁLISE CRÍTICA DA TERCEIRIZAÇÃO NA UNIVERSIDADE PÚBLICA ENQUANTO FENÔMENO DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO (Agnaldo de Sousa Barbosa; Beatriz Yumi Picone Takahashi; Leonardo de Oliveira Baroni); PONDERAÇÕES SOBRE O PAPEL DA ADMINISTRAÇÃO E DO DIREITO NA CONSTRUÇÃO DO SENTIDO DO TRABALHO NO MUNDO PÓS-PANDEMIA (Rita de Cássia Marques Lima de Castro; Paulo Sergio de Castro); A ILUSÃO DO EMPREENDEDORISMO: UM ESTUDO COMPARATIVO DOS IMIGRANTES DO SÉCULO XIX E OS ENTREGADORES DE APLICATIVOS (Sofia Covas Russi; Ulisses Toshiro Sugahara); O MUNDO DO TRABALHO E SEUS REFLEXOS NA EMPREGABILIDADE ENTRE OS ADOLESCENTES (Vanessa Aparecida Barbosa Tristão; Maria Cristina Piana). TECNOLOGIA, MERCADO E TRABALHO: REFLEXOS DA LEI DE PROTEÇÃO DE DADOS NA FASE PRÉ- CONTRATUAL TRABALHISTA: DESAFIOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO AOS DADOS CURRICULARES (Aluísio Ribeiro Ferreira Filho; Victor Hugo de Almeida); O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE NO PROCESSO JUDICIAL Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB ELETRÔNICO E SUAS RELAÇÕES E MANIFESTAÇÕES DENTRO DO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO (Felipe Cardoso Scandiuzzi; Eliana dos Santos Alves Nogueira); O VÍRUS DA PRECARIZAÇÃO NA VIDA DOS ENTREGADORES DE APLICATIVO: UM ESTUDO SOBRE O COVID-19 COM BASE NO RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL SOBRE AS CONDIÇÕES DE TRABALHO EM EMPRESAS DE PLATAFORMA DIGITAL (Heloísa Cunha Vieira; Jorge David Barrientos Parra; Mariana da Palma Pires); O DIREITO DE IMAGEM DOS PROFESSORES EM TEMPOS DE PANDEMIA (Lara Rezende Dozono Pereira; Júlio Dias Taliberti; Frederico Thales de Araújo Martos); O TELETRABALHO E SEU USO NO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO ANTE A PANDEMIA DE COVID-19 (Maria Gabriela Silva Moreira; Juliane Caravieri Martins); O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COMO ESTRATÉGIA DE ACELERAÇÃO NO JULGAMENTO DE DEMANDAS (Maria Júlia Paschoal Minto; Eliana dos Santos Alves Nogueira); A ESCRAVIDÃO MODERNA DOS TRABALHADORES POR APLICATIVOS: DERRUBANDO O MITO DO FARDO DO HOMEM BRANCO (Raianne Liberal Coutinho); OS IMPACTOS DA PANDEMIA COVID-19 NAS RELAÇÕES DE TRABALHO POR MEIO DE APLICATIVOS (Rayra Alves de Faria; Victor Hugo de Almeida); TRABALHO REMOTO E SEGURANÇA DE DADOS (Renan Segantini da Silva Mello). As atividades nas mesas temáticas foram coordenadas pelos seguintes colaboradores: DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO - Prof. Dr. Humberto Bersani e Prof. Ms. Renan Fernandes Duarte; DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO, SEGURIDADE SOCIAL E DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Profa. Dra. Eliana dos Santos Alves Nogueira e Profa. Ms. Gabriela Marcassa Thomaz de Aquino; DIREITO COLETIVO DO TRABALHO, SEGURIDADE SOCIAL E DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Profa. Ms. Ana (Re)pensando o trabalho em tempos da Pandemia COVID-19 Cristina Alves de Paula e Profa. Ms. Nelma Karla Waideman Fukuoka; MEIO AMBIENTE DO TRABALHO E SAÚDE DO TRABALHADOR - Prof. Dr. Victor Hugo de Almeida, Profa. Ms. Camila Martinelli Sabongi e Profa. Ms. Giovanna Gomes de Paula; MULTIDISCIPLINARIDADE DO TRABALHO - Profa. Dra. Cléria Maria Lôbo Bittar e Profa. Ms. Lilian Carla de Almeida; e TECNOLOGIA, MERCADO E TRABALHO - Prof. Dr. Luiz Henrique Sormani Barbugiani, Prof. Ms. Fabiano Carvalho e Prof. Ms. Jaime Leandro Bulos. Por fim, a Coordenação Geral do Evento agradece a todos os membros que compuseram os Comitês de Organização e Científico; aos apoiadores do Evento; à Direção, ao Departamento de Direito Privado, de Processo Civil e do Trabalho, ao Programa de Pós-Graduação em Direito e aos servidores (especialmente Ícaro Henrique Ramos, Valter Nailton da Silva, Carlos Alberto Bernardes e Sandra Aparecida Cintra Ferreira) da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” (FCHS/UNESP); e a todas as Instituições apoiadoras. Desejamos a todos e a todas uma boa leitura! Prof. Dr. Victor Hugo de Almeida (FCHS/Unesp) Profa. Dra. Eliana dos Santos Alves Nogueira (FCHS/Unesp) Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB SUMÁRIO DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO ................................................. 31 A FACETA NEFASTA DO NEOLIBERALISMO EM TEMPOS DE PANDEMIA: A NOVA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO .............. 31 Ana Luísa Mendonça Ruggeri ...................................................................... 31 Eliana dos Santos Alves Nogueira ................................................................ 31 O MUNDO DO TRABALHO E A PANDEMIA DE COVID-19: UM OLHAR SOBRE OS TRABALHADORES QUE SE ENCONTRAM NA INFORMALIDADE ................................................................................... 41 Ana Raquel Ramos de Assis Pereira ............................................................ 41 Cláudia Costa Paniago Pereira ................................................................... 41 RELAÇÕES DE TRABALHO PLURILOCALIZADAS: CONFLITOS DE LEI NO ESPAÇO E A PROTEÇÃO DO TRABALHADOR ................. 63 Vitor Augusto Michielin Seabra de Oliveira ................................................ 63 Fernando Melo Gama Peres ........................................................................ 63 CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE E A VEDAÇÃO AO RETROCESSO: UM DEBATE [AINDA MAIS] NECESSÁRIO NO PÓS-PANDEMIA ....................................................................................... 85 Gabriel Chiusoli Ruscito .............................................................................. 85 Victor Hugo de Almeida ............................................................................... 85 O TRABALHOANÁLOGO À CONDIÇÃO DE ESCRAVIDÃO NA INDÚSTRIA FAST FASHION ENQUANTO FENÔMENO SOCIAL . 97 Gabriela Losnak Benedicto .......................................................................... 97 Victor Hugo de Almeida ............................................................................... 97 Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB A EFETIVAÇÃO DO DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO DE ADOLESCENTES E JOVENS: DESAFIOS ATUAIS E FUTUROS PÓS PANDEMIA ......................................................................................119 Eliana dos Santos Alves Nogueira ............................................................. 119 Gabriela Marcassa Thomaz de Aquino ...................................................... 119 EFEITOS DA LEI Nº 14.010/2020 NA SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO E IMPACTOS NO ACESSO À JUSTIÇA ....................................................................................................139 Giovanna Menato Pasquini........................................................................ 139 Eliana dos Santos Alves Nogueira ............................................................. 139 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES LABORAIS E CONTRATUAIS DOS ENTREGADORES-CICLISTAS VIA PLATAFORMAS DIGITAIS .149 Henrique Lopes Mazzon ............................................................................. 149 Victor Hugo de Almeida ............................................................................. 149 TRABALHO INFANTIL NO BRASIL E AS PERSPECTIVAS PARA SUA ERRADICAÇÃO: RECENTES DESAFIOS IMPOSTOS PELA PANDEMIA DO COVID-19 ....................................................................161 Lívia Francisquetti Casarini ...................................................................... 161 Victor Hugo de Almeida ............................................................................. 161 BACKSTAGE INVISÍVEL - OS EFEITOS DA PANDEMIA NA REALIDADE DE TRABALHADORES DO UNIVERSO CULTURAL .....................................................................................................................173 Maria Eduarda Buscain Martins ............................................................... 173 Victor Hugo de Almeida ............................................................................. 173 OS IMPACTOS DA LEI 14.020/20 NA RELAÇÃO DE EMPREGO FRENTE AO MOMENTO EXCEPCIONAL DE PANDEMIA COVID- 19 .................................................................................................................185 Maurício José Mantelli Marangoni ........................................................... 185 Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB OS EFEITOS EM FACE DOS EMPREGADOS ORIUNDOS DA ACELERADA ADESÃO DO TELETRABALHO EM DECORRÊNCIA DA PANDEMIA COVID-19 .................................................................... 197 Pedro Cabrini Marangoni .......................................................................... 197 Victor Hugo de Almeida ............................................................................. 197 O DANO EXISTENCIAL E A DURAÇÃO DO TRABALHO CONFORME A JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ............................................................................................. 209 Thauani Jagnow Piconi .............................................................................. 209 Carolina Spack Kemmelmeier .................................................................... 209 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO, SEGURIDADE SOCIAL E DIREITO PREVIDENCIÁRIO ................................................................... 223 ATUAÇÃO DO SINDICATO DAS TRABALHADORAS DOMÉSTICAS: DESAFIOS E AÇÕES .............................................................................. 225 Alexandra de Souza Garcia ........................................................................ 225 RESPOSTAS NORMATIVAS EM MATÉRIA TRABALHISTA NO BRASIL PANDÊMICO: ANÁLISE DA (DES)CONFORMIDADE COM A PROMOÇÃO DO DIÁLOGO SOCIAL .................................. 243 Catharina Lopes Scodro ............................................................................. 243 Olívia de Quintana Figueiredo Pasqualeto ................................................ 243 O DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL E AS DIFICULDADES PROBATÓRIAS DECORRENTES DA OMISSÃO DO EMPREGADOR ....................................................................................... 257 Jennifer R. S. Coelho .................................................................................. 257 Victor Hugo de Almeida ............................................................................. 257 SAÍDAS PROCESSUAIS PARA A DEMORA NA ANÁLISE DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO JUNTO AO INSS EM Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB TEMPOS DE PANDEMIA ......................................................................269 João Victor Carloni de Carvalho ............................................................... 269 O DIÁLOGO SOCIAL NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DE COVID-19 E A SUPRESSÃO DAS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS ..285 Maria Laura Bolonha Moscardini ............................................................. 285 Daniel Damásio Borges ............................................................................. 285 A ATUAÇÃO DO SINDICATO COMO DEMANDANTE NA JUSTIÇA DO TRABALHO NA DEFESA DOS DIREITOS E INTERESSES COLETIVOS DA CATEGORIA .............................................................295 Marina Domingues Bovo ........................................................................... 295 João Victor Carloni de Carvalho ............................................................... 295 NEGOCIAÇÃO COLETIVA EM TEMPOS DE PANDEMIA: MAPEAMENTO DOS INSTRUMENTOS COLETIVOS NEGOCIADOS FIRMADOS PARA ENFRENTAMENTO DO CORONAVÍRUS NO ESTADO DE SÃO PAULO ...............................313 Gabriela Marcassa Thomaz de Aquino ...................................................... 313 Olívia de Quintana Figueiredo Pasqualeto ............................................... 313 FINANCIAMENTO SINDICAL PÓS-REFORMA TRABALHISTA E A REPRESENTATIVIDADE DOS TRABALHADORES .......................325 Sabrina Moschini ....................................................................................... 325 Thomas Cezar Coimbra ............................................................................. 325 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO, SEGURIDADE SOCIAL E DIREITO PREVIDENCIÁRIO ...................................................................345 A ATUAÇÃO VIRTUAL DOS CEJUSCS-JT FRENTE À PANDEMIA SOB A PERSPECTIVA DO ACESSO À JUSTIÇA ..............................347 Anita Bueno Tavares .................................................................................. 347 Eliana dos Santos Alves Nogueira ............................................................. 347 Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO DA LEI 13.467/2017 EM MATÉRIA PROCESSUAL ......................................... 359 Brenda Schiezaro Guimaro ........................................................................ 359 Eliana dos Santos Alves Nogueira .............................................................. 359 IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA SOB A ÓTICA DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DO ACESSO À JUSTIÇA E JUSTIÇA GRATUITA ............................................................................. 371 Bruna Maria Modesto Ribeiro ................................................................... 371 Eliana dos Santos Alves Nogueira .............................................................. 371 AUDIÊNCIAS DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTOTELEPRESENCIAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO DURANTE A PANDEMIA COVID-19 ........................................................................... 383 Caio Mendes Guimarães Marcondes Machado ......................................... 383 Maria Júlia de Freitas ................................................................................ 383 Victor Hugo de Almeida ............................................................................. 383 SUBSTITUIÇÃO DO DEPÓSITO RECURSAL POR SEGURO GARANTIA A QUALQUER TEMPO DO PROCESSO: VIABILIDADE EM TEMPOS DE PANDEMINA ................................ 395 Camila Mazza da Silva ............................................................................... 395 Sandra Helena Favaretto ........................................................................... 395 Simone Tavares de Andrade ....................................................................... 395 ENTRAVES AO ACESSO À JUSTIÇA DO TRABALHO COM O ADVENTO DA LEI 13.467/2017: QUESTÕES SOBRE A ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA .......................................... 413 Emanuelle Flemming .................................................................................. 413 Eliana dos Santos Alves Nogueira .............................................................. 413 Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB A EXIGIBILIDADE DO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS POR PARTE DO BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA: (IN)CONSTITUCIONALIDADE EM QUESTÃO EM ACÓRDÃO DO TST.................................................................................429 Eliana dos Santos Alves Nogueira ............................................................. 429 Fabiana Gil de Pádua ................................................................................ 429 A MEDIAÇÃO NA SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS E A VALORIZAÇÃO DO INSTITUTO NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID-19 ...........................................................................................443 Gustavo Garutti Moreira ........................................................................... 443 Eliana dos Santos Alves Nogueira ............................................................. 443 ÔNUS SUCUMBENCIAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO: ANÁLISE DAS POSSÍVEIS VIOLAÇÕES A DIREITOS FUNDAMENTAIS COM O ADVENTO DA LEI 13.467/2017 ..............................................457 Izabelle de Freitas Custodio ...................................................................... 457 Eliana dos Santos Alves Nogueira ............................................................. 457 A AÇÃO CIVIL PÚBLICA TRABALHISTA COMO INSTRUMENTO DE GARANTIA DA SAÚDE E DA SEGURANÇA DO TRABALHADOR DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19............467 Luana Graciana Silva ................................................................................ 467 José Antônio Ribeiro de Oliveira Silva ...................................................... 467 NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS ATÍPICOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO: UMA ANÁLISE DO INSTITUTO FRENTE AO PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO .................................................................479 Renato Britto Barufi ................................................................................... 479 Marina Bonissato Frattari ......................................................................... 479 Frederico T. A. Martos .............................................................................. 479 Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB AS EMPRESAS PÚBLICAS NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO: UMA ABORDAGEM HERMENÊUTICA CRÍTICA PARA A GARANTIA DOS DIREITOS SOCIAIS DOS TRABALHADORES TERCEIRIZADOS ................................................................................... 497 José Carlos de Oliveira .............................................................................. 497 Victor Barroso de Aragão .......................................................................... 497 MEIO AMBIENTE DO TRABALHO E SAÚDE DO TRABALHADOR .................................................................................................................... 509 ASSÉDIO SEXUAL CONTRA AS MULHERES NO TRABALHO: UMA PERSPECTIVA LABOR-AMBIENTAL ............................................... 511 Ana Clara Tristão ....................................................................................... 511 Victor Hugo de Almeida ............................................................................. 511 (RE)PENSANDO O TELETRABALHO EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19 SOB A PERSPECTIVA DO DIREITO À DESCONEXÃO DO TRABALHO ...................................................................................... 525 Ana Paula Rocha e Silva ............................................................................ 525 A EXAUSTÃO DO TELETRABALHADOR DURANTE A PANDEMIA COVID-19.................................................................................................. 545 Bruna Flora Brosque .................................................................................. 545 Victor Hugo de Almeida ............................................................................. 545 A (DES)OBRIGATORIEDADE DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE URBANO E DE ENTREGAS POR APLICATIVOS NA MANUTENÇÃO DE UM MEIO AMBIENTE DE TRABALHO SEGURO E SUA RESPONSABILIDADE NO CASO DE CONTAMINAÇÃO DOS SEUS PARCEIROS PELO SARS-COV2 .. 557 Cauê Barreto de Souza ............................................................................... 557 Fabiano Carvalho....................................................................................... 557 Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB SAÚDE MENTAL DAS TELETRABALHADORAS E OS DESAFIOS IMPOSTOS PELA PANDEMIA .............................................................567 Cicília Araújo Nunes .................................................................................. 567 Juliane Caravieri Martins .......................................................................... 567 Thaynná Michel Araújo Ghantous ............................................................. 567 O ENQUADRAMENTO DA COVID-19 COMO DOENÇA OCUPACIONAL: CARACTERIZAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO À LUZ DO SISTEMA JUSLABORAL BRASILEIRO .........................577 Luiza Macedo Pedroso ............................................................................... 577 Victor Hugo de Almeida ............................................................................. 577 PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE DO TRABALHO EQUILIBRADO E O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO: LIMITES DE INTERVENÇÃO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID-19 ....................................................................589 Marcelo Braghini ....................................................................................... 589 Ssebastião Sérgio da Silveira ..................................................................... 589 PRECARIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO E INCITAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO: O FIM DA MP 927 E O ENTENDIMENTO RECENTE DO STF ................................................627 João Victor Oliveira Gomes Queiroz ......................................................... 627 Mariana Luvizutti Coiado Martinez ........................................................... 627 Marisa Luvizutti Coiado Martinez ............................................................. 627 TRANSFERÊNCIA DO TRABALHO PARA O AMBIENTE DOMÉSTICO: A SAÚDE DO TELETRABALHADOR E A PANDEMIA DE COVID-19 .....................................................................641 Milena Libralon Kosaki Ponchio ............................................................... 641 José Francisco Siqueira Neto ....................................................................641 Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB ASSÉDIO ORGANIZACIONAL NO SETOR BANCÁRIO E A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DOS SINDICATOS NAS POLÍTICAS DE PREVENÇÃO ............................................................. 655 Polly Cristie Caires da Silva ...................................................................... 655 Elaine Mansor Fernandes Silva ................................................................. 655 Lady Ane de Paula Santos Della Rocca ..................................................... 655 A COVID-19 COMO DOENÇA OCUPACIONAL E SUA REPERCUSSÃO PROBATÓRIA NO PROCESSO DO TRABALHO .................................................................................................................... 667 Ricardo Claret Pitondo Filho ..................................................................... 667 MULTIDISCIPLINARIDADE DO TRABALHO ..................................... 679 ESTUDO SOBRE A ADESÃO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO NO PERÍODO DE PANDEMIA .................................................................... 681 Aline Michelle Dib ...................................................................................... 681 Almir Mantovani ......................................................................................... 681 O TRABALHO PROFISSIONAL COM ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA INTERNAÇÃO EM TEMPOS DE COVID-19 .................................................................. 693 Amanda Lorena Leite ................................................................................. 693 Maria Cristina Piana.................................................................................. 693 TRABALHO REMOTO E RESPONSABILIDADES DOMÉSTICAS: ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA DE GÊNERO .................. 705 Ana Julia Pozzi Arruda ............................................................................... 705 Cínthia Baccarin......................................................................................... 705 Luciana Lopes Canavez .............................................................................. 705 Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB EM NOME DA MODERNIZAÇÃO ECONÔMICA, A PERDA DA DIGNIDADE DO TRABALHO EM TEMPOS DE PANDEMIA ........717 Cézar Cardoso de Souza Neto.................................................................... 717 André Luiz Pereira Spinieli ........................................................................ 717 INTERSECÇÕES SOBRE AS RELAÇÕES DE TRABALHO DAS MULHERES NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19: UMA AVALIAÇÃO SOBRE PRECARIZAÇÃO, INFORMALIDADE E DESIGUALDADE DE GÊNERO ............................................................731 Eduarda Camargo Sansão ......................................................................... 731 REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E A FLEXIBILIZAÇÃO DE DIREITOS SOCIAIS ................................................................................743 João Vítor Dantas Alves ............................................................................ 743 Agnaldo de Sousa Barbosa ........................................................................ 743 POLÍTICAS ECONÔMICAS NEOLIBERAIS NA AMÉRICA LATINA, A PANDEMIA DE COVID-19 E OS IMPACTOS JUSLABORAIS À LUZ DO PENSAMENTO CEPALINO ..................................................755 Juliane Caravieri Martins .......................................................................... 755 José Alex Rego Soares ............................................................................... 755 INTERESSE PÚBLICO, GESTÃO PRIVADA: UMA ANÁLISE CRÍTICA DA TERCEIRIZAÇÃO NA UNIVERSIDADE PÚBLICA ENQUANTO FENÔMENO DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO .....................................................................................................................769 Agnaldo de Sousa Barbosa ........................................................................ 769 Beatriz Yumi Picone Takahashi ................................................................. 769 Leonardo de Oliveira Baroni ..................................................................... 769 PONDERAÇÕES SOBRE O PAPEL DA ADMINISTRAÇÃO E DO DIREITO NA CONSTRUÇÃO DO SENTIDO DO TRABALHO NO Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB MUNDO PÓS-PANDEMIA ..................................................................... 781 Rita de Cássia Marques Lima de Castro .................................................... 781 Paulo Sergio de Castro ............................................................................... 781 A ILUSÃO DO EMPREENDEDORISMO: UM ESTUDO COMPARATIVO DOS IMIGRANTES DO SÉCULO XIX E OS ENTREGADORES DE APLICATIVOS ............................................... 795 Sofia Covas Russi ....................................................................................... 795 Ulisses Toshiro Sugahara ........................................................................... 795 O MUNDO DO TRABALHO E SEUS REFLEXOS NA EMPREGABILIDADE ENTRE OS ADOLESCENTES ...................... 807 Vanessa Aparecida Barbosa Tristão .......................................................... 807 Maria Cristina Piana.................................................................................. 807 TECNOLOGIA, MERCADO E TRABALHO........................................... 827 REFLEXOS DA LEI DE PROTEÇÃO DE DADOS NA FASE PRÉ- CONTRATUAL TRABALHISTA: DESAFIOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO AOS DADOS CURRICULARES .................................... 829 Aluísio Ribeiro Ferreira Filho ................................................................... 829 Victor Hugo de Almeida ............................................................................. 829 O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE NO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO E SUAS RELAÇÕES E MANIFESTAÇÕES DENTRO DO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO .............................. 841 Felipe Cardoso Scandiuzzi ......................................................................... 841 Eliana dos Santos Alves Nogueira .............................................................. 841 O VÍRUS DA PRECARIZAÇÃO NA VIDA DOS ENTREGADORES DE APLICATIVO: UM ESTUDO SOBRE O COVID-19 COM BASE NO RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL SOBRE AS CONDIÇÕES DE TRABALHO EM EMPRESAS DE PLATAFORMA DIGITAL ......... 853 Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB Heloísa Cunha Vieira ................................................................................. 853 Jorge David Barrientos Parra ................................................................... 853 Mariana da Palma Pires ............................................................................ 853 O DIREITO DE IMAGEM DOS PROFESSORES EM TEMPOS DE PANDEMIA ...............................................................................................865 Lara Rezende Dozono Pereira ................................................................... 865 Júlio Dias Taliberti .................................................................................... 865 Frederico Thales de Araújo Martos ........................................................... 865 O TELETRABALHO E SEU USO NO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO ANTE A PANDEMIA DE COVID-19 ...........................879 Maria Gabriela Silva Moreira ................................................................... 879 Juliane Caravieri Martins .......................................................................... 879 O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COMO ESTRATÉGIA DE ACELERAÇÃO NO JULGAMENTO DE DEMANDAS .....................891 Maria Júlia Paschoal Minto ......................................................................891 Eliana dos Santos Alves Nogueira ............................................................. 891 A ESCRAVIDÃO MODERNA DOS TRABALHADORES POR APLICATIVOS: DERRUBANDO O MITO DO FARDO DO HOMEM BRANCO ...................................................................................................903 Raianne Liberal Coutinho .......................................................................... 903 OS IMPACTOS DA PANDEMIA COVID-19 NAS RELAÇÕES DE TRABALHO POR MEIO DE APLICATIVOS .....................................915 Rayra Alves de Faria ................................................................................. 915 Victor Hugo de Almeida ............................................................................. 915 TRABALHO REMOTO E SEGURANÇA DE DADOS ............................927 Renan Segantini da Silva Mello ................................................................. 927 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 31 A FACETA NEFASTA DO NEOLIBERALISMO EM TEMPOS DE PANDEMIA: A NOVA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO THE NEFARIOUS FACET OF NEOLIBERALISM IN PANDEMIC TIMES: A NEW PRECARIZATION OF LABOR Ana Luísa Mendonça Ruggeri Eliana dos Santos Alves Nogueira RESUMO A crise sanitária ocasionada pelo coronavírus tem escancarado diversos problemas frutos da agenda política neoliberal vigente no Brasil. Ao intensificar as crises econômica e política que se perduram há anos no país, a grande massa de trabalhadores, principalmente os pobres e/ou informais, sentem, nesse contexto, de maneira ainda mais violenta, as consequências da lógica do capital financeiro. No âmbito do direito do trabalho, a primeira resposta do (des)governo frente à recessão econômica, acelerada pela pandemia, foi a flexibilização dos direitos trabalhistas. A Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) já havia, em muitos níveis, flexibilizado esses direitos. A Medida Provisória nº 936, editada em contexto de calamidade pública, caminhou ainda mais nesse sentido, permitindo, inclusive, que sejam feitas negociações de redução da jornada de trabalho e da suspensão temporária do contrato de trabalho sem participação de sindicato. O direito do trabalho é um direito social e, em Graduanda em Direito pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). E-mail: a.ruggeri@unesp.br Professora Assistente na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). E-mail: eliana.nogueira@unesp.br Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 32 momentos de crise, é um dos primeiros a ser sucateado sob a justificativa de preservação da economia. Parece que foi atribuído ao trabalhador o encargo de arcar com as consequências de uma pandemia global sem qualquer proteção efetiva do Estado. Aqueles não privilegiados pela possibilidade de se manterem em isolamento social, continuam pegando ônibus e trens lotados de pessoas, arriscando a própria vida e de seus familiares, muitas vezes com a jornada e salário reduzidos. O objetivo deste trabalho é apontar as contradições atuais da política neoliberal no âmbito do direito do trabalho. A pesquisa conta com revisão bibliográfica e coleta de dados, sob ótica qualitativa e dedutiva. Os resultados apontam para uma situação de crise intensificada pela pandemia e que tem gerado um excedente de trabalhadores sem seus direitos básicos garantidos. Palavras-chave: neoliberalismo. pandemia. Direito do Trabalho. ABSTRACT The health crisis caused by the coronavirus has opened several problems resulting from the neoliberal political agenda in force in Brazil. By intensifying the economic and political crises that have persisted for years in the country, the great mass of workers, especially the poor and / or informal, feel, in this context, even more violently, the consequences of the logic of financial capital. In the scope of labor law, the first (de) government response to the economic recession, accelerated by the pandemic, was the easing of labor rights. Law No. 13,467 / 2017 (Labor Reform) had, at many levels, already made these rights more flexible. Provisional Measure No. 936, issued in the context of public calamity, went even further in this direction, even allowing negotiations to be made to reduce working hours and temporarily suspend the employment contract without union participation. Labor law is a social right and, in times of Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 33 crisis, it is one of the first to be scrapped under the justification of preserving the economy. It appears that the worker has been given the burden of bearing the consequences of a global pandemic without any effective protection by the State. Those not privileged by the possibility of remaining in social isolation, continue to take buses and trains full of people, risking their own lives and that of their families, often with reduced hours and wages. The objective of this work is to point out the current contradictions of neoliberal politics in the scope of labor law. The research has a bibliographic review and data collection, from a qualitative and deductive perspective. The results point to a crisis situation intensified by the pandemic and which has generated a surplus of workers without their guaranteed basic rights. Keywords: neoliberalism. pandemic. Labor Law. INTRODUÇÃO O direito do trabalho é um direito social que derivou de uma série de lutas da classe trabalhadora, submetida desde os primórdios da Revolução Industrial à condições precárias de trabalho: Este é o cenário em que nasce o Direito do Trabalho. A produção industrial cria aquelas grandes concentrações de trabalhadores ao redor da máquina e a superexploração desses mesmos trabalhadores pelos patrões, sem qualquer limite, tornando insuportável a vida que passam a levar e estimulando a procura de uma solução para estes graves problemas. (MANUS, 2002, p. 26) A partir de então, o Estado passa a desempenhar uma função essencial na relação de trabalho, regulamentando e fiscalizando as relações derivadas desse tipo de contrato. Com Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 34 a ascensão do neoliberalismo 1 , no final do século XX, o Estado passa a interferir de maneira cada vez mais tímida em questões sociais. Como o trabalho exerce um papel fundamental no funcionamento do sistema metabólico do capital, não é raro que, principalmente em tempos de crise, ele seja flexibilizado, sucateado e suprimido (ANTUNES, 2020). No Brasil, um grande exemplo desse “socorro” que a recessão econômica toma na flexibilização dos direitos trabalhistas, foi a Reforma Trabalhista de 2017 (Lei nº 13.467), que ampliou de maneira significativa as possibilidades de direitos que podem ser regulamentados por meio de negociação coletiva. A mesma lei relativizou o princípio da supremacia da norma constitucional, caríssimo à tradição democrática, ao instituir, inclusive, o modelo do “negociado sobre o legislado”. Com a crise intensificada pela pandemia, a Medida Provisória 936, convertida na Lei 14.020/2020, é mais um retrato da agenda de sucateamento dos direitos trabalhistas. 1 A PANDEMIA NO MUNDO DO TRABALHO Em situação de calamidade pública, uma das principais ações do governo federal no âmbito trabalhista foi a instauração da Medida Provisória nº 936, parte do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Perdendo sua vigência, que foi convertida na Lei nº 14.020, de 06 de Julho de 2020,devendo perdurar até o fim do estado de calamidade pública, que, conforme a Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, acaba em 31 de dezembro de 2020. Com atenção especial aos arts. 7º e 8º da lei mencionada, foi permitido ao empregador realizar acordo sobre a jornada de trabalho e o salário de seus empregados, pelo prazo de 90 dias, ou até mesmo a suspensão temporária do contrato de 1 O conceito de neoliberalismo aqui é posto à luz apresentado em Dardot e Laval (2016). Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 35 trabalho, pelo prazo de 60 dias. Os acordos previstos nesta lei são independentes de participação sindical. Primeiramente, é de pensar se tais previsões estão de acordo com a Constituição Federal que, no art. 7º, VI, estabelece como um dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais a “irredutibilidade do salário, salvo disposto em convenção ou acordo coletivo”. Assim, Temos que, a despeito de respeitosos argumentos em sentido contrário lastreados na excepcionalidade do contexto social e na limitabilidade dos direitos fundamentais, tal redução por acordo individual encontra óbice em preceito constitucional expresso, de caráter fundamental e que não comporta limitações ao sabor das circunstâncias. (DORSTER, DONEGÁ, 2020, p. 3) A breve análise da reação governamental frente à crise econômica, intensificada pela crise sanitária, deixa claro que a prioridade das políticas adotadas não é preservar a saúde, a dignidade e a vida do trabalhador. Pelo contrário, a possibilidade de redução de salário e suspensão do contrato de trabalho mais parece ser uma medida que busca amparar as empresas e salvar a economia. Aos trabalhadores, é delegada a tarefa de arcar com as consequências de crises de ordem global. Nesse sentido, em relação à liberdade de acordos na relação de emprego: [...] o foco de parte da medida provisória é jurídica, econômica e socialmente equivocado. Não é suspendendo a proteção jurídica do trabalho subordinado que se resolverá o problema do país. Sim, porque a inexigibilidade de salários procura resolver apenas o problema das empresas em dificuldades (que certamente teriam de contar com algum tipo de alívio), mas cria um enorme Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 36 problema para a maior parte da população, agora duplamente angustiada pelo pavor da morte e pela incerteza de sua situação professional. (SOUZA JÚNIOR, 2020, p. 12) 1.1 A nova fórmula da precarização A flexibilização dos direitos trabalhistas não é, conforme vimos, um fenômeno que surge da pandemia. Pelo contrário, tem sido uma tendência cada vez mais intensa no Brasil e, historicamente, é uma das principais reações estatais no combate à crises econômicas, sob a lógica do capital. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) levanta, trimestralmente, um dado chamado Índice da Condição de Trabalho (ICT). Entre outras coisas, o ICT avalia o nível de formalização do trabalho, de carteira assinada, de contribuição sindical e de permanência/ocupação das vagas. De 2004 a 2014, esse índice apresentou melhora constante, saltando de 0,48 para 0,70. A partir de 2015 apresentou queda, mas baixa. A partir de 2017, ano da Reforma Trabalhista, ele sofreu queda abrupta. No entanto, frente à pandemia, o relatório mais atual esclarece: Os resultados do ICT-DIEESE para o 1º trimestre de 2020 não mostraram impactos econômicos decorrentes da pandemia da Covid-19, que atinge o país desde meados de março. Entretanto, indicaram que, antes dos efeitos da pandemia, a economia já mostrava desaceleração e o mercado de trabalho, estagnação (...) Diante dessa trajetória e no cenário de pandemia, são esperados fortes impactos negativos sobre o mercado de trabalho, principalmente por causa da insuficiência e descoordenação das ações dos governos para proteger o emprego e a renda do Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 37 trabalhador. (ICT-DIEESE nº 06, 1º trimestre de 2020) Um dos principais efeitos da lógica neoliberal vigente, com a flexibilização dos direitos trabalhistas e, principalmente, o aumento do desemprego, é o aumento dos chamados trabalhos uberizados, aqueles realizados via plataformas digitais e alheios à vínculos empregatícios ou qualquer regulamentação. Uma mão cheia para o capital que encontrou uma forma de explorar a mão-de-obra quase sem limitações. A crise econômica e a própria lógica neoliberal empurram cada vez mais pessoas a esse tipo de trabalho informal, quase como se a precarização fosse um privilégio - sem ela, resta a fome: Em pleno século XXI, com algoritmos, inteligência artificial, internet das coisas, big data, Indústria 4.0, 5G e tudo mais que temos neste arsenal informacional, enquanto as burguesias proprietárias e seus altos gestores acumulam enormidades incalculáveis de dinheiro e riqueza, há centenas de milhões que exercem modalidades de trabalho típicas de uma era de servidão. E isso se tiverem sorte, se forem contemplados com o privilégio de encontrar trabalho, alguma forma de nova servidão, padecendo das vicissitudes e vilipêndios do que denominei escravidão digital (ANTUNES, 2020). A pandemia, ao agravar o quadro de desemprego, deslanchou a porcentagem de trabalhadores na informalidade. No primeiro trimestre de 2020, a taxa de informalidade alcançou o número de 40,7%, correspondente à 38,3 milhões de pessoas nessa situação, segundo dados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua, IBGE) 2 . Mas não somente isso, os problemas decorrentes desse tipo de trabalho ficaram escancarados pela pandemia. Sem a 2 Ricardo Antunes (2020) atenta para o fato de haver dados invisíveis que torna esses índices restritivos. Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 38 proteção estatal que garante, por exemplo, licença médica remunerada, os trabalhadores informais não conseguem ficar em quarentena caso seja necessário, pois isso significa deixar de receber o dinheiro de sua subsistência. Caso sejam demitidos, não têm acesso ao seguro-desemprego e nem ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Aqui, já nos é possível identificar a violência de uma agenda política e econômica que promove a informalidade. Claro que a violência já era experimentada pelos informais em outros aspectos, como em jornadas diárias extremas. Em cenário pandêmico, “a classe trabalhadora, então, se encontra sob intenso fogo cruzado. Entre a situação famélica e a contaminação virótica, ambas empurrando para a mortalidade e a letalidade” (ANTUNES, 2020). Ainda nesse sentido: As pressões, maiores ou menores em função da intensidade predadora e predatória das burguesias globais e nativas, forâneas e provincianas, se explicam pelo desespero pela volta da produção, pelo fim do isolamento, pela “retomada da normalidade” em uma época de alta letalidade. (ANTUNES, 2020) CONCLUSÃO A onda de informalidade é fruto de um projeto político e econômico neoliberal que, sob um discurso de transmissão da responsabilidade do empregador para o empregado, promove a noção do trabalhador que é “empreendedor de si próprio”. Nesse contexto, “se cada um é o projeto de si mesmo, quem não consegue emprego é porque não soube escolher as qualificações que as empresas necessitam ou podem vir a necessitar” (FREITAS, 2006, p. 77). Em contexto de pandemia, os problemas do desamparo ao trabalhador são evidenciados. Embora as consequências da pandemia ainda não tenham sido completamente refletidasem dados conclusivos, Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 39 conforme esclarece o DIEESE, a possibilidade de suspensão e redução da jornada de trabalho guarda clara relação com o aumento do nível de informalidade, o que fica evidenciado pelos dados recolhidos na PNAD Contínua. O que o trabalho pretendeu evidenciar é que a retirada de direitos não é uma novidade do texto da pandemia, que apenas denuncia as crueldades de uma agenda que protege, antes de mais nada, o capital. Historicamente, são os momentos de supressão de direitos que geram um movimento de reflexão política e social. A importância dessas discussões é, certamente, a de questionar e frear a lógica de flexibilização dos direitos trabalhistas. Ao fim e ao cabo, a análise aqui empreendida culmina no defendido por Ricardo Antunes que, inevitavelmente, referencia toda essa comunicação: “se deixarmos o capitalismo responder à crise, sua resposta é clara: obrigar a força de trabalho a ir à labuta e assim conhecer os subterrâneos do inferno de Dante” (ANTUNES, 2020). REFERÊNCIAS ANTUNES, Ricardo. Coronavírus: o trabalho sob fogo cruzado. Pandemia Capital, 2020. ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018. DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova racionalidade. In: A nova razão do mundo: sobre a sociedade neoliberal. Trad. Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2016. MANUS, Pedro Paulo Teixeira. Direito do Trabalho. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 40 BASSO, Pietro. Tempos modernos, jornadas antigas: vidas de trabalho no início do século XXI. Trad. Patrícia Villen. Campinas: Unicamp, 2018. DORSTER, André; DONEGÁ, Priscilla. MP 936/20 e as relações de trabalho. 2020. FREITAS, M. E. Cultura organizacional: identidade, sedução e carisma? 5. ed. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 2006. SOUZA JÚNIOR, A. U. et. al. Medida Provisória 927/2020. Comentada artigo por artigo. Thomson Reuters: Revista dos Tribunais, 2020. Disponivel em: https://www.thomsonreuters.com.br/content/dam/openweb/docu ments/pdf/Brazil/white-paper/10056-medida-provisoria-927- comentada.pdf. Acesso em: 29 set. 2020. Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 41 O MUNDO DO TRABALHO E A PANDEMIA DE COVID-19: UM OLHAR SOBRE OS TRABALHADORES QUE SE ENCONTRAM NA INFORMALIDADE THE WORLD OF WORK AND THE PANDEMIC OF COVID-19: A LOOK AT WORKERS WHO FIND THEMSELVES IN INFORMALITY Ana Raquel Ramos de Assis Pereira Cláudia Costa Paniago Pereira ** RESUMO O ano de 2020 iniciou-se com a pandemia de Covid-19 trazendo enormes desafios para a economia e para o mundo do trabalho. As medidas econômicas necessárias para lidar com os efeitos da pandemia não são simples, porém, em um país como o Brasil, no qual se vivenciam formas intensas de exploração do trabalho e de precarização ilimitada, as consequências serão ainda mais graves. Nesse sentido, as pessoas mais afetadas pela pandemia serão aquelas que já o são pelas mazelas da desigualdade social, como a classe trabalhadora, que está sofrendo com condições mínimas de sobrevivência e, ainda, está em situação de vulnerabilidade, seja pela situação famélica, seja pela contaminação virótica. O presente artigo trata de uma Advogada. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia. E-mail: anaraquelassis@hotmail.com. ** Especialista em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Graduada em Direito pela Faculdade Pitágoras. E-mail: claudiacostapaniago@gmail.com. Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 42 análise sobre os trabalhadores, especialmente aqueles que se encontram na informalidade, dada a precarização das relações de trabalho no contexto da pandemia de Covid-19. A pesquisa, destarte, foi bibliográfica, exploratória, e o método empregado foi o dedutivo. Como resultados parciais, verificamos que a classe trabalhadora está em situação de vulnerabilidade social em razão das intensas formas de exploração trabalhista e de precarização ilimitada. Os trabalhadores formais estão em condições precárias em razão da flexibilização, e os trabalhadores informais estão desamparados por estarem à margem do sistema de proteção do Estado e dos direitos trabalhistas. Há, portanto, uma premente necessidade de que o meio jurídico discuta esse tema. Palavras-chave: trabalhadores informais. COVID-19. precarização. exploração do trabalho. ABSTRACT 2020 began with the Covid-19 pandemic, bringing enormous challenges to the economy and the world of work. The economic measures needed to deal with the effects of the pandemic are not simple, but in a country like Brazil, in which we experience intense forms of labor exploitation and unlimited insecurity, the consequences will be even more serious. In this sense, the people most affected by the pandemic will be those who are already affected by the ailments of social inequality, such as the working class, who are suffering from minimal conditions of survival and are still in a situation of vulnerability, either due to famine or contamination virotic. This article is an analysis of workers, especially those who are in the informal sector, given the precariousness of labor relations in the context of the Covid-19 pandemic. The research, therefore, was bibliographic, exploratory and the method used was the deductive one. Like partial results we have that the working class is in a situation of social Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 43 vulnerability due to the intense forms of exploitation of work and unlimited precariousness, even formal workers are in precarious conditions due to flexibility, informal workers are helpless because they are on the margins of system of protection of the State and of labor rights, which is an urgent need for discussion by the legal environment. Keywords: informal workers. COVID-19. precariousness. exploitation of work. INTRODUÇÃO O ano de 2020 iniciou-se com a pandemia de Covid-19 trazendo enormes desafios para a economia e para o mundo do trabalho. As medidas econômicas necessárias para lidar com os efeitos da pandemia não são simples. No Brasil, sobretudo, no qual se vivenciam formas intensas de exploração do trabalho e desigualdade social, as consequências serão ainda mais severas. O Governo Federal Brasileiro promulgou a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que “dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus”, e a Medida Provisória (MP) nº 927, de 22 de março de 2020, que estabeleceu alternativas trabalhistas. A partir desse momento, houve o reconhecimento, em nível nacional, de que a situação de anormalidade vivenciada em decorrência da pandemia do novo coronavírus poderia causar danos e prejuízos, e ainda implicar o comprometimento da capacidade de resposta do Poder Público. A pandemia afeta o mundo e a situação fática dos trabalhadores brasileiros, já afligidos com a precarização do trabalho, o desemprego e a informalidade, ou seja, as pessoas mais afetadas pela Covid-19 serão aquelas que já são afetadas pelas mazelas da desigualdade social, como a classe trabalhadora. Os trabalhadores informais encontram-se estigmatizados, uma vez que não possuem proteção jurídica Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 44 para o desempenhode suas atividades. No contexto pandêmico, houve uma soma dos problemas já vivenciados, porque agora se encontram em uma encruzilhada, uma vez que, se voltarem ao serviço, estarão mais suscetíveis à contaminação virótica, e, por outro lado, se permanecerem em isolamento, correm o risco de padecer em razão da fome ou de outros problemas sociais agravados pelo desamparo do Estado. O método de abordagem a ser utilizado nesta pesquisa será o dedutivo, que pressupõe a existência de verdades gerais já afirmadas que servem como premissas para alcançar, a partir delas, outros conhecimentos. Já a técnica de pesquisa será a bibliográfico-doutrinária com a revisão da literatura sobre o tema. Passada essa exposição de metodologia, detalha-se a forma de estruturação deste estudo, que se principia com a realidade socioeconômica e política do Brasil, discutindo sobre as mudanças no mercado de trabalho a partir da globalização e de uma influência neoliberal nas normas trabalhistas (o que permitiu certa flexibilização de normas e, consequentemente, a precarização do trabalho) para, a partir disso, fazer algumas reflexões possíveis em relação ao trabalho informal no contexto pandêmico atual. No tópico seguinte, abordar-se-á o trabalho informal no cenário brasileiro em relação ao contexto pandêmico atual. O presente artigo almejou, enfim, contribuir para o enriquecimento das discussões sobre a proteção jurídica da classe trabalhadora, especialmente os trabalhadores informais, em prol da efetivação de um labor digno/decente que preze pela subjetividade dos indivíduos, independentemente do modelo socioeconômico de produção vigente. 1 A REALIDADE SOCIOECONÔMICA E POLÍTICA DO BRASIL SOBRE O TRABALHO PRECARIZADO: NO CONTEXTO CAPITALISTA NEOLIBERAL Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 45 O mundo do trabalho vem passando por diversas mudanças em função do capitalismo, do neoliberalismo, da globalização, das mudanças tecnológicas, dos aspectos econômicos e sociais. Caracterizam-se, desse modo, novas formas de organização do trabalho. A globalização surgiu com objetivo de modernizar as relações de trabalho, com a adoção de novas tecnologias, aumentando a produtividade dentro das empresas e de fábricas. O filósofo alemão Karl Marx percebeu que o trabalho é o conceito-chave da sociedade, dessa forma, toda a história da humanidade passaria por uma luta de classes entre os burgueses, donos do capital e dos meios de produção, e os trabalhadores, que vendiam sua força de trabalho. Marx percebeu que o trabalho é o conceito chave da sociedade, desta forma, toda a história da humanidade passaria por uma luta de classes entre os burgueses donos do capital e dos meios de produção e os trabalhadores que vendiam sua força de trabalho. Essa relação jurídica se dá por meio do contrato de trabalho que “[...] nada mais é que é a forma com que se manifesta, jurídica e economicamente, a relação existente entre o vendedor e o comprador da força de trabalho no capitalismo” (MACHADO, 2012, p. 77). Desse modo, é imprescindível falar de trabalho. De acordo com ALBORNOZ (2012, p. 9), em uma mesma definição de trabalho é possível encontrar “a de realizar uma obra que te expresse, que dê reconhecimento social e permaneça além da tua vida; e a de esforço rotineiro e repetitivo, sem liberdade, de resultado consumível e incômodo inevitável”. Destarte, é possível perceber que o trabalho tem uma função dúplice, sendo essencial para se compreender o labor humano na contemporaneidade. Nesse sentido, a sociedade precisa do trabalho humano e de seu potencial emancipador e transformador. Para isso, deve recusar o trabalho que explora e aliena o trabalhador. (ANTUNES, 2020). Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 46 O neoliberalismo surgiu no País com o Presidente da República Fernando Collor de Mello, que precisou enfrentar alguns problemas econômicos relacionados ao fim da ditadura militar, como a inflação. Em razão disso, o referido presidente propôs a criação de uma nova moeda, alterações nas leis trabalhistas, abertura do mercado nacional e privatização de empresas. Essas medidas ficaram conhecidas como Plano Collor e tinham o intuito de melhorar a economia do País. A partir desse momento, o discurso neoliberal passou a ser preponderante nas relações econômicas e políticas. O neoliberalismo é uma “reação teórica e política veemente contra o Estado intervencionista e de bem-estar [...]”. É “em primeiro lugar, normativo: o mercado deve dominar tudo, e o Estado deve ficar reduzido ao papel de preservar as instituições que permitam o funcionamento do primeiro”. (PAULANI apud MACHADO, 2016, p. 111 e 113). Desse modo, o neoliberalismo defende um Estado com intervenção mínima em relação aos direitos sociais e trabalhistas e, ao mesmo tempo, quer que o Estado seja passivo em relação aos lucros. Tem como objetivo a implementação do enxugamento do Estado e, nesse contexto, de desregulamentação dos direitos, principalmente dos direitos trabalhistas. Nesse modelo econômico, acredita-se que os direitos sociais são um atraso para a economia do País em decorrência do seu custo elevado, prejudicando o crescimento econômico e a competitividade do mercado nacional. Entretanto, a Constituição Federal elevou a valorização social do trabalho a categoria de princípio constitucional estruturante, isso quer dizer que é um dos princípios basilares do Estado Democrático de Direito, determinando que o fundamento da ordem econômica seja a valorização social do trabalho, ou seja, [...] “embora capitalista, a ordem econômica dá prioridade aos valores do trabalho humano sobre todos os demais valores da economia de mercado”. (SILVA, 2005, p. 788) Seminário Internacional do Núcleo de Pesquisa e Observatório Jurídico RETRAB 47 A proposta da reforma trabalhista foi feita pelo governo Temer, foi implementada pela Lei no 13.647/2017 e incorporou uma série de projetos de leis que já tramitavam no Congresso e no Senado Federal, essas propostas tinham o objetivo de reequilibrar a relação entre empregado e empregador, se ajustando de acordo com as necessidades do mercado. A reforma é fruto do movimento neoliberal, ou seja, acredita que o mercado de trabalho deve ser determinado pelas necessidades do capital, condizendo com uma das movimentações do modo de produção capitalista, e busca uma elevação da taxa de lucro com a alteração na repartição entre a remuneração do trabalhador e o lucro para que a economia se autorregule (CAMPOS, 2019). A Lei no 13.647/2017 surgiu com o intuito de gerar mais empregos, diminuindo os custos da mão de obra. Porém essa escolha política de contratações precárias, pressionam o trabalhador a aceitar condições menos favoráveis em negociação individual, fazendo que o obreiro fique em posição submissa ao empregador, contribuindo para a violação do princípio da dignidade da pessoa humana. Dessa forma, a flexibilização e a precarização dos direitos trabalhistas surgem com o objetivo de reduzir os custos da mão de obra como estímulo à economia nacional, ou seja, a tendência é a retirada de direitos sociais para atender a crise do capital. A flexibilização “poderia ser definida como a possibilidade, inserida na própria lei existente, de excetuar alguns direitos trabalhistas, tornando-os maleáveis”. (CAMPANA, 2000, p. 139). A precarização, em contrapartida, caracteriza-se pela desregulamentação ou perda dos direitos trabalhistas e sociais. Nesse sentido: A flexibilização dos direitos sociais, assim, é mais um mecanismo capitalista de manutenção do sistema de exploração e aferição de lucros às empresas e conglomerados econômicos. Flexibiliza-se para a manutenção da mais-valia, para o